Buscar

Apostila Fisica

Prévia do material em texto

1 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
1/2012 
 
 
FÍSICA APLICADA A 
RADIOLOGIA I 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
“Não sei ainda que espécie de raio é o X. 
Mas sei que vai operar milagres” 
WILHELM CONRAD RÖENTGEN 
Prof. Jorge Alan Baloni 
FÍSICA APLICADA A RADIOLOGIA I 1/2012 
Prof. Jorge Alan 
 
2 
 
UNIDADE II 
OS RAIOS X 
 
 
 
“Penso 99 vezes e nada descubro. 
Deixo de pensar, mergulho no silêncio, a verdade me é revelada” 
(Einstein) 
 
2.1. APRESENTAÇÃO 
 
Em Novembro de 1895, Wilhelm Conrad RoentgenP, fazendo 
experiências com raios catódicos (feixe de elétrons), notou um brilho 
em um cartão colocado a pouca distância do tubo. Notou ainda que o 
brilho persistia mesmo quando a ampola (tubo) era recoberta com 
papel preto e que a intensidade do brilho aumentava à medida que se 
aproximava o tubo do cartão. Este cartão possuía em sua superfície 
uma substância fosforescente (platino cianeto de bário). 
Roentgen concluiu que o aparecimento do brilho era devido a 
uma radiação que saia da ampola e que também atravessava o papel 
preto. A esta radiação desconhecida, mas de existência comprovada, 
Roentgen deu o nome de raios-X, posteriormente conhecido também 
por raios Roentgen. 
Roentgen constatou também que estes estranhos raios podiam 
atravessar materiais densos, em um desses resultados ele pode 
visualizar os ossos da mão de sua mulher. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
1ª Radiografia 
 
Laboratório de Roentger 
 
 
 
2.2. PRODUÇÃO DE RAIOS X 
 
De um modo geral os Raios X são produzidos quando elétrons (partículas elementares de carga 
negativa) em alta velocidade colidem violentamente contra alvos metálicos. 
Os equipamentos de Raios-X foram planejados de modo que um grande número de elétrons sejam 
produzidos e acelerados para atingirem um anteparo metálico (alvo) com alta energia cinética. 
No tubo de Raios X os elétrons obtêm alta velocidade devido a alta tensão aplicada entre o anodo 
(eletrodo positivo) e o catodo (eletrodo negativo). 
Os elétrons que atingem o alvo (anodo) interagem com sua estrutura atômica, transferindo suas 
energias cinéticas para os átomos da estrutura atômica do alvo. 
Os elétrons interagem com qualquer elétron orbital ou núcleo dos átomos do anodo. As 
interações resultam na conversão de energia cinética em energia eletromagnética (calor, cerca de 99% e 
Raios X, cerca de 1%) 
FÍSICA APLICADA A RADIOLOGIA I 1/2012 
Prof. Jorge Alan 
 
4 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
2.2.1. O TUBO DE RAIOS X 
É montado dentro de uma calota protetora de 
metal forrada com chumbo, projetada para evitar 
exposição à radiação fora do feixe útil e possíveis 
choques elétricos. 
Os raios-X produzidos dentro do tubo, são 
emitidos em todas as direções (feixe divergente). 
Os raios-X utilizados em exames são emitidos 
através de uma janela (feixe útil ou primário). 
Os raios-X que passam pela capa de proteção 
são chamados radiação de vazamento ou de fuga e 
podem causar exposição desnecessária tanto do 
paciente quanto do operador. 
 
2.2.1.1. CATODO 
É o pólo (ou eletrodo) negativo do tubo de 
raios-X. Dividindo-se em duas partes: Filamento 
catódico e capa focalizadora ou copo de foco 
(cilindro de Welmelt). 
 
a) Filamento Catódico 
Tem forma de espiral, construído em 
tungstênio e medindo cerca de 2mm de diâmetro, e 1 
ou 2 cm de comprimento. Através dele são 
produzidos os elétrons, quando uma corrente atravessa o filamento. Este fenômeno se chama emissão 
termiônica. A ionização nos átomos de tungstênio ocorre devida ao calor gerado e os elétrons são 
emitidos. 
O tungstênio é utilizado porque possui um alto ponto de fusão, suportando altas temperaturas 
(cerca de 3.400 °C). Normalmente os filamentos de tungstênio 
são acrescidos de 1 a 2% de tório, que aumenta eficientemente a 
emissão termiônica e prolonga a vida útil do tubo. 
 
b) Capa Focalizadora ou Copo de Foco 
Sabe-se que os elétrons são carregados negativamente 
havendo uma repulsão entre eles. Ao serem acelerados na 
direção do anodo, ocorre uma perda, devido à dispersão dos 
mesmos. Para evitar esse efeito, o filamento do catodo é 
envolvido por uma capa carregada negativamente, mantendo 
os elétrons unidos em volta do filamento e concentrando os 
elétrons emitidos em uma área menor do anodo. 
c) Foco Duplo 
A maioria dos aparelhos de raios-X diagnóstico possui dois filamentos focais, um pequeno e um 
grande. A escolha de 
FÍSICA APLICADA A RADIOLOGIA I 1/2012 
Prof. Jorge Alan 
 
5 
 
um ou outro é feita no seletor de mA, no 
painel de controle. O foco menor abrange uma 
faixa de 0,3 a 1,0 mm e o foco maior, de 
2,0 a 2,5 mm. Ambos os filamentos estão 
inseridos no copo de foco. 
O foco menor e associado ao menor 
filamento e o maior, ao outro. O foco menor 
ou foco fino (2), permite maior resolução da 
imagem, mas também, tem limitado a sua 
capacidade de carga ficando limitado as 
menores cargas . O foco maior ou foco 
grosso (1), permite maior carga, mas em 
compensação, tem uma imagem de menor 
resolução. 
 
