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CIÊNCIA POLÍTICA O PODER Não há sentido em perguntar o que aconteceu primeiro: novas reflexões transformaram a realidade ou novos acontecimentos transformaram a forma de pensar o mundo? As mudanças resultam do revezamento entre inovações representativas e transformações concretas, uma agindo sobre a outra. Uma dinâmica difícil de congelar numa relação causal unívoca. UM TEMA INEVITÁVEL: O PODER Os homens tendem a querer sempre e cada vez mais aumentar seu poder. Os homens tendem a querer sempre e cada vez mais aumentar seu poder. Júlio Mosquera avalia como uma “verdade incontestável” o fato de que “qualquer um de nós deseja o poder nas mínimas coisas. Seja em casa, na escola, no trabalho, na conversa de bar com os colegas, buscamos diariamente a autoridade de agir e mandar”. Darcy Azambuja constata: “Tão longe no passado quanto possa atingir nosso conhecimento, encontra-mos o homem vivendo em sociedade e submetido a um poder, seja qual for seu nome, forma ou finalidade”. “Atualmente, o Poder é considerado como uma das variáveis fundamentais, em todos os setores de estudo da política”. (BOBBIO) A IDÉIA DE PODER A palavra “poder” se origina do radical latino potere que por sua vez deriva de potes e potest que significa “posse”. Os gregos, num sentido semelhante, se referiam a “poder” através de dínamis de onde temos “dinamite”, “dinamismo”, além de outros tais como: poder inerente; força física; energia; potência; potestade; fortaleza; habilidade; autoridade; dinamismo; braço; milagre; capacidade financeira; exército; soberano; alto funcionário, etc. Quem tem poder possui uma aptidão diferenciada para alterar e até transformar radicalmente uma situação material ou emocional; é capaz de fazer diferença, “marcar a história” ou, no exemplo hipotético, “fazer correr”. Poder é, por isso, capacidade, possibilidade ou autorização para tal. Por outro lado, algo (objeto, ser animal ou instituição) ou alguém destituído de poder está propenso ao domínio por estar fragilizado (despoissuído) e vulnerável ao desejo alheio, literalmente “nas mãos do outro”, sujeito aos infortúnios da vida. De uma forma ampla podemos compreender “poder” como a capacidade de gerar resul-tados esperados; aquela habilidade de transformar desejo em realização, como Hobbes, filósofo clássico coloca, “o meio presente de se obter algum bem aparentemente futuro”, sublinhando a relação entre poder e intencionalidade. Há, por isso, uma identificação direta de poder com a idéia de força (potência) e capacidade de domínio sobre algo ou alguém. O termo “poder”, enfim, remete a significados tais como: sucesso de desejos prévios; capacidade de mudança de um comportamento alheio na direção que convém; tornar o outro submisso aos interesses próprios; dominar uma situação material ou simbólica em busca do que interessa. PODER COMO FENÔMENO SOCIAL Busquemos o olhar específico do pesquisador político: há vários poderes atuando sobre o homem que necessitam ser desconsiderados do campo de pesquisa, como por exemplo, o poder natural (físico, químico etc...) ou o poder próprio (o poder que uma pessoa exerce sobre si mesma). O poder que diz respeito ao cientista político é o PODER SOCIAL. Segunda Saldanha, o poder tem aspecto relacional. É um “fenômeno de polaridade: implica um eixo que interliga o mandar e o obedecer”. “[...] O Poder que nos interessa analisar em relação ao estudo da política é o que uma pessoa ou grupo tem ou exerce sobre outra pessoa ou grupo”. Numa relação de poder, “A” com “B” por exemplo, sempre estão inseridos os recursos e habilidades do agente detentor do poder (“A”) e, também, as disposições e valores (que atuam dentro de uma lógica tipo “escala”) por parte dos que interagem ou estão “sujeitos” o poder (“B”). (BOBBIO) Para Norberto Bobbio, o fenômeno do poder apresenta “relação triádica”. Ressalta que além da pessoa ou grupo que exerce o poder e do(s) sujeito(s) (“A” e “B”) é fundamental considerar o meio ou a área de atividade na qual o poder está inserido, ou seja, a “esfera de poder”. Sem a presença destes três elementos não seria possível uma sustentação para o poder político. [...] não existe Poder, se não existe, ao lado do indivíduo ou grupo que é induzido a comportar-se tal como aquele deseja. [...] Se tenho dinheiro, posso induzir alguém a adotar um certo comportamento que eu desejo, a troco de recompensa monetária. Mas, se me encontro só ou se o outro não está disposto a comportar-se dessa maneira por nenhuma soma de dinheiro, o meu Poder desvanece. [...] O Poder social não é uma coisa ou a sua posse: é uma relação entre pessoas. Em síntese, o fenômeno do poder se sustenta em função de três componentes básicos: o agente dententor do poder, o “sujeito” ou “dominado” (partes elementares múltiplas da relação, sejam pessoas, grupos ou instituições que definem o alcance do processo) e a esfera do poder (dimensão essencial que dita o significado da relação e referências de sua legitimidade). Sem a “esfera”, como lembra Bobbio30, o poder desvanece. 1. Trata-se de um processo. 2. Apresenta sempre, em maior ou menor grau, certo antagonismo (questão da conflitualidade). 3. Em terceiro lugar, como que resultado das características já apontadas, o poder também tem em sua natureza uma assimetria. 4. Em quarto lugar, todo poder em exercício (ação de “A”) provoca relativa voluntariedade ou disposição da parte “subjugada” (o “B”). “Para que haja poder, é preciso que o primeiro comportamento determine o segundo”. Segundo Corsetti, portanto, numa ação de dominação está presente uma submissão consentida, pois a resignação tende a se apoiar na lógica da opção pelo “mal menor”; na tentativa de preservar um valor maior, opta-se por abrir mão de uma liberdade (autonomia) ou um determinado bem pessoal, situado num nível inferior na escala subjetiva. O PODER QUE INTERESSA À CIÊNCIA POLÍTICA Temos três tipos clássicos de poder na sociedade: o poder econômico; poder ideológico e poder político. Sendo foco do estudo da Ciência Política, o poder político é exercido mediante a posse legal da capacidade de coerção (violência), seja moral ou física. Está, por isso, diretamente relacionado ao Estado e ao governo. Uma vez que o poder político carrega consigo as características de ser um fenômeno social (aspecto relacional), seria mais apropriado afirmar que o foco da Ciência Política reside nas “relações de poder”. O poder político toma forma dentro da chamada Sociedade Política, composta por insti-tuições, mecanismos e órgãos do Estado voltados ao gerenciamento da sociedade pela via da coerção legal. Darcy Azambuja, a princípio, propõe: “a possibilidade efetiva que tem o Estado de obrigar os indivíduos a fazer ou não fazer alguma coisa, e seu objetivo deve ser o bem público. Quando o poder, no seu exercício, não visa o bem público, não é mais o poder do Estado, não é mais um direito, não obriga jurídica e moralmente; é apenas força, a violência de homens que estão no governo”. A sociedade envolve os aparatos administrativos criados com a finalidade de executar as ordens dos detentores do poder político a fim de que se mantenha a ordem social estabilizada. No caso brasileiro, a Sociedade Política é constituída pelo: Poder público; Poder executivo; Poder legislativo; Poder judiciário; Ministério público e Conselhos de direitos. A Sociedade Política torna possível a convivência jurídica das pessoas diferentes e desiguais (especialmente quanto ao poder econômico), justamente por estar baseada no poder político, cuja principal tarefa é obrigar, inclusive com violência (restritiva e punitiva), a que todos respeitem e cumpram o Direito comum. Com isto em mente compreendemos a asserção de Max Weber que definiu o Estado como aquele que tem o monopólio legítimo da força. O poder político precisa ser compreendido enquanto inserido numa “esfera de poder”. Esta, no caso, se manifesta na relação entre Estado e Sociedade Civil (sociedades primárias). Entende- mos como sociedades primárias aqueles grupos familiares, coligações por afinidades e outras associações de cunho variado que têm seus códigos de conduta particulares e certas liberdades ainda não previstas em lei (Direito comum), mas que, muitas vezes, se mobilizam para tal. A Sociedade Civil engloba as esferas: “vida privada” (família, escola, trabalho e outros assuntos pessoais); “iniciativa privada” ou mercado (refere-se às relações de produção e de comercialização dos bens de consumo, sejam de caráter material, informativo ou tecnológico) e o “terceiro setor” (assim denominado por não se enquadrar no setor público nem na iniciativa privada; está entre o governo e o mercado). A possibilidade de recorrer à força para exercer domínio é o que distingue o poder político das outras formas de poder. No entanto, isso não significa que ele se mantenha pleno apenas por possuir este diferencial. Como Norberto Bobbio explica, o elemento “força” é condição necessária, mas não suficiente para a existência do poder político. O autor pretende apontar a necessidade da legalidade e da legitimidade para o seu uso. Para uma dominação eficaz, o poder político faz uso, além da força legítima, de mecanismos e recursos próprios do poder econômico e do poder ideológico (riqueza e manipulação do imaginário social). Por outro lado, grupos com interesses econômicos ou ideológicos procuram se inserir e conquistar poder político para ampliarem seus interesses. Os poderes sociais não atuam de forma pura. Os recursos circulam de esfera; são “tomados” de empréstimo como instrumentos para interesses de outra ordem. Para o filósofo clássico John Locke: O poder político é aquele poder que cada homem possuía no estado de natureza e entregou às mãos da sociedade [...]. Como o fim e a medida desse poder, quando estava nas mãos de cada um dos homens no estado de natureza, era a preservação de todos os membros de sua sociedade, isto é, de toda a humanidade em geral, ele não pode ter outro fim ou medida, ao passar para as mãos dos magistrados, que não o de preservar as vidas, liberdades e posses dos membros dessa sociedade. PODER E AUTORIDADE Não é apenas a possibilidade do uso da força que difere e dá sustentação ao poder político. Um agente político no exercício do poder conta e depende de outros meios para ter sucesso em sua dominação. Força e violência, unicamente, não explicam a eficácia do poder político; outras variáveis ou ingredientes precisam ser considerados. O fato é que a análise do poder nos conduz a noção de “autoridade”, conceito que ao ser explorado traz explicações à questões pertinentes sobre tipos e fundamentos do poder. Podemos conceber “autoridade” como uma “relação de poder estabilizado e institucionalizado, em que os próprios súditos prestam uma obediência incondicional”. Dizer que um poder está estabilizado e institucionalizado significa dizer que ele não depende de subjetividades (não está preso a fatores emocionais). Aquele que assume a função de “autoridade” o faz dentro dos critérios propostos pela ordem estabelecida que o instituiu para tal. A existência de uma autoridade pressupõe a racionalidade de um “poder legítimo”; dentro de uma determinada relação