Daniel Registral Aula 01

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Direito Notarial e Registral
Prof. MSc. Daniel de Mello Massimino
Estudo sistemático dos Registros Públicos. Legislação.
EMENTA
OBJETIVOS
Inserir o estudo do Direito Notarial e Registral dentre os conhecimentos adquiridos pelos acadêmicos durante o bacharelado, como disciplina autônoma mas integrada às demais áreas do Direito, como o Direito Civil em todos os seus ramos, o Direito Comercial e o Direito Imobiliário, dentro outros
UNIDADE I: Introdução ao Direito Notarial e Registral.
UNIDADE II: Das Regras Gerais do Direito Notarial e Registral.
UNIDADE III: Da Lei de Registros Públicos.
DIVISÃO DO CONTEÚDO
O cômputo da média final do acadêmico na disciplina será composto da seguinte forma:
(P1+P2+P3)/3, onde:
P1 - Prova objetiva relativa às Unidades 1 e 2 da disciplina, sem consulta;
P2 - Prova dissertativa relativa à Unidade 3 da disciplina, sem consulta;
P3 - Prova objetiva relativa a todo o conteúdo ministrado, sem consulta.
AVALIAÇÃO
CENEVIVA, Walter. Lei dos notários e dos registradores comentada: Lei n. 8.935-94. 8. ed. rev. e atuaL. São Paulo: Saraiva, 2010.
CENEVIVA, Walter. Lei dos registros públicos: comentada. 20. ed. São Paulo: Saraiva, 2010l. São Paulo: Saraiva, 2010.
DIP, Ricardo Henry Marques. Introdução ao direito notarial e registral. Porto Alegre: Safe, 2004.
BIBLIOGRAFIA BÁSICA
BALBINO FILHO, Nicolau. Contratos e notificações no registro de títulos e documentos: doutrina : legislação : prática. 4. ed. rev. e atual. São Paulo: Livraria Saraiva, 2002.
LOPES, Miguel Maria de Serpa. Tratado dos registros públicos. 6. ed., rev. e atual. Brasília: Brasilia Juridica, 1997.	
LOUREIRO FILHO, Lair da Silva; LOUREIRO, Claudia Regina Magalhães. Notas e registros públicos. 3. ed., rev. e ampl. São Paulo: Saraiva, 2009.	
NERY JUNIOR, Nelson; NERY, Rosa Maria de Andrade. Código civil comentado. 7. ed. rev., ampl. e atual. São Paulo: Revista dos Tribunais, 2009.
	
RIZZARDO, Arnaldo. Contratos: Lei nº 10.406, de 10.01.2002. 8. ed. Rio de Janeiro: Forense, 2008.
BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR
É fundamental trazer consigo às aulas um vade mecum que contenha as leis específicas da disciplina:
CF/88, L. 8.935/94, L. 6.015/73, Código Civil, L. 9.492/97, L. 8.934/94.
Fundamental!!!
Estudaremos cartório?
O que é o Direito Notarial e Registral?
Matéria pouco estudada pois é uma relativa “novidade” afeta a poucos interessados
Interdisciplinaridade. Direito Administrativo, Constitucional, Tributário, Civil, Processual, etc... 
Direito Notarial e Registral	
Qual o objetivo do Direito?
Qual o objetivo do Direito Notarial e Registral?
Qual é a natureza jurídica do vínculo dos prestadores dos serviços notariais e registrais? 
Qual o conceito de cartório?
Qual o conceito de serventia?
Qual a diferença entre notário e registrador?
Quais são as competências das serventias?
Direito Notarial e Registral	
Art. 236. Os serviços notariais e de registro são exercidos em caráter privado, por delegação do Poder Público.
Tratam-se de atividades jurídicas que são próprias do Estado, porém exercidas por particulares mediante delegação.
Direito Notarial e Registral	
O que é a função pública. 
Notários e registradores prestam de maneira privada os serviços públicos.