 
 
Copo de Foco 
 
 
 
 
 
 
 
 
Filamento 
Catódico 
 
 
 
 
 
 
Foco grosso 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Foco fino 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Catodo 
FÍSICA APLICADA A RADIOLOGIA I 1/2012 
Prof. Jorge Alan 
 
6 
 
2.2.1.2. ANODO 
É o eletrodo ou pólo positivo do tubo de raios-X. 
Existem dois tipos de anodo: anodo fixo e anodo rotatório (ou giratório). 
O anodo recebe os elétrons emitidos pelo catodo. Além de ser um bom condutor elétrico, o anodo 
é também um bom condutor térmico. Quando os elétrons se chocam contra o anodo, grande parte de suas 
energias cinéticas são transformadas em calor. Este calor deve ser conduzido para fora rapidamente, para 
não derreter o anodo. O material mais usado no anodo é tungstênio em base de cobre por ser adequado na 
dissipação do calor. 
a) Anodo fixo 
É encontrado normalmente em tubos onde não é utilizada corrente alta, como aparelhos 
de raios- X dentários, unidades portáteis ou unidades de mamografia. 
 
 
Esquema de uma ampola com anodo fixo 
 
 
 
Exemplo de uma ampola com anodo fixo 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Detalhe do anodo fixo 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Detalhe do Catodo, com seu copo de foco 
FÍSICA APLICADA A RADIOLOGIA I 1/2012 
Prof. Jorge Alan 
 
7 
 
b) Anodo giratório ou rotatório 
A maioria dos tubos de raios-X utiliza este, devido a sua capacidade de resistir a uma maior 
intensidade de corrente em tempo mais curto, e com isso, produzir feixes mais intensos. 
 
Esquema de uma ampola com anodo giratório 
 
 
 
Exemplo de uma 
ampola com anodo 
giratório 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Detalhe do Catodo, com seu copo de foco 
Detalhe do anodo giratório 
FÍSICA APLICADA A RADIOLOGIA I 1/2012 
Prof. Jorge Alan 
 
8 
 
c) Alvo, Fonte , ponto de Foco ou pista focal 
É a área do anodo que recebe o impacto dos elétrons. No anodo fixo, o alvo é feito de uma liga de 
tungstênio incluída em um anodo de cobre. 
No anodo giratório, o alvo é um disco. Este disco tem uma resistência grande à alta temperatura. 
A escolha do tungstênio deve-se à: 
1. Alto número atômico, acarretando grande eficiência na produção de raios-X. 
2. Condutividade térmica quase igual a do cobre, resultando em uma rápida dissipação do 
calor produzido. 
3. Ponto de fusão (3.400 ° C), superiorà temperatura de bombardeamento de elétrons 
(2.000 ° C). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
d) Aquecimento do anodo 
O anodo giratório permite uma corrente mais alta 
pois os elétrons encontram uma maior área de impacto. 
Com isso o calor resultante não fica concentrado apenas 
em um ponto como no anodo fixo. Fazendo a comparação 
de ambos, num tubo com foco de 1mm, temos: no anodo 
fixo a área de impacto (alvo) é de aproximadamente 1mm 
x 4mm = 4mm². 
No anodo rotatório de diâmetro de 7 cm, o raio de 
impacto é de aproximadamente 3 cm (30 mm). Sua área 
alvo total é aproximadamente 2 x π x 30mm x 4mm = 
754mm². Portanto, o anodo rotatório permite o uso de 
área uma centena de vezes maior que um anodo fixo, com 
mesmo tamanho de foco. 
A capacidade de carga é aumentada com o 
número de rotações do anodo. Normalmente a 
capacidade de rotação é de 3.400 rotações por minuto. Existe anodo de tubos de maior capacidade que 
giram a 10.000 rpm. 
FÍSICA APLICADA A RADIOLOGIA I 1/2012 
Prof. Jorge Alan 
 
9 
 
2.2.1.3. AMPOLA DE ENCAPSULAMENTO 
É um recipiente hermeticamente fechado que serve de blindagem, isolante elétrico e de suporte 
estrutural para o anodo e catodo. 
Ajuda na refrigeração da ampola. 
O sistema de encapsulamento serve para manter o vácuo no interior do tubo. 
A presença de ar dentro do tubo é indesejável, pois, além de interferir na produção de raios X, 
permitiria que eletricidade percorresse o tubo, na forma de pequenos raios e centelhas, danificando o 
sistema. 
 
2.2.1.4. CUIDADOS COM O TUBO 
O mecanismo do rotor de um tubo rotatório pode falhar ocasionalmente. Quando isso acontece, há 
um superaquecimento criando depressões no anodo (danos sérios) ou rachaduras causando danos 
irreversíveis ao tubo. 
Ao acionar o disparador de exposições de uma unidade radiográfica, deve-se esperar 1 a 2 
segundos, antes da exposição, para que o rotor acelere e desenvolva o número de rotações por minuto 
desejadas. Quando a exposição é completada pode-se ouvir o rotor diminuir a rotação e parar em mais ou 
menos 1 minuto. O rotor e precisamente balanceado, existindo uma pequena fricção sem a qual o rotor 
levaria 10 a 20 minutos para parar, após o uso. 
 