de poder está reconhecido a capacidade de mando e obediência, com claras finalidades e limites. Ter autoridade é ter poder para agir ou mandar, com direito a sanção (castigo). Então, qual o segredo para o exercício de um poder eficaz? Bobbio afirma que: Antes de tudo, é necessário que A [dominador] tenha à sua disposição recursos que podem ser empregados para exercer o Poder. Os recursos deste tipo são numerosos: riqueza, força, informação, conhecimento, prestígio, legitimidade, popularidade, amizade, assim como ligações íntimas com pessoas que tem altas posições no Poder. Mas não basta. A capacidade de A depende também da habilidade pessoal de converter em Poder os recursos à sua disposição. Nem todos os homens ricos têm a mesma habilidade em empregar recursos econômicos para exercer Poder. Portanto há que se ter recursos, habilidade e contar com a disposição do “dominado”. Habilidade é saber articular com sabedoria os recursos a disposição, usando-os na hora certa e na combinação exata que a relação exige. Os recursos que dispõe o mandatário são variados. Podem ser: a coerção/força (alto grau de constrangimento, de aliciamento); a barganha (propostas de recompensas futuras ou troca de bens em função da obediência); a influência pela persuasão (convencimento racional); o condicionamento (através de ações e técnicas psicológicas consegue a obediência num grau inconsciente) e, por último, pelo exercício do direito que o cargo ou a função lhe confere. A fonte destes recursos pode emergir da posse de: bens materiais (dinheiro e propriedades); conhecimento técnico e científico; inteligência (sabedoria de manipulação dos recursos); posição social (oportuniza acessos ao poder); habilidades pessoais (coragem, oratória, carisma, organização, força física); filiação a grupos ou organizações poderosas etc. Numa relação de poder, a obediência pela via do reconhecimento legal é a aceitação de que o poder de mando é legítimo, o que remete à noção de “autoridade”, antes definida. A pessoa ou instituição está reconhecidamente autorizada a exercer o comando, possuindo o poder de sanção sobre os transgressores. Mas recursos e habilidade ainda não garantem por completo que “A” tenha poder sobre “B”. É necessário que B tenha disposição (percepção e interesse pelo ganho futuro que o moverá a cooperar ou se resignar). A disposição da parte envolvida na relação de poder (o “B”) é um elemento fundamental e possui alto grau explicativo para quem está preocupado em entender a lógica do poder eficaz. Eduardo Corsetti, afirma que legitimidade pode ser definida, na política, como aquilo que faz referência “a substância do que existe, o sentido daquilo que normalmente se coloca para alguns como justiça, isto é, a compatibilidade de uma ação ou prática com a configuração de valores prevalecentes numa dada comunidade”. “Na medida em que houver legitimidade, a possibilidade do governo e da Política funcionarem é maior”, observa Eduardo Corsetti, acrescentando em seguida: As pessoas analisam um governo quanto à sua legitimidade, não só examinando como chegou ao poder, mas pelo que faz. Se as ações ou omissões violam os seus valores básicos, este governo não é legítimo. A legitimidade diz respeito não apenas aos atos e objetos dos governos, mas compromete as ações individuais e suas personalidades. MAX WEBER aponta três tipos de poders: 1.Poder legal - Está fundado na racionalidade. É específico da sociedade moderna que construiu a crença na legitimidade dos ordenamentos jurídico cujo papel principal é definirexpressamente a função e os limites dos detentores do poder. A fonte do poder é a lei, a qual todos estão sujeitos. Exerce domínio através do seu aparelho administrativo que é a burocracia (funcionários dotados de poderes hierárquicos). 