Serviço: o que faço
Prestação: como faço
Direito Notarial e Registral	
Exercício de caráter privado; 
Por delegação
Serviço público por natureza. Função estatal. 
Do estado enquanto poder executivo e não judiciário;
Direito Notarial e Registral	
Considerando que são serviços públicos, é possível afirmar que aquele que desempenha o serviço público é servidor ou funcionário público?
Art. 37 - XI - a remuneração e o subsídio dos ocupantes de cargos, funções e empregos públicos da administração (...) não poderão exceder o subsídio mensal, em espécie, dos Ministros do Supremo Tribunal Federal, aplicando-se como limite, nos Municípios, o subsídio do Prefeito, e nos Estados e no Distrito Federal, o subsídio mensal do Governador no âmbito do Poder Executivo, o subsídio dos Deputados Estaduais e Distritais no âmbito do Poder Legislativo e o subsidio dos Desembargadores do Tribunal de Justiça, limitado a noventa inteiros e vinte e cinco centésimos por cento do subsídio mensal, em espécie, dos Ministros do Supremo Tribunal Federal, no âmbito do Poder Judiciário, aplicável este limite aos membros do Ministério Público, aos Procuradores e aos Defensores Públicos; 
Direito Notarial e Registral	
Aposentadoria compulsória se aplica?
Art. 40. Aos servidores titulares de cargos efetivos da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, incluídas suas autarquias e fundações, é assegurado regime de previdência de caráter contributivo e solidário, (...)
1º Os servidores abrangidos pelo regime de previdência de que trata este artigo serão aposentados, calculados os seus proventos a partir dos valores fixados na forma dos §§ 3º e 17: (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 41, 19.12.2003)
II - compulsoriamente, com proventos proporcionais ao tempo de contribuição, aos 70 (setenta) anos de idade, ou aos 75 (setenta e cinco) anos de idade, na forma de lei complementar;       (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 88, de 2015)
Direito Notarial e Registral	
"O art. 40, § 1º, II, da Constituição do Brasil, na redação que lhe foi conferida pela EC 20/1998, está restrito aos cargos efetivos da União, dos Estados-membros, do Distrito Federal e dos Municípios – incluídas as autarquias e fundações. Os serviços de registros públicos, cartorários e notariais são exercidos em caráter privado por delegação do Poder Público – serviço público não privativo. Os notários e os registradores exercem atividade estatal, entretanto não são titulares de cargo público efetivo, tampouco ocupam cargo público. Não são servidores públicos, não lhes alcançando a compulsoriedade imposta pelo mencionado art. 40 da CF/1988 – aposentadoria compulsória aos setenta anos de idade." (ADI 2.602, Rel. p/ o ac. Min. Eros Grau, julgamento em 24-11-2005, Plenário, DJ de 31-3-2006.) (...)
Afinal o que são os titulares de delegação:
Servidor? Particular em atividade colaborada? (jurados, voluntários, contratados) Atividade por vontade própria ( PF pelo cidadão); Delegados.
Direito Notarial e Registral	
Quais são as formas admitidas em que o particular desempenha funções públicas
Concessão. 
Permissão. 
Direito Notarial e Registral	
A atividade notarial e registral difere daquelas hipóteses acima por não haver vínculo contratual entre o estado delegatário e o delegado.
Apesar disso é muito semelhante à concessão pelo desempenho de função pública por sua conta em risco.
Ingresso por concurso de prova e títulos.
A fiscalização se dá pelo poder judiciário.
(atenção para o limite de fiscalização) 
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Prestam Serviços públicos (função pública)
De maneira privada (regras civis), sendo remunerado pela atividade exercida.
Não é servidor público e sim agente público.
Direito Notarial e Registral	
§ 1º Lei regulará as atividades, disciplinará a responsabilidade civil e criminal dos notários, dos oficiais de registro e de seus prepostos, e definirá a fiscalização de seus atos pelo Poder Judiciário.