2.2.1.5. VALORES MÁXIMOS DE OPERAÇÃO 
O operador do aparelho de raios-X deve estar atento à capacidade máxima de operação do tubo 
para não danificá-lo. Existem vários tipos de tabelas que podem ser usadas para estabelecer os valores 
máximos de operação do tubo de raios-X, mas apenas três são mais discutidas: 
1. Curvas de rendimento máximo; 
2. Resfriamento do anodo; 
3. Resfriamento da calota do tubo. 
Sendo que estas três variáveis, são normalmente calculadas pelos fabricantes adotando o sistema 
de bloqueio de carga superior ao limite do tubo, mas, sendo de suma importância o conhecimento destas 
pelo operador, pois, em caso de falha do sistema, o próprio profissional poderá poupar o tubo das cargas 
excessivas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Depressões no 
anodo causadas 
por 
superaquecimento 
FÍSICA APLICADA A RADIOLOGIA I 1/2012 
Prof. Jorge Alan 
 
10 
 
2.2.2. FASES DE PRODUÇÃO DOS RAIOS X 
1. O filamento catódico é aquecido devido à passagem de uma corrente elétrica (corrente de 
filamento – mA) de uma fonte de baixa voltagem, controlada por um seletor de mA. 
Aumentando-se o mA, maior será a corrente, elevando a temperatura e produzindo mais elétrons 
por efeito termiônico, criando uma nuvem negativa (nuvem catódica) em torno do catodo. 
2. A aplicação de uma diferença de potencial elevada (tensão ou campo elétrico) (kV) ao 
conjunto catodo-anodo, acelera os elétrons da nuvem catódica em direção ao anodo. 
3. Os elétrons com grande velocidade (e Energia Cinética) “colidem” com o anodo, no ponto 
de foco ou na pista focal, causando um desarranjo na estrutura atômica do objetivo, produzindo Raios X e 
calor. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Raios X 
 
 
 
 
 
 
 
C A 
 
 
 
 
Raios X 
 
 
 
 
 
 
 
FÍSICA APLICADA A RADIOLOGIA I 1/2012 
Prof. Jorge Alan 
 
11 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Filtro 
FÍSICA APLICADA A RADIOLOGIA I 1/2012 
Prof. Jorge Alan 
 
12 
 
2.2.3. TIPOS DE RAIOS X 
Existem dois tipos de raios-X, dependendo da forma de interação entre elétrons e o alvo: 
2.2.3.1. RAIOS X CARACTERÍSTICOS 
Esse processo envolve uma “colisão” entre o elétron incidente e um elétron orbital ligado ao 
átomo no material do alvo. O elétron incidente transfere energia suficiente ao elétron orbital para que seja 
ejetado de sua órbita ou “salte” para uma outra órbita, deixando um "buraco". Esta condição instável é 
imediatamente corrigida com a passagem de um elétron de uma órbita mais externa para este “buraco”. 
Como os níveis de energia dos elétrons são únicos para cada elemento, os raios-X decorrentes 
deste processo também são únicos e, portanto, característicos de cada elemento (material). Daí o nome de 
raios-X característico. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
FÍSICA APLICADA A RADIOLOGIA I 1/2012 
Prof. Jorge Alan 
 
13 
 
2.2.3.2. RAIOS X DE FRENAGEM 
O processo envolve um elétron passando bem próximo a um núcleo do material alvo. A atração 
entre o elétron carregado negativamente e o núcleo positivo faz com que o elétron seja desviado de sua 
trajetória perdendo parte de sua energia. Esta energia cinética perdida é emitida na forma de um raio-X, 
que é conhecido como "bremsstrahlung” ("braking radiation") ou radiação de frenagem. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
2.3. A PRODUÇÃO DE CALOR 
O calor também é produzido pelo “impacto” de elétrons. 
 
2.4. PRINCÍPIO DO FOCO LINEAR 
O PONTO DE FOCO REAL é a área do objetivo onde os elétrons “colidem”. O tamanho do ponto de 
foco real (FONTE) tem um efeito na formação da imagem radiográfica, como já foi visto. 
Sua relação é: 
Quanto menor é o ponto de foco 
mais nítida é a imagem. 
O PRINCÍPIO DE FOCO LINEAR faz 
com que o tamanho do ponto de foco real 
pareça menor quando visto da posição do 
filme devido a uma angulação do anodo 
com relação ao feixe catódico. 
Este ponto de foco projetado é 
chamado de PONTO DE FOCO APARENTE 
ou EFETIVO. 
Entretanto a um limite para esta 
angulação (15° a 20°). Se for muito 
pequeno causa um excessivo declínio de 
intensidade do lado anódico do feixe, 
chamado de EFEITO DE TALÃO OU 
ANÓDICO. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Anodo de Tungstênio 
(Vista lateral) 
Angulação 
 
 
Ponto de foco 
aparente ou efetivo 
 
Catodo 
 
 
Ponto de foco real 
(Área de 
bombardeio) 
FÍSICA APLICADA A RADIOLOGIA I 1/2012 
Prof. Jorge Alan 
 
14 
 
2.5. PROPIEDADES FUNDAMENTAIS DOS RAIOS X 
 Causam fluorescência em certos sais metálicos; 
 Enegrecem placas fotográficas; 
 São radiações eletromagnéticas, não sofrem desvio em campos elétricos ou magnéticos; 
 São diferentes dos raios catódicos (feixe de elétrons); 
 Tornam-se "duros" (mais penetrantes) após passarem por absorvedores; 
 Produzem radiações secundárias em todos os corpos que atravessam; 
 Propagam-se em linha reta (do ponto focal) para todas as direções (divergência); 
 Transformam gases em condutores elétricos (ionização); 
 Atravessam o corpo tanto melhor quanto maior for à tensão aplicada ao tubo (kV). 
 