2.Poder tradicional - Baseia-se na crença de um tipo de poder sacro, supra-racional, existente “desde sempre”. A fonte do poder é a tradição que aponta os “temores imemoráveis”. O exercício deste poder se dá, genericamente, pelo “patriarca” (a personificação da tradição) que tem servidores ligados diretamente a ele, mantendo uma relação com seus “súditos”. 3.Poder carismático - Este tipo de legitimação do poder está fundado na pessoa do líder a quem é atribuido um caráter sacro ou força heróica (reconhecimento de uma sagração, “poder do espírito”, da palavra, imagem etc.). Por ser uma “pessoa poderosa” cujo porquê a mente racional não consegue explicitar, a obediência incondicional se justifica. A dedicação é plena e movida por laços afetivos e total confiança diante do líder (profeta, herói de guerra ou grande demagogo). Relação de discipulado. O exercício deste poder se dá por pessoas que possuam dedicação pessoal ou determinado carisma (“dom”). É preciso um “poder de influência” capaz de agir sobre a disposição dos “comandados”. Por mais força que se tenha, sem reciprocidade, não há dominação. Neste sentido, a chave de tudo reside nos valores que um indivíduo possui; eles atuam como critério balisador das decisões (acatar ou não as ordens), atuando como agentes, no foro íntimo, que permitem ou proibem acatar a proposta das autoridades. Valores são, sinteticamente, os escrúpulos da pessoa. Como Bobbio explica, o poder deriva não só de quem o possui (de seus recursos e habilidade), mas também das disposições dos dominados que se pautam em valores. Para que alguém realize o comportamento pretendido por outro, depende, em última análise, da sua escala de valores. Se o que realmente importa é vantagem financeira, estará disposto (vulnerável) a comportamentos “negociáveis” que interessam a outros. Se um valor religioso pauta rigidamente as decisões éticas de uma pessoa, não há soma de dinheiro que a leve a aceitar propostas tidas como indecentes. Aplica-se ao trabalho, relações pessoais, cuidados com a saúde, posturas diante da corrupção, das leis, enfim, de decisões corriqueiras. Portanto, o sucesso de quem tem poder depende da escala de valores que prevalece no sistema social onde busca exercer domínio. De tudo o que se disse até agora fica evidenciado que o Poder não deriva simplesmente da posse ou do uso de certos recursos mas também da existência de determinadas atitudes dos sujeitos implicados na relação. (BOBBIO) A EMERGÊNCIA DA SOCIEDADE CIVIL – HOBBES E LOCKE PERCEBER QUE A EMERGÊNCIA POLÍTICA DA SOCIEDADE CIVIL É UM PASSO MUITO IMPORTANTE NA TRAJETÓRIA DO ESTADO MODERNO ATÉ SUA CONDIÇÃO FINAL (CONTEMPORÂNEO) DE ESTADO DEMOCRÁTICO DE DIREITO. É IMPORTANTE ENTENDER QUE O ABSOLUTISMO DA IDADE MÉDIA ERA RESULTADO DA UNIÃO DO ESTADO (REI) COM A IGREJA (CRISTIANISMO), O QUE LEGITIMAVA O PODER DO REI COMO UM SER QUE REPRESENTAVA O DIVINO NA TERRA, FAZENDO DELE O DETENTOR DE PODER DE VIDA E DE MORTE SOBRE AS PESSOAS. ABSOLUTISMO É UMA TEORIA POLÍTICA QUE DEFENDE QUE UMA PESSOA (EM GERAL, UM MONARCA) DEVE OBTER UM PODER ABSOLUTO, ISTO É, INDEPENDENTE DE OUTRO ÓRGÃO, SEJA ELE JUDICIAL, LEGISLATIVO, RELIGIOSO OU ELEITORAL. OS TEÓRICOS DE RELEVO ASSOCIADOS AO ABSOLUTISMO INCLUEM AUTORES COMO MAQUIAVEL, JEAN BODIN, JAIME I DE INGLATERRA, BOSSUET E THOMAS HOBBES. MERCANTILISMO O MERCANTILISMO É UM CONJUNTO DE IDÉIAS ECONÔMICAS QUE CONSIDERA A PROSPERIDADE DE UMA NAÇÃO OU ESTADO INDEPENDENTE DO CAPITAL QUE POSSA TER. OS MERCANTILISTAS PRECONIZAM O DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO POR MEIO DO ENRIQUECIMENTO DAS NAÇÕES GRAÇAS AO COMÉRCIO EXTERIOR, O QUE PERMITE ENCONTRAR SAÍDA AOS EXCEDENTES DA PRODUÇÃO. O