Direito Notarial e Registral	
Prestam Serviços públicos (função pública)
De maneira privada (regras civis), sendo remunerado pela atividade exercida.
Não é servidor público e sim agente público.
São fiscalizados pelo poder judiciário.
Direito Notarial e Registral	
§ 1º Lei regulará as atividades, disciplinará a responsabilidade civil e criminal dos notários, dos oficiais de registro e de seus prepostos, e definirá a fiscalização de seus atos pelo Poder Judiciário.
Lei nº 8.935/94 regulamenta o art. 236 da Constituição Federal, dispondo sobre serviços notariais e de registro. (Lei dos Cartórios)
Direito Notarial e Registral
§ 2º - Lei federal estabelecerá normas gerais para fixação de emolumentos relativos aos atos praticados pelos serviços notariais e de registro.
Lei nº 10.169/00 regula o §2o do art. 236 da Constituição Federal, mediante o estabelecimento de normas gerais para a fixação de emolumentos relativos aos atos praticados pelos serviços notariais e de registro.
Direito Notarial e Registral	
§ 3º - O ingresso na atividade notarial e de registro depende de concurso público de provas e títulos, não se permitindo que qualquer serventia fique vaga, sem abertura de concurso de provimento ou de remoção, por mais de seis meses.
Direito Notarial e Registral	
Art. 1º Serviços notariais e de registro são os de organização técnica e administrativa destinados a garantir a publicidade, autenticidade, segurança e eficácia dos atos jurídicos.
Serviços notariais e de registro = Serventia 
Diferente de cartório.
Regulamento Geral
Notários: 
Atividade de agente público, autorizado por lei, de redigir, formalizar e autenticar, com fé pública, instrumentos que consubstanciam atos jurídicos extrajudiciais dos interesses dos solicitantes, sendo também permitido a autoridades consulares brasileiras, na forma de legislação especial.
Compatibilizar com a lei a declaração desejada pelas partes nos negócios jurídicos de seu interesse.
CENEVIVA, Walter. Lei dos notários e registradores comentada: Lei n.º 8.935/94. 8. ed. São Paulo: Saraiva, 2010. p. 40-41
Direito Notarial e Registral	
Notários: 
Art. 6º Aos notários compete:
I - formalizar juridicamente a vontade das partes;
II - intervir nos atos e negócios jurídicos a que as partes devam ou queiram dar forma legal ou autenticidade, autorizando a redação ou redigindo os instrumentos adequados, conservando os originais e expedindo cópias fidedignas de seu conteúdo;
III - autenticar fatos.
Direito Notarial e Registral	
Registradores: 
Dedicam-se, como regra, ao assentamento de títulos de interesse privado ou público, para sua oponibilidade a todos os terceiros, com a publicidade que lhes é inerente, garantindo, por definição legal, a segurança, autenticidade e a eficácia dos atos da vida civil a que se refiram.
CENEVIVA, Walter. Lei dos notários e registradores comentada: Lei n.º 8.935/94. 8. ed. São Paulo: Saraiva, 2010. p. 42-43
Direito Notarial e Registral	
Registradores: 
Art. 12. Aos oficiais de registro de imóveis, de títulos e documentos e civis das pessoas jurídicas, civis das pessoas naturais e de interdições e tutelas compete a prática dos atos relacionados na legislação pertinente aos registros públicos(...)
Direito Notarial e Registral	
Art. 1º Serviços notariais e de registro são os de organização técnica e administrativa destinados a garantir a publicidade, autenticidade, segurança e eficácia dos atos jurídicos.
Regulamento Geral
Organização técnica porque há normas específicas para a prática dos atos.
Administrativa porque é serviço público e está inserido no direito administrativo.
Regulamento Geral
Art. 1º Serviços notariais e de registro são os de organização técnica e administrativa destinados a garantir a publicidade, autenticidade, segurança e eficácia dos atos jurídicos.