2.6. ELEMENTOS DE UM CONJUNTO GERADOR DE RAIOS X 
A fonte de alimentação vem da rede elétrica. 
Acoplados a ampola existem dois circuitos: 
BV – Baixa voltagem,com corrente regulável que aquece o filamento. 
AV – Alta voltagem que funciona junto a um retificador que fornece o campo elétrico e mantém a 
polaridade no tubo. 
Numa instalação de Raios X, observa-se: 
a) Transformador que recebe 110/220V e fornece ao filamento aproximadamente 10V e ao 
conjunto catodo-anodo uma tensão variável entre 40kV e 150kV (ou mais). 
b) Painel de controle que possuem os controles 
b.1) Liga/desliga; 
b.2) Seletor de kV; 
b.3) Seletor de mA; 
b.4) Seletor de mAs 
c) Ampola. 
d) Mesa para o paciente. 
As máquinas de Raios-X 
podem operar a diversas tensões 
e a diversas correntes no tubo. De 
um modo geral, temos as 
seguintes características: 
• Diagnóstico: de 40 a 
150 KVP e correntes de 25 à 1200 
mA. 
• Terapia: de 60 a 250 
KVP e correntes de 
aproximadamente 8 Ma 
• Raio-X dentário: de 50 
a 90 KVP e correntes de até 10 
mA. 
• Raio-X industrial: de 
50 a 300 KVP e correntes de até 
10 mA 
FÍSICA APLICADA A RADIOLOGIA I 1/2012 
Prof. Jorge Alan 
 
15 
 
 
2.7. OBSERVAÇÕES 
 
a) A KILOVOLTAGEM – kV: 
É a tensão aplicada no tubo; 
 
b) O KILOVOLTPICO (kVp): 
É a tensão máxima aplicada no tubo que determina a energia do fóton mais energético em keV 
(Kiloeletronvolt) não representa a energia efetiva do feixe que está em torno de 30% a 40% do valor do 
kVp; 
 
c) O RETIFICADOR: 
Transforma CORRENTE ALTERNADA (CA) em CORRENTE CONTÍNUA (CC); 
 
d) O MILIAMPERE – SEGUNDO (mAs): 
É o número total de elétrons que atingem o anodo; 
Freqüentemente, as unidades mA e mAs são confundidas ou tomadas como termos 
sinônimos. Não são. Cada uma dessas 
unidades refere-se a uma grandeza diferente. 
A unidade mA refere-se à grandeza física 
corrente elétrica (i). 
A corrente elétrica é definida como a 
quantidade de carga elétrica (Q), dada em 
Coulomb (C), que passa por um meio 
qualquer, dividido pelo intervalo de tempo em 
que ocorre esta passagem, em segundos (s). 
 
 
 
 
 
 
 
 
e) CONTROLE AUTOMÁTICO DE EXPOSIÇÃO (CAE) 
Dispositivo que controla o nível de exposição, suspendendo a geração de Raios X quando o 
receptor de imagens (conjunto tela-filme) recebe uma determinada quantidade de exposição pré- 
determinada considerada ideal para um determinado exame; 
 
f) QUALIDADE DOS RAIOS X: 
Capacidade de penetração que depende da energia dos Raios X; 
O feixe de Raios X possui diversas energias (policromático); 
 
g) FILTRAGEM 
A filtragem do feixe aumenta a energia média do feixe, pois retira radiação com pouco poder de 
penetração “raios X moles”. 
 
h) TEMPO DE EXPOSIÇÃO: 
Em radiografias, a exposição é iniciada pelo operador do equipamento e terminada depois que se 
esgota o tempo selecionado previamente. 
Em fluoroscopia, a exposição é iniciada e terminada pelo operador, mas há um indicador do 
tempo de exposição acumulado que emite um sinal sonoro após 5 minutos de exposição. 
Os temporizadores e botões de controle ajustados pelo operador ativam e desativam a geração de 
raios X acionando dispositivos de chaveamento que pertencem, ao circuito primário do gerador. 
 
i) TEMPO – AJUSTE MANUAL: 
FÍSICA APLICADA A RADIOLOGIA I 1/2012 
Prof. Jorge Alan 
 
16 
 
Nos temporizadores manuais, o ajuste do tempo de exposição deve ser feito pelo operador antes 
de iniciar o procedimento. A seleção adequada dos ajustes do tempo de exposição no equipamento 
dependerá do conhecimento pessoal ou da consulta a uma Tabela de Exposição que correlaciona a 
espessura do paciente com o kV, o mA e o tempo. 
 
CONCLUSÃO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Além da inegável importância na medicina, na 
tecnologia e na pesquisa científica atual, a descoberta 
dos raios X tem uma história repleta de fatos curiosos e 
interessantes, e que demonstram a enorme perspicácia 
de Roentgen. 
Por exemplo, o físico inglês Sir William 
Crookes (1832-1919) chegou a queixar-se da fábrica de 
insumos fotográficos Ilford, por lhe enviar papéis 
"velados". Esses papéis, protegidos contra a luz, eram 
geralmente colocados próximos aos seus tubos de raios 
catódicos, e os raios X ali produzidos (ainda não 
descobertos) os velavam. 
Outros físicos observaram esse "fenômeno" dos 
papéis velados, mas jamais o relacionaram com o fato de 
estarem próximos aos tubos de raios catódicos! Mais 
curioso e intrigante é o fato de que o físico alemão 
Philipp Lenard (1862-1947) "tropeçou" nos raios X 
antes de Roentgen, mas não percebeu. 
Assim, parece que não foi apenas o acaso que 
favoreceu Roentgen, a descoberta dos raios X estava 
"caindo de madura", mas precisava de alguém 
suficientemente sutil para identificar seu aspecto 
fenomenal. 
FÍSICA APLICADA A RADIOLOGIA I 1/2012 
Prof. Jorge Alan 
 