ESTADO ADQUIRE UM PAPEL PRIMORDIAL NO DESENVOLVIMENTO DA RIQUEZA NACIONAL, AO ADOTAR POLÍTICAS PROTECIONISTAS, E EM PARTICULAR ESTABELECENDO BARREIRAS TARIFÁRIAS E MEDIDAS DE APOIO À EXPORTAÇÃO. MERCANTILISMO É O NOME DADO A UM CONJUNTO DE PRÁTICAS ECONÔMICAS DESENVOLVIDO NA EUROPA NA IDADE MODERNA, ENTRE O SÉCULO XV E O FINAL DO SÉCULO XVIII. CONSISTIU NUMA SÉRIE DE MEDIDAS TENDENTES A UNIFICAR O MERCADO INTERNO E TEVE COMO FINALIDADE A FORMAÇÃO DE FORTES ESTADOS-NAÇÃO. SEGUNDO HUNT, O MERCANTILISMO ORIGINOU-SE NO PERÍODO EM QUE A EUROPA ESTAVA A PASSAR POR UMA GRAVE ESCASSEZ DE OURO E PRATA, NÃO TENDO, PORTANTO, DINHEIRO SUFICIENTE PARA ATENDER AO VOLUME CRESCENTE DO COMÉRCIO. (HUNT, E. K.. História do pensamento econômico; tradução de José Ricardo Brandão Azevedo. 7a. edição - Rio de Janeiro : Campus, 1989) AS POLÍTICAS MERCANTILISTAS PARTILHAVAM A CRENÇA DE QUE A RIQUEZA DE UMA NAÇÃO RESIDIA NA ACUMULAÇÃO DE METAIS PRECIOSOS (OURO E PRATA). SIGNIFICOU O INCREMENTO DAS EXPORTAÇÕES E DA RESTRIÇÃO DAS IMPORTAÇÕES (PROCURA DE UMA BALANÇA COMERCIAL FAVORÁVEL – esforço para exportar mais do que importar, desta forma entraria mais moedas do que sairia, deixando o país em boa situação financeira). A REFORMA PROTESTANTE ATÉ 1531, EXISTIA APENAS O CATOLICISMO COMO FÉ CRISTÃ; EM 1531, OCORRE A REFORMA PROTESTANTE NA INGLATERRA; A REFORMA FOI UM ACONTECIMENTO EXTREMAMENTE RELEVANTE PARA A EUROPA; SEUS EFEITOS PROVOCARAM MUITAS MUDANÇAS NO ABSOLUTISMO DE VÁRIOS PAÍSES E DISPUTAS POLÍTICAS QUE RESULTARAM NAS REVOLUÇÕES LIBERAIS DOS SÉCULOS XVII E XVIII, DAS QUAIS SURGEM OS DIREITOS CIVIS. FOI NA INGLATERRA QUE A REFORMA PROVOCA PRIMEIRAMENTE O ABALO NO PODER QUE UNIA O CATOLICISMO À MONARQUIA HENRIQUE VIII QUERIA SE SEPARAR DE SUA ESPOSA, CATARINA DE ARAGÃO (A QUAL ERA DA FAMÍLIA REAL ESPANHOLA) E SE CASAR COM ANA BOLENA, UMA PLEBÉIA. IMPEDIDO PELO PAPA OU PELAS LEIS DO CATOLICISMO, DECLARA A SEPARAÇÃO ENTRE A IGREJA INGLESA E A CATÓLICA, FUNDANDO A IGLEJA ANGLICANA, SENDO NOMEADO SEU CHEFE EM 1534. HENRIQUE VIII DE HOLLYWOOD HENRIQUE VIII DE VERDADE RAINHA CATARINA FIQUE ANTENADO!!! A ALTA IDADE MÉDIA, TAMBÉM CONHECIDA COMO IMPÉRIO BIZANTINO (DO ANO 476 AO ANO 1000) NÃO É UMA REFERÊNCIA EXCLUSIVA DO DOMÍNIO DO REI, MAS UM MOMENTO DE GRANDE EXPANSÃO DO COMÉRCIO MARÍTIMO. ISSO É FUNDAMENTAL PARA SE ENTENDER A RELAÇÃO ENTRE A REFORMA PROTESTANTE E O SURGIMENTO DOS DIREITOS CIVIS. A RELIGIÃO PROTESTANTE SE ESPALHA RAPIDAMENTE PELA EUROPA. OS DOGMAS DA IGREJA CATÓLICA ERAM OS PRINCIPAIS IMPEDIMENTOS DO ENRIQUECIMENTO DOS COMERCIANTES MARÍTIMOS – O PRINCIPAL MOTIVO DE ADESÃO À NOVA RELIGIÃO. A LEI DA GANÂNCIA ERA A GARANTIA DOS PRIVILÉGIOS ECONÔMICOS DA NOBREZA E DO CLERO, O QUE PROIBIA QUE A BURGUESIA COMERCIAL ENRIQUECESSE. OS COMERCIANTES MARÍTIMOS, QUE HÁ SÉCULOS ARISCAVAM SUAS VIDAS EM LONGAS E DIFÍCIEIS VIAGENS ENRIQUECENDO O REI E O CLERO, ERAM IMPEDIDOS DE ENRIQUECEREM POR CONTA DA LEI RELIGIOSA, QUE AFIRMAVA SER PECADO QUERER MAIS DO QUE O NECESSÁRIO PARA VIVER. PRESTE ATENÇÃO!!! O PROTESTANTISMO SE INSERE NUM CONTEXTO DE CONFLITOS DE INTERESSE, INVERTENDO OS DOGMAS RELIGIOSOS EM TORNO DA RIQUEZA. SE PARA O CATOLICISMO O PECADO ERA ENRIQUECER, PARA O PROTESTANTISMO, O PECADO ERA PERMANECER POBRE TENDO CONDIÇÕES PARA ENRIQUECER... A NOVACONCEPÇÃO DE PECADO FOI A BANDEIRA DE LUTA DA EMERGENTE BURGUESIA COMERCIAL CONTRA O ABSOLUTISMO CATÓLICO NA EUROPA. ESSA LUTA ENTRE REI E BURGUESIA OU CATÓLICOS E PROTESTANTES DEU ORIGEM À REVOLUÇÃO INGLESA, DIVIDIDA EM PURITANA (1642) E GLORIOSA (1688) – DESSA ÚLTIMA SURGEM OS PRIMEIROS DIREITOS CIVIS DA ERA LIBERAL. DIREITOS CIVIS SÃO AS PROTEÇÕES E PRIVILÉGIOS DE PODER PESSOAL DADOS A TODOS OS CIDADÃOS POR LEI. EXEMPLOS DE DIREITOS