Regulamento Geral
Publicar, enquanto serviço público, é ação de lançar, para fins de divulgação geral, ato ou fato juridicamente relevante, em meio físico ou eletrônico admitido em lei, indicando o agente que neles interfira (ou os agentes que interfiram), com referência ao direito ou ao bem da vida mencionado.
PUBLICIDADE ATIVA E PASSIVA
CENEVIVA, Walter. Lei dos notários e registradores comentada: Lei n.º 8.935/94. 8. ed. São Paulo: Saraiva, 2010. p. 44.
PUBLICIDADE
A publicidade ativa está, normalmente, ligada à possibilidade que se deve conceder aos terceiros de impugnar a solicitação que está sendo feita nas serventias. 
A outra classificação de publicidade é a publicidade passiva. Como o nome bem esclarece, é a situação em que o registrador aguarda a consulta a ser formulada na sua serventia.
CENEVIVA, Walter. Lei dos notários e registradores comentada: Lei n.º 8.935/94. 8. ed. São Paulo: Saraiva, 2010. p. 44.
PUBLICIDADE
APELAÇÃO CÍVEL. REINTEGRAÇÃO DE POSSE. NOTIFICAÇÃO LAVRADA POR SERVENTIA LOCALIZADA EM COMARCA DIVERSA DA QUE ABRIGA O DOMICÍLIO DO DEVEDOR. AFRONTA AOS PRINCÍPIOS DA TERRITORIALIDADE E DA PUBLICIDADE. INTELIGÊNCIA DO ART. 130 DA LEI DE REGISTROS PÚBLICOS C/C ARTS. 8º E 9º DA LEI N. 8935/94. AUSÊNCIA DE PRESSUPOSTO DE CONSTITUIÇÃO E DESENVOLVIMENTO VÁLIDO E REGULAR DO PROCESSO. SENTENÇA TERMINATIVA MANTIDA. RECURSO CONHECIDO E DESPROVIDO. (TJSC, Apelação Cível n. 2011.099123-1, de Itajaí, rel. Des. Rejane Andersen, j. 27-03-2012).
PUBLICIDADE (EX. APLICAÇÃO)
APELAÇÃO CÍVEL. SUSCITAÇÃO DE DÚVIDA DE TABELIONATO. RESSALVA DO POSICIONAMENTO DESTE RELATOR DE QUE A COMPETÊNCIA PARA APRECIAÇÃO DO FEITO É DE UMA DAS CÂMARAS DE DIREITO PÚBLICO. INTELIGÊNCIA DO ATO REGIMENTAL N. 93/2008 DESTA CORTE. RECUSA DE FORNECIMENTO DE INFORMAÇÕES AFETAS À COMPRA E VENDA DE IMÓVEL. INFORMAÇÕES SOLICITADAS QUE NÃO ESTÃO SOB A ÉGIDE DO LIMITADO ROL DE EXCEÇÕES SIGILOSAS. REGRA GERAL DE FORNECIMENTO DE INFORMAÇÕES QUE DEVE OBEDECER AO PRINCÍPIO DA PUBLICIDADE. OBRIGAÇÃO DO SERVENTUÁRIO EM FORNECER AS INFORMAÇÕES SOLICITADAS. EXEGESE DOS ARTIGOS 16 E 17 DA LEI N. 6.015/1973 - LEI DE REGISTROS PÚBLICOS. SENTENÇA REFORMADA. DETERMINAÇÃO DE PRESTAÇÃO DAS INFORMAÇÕES QUE SE IMPÕE. RECURSO PROVIDO. Ressalvado o entendimento deste Relator - de que o recurso interposto contra decisão proferida em procedimento de suscitação de dúvida é de competência de uma das Câmaras de Direito Público e não das Câmaras de Direito Civil, tendo em vista que versa sobre ato que tem origem em delegação de serviço público - fora dos casos em que a exposição de assentamentos públicos possa causar grave lesão ao direito de inviolabilidade da vida íntima, a prestação de informações, oralmente ou reduzidas a termo, pelos serventuários notariais é obrigatória e prevista nos artigos 16 e 17 da Lei n. 6.015/1973, não sendo possível a sua recusa sem robusto e consistente embasamento legal. (TJSC, Apelação Cível n. 2010.000956-6, de Camboriú, rel. Des. Jairo Fernandes Gonçalves, j. 10-05-2012).