17 
 
UNIDADE III 
FORMAÇÃO DA IMAGEM RADIOGAFICA 
“Intenção sem ação é ilusão. Ouse a fazer, e um poder será lhe dado.” 
(Lair Ribeiro) 
3.1. INTRODUÇÃO 
 
Os Raios X, assim como a luz visível, irradiam em todas as direções (divergência) propagando-se 
em linhas retas (a partir do ponto de foco) até que são detidos por um absorvente.Por este motivo, o tubo 
de Raios X está situado em um alojamento de metal que detém a maioria da radiação X. 
Somente uma quantidade de radiação útil sai do tubo, e esta radiação constituem o feixe primário. 
O centro geométrico do feixe primário é chamado de Raio Central (RC). 
Na maioria dos equipamentos de raios X usados em medicina, a quilovoltagem pode variar dentro 
de um amplo limite, o que possibilita uma ampla aplicabilidade de exames ou terapias. 
Podemos classificar os raios X que saem da ampola segundo a energia que possuem, que está 
diretamente ligada à quilovoltagem usada em: 
RAIOS X “SUAVES” OU “MOLES”, com maiores comprimentos de ondas e baixa energia 
produzidos com baixa quilovoltagem, estes são facilmente absorvidos. 
RAIOS X “DUROS”, com menores comprimentos de ondas e altas energias, produzidos com alta 
quilovoltagem, esta radiação é mais penetrante e responsável pela imagem radiográfica. 
Os raios X utilizados em radiografia médica são heterogêneos por constituírem-se de radiações 
com diferentes comprimentos de ondas, energias e poderes de penetração. 
 
 
 
 
FÍSICA APLICADA A RADIOLOGIA I 1/2012 
Prof. Jorge Alan 
 
18 
 
3.2. ABSORÇÃO DE RAIOS X 
 
Uma das principais características dos raios X é o seu poder de penetrar a matéria, mas nem todos 
os raios X que entram na matéria a penetram completamente; alguns são absorvidos e aqueles que entram 
formam a imagem aérea. 
 
3.3. FATORES QUE AFETAM A ABSORÇÃO DE RAIOS X 
 
Seguem-se alguns fatores que influenciam a 
absorção da radiação X. 
 
3.3.1. ESPESSURA 
É uma relação intuitivamente óbvia: um pedaço 
de material “grosso” absorve mais radiação X do que um 
pedaço “fino” do mesmo material. 
 
3.3.2. DENSIDADE 
Elementos mais densos (maior quantidade de 
matéria por unidade de volume) absorvem mais que os 
menos densos, como por exemplo a água (que absorve 
mais) do vapor de água. O estado de agregação dos 
átomos do meio favorece esta absorção. 
 
3.3.3. NÚMERO ATÔMICO (Z) 
O número atômico de um elemento químico representa a 
quantidade de prótons presente em seu núcleo, esta relação é um 
tanto complicada e depende da energia da radiação incidente. 
No entanto, de uma maneira geral, elementos com baixos 
números atômicos absorvem menos do que aqueles com maiores 
números atômicos, como por exemplo, o alumínio (que absorve 
menos) do chumbo (usado para proteção e isolamento). 
 
3.3.4. MEIOS DE CONTRASTE 
Os meios de contraste são substâncias que diferem em 
densidade e número atômicodo meio em que estão cuja função é 
evidenciar estruturas que normalmente não são vistas numa 
radiografia. 
Como exemplo, temos: 
Suspensões aquosas de sulfato de bário são usadas para 
realçar o trato gastrintestinal.Compostos orgânicos líquidos 
contendo iodo, para radiografias dos sistemas vascular, urinário, 
linfático ou respiratório e o canal vertebral. 
Obs: Substâncias que absorvem radiação X são chamadas de 
RADIOPACOS. Caso contrário são RADIOTRANSPARENTES, como 
por exemplo: o ar, CO2 ou gases em geral. 
 
 
 
 
 
 
 
 
Esofagografia 
 
 
Intestino Grosso 
Contrastado 
FÍSICA APLICADA A RADIOLOGIA I 1/2012 
Prof. Jorge Alan 
 
19 
 
3.3.5. KILOVOLTAGEM 
A kilovoltagem aplicada no tubo age como intensificadora de Raios X, quanto mais kV , mais 
energéticos são os Raios X produzidos (portanto com menores comprimentos de ondas) influindo assim 
em sua absorção. 
 
EFEITO NA 
IMAGEM 
RADIOGRÁFICA 
COM O AUMENTO 
DO kV 
 
 
60kV e 50mAs 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
70kV e 50mAs 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
80kV e 50mAs 
FÍSICA APLICADA A RADIOLOGIA I 1/2012 
Prof. Jorge Alan 
 
20 
 
3.3.6. FILTRAGEM 
Filtrar é remover Raios X inúteis, de baixa energia. A filtragem aumenta a energia média do feixe. 
 
 
3.3.6.1. FILTRAGEM INERENTE 
È a filtragem que ocorre na própria ampola através de seus elementos como a superfície do vidro 
e o óleo isolante ao redor do tubo. 
 