CIVIS E LIBERDADES INCLUEM O DIREITO DE SER RESSARCIDO EM CASO DE DANOS POR TERCEIROS, O DIREITO À PRIVACIDADE, O DIREITO AO PROTESTO PACÍFICO, O DIREITO À INVESTIGAÇÃO E JULGAMENTO JUSTOS EM CASO DE SUSPEIÇÃO DE CRIME E DIREITOS CONSTITUCIONAIS MAIS GENERALISTAS, COMO O DIREITO AO VOTO, O DIREITO À LIBERDADE PESSOAL, O DIREITO À LIBERDADE DE IR E VIR, O DIREITO À PROTEÇÃO IGUALITÁRIA E, AINDA, O HABEAS CORPUS, O DIREITO DE PERMANECER EM SILÊNCIO (NÃO RESPONDER A QUESTIONAMENTO), E O DIREITO A UM ADVOGADO. ERA LIBERAL CLÁSSICA LIBERALISMO TRADICIONAL OU LIBERALISMO LAISSEZ-FAIRE OU LIBERALISMO DE MERCADO É UMA FORMA DE LIBERALISMO QUE DEFENDE AS LIBERDADES INDIVIDUAIS, IGUALDADE PERANTE A LEI, LIMITAÇÃO CONSTITUCIONAL DO GOVERNO, DIREITO DE PROPRIEDADE, DIREITOS NATURAIS, PROTEÇÃO DAS LIBERDADES CIVIS E RESTRIÇÕES FISCAIS AO GOVERNO. LAISSEZ-FAIRE É PARTE DA EXPRESSÃO EM LÍNGUA FRANCESA "LAISSEZ FAIRE, LAISSEZ ALLER, LAISSEZ PASSER", QUE SIGNIFICA LITERALMENTE "DEIXAI FAZER, DEIXAI IR, DEIXAI PASSAR". ALGUNS AUTORES DO LIBERALISMO CLÁSSICO FORAM JOHN LOCKE, ADAM SMITH, LUDVIG VON MISES, DAVID RICARDO, VOLTAIRE, MONTESQUIEU. A REVOLUÇÃO INGLESA A REVOLUÇÃO INGLESA DO SÉCULO XVII REPRESENTOU A PRIMEIRA MANIFESTAÇÃO DE CRISE DO SISTEMA DA ÉPOCA MODERNA, IDENTIFICADO COM O ABSOLUTISMO. O PODER MONÁRQUICO, SEVERAMENTE LIMITADO, CEDEU A MAIOR PARTE DE SUAS PRERROGATIVAS AO PARLAMENTO E INSTAUROU-SE O REGIME PARLAMENTARISTA QUE PERMANECE ATÉ HOJE. O PROCESSO COMEÇOU COM A REVOLUÇÃO PURITANA DE 1642 E TERMINOU COM A REVOLUÇÃO GLORIOSA DE 1688. AS DUAS FAZEM PARTE DE UM MESMO PROCESSO REVOLUCIONÁRIO, DAÍ A DENOMINAÇÃO DE REVOLUÇÃO INGLESA DO SÉCULO XVII E NÃO REVOLUÇÕES INGLESAS. ESSE MOVIMENTO REVOLUCIONÁRIO CRIOU AS CONDIÇÕES INDISPENSÁVEIS PARA A REVOLUÇÃO INDUSTRIAL DO SÉCULO XVIII, LIMPANDO TERRENO PARA O AVANÇO DO CAPITALISMO. DEVE SER CONSIDERADA A PRIMEIRA REVOLUÇÃO BURGUESA DA HISTÓRIA DA EUROPA: ANTECIPOU EM 150 ANOS A REVOLUÇÃO FRANCESA. A REVOLUÇÃO PURITANA O PROTESTANTE OLIVER CROMWELL (ESCOCÊS), COM O APOIO DOS PROTESTANTES E DA CÂMARA DOS COMUNS DA GRÃ- BRETANHA, INICIA UMA GUERRA CIVIL CONTRA CARLOS I (DINASTIA STUART). EM 1649, O PARLAMENTO CONDENA CARLOS I À MORTE. VITÓRIA MILITAR DOS PROTESTANTES. ATENÇÃO!!! O PARLAMENTO INGLÊS ERA COMPOSTO PELOS NOBRES (PARTIDÁRIOS DO REI), NA CÂMARA DOS LORDES E PELOS COMUNS (REPRESENTANTES DA BURGUESIA COMERCIAL), NA CÂMARA DOS COMUNS. A PARTIR DE 1660, O PARLAMENTO DIVIDIU-SE EM CONSERVADORES E LIBERAIS (TORIES E WHIGS) . CROMWELL INICIA SEU GOVERNO DESPÓTICO EM 1653, COM O APOIO DO EXÉRCITO E DA BURGUESIA PURITANA, INDO ATÉ SUA MORTE, EM 1660. COM A MORTE DE CROMWELL, NA INGLATERRA EM CRISE POLÍTICA, RESTAURA-SE A MONARQUIA, COM CARLOS II. ACIRRA-SE O CONFLITO ENTRE COROA E PARLAMENTO. A REVOLUÇÃO GLORIOSA O REI CARLOS II, EMBORA TOLERANTE, NÃO CONTEVE O ACIRRAMENTO DOS CONFLITOS RELIGIOSOS E DE PROPRIEDADE E EM 1681, DISSOLVEU O PARLAMENTO INGLÊS. O PARLAMENTO ERA A ÚNICA VIA INSTITUCIONAL DE LUTA DA BURGUESIA POR SEUS INTERESSES. APROFUNDOU-SE A CRISE POLÍTICA. DEVIDOS AOS MUITOS ABUSOS REAIS, UNEM-SE OS CONSERVADORES E OS LIBERAIS PARA DEPOR O REI (JAIME II), CONVENCENDO SEU GENRO, GUILHERME DE ORANGE, DA HOLANDA A APOIÁ-LOS. EM 1688, O PARLAMENTO CONVOCOU MARIA STUART, FILHA DE JAIME II E MULHER DE GUILHERME DE ORANGE, GOVERNADOR DAS PROVÍNCIAS UNIDAS, PARA OCUPAR O TRONO. FOI UM MOVIMENTO PACÍFICO. JAIME II REFUGIOU-SE NA FRANÇA E UM NOVO PARLAMENTO PROCLAMOU GUILHERME E MARIA REI E RAINHA DA INGLATERRA. O LEMA DA BANDEIRA DO REI GUILHERME FORAM: “EM DEFESA DA LIBERDADE, DO PARLAMENTO E DA RELIGIÃO PROTESTANTE”. A REVOLUÇÃO GLORIOSA É A REFERÊNCIA POLÍTICA DO TRIUNFO HISTÓRICO DO LIBERALISMO (PROTESTANTISMO) SOBRE