PUBLICIDADE (EX. APLICAÇÃO)
Qualidade do que é confirmado por ato de autoridade: de coisa, documento ou declaração verdadeiros.
PRESUNÇÃO RELATIVA DE VERDADE: juris tantum.
Os atos são retificáveis e/ou modificáveis.
CENEVIVA, Walter. Lei dos registros públicos comentada. 20. ed. São Paulo: Saraiva, 2010l. São Paulo: Saraiva, 2010. p. 55
AUTENTICIDADE
"Os atos praticados pelo Oficial do Cartório são dotados de fé pública e, em princípio, devem ser reputados válidos. Desta feita, há a presunção de veracidade, de cunho juris tantum, incumbindo ao interessado o ônus de demonstrar a sua inadequação." (AI n. 2002.021499-5, de Tubarão, Rel. Des. Fernando Carioni, DJ de 05.12.02).
AUTENTICIDADE (EX. APLICAÇÃO)
ANULATÓRIA DE ATO JURÍDICO. ESCRITURA PÚBLICA DE COMPRA E VENDA DE IMÓVEL E RESPECTIVO REGISTRO IMOBILIÁRIO. VÍCIOS DE CONSENTIMENTO (DOLO E ERRO SUBSTANCIAL) NÃO DEMONSTRADOS. PROVA TESTEMUNHAL QUE APONTA A HIGIDEZ DA NEGOCIAÇÃO. INABALADA PRESUNÇÃO DE VERACIDADE E AUTENTICIDADE DOS DOCUMENTOS PÚBLICOS ELABORADOS POR TABELIÃO OFICIAL. RECURSO IMPROVIDO. Em sede de ação anulatória de ato jurídico, na ausência de prova cabal quanto a existência de erro ou dolo a inquinar o negócio jurídico celebrado entre partes maiores e capazes, deve prevalecer a presunção de autenticidade e veracidade das informações contidas na respectiva escritura pública de compra e venda, lavrada regularmente por tabelião oficial cuja fé pública, como se sabe, é legalmente presumida. (
TJSC, Apelação Cível n. 2012.070993-0, de Jaguaruna, rel. Des. Eládio Torret Rocha, j. 21-02-2013).
AUTENTICIDADE (EX. APLICAÇÃO)
Qualidade do que é confirmado por ato de autoridade: de coisa, documento ou declaração verdadeiros.
PRESUNÇÃO RELATIVA DE VERDADE: juris tantum.
Os atos são retificáveis e/ou modificáveis.
CENEVIVA, Walter. Lei dos registros públicos comentada. 20. ed. São Paulo: Saraiva, 2010l. São Paulo: Saraiva, 2010. p. 55
AUTENTICIDADE
"Os atos praticados pelo Oficial do Cartório são dotados de fé pública e, em princípio, devem ser reputados válidos. Desta feita, há a presunção de veracidade, de cunho juris tantum, incumbindo ao interessado o ônus de demonstrar a sua inadequação." (AI n. 2002.021499-5, de Tubarão, Rel. Des. Fernando Carioni, DJ de 05.12.02).