3.3.6.2. FILTRAGEM ADICIONAL OU ARTIFICIAL 
É a filtragem que ocorre propositalmente, através de folhas de metal inseridas no tubo (como no 
caso do alumínio), cuja função é remover Raios X de baixa energia. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
3.3.6.3. OBSERVAÇÕES 
1. A maioria das radiações menos energéticas irão somente adicionar-se à dose absorvida 
pelo paciente; 
2. A filtragem necessária depende fundamentalmente da kilovoltagem aplicada; 
3. A inserção de filtros “endurece” o feixe; 
4. A filtragem pode ser especificada em termos de equivalente de alumínio, ou seja, em 
termos da espessura de alumínio que produziria a mesma filtragem. 
3.3.7. COMPOSIÇÃO DO OBJETIVO ANÓDICO 
O material que compõe objetivo também influi na absorção. 
Na maioria das aplicações médicas são usados objetivos de Tungstênio enquanto que em 
Mamógrafos são usados objetivos de Molibdênio (que produzem uma maior porcentagem de radiação de 
baixa energia, facilmente absorvidos). 
FÍSICA APLICADA A RADIOLOGIA I 1/2012 
Prof. Jorge Alan 
 
21 
 
 
 
3.4. ABSORÇÃO DIFERENCIAL NO CORPO HUMANO 
O corpo humano é uma estrutura complexa constituída de diferentes espessuras e elementos. 
Estes elementos absorvem os Raios X de maneira diferenciada. Por exemplo, o osso é mais denso e contém 
elementos de número atômico maior do que o tecido macio. Por isso, os ossos absorvem mais Raios X que 
os demais tecidos. 
Observa-se também que estruturas doentes absorvem os Raios X de forma diferenciada 
evidenciando uma patologia, por outro lado a idade do paciente também pode ter alguma influência na 
absorção como é o caso da osteoporose (poros nos ossos) que apresenta uma baixa absorção de Raios X. 
A radiação que emerge do corpo é resultado desta absorção diferencial e é constituída de 
diferentes intensidades de Raios X. Os diferentes padrões de intensidade que emergem do corpo formam a 
imagem aérea. 
 
3.5. CONTRASTE DO SUJEITO 
É a relação entre a intensidade de uma parte do objeto e a intensidade de uma outra parte mais 
absorvente. 
Sua definição está relacionada à diferença de densidades ópticas entre dois pontos do filme, 
provocado por uma diferença de exposição nestes dois pontos. 
Quanto maior for a diferença de densidades ópticas para uma mesma exposição, maio r será o 
contraste: 
 
C DO1 DO2 
 
O contraste do sujeito depende dos fatores que afetam a absorção dos Raios X. 
 
3.6. FATORES DE EXPOSIÇÃO QUE AFETAM A IMAGEM AÉREA 
 
3.6.1. MILIAMPERAGEM 
Aumentando-se a miliamperagem aumenta-se a intensidade de Raio X sem no entanto afetar o 
contraste do sujeito que se mantém com a mesma proporção (ou seja as diversas intensidades de Raios X 
que emergem do corpo continuam a manter a mesma relação entre si). 
FÍSICA APLICADA A RADIOLOGIA I 1/2012 
Prof. Jorge Alan 
 
22 
 
 
 
 
EFEITO NA IMAGEM 
RADIOGRÁFICA COM O 
AUMENTO DO mAs 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
70kV 
25mAs 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
70kV 
50mAs 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
70kV 
80mAs 
FÍSICA APLICADA A RADIOLOGIA I 1/2012 
Prof. Jorge Alan 
 
23 
 
3.6.2. DISTÂNCIA 
A distância entre o tubo e o objeto tem um efeito na intensidade da imagem, conforme a distância 
entre a fonte e o objeto diminui, a intensidade de Raios X aumenta, e conforme a distância aumenta, a 
intensidade de radiação no objeto diminui. 
Isso acontece devido ao fato de que os Raios X propagam-se em linhas retas divergentes. 
O contraste do sujeito também não é afetado pela mudança na distância. 
 
 
 
 
3.6.3. KILOVOLTAGEM 
Uma mudança na quilovoltagem resulta em uma mudança no poder de penetração dos Raios X, 
modificando assim a intensidade total do feixe que incide no paciente e também o contraste do sujeito. 
Como já foi dito anteriormente. 
 
 
 
 
 
 
FÍSICA APLICADA A RADIOLOGIA I 1/2012 
Prof. Jorge Alan 
 
24 
 
3.7. EFEITO DE TALÃO (OU ANÓDICO) 
A intensidade de radiação que sai da fonte e incide sobre o paciente não é uniforme (ou seja, é um 
campo não constante) devido à inclinação que o 
objetivo possui em relação ao feixe de elétrons. 
O efeito de talão corresponde a uma 
variação de intensidades de Raios X devido ao 
ângulo de emissão de Raios X do ponto de foco. 
A intensidade diminui rapidamente do raio 
central em direção ao extremo anódico e aumenta 
levemente em direção ao extremo catódico. 
O efeito de talão pode ser usado para obter 
densidades equilibradas em radiografias das partes 
do corpo que diferem em absorção. Por exemplo, 
em radiografias das vértebras torácicas, a área 
cervical fina deve receber a menor intensidade de 
radiação da porção do anodo do feixe enquanto que 
a área grossa do peito deve ser exposta a uma 
radiação mais intensa da porção catódica. 
Quando se usa a porção central do feixe o 
efeito de talão é menos notado, no caso de 
exposição de filmes pequenos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SUMÁRIO DAS APLICAÇÕES DO EFEITO ANÓDICO 
 
INCIDÊNCIA EXTREMIDADE EXTREMIDADE CATÓDICA 
ANÓDICA 
Coluna torácica (AP) Cabeça Pés 
Coluna lombar (Lateral) Cabeça Pés 
Fêmur (AP e lateral) Pés Cabeça 
Úmero (AP e lateral) Cotovelo Ombro 
Perna (Tíbia/Fíbula) Calcanhar Joelho 
Antebraço (AP e lateral) Punho Cotovelo 
 
3.8. FILTROS DE ESPESSURA VARIÁVEL 
É também um método de se obter densidades equilibradas em radiografias por usar filtros de 
espessuras diferentes para diferentes absorções produzindo diferentes intensidades de radiação X 
incidente. 
 