O ABSOLUTISMO (CATOLICISMO). BILL OF RIGHTS UM DOCUMENTO POLÍTICO E JURÍDICO, DIRIGIDO AO REI EM 13 TÓPICOS COM OBJETIVO DE LIMITAR O PODER REAL E ASSEGURAR OS DIREITOS CIVIS DA BURGUESIA COMERCIAL. DIREITOS CIVIS E A TEORIA DO CONTRATO SOCIAL OS DIREITOS CIVIS EMERGENTES DAS REVOLUÇÕES LIBERAIS DO SÉCULOS XVII E XVIII ERAM CONCEBIDOS POLÍTICA E JURIDICAMENTE COMO DIREITOS NATURAIS (À VIDA, À LIBERDADE E À PROPRIEDADE), SAGRADOS. A TEORIA DO CONTRATO SOCIAL PARTE DO PRESSUPOSTO DE QUE O INGRESSO DO SER HUMANO NA SOCIEDADE NÃO DERIVA DE UM PROCESSO HISTÓRICO E SIM QUE O SER HUMANO DEVE DEIXAR A SOCIEDADE NATURAL E INGRESSAR NA SOCIEDADE POLÍTICA: UM CERTO DIA, AS PESSOAS DESISTEM DE VIVER NUM MUNDO SEM REGRAS E RESOLVEM CRIAR LEIS PARA REGULAMENTAR SUAS VIDAS. FIQUE ATENTO! TODA SOCIEDADE SEMPRE VIVEU SOB NORMAS E REGRAS. A TEORIA DO CONTRATO SOCIAL FOI APENAS UMA CONSTRUÇÃO IDEOLÓGICA DA ERA LIBERAL CLÁSSICA. THOMAS HOBBES – 1588 - 1679 HOBBES FOI CONTEMPORÂNEO DA REVOLUÇÃO PURITANA. A PARTIR DE SUAS ANÁLISES SOBRE OS INTERESSES RELIGIOSOS QUE IMPULSIONAVAM O CONFLITO ENTRE CATÓLICOS E PROTESTANTES, FORMULOU SUA TEORIA DO CONTRATO SOCIAL. HOBBES DEFENDE QUE NO ESTADO DE NATUREZA OU JUSNATURALISMO (SEM ORGANIZAÇÃO POLÍTICO-JURÍDICA ESTABELECENDO AS REGRAS DE CONVIVÊNCIA), O SER HUMANO SERIA INFELIZ, VIVENDO EM CONSTANTE ESTADO DE GUERRA. O ESTADO DE GUERRA SE DERIVA EXCLUSIVAMENTE DA IGUALDADE E DA LIBERDADE, CONSIDERADOS NEGATIVOS POR HOBBES. FIQUE ANTENADO! PARA HOBBES A IGUALDADE ERA O FATOR QUE LEVAVA À GUERRA, BASTAVA QUE DUAS PESSOAS QUISESSEM A MESMA COISA, PARA QUE VIVESSEM EM ACIRRADA DISPUTA. A LIBERDADE ERA UM BEM QUE CABENDO A TODOS, RESULTARIA EM DISPUTA PELA LIDERANÇA E À GUERRA. O HOMEM É LOBO DO HOMEM ESSA FRASE DE HOBBES DÁ OSIGNIFICADO DE SUA PERCEPÇÃO DA NATUREZA HUMANA. PARA ELE, NUNCA SE SABE O QUE O OUTRO ESTÁ PENSANDO, POR ISSO, A MELHOR DEFESA É O ATAQUE. ATENÇÃO!!! O PACTO ESTABELECIDO COMO CONTRATO SOCIAL, QUE FIRMA OS FUNDAMENTOS POLÍTICO-JURÍDICOS DA ORGANIZAÇÃO SOCIAL, FUNDAM A VIDA POLÍTICA CIVIL DA SOCIEDADE (HOBBES, 1997) JOHN LOCKE – 1632 - 1704 CONTEMPORÂNEO DA REVOLUÇÃO GLORIOSA DE 1688, SUA TEORIA REFLETE A LUTA PELA LIBERDADE DE COMÉRCIO QUE CONDUZIU A BURGUESIA COMERCIAL AO CENTRO DAS DECISÕES DE PODER NA INGLATERRA DA ERA LIBERAL CLÁSSICA. LEMBRE-SE! O MARCO INICIAL DA ERA LIBERAL CLÁSSICA FOI A REVOLUÇÃO GLORIOSA. SEPULTADO O ABSOLUTISMO E INSTITUÍDO UM GOVERNO MONÁRQUICO MODERADO (COM PODERES LIMITADOS PELA SUPREMACIA LEGAL DO PARLAMENTO), COMO ATÉ NOS DIAS ATUAIS. LIBERAL, LOCKE TEORIZOU DIFERENTE DE HOBBES. PARA LOCKE, OS MOTIVOS DE UM CONTRATO SOCIAL ERAM OS ANSEIOS POR LIBERDADE, DEVIDO AO CONTEXTO POLÍTICO DOS COMERCIANTES DE SEU TEMPO. PRESTE ATENÇÃO!!! SE PARA HOBBES, LIBERDADE E IGUALDADE ERAM NEGATIVOS, PARA LOCKE ERAM DIREITOS NATURAIS INDISPENSÁVEIS E INALIENÁVEIS. PARALOCKE OS HOMENS NÃO ERAM UMA AMEAÇA AOS SEUS SEMELHANTES. PENSE!!! PELA TEORIA LIBERAL DO CONTRATO SOCIAL, OS DIREITOS NATURAIS (IGUALDADE, LIBERDADE E PROPRIEDADE) ERAM DÁDIVAS DA NATUREZA E NÃO BENS ADVINDOS DAS RELAÇÕES SOCIAIS. MAS A PROPRIEDADE ERA UM BEM NATURAL??? SEGUNDO O CONTRATO SOCIAL DE JOHN LOCKE, A PROPRIEDADE DERIVA DE UM ESFORÇO FÍSICO, O QUAL É UM PRODUTO DA VIDA, LOGO, UM BEM NATURAL. TORNAM-SE DIREITOS INVIOLÁVEIS DA SOCIEDADE CIVIL: A VIDA, A HONRA, A LIBERDADE, A IGUALDADE E PRINCIPALMENTE A PROPRIEDADE PRIVADA. OS PRIMEIROS DIREITOS CIVIS ALÉM DA BILL OF RIGHTS, A DECLARAÇÃO DOS DIREITOS DA VIRGÍNIA (1776) E A DECLARAÇÃO DOS DIREITOS DO HOMEM E DO CIDADÃO (1789). O LIBERALISMO NO OCIDENTE SE CONSOLIDA COM A INDEPENDÊNCIA DOS EUA, EM 1776 E A REVOLUÇÃO FRANCESA, EM 1789.
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