AUTENTICIDADE (EX. APLICAÇÃO)
ANULATÓRIA DE ATO JURÍDICO. ESCRITURA PÚBLICA DE COMPRA E VENDA DE IMÓVEL E RESPECTIVO REGISTRO IMOBILIÁRIO. VÍCIOS DE CONSENTIMENTO (DOLO E ERRO SUBSTANCIAL) NÃO DEMONSTRADOS. PROVA TESTEMUNHAL QUE APONTA A HIGIDEZ DA NEGOCIAÇÃO. INABALADA PRESUNÇÃO DE VERACIDADE E AUTENTICIDADE DOS DOCUMENTOS PÚBLICOS ELABORADOS POR TABELIÃO OFICIAL. RECURSO IMPROVIDO. Em sede de ação anulatória de ato jurídico, na ausência de prova cabal quanto a existência de erro ou dolo a inquinar o negócio jurídico celebrado entre partes maiores e capazes, deve prevalecer a presunção de autenticidade e veracidade das informações contidas na respectiva escritura pública de compra e venda, lavrada regularmente por tabelião oficial cuja fé pública, como se sabe, é legalmente presumida. (
TJSC, Apelação Cível n. 2012.070993-0, de Jaguaruna, rel. Des. Eládio Torret Rocha, j. 21-02-2013).
AUTENTICIDADE (EX. APLICAÇÃO)
Libertação do risco.
O sistema notarial e registral tem por objetivo fazer com que aquele que acorre ao respectivo sistema consiga, por meio de seus controles, reduzir o risco existente na realização do negócio jurídico pretendido.
SEGURANÇA
EFICÁCIA
Capacidade do ato gerar os efeitos que dele se espera.
Os NOTÁRIOS e os REGISTRADORES:
Art. 3º Notário, ou tabelião, e oficial de registro, ou registrador, são profissionais do direito, dotados de fé pública, a quem é delegado o exercício da atividade notarial e de registro.
FÉ PÚBLICA!!!
QUEM GARANTE ESSES FUNDAMENTOS
O conceito de fé pública não se encontra explícito na legislação, devendo ser verificado de forma analógica.
Art. 215. A escritura pública, lavrada em notas de tabelião, é documento dotado de fé pública, fazendo prova plena.
Código Civil.
FÉ PÚBLICA - PRESUNÇÃO DE VERACIDADE!!!
FÉ PÚBLICA
A fé pública abona a certeza e a verdade dos assentamentos que o notário e oficial de registro pratiquem e das certidões que expeçam nessa condição, com as qualidades referidas no art. 1º.
Corresponde à confiança atribuída por lei ao que o delegado declare ou faça, no exercício da função, com presunção de verdade; e confirma a eficácia do negócio jurídico ajustado com base no declarado ou praticado pelo registrador e pelo notário.
CENEVIVA, Walter. Lei dos notários e registradores comentada: Lei n.º 8.935/94. 8. ed. São Paulo: Saraiva, 2010. p. 51.
FÉ PÚBLICA
Regulamenta o art. 236 da Constituição Federal, dispondo sobre serviços notariais e de registro. (Lei dos cartórios)
Art. 1º Serviços notariais e de registro são os de organização técnica e administrativa destinados a garantir a publicidade, autenticidade, segurança e eficácia dos atos jurídicos.
A LEI FEDERAL N.º 8.935/94
Art. 5º Os titulares de serviços notariais e de registro são os:
I - tabeliães de notas;
II - tabeliães e oficiais de registro de contratos marítimos;
III - tabeliães de protesto de títulos;
IV - oficiais de registro de imóveis;
V - oficiais de registro de títulos e documentos e civis das pessoas jurídicas;
VI - oficiais de registro civis das pessoas naturais e de interdições e tutelas;
VII - oficiais de registro de distribuição.
QUEM SÃO OS TITULARES DO SERVIÇO NOTARIAL E REGISTRAL?
Tabeliães de notas;
Tabeliães e oficiais de registro de contratos marítimos;
Tabeliães de protesto de títulos;
O notário exara pareceres jurídicos a seus clientes, esclarecendo-os sobre a possibilidade jurídica de realizar-se determinado ato, sobre a forma jurídica adequada, bem como sobre as conseqüências que serão engendradas pelo ato.” 