3.9. GEOMETRIA NA FORMAÇÃO DA IMAGEM 
O objetivo de uma radiografia é o de obter imagens as mais exatas quanto possível e dois fator es 
que afetam esta nitidez são o grau de borrosidade e o tamanho da imagem. 
Lâmpadas comuns podem simular o que acontecem com os Raios X. 
FÍSICA APLICADA A RADIOLOGIA I 1/2012 
25 
 
3.9.1. BORROSIDADE GEOMÉTRICA E AMPLIAÇÃO DA IMAGEM 
A sombra produzida por uma lâmpada 
pequena, a uma distância de 90cm da parede, é 
quase do mesmo tamanho do objeto iluminado, a 
uma distância de 5cm da parede, e de contornos 
bem definidos. Movendo o objeto em direçãoa luz 
a sombra se torna maior e os contornos mais 
turvos. 
Substituindo a lâmpada menor por uma 
fonte maior note que os contornos ficam turvos 
mesmo com o objeto a pouca distância da parede, 
esta borrosidade aumenta quando se move o 
objeto em direção a fonte. 
O efeito da borrosidade também pode ser 
causado movendo-se a fonte para perto do objeto. 
Uma vez que a imagem aérea dos Raios X 
é também uma sombra do objeto, os mesmos 
princípios de formação de sombra são aplicados 
em radiografia. 
Quanto menor for a fonte de radiação 
(ponto de foco), quanto mais perto o objeto estiver 
do filme (plano receptor de imagem) e quanto mais longe estiver o objeto da fonte, menos borrosa e mais 
nítida é a imagem. Mas um ponto de foco maior e mais próximo do objeto e este distante do filme, maiores 
são a borrosidade e a ampliação. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
FÍSICA APLICADA A RADIOLOGIA I 1/2012 
26 
 
3.9.2. DISTORÇÃO 
É uma ampliação desigual de partes de uma estrutura. 
Se o ponto de foco não estiver verticalmente acima do objeto ele produzirá uma ampliação da 
imagem neste caso tendo o objeto e a superfície de gravação paralela. 
Se o objeto e a superfície de gravação não forem paralelos à sombra será distorcida. 
A distorção e a ampliação podem muitas vezes serem úteis quando aplicadas para examinar 
algumas estruturas que de outra maneira seriam obscuras. 
O estabelecimento da posição de uma estrutura a partir de sua “sombra” pode ser útil na 
identificação de uma lesão. 
 
3.10. MOVIMENTO 
O movimento, tanto das estruturas sendo radiografadas quanto do equipamento de exposição, 
contribui para a borrosidade da imagem. Duas regras devem ser seguidas: Imobilizar a parte radiografada 
e reduzir o tempo de exposição. 
 
3.11. FILME RADIOGRÁFICO 
O filme radiológico consiste em uma emulsão fixada numa base de material plástico (poliéster 
transparente ou de triacetato), que contém em suspensão cristais de brometo de prata em material 
gelatinoso. 
Quando a radiação interage com estes cristais, eles modificam quimicamente e formam o que é 
conhecido por imagem latente. 
Após a exposição, quando o filme é então “revelado”, os cristais expostos á radiação se reduzem a 
grãos de prata metálica. O filme é então “fixado” através d uma solução de tiossulfito de sódio, que 
dissolve o brometo de prata e a gelatina da emulsão não expostos às radiações, não afetando a prata 
metálica. 
O filme é então lavado em água corrente, para remover todos os resíduos químicos. 
O resultado é o enegrecimento de áreas proporcionalmente a quantidade de radiação recebida. 
O grau de enegrecimento de uma região do filme é descrito pela “Densidade Ótica” (DO) da região 
A imagem da luz do écran é transmitida para o receptor: o filme de Raios X 
 
3.11.1. COMPOSIÇÃO DO FILME: 
Gelatina ou emulsão: veículo para manter o composto de prata na forma de micro cristais de ato 
de prata uniformemente; 
Revestimento: camada protetora para diminuir danos na superfície do filme; 
Suporte: É a base do filme feita de poliéster; 
Haleto de prata: grãos de prata. 
desde 
que 
Você 
obtenha 
a 
permiss
ão do 
autor 
FÍSICA APLICADA A RADIOLOGIA I 
 