(BRANDELLI, Leonardo. Teoria geral do direito notarial. Porto Alegre: Livraria do Advogado, 1998. p.135)
NOTÁRIOS
Oficiais de registro de imóveis;
Oficiais de registro de títulos e documentos e civis das pessoas jurídicas;
Oficiais de registro civis das pessoas naturais e de interdições e tutelas;
Oficiais de registro de distribuição.
A principal função do registro é constituir ou declarar o direito real, através da inscrição do título respectivo, dotando as relações jurídicas de segurança, dando publicidade registral erga omnes (ou seja, a todos indistintamente), até prova em contrário.
REGISTRADORES
Art. 6º Aos notários compete:
I - formalizar juridicamente a vontade das partes;
II - intervir nos atos e negócios jurídicos a que as partes devam ou queiram dar forma legal ou autenticidade, autorizando a redação ou redigindo os instrumentos adequados, conservando os originais e expedindo cópias fidedignas de seu conteúdo;
III - autenticar fatos.
COMPETÊNCIAS DOS NOTÁRIOS
Art. 7º Aos tabeliães de notas compete com exclusividade:
I - lavrar escrituras e procurações, públicas;
II - lavrar testamentos públicos e aprovar os cerrados;
III - lavrar atas notariais;
IV - reconhecer firmas;
V - autenticar cópias.
TABELIÃES DE NOTAS
Art. 8º É livre a escolha do tabelião de notas, qualquer que seja o domicílio das partes ou o lugar de situação dos bens objeto do ato ou negócio.
Art. 9º O tabelião de notas não poderá praticar atos de seu ofício fora do Município para o qual recebeu delegação.
ÁREA DE ATUAÇÃO E COMPETÊNCIA
Art. 10. Aos tabeliães e oficiais de registro de contratos marítimos compete:
I - lavrar os atos, contratos e instrumentos relativos a transações de embarcações a que as partes devam ou queiram dar forma legal de escritura pública;
II - registrar os documentos da mesma natureza;
III - reconhecer firmas em documentos destinados a fins de direito marítimo;
IV - expedir traslados e certidões.
TABELIÃES DE CONTRATOS MARÍTIMOS
REGRAS GERAIS NA L. 8.935/94, E REGRAS ESPECÍFICAS NA L. 9.492/97!!!
Art. 11. Aos tabeliães de protesto de título compete privativamente:
I - protocolar de imediato os documentos de dívida, para prova do descumprimento da obrigação;
II - intimar os devedores dos títulos para aceitá-los, devolvê-los ou pagá-los, sob pena de protesto;
III - receber o pagamento dos títulos protocolizados, dando quitação;
IV - lavrar o protesto, registrando o ato em livro próprio, em microfilme ou sob outra forma de documentação;
V - acatar o pedido de desistência do protesto formulado pelo apresentante;
VI - averbar:
a) o cancelamento do protesto;
b) as alterações necessárias para atualização dos registros efetuados;
VII - expedir certidões de atos e documentos que constem de seus registros e papéis.
parágrafo único. Havendo mais de um tabelião de protestos na mesma localidade, será obrigatória a prévia distribuição dos títulos.
TABELIÃES DE PROTESTO DE TÍTULOS
Art. 12. Aos oficiais de registro de imóveis, de títulos e documentos e civis das pessoas jurídicas, civis das pessoas naturais e de interdições e tutelas compete a prática dos atos relacionados na legislação pertinente aos registros públicos, de que são incumbidos, independentemente de prévia distribuição, mas sujeitos os oficiais de registro de imóveis e civis das pessoas naturais às normas que definirem as circunscrições geográficas.
DOS REGISTRADORES
Art. 13. Aos oficiais de registro de distribuição compete privativamente:
I - quando previamente exigida, proceder à distribuição eqüitativa pelos serviços da mesma natureza, registrando os atos praticados; em caso contrário, registrar as comunicações recebidas dos órgãos e serviços competentes;
II - efetuar as averbações e os cancelamentos de sua competência;
III - expedir certidões de atos e documentos que constem de seus registros e papéis.
REGISTROS
DE DISTRIBUIÇÃO