ANEXOS 
 
TÉCNICAS RADIOLÓGICAS KV e mAS 
 
SÉRIE RADIOLOGIA E SABER 1 
POR: PROF. RONALDO J. CALIL 
 
O kV determina o contraste. 
O contraste é responsável pela imagem preta e branca na radiografia, muito contraste significa 
uma imagem preta, chamada popularmente de “queimada”, e pouco contraste significa uma imagem 
branca; o mAs é responsável pela densidade. Densidade é aquela imagem referente ao contorno da 
estrutura do osso, ou seja, numa imagem de um RX de uma perna, o contorno que aparece como sendo dos 
músculos e tudo o que não for osso, significa que houve pouca densidade. A densidade é responsável pela 
eliminação de partes moles, portanto, se o técnico quiser produzir uma imagem óssea com bastante 
detalhe e qualidade, deve colocar mais mAs e menos kV. 
O mAs é resultado da multiplicação do valor colocado no comando (a mA), pelo valor colocado no 
comando do S (tempo). Se o botão do mA estiver no 200 e o botão do S no 0,25 segundos, o mAs será igual 
a 50, se colocar o mA no 500 e o tempo no 0,10, também terei 50 mAs. Esse método é usado para diminuir 
o borramento da imagem, ou seja, a imagem não sai tremida. O principio dessa técnica é diminuir o tempo 
sem alterar o valor do mAs, pois quando maior o tempo mais chance o paciente tem para se mexer 
durante a produção da imagem. 
Quando o exame é designado para partes moles – tudo o que não for osso – usa-se pouco mAs e 
muito kV, e quando a imagem ideal é a do osso, usa-se pouco kV e muito mAs. Alguns físicos defendem que 
o muito uso do mAs, gera uma forte radiação ao paciente. É verdade que a quantidade aumenta, mAs nada 
de tão exagerado a ponto de prejudicar a saúde do paciente, e a qualidade de imagem é compensadora. 
Ao contrário do que alguns afirmam, a maneira de descobrir a quantidade de kV a ser colocada, é 
descoberta por uma ciência, a matemática. Para o cálculo do kV é usada a fórmula: 
 
KekV 2
 
 
Onde, e = espessura e K = constante. 
A espessura é medida através do espessômetro, que deve ser posicionado no ponto onde entra o 
RC. 
O K significa a constante, que é determinada por um conjunto de equipamento e acessórios de 
uma sala de RX, que compreende a capacidade da ampola, a velocidade do écran, a DFoFi , o tipo da grade, 
a variação da voltagem do aparelho, a temperatura e o tempo da processadora e a marca do filme. 
A constante é extraída através da fórmula: 
 
eKVK 2
 
Essa fórmula será mais discutida a frente. Então teremos para RX de tornozelo com espessura = 9 
cm. e K = 25, o exemplo: 
 
43
2518
2529
2
kV
kV
kV
KekV
 
 
O mAs é calculado através de outras fórmulas, cada uma a ser empregada de acordo com a região. 
Para descobrir o mAs de exames ortopédicos referentes a extremidades – regiões situadas nas pontas dos 
membros. A saber: MMSS: Falanges, mão, punho, antebraço e cotovelo. MMII: Ante-pé, pé, tornozelo e 
perna, feitos sem bucky. Deve-se usar o valor do KV dividindo por três, exemplo.: 
3
kV
mAs
 
 
Para descobrir o valor do mAs para essas extremidades, incluindo o joelho, o crânio, o Hemi tórax, 
o ombro, o úmero, a clavícula, esterno e fêmur, usa-se o valor do KV dividindo-o por dois, então temos: 
FÍSICA APLICADA A RADIOLOGIA I 
 
 
 
2
kV
mAs
 
No exemplo acima teremos: 
3,14
3
43
3
mAs
mAs
kV
mAs
 
Para descobrir o mAs de exames de regiões mais específicas como o tórax, as colunas e o abdome, 
usa-se outra fórmula: 
CMkVmAs
 
 
O CM (Coeficiente Miliamperimétrico) é um valor pré determinado usado para determinar o mAs. 
Os seus valores são: 
 Abdome = 0,70; 
 Colunas = 0,80; 
 Tórax = 0,015. 
Então em um exame de coluna lombar, com um paciente com espessura de 25 cm. e uma 
constante igual a 30 o cálculo total fica: 
64
8,080
80
3050
30225
2
mAs
mAs
CMkVmAs
kV
kV
kV
KekV
 
 
Essa fórmula foi elaborada para distância igual a 1 metro, mAs no exame de tórax, usamos a 
distância igual a 1,80m. 
Quando afastamos a ampola, perdemos potência no aparelho. Esse fenômeno pode ser explicado 
se comparado a um carro encostado na parede com o farol ligado, quando ele começa a dar ré, a luz vai 
enfraquecendo, e a forma de manter a mesma intensidade de luz é aumentando a sua potência. O mesmo 
acontece com o KV. A cada 10 cm. que a ampola é afastada, deve-se aumentar 4 KV, então para o tórax 
aumenta-se 32 KV. Quando se abaixa a ampola, o efeito é ao contrário,fazendo com que o KV seja 
diminuído, na mesma proporção, a cada 10 cm. deve-se abaixar 4KV. 
Então para o RX de tórax de um paciente com 20 cm. de espessura e com uma constante de sala 
igual a 25, devo fazer o seguinte cálculo: 
6,1
015,0107
107
3275
4875
8075
2550
2
mAs
mAs
CMkVmAs
kV
kV
kV
cmDFoFikV
kV
KekV
 
 
Todo o tórax deve ser feito no mínimo usando a mA 300. 
FÍSICA APLICADA A RADIOLOGIA I 
 
 
O mAs em alguns aparelhos o tempo começa com 0,02 s., resultando 6 mAs. No caso acima não 
consigo empregar o mAs obtido - o tempo muda de aparelho para aparelho, juntamente com a valor do 
mAs e do KV. Para isso uso a regra descrita a seguir: 
Para cada 10 KV que aumento, devo dividir o mAs por dois; 
Para cada 10 KV que diminuo, devo dobrar o mAs. 
Então para o mAs do tórax citado acima, basta ir usando a regra até atingir o valor de 6 mAs: 
 
kV mAs 
107 1,6 
97 3,2 
87 6,4 
 
O mesmo é válido para situações similares para outras partes do corpo, em que o aparelho não 
proporcionar o uso correto da técnica. 
Essa técnica pode também ser usada para melhorar a qualidade da imagem já que aumentando o 
mAs, elimina-se as partes moles, obtendo- se mais detalhe do osso. 
É necessário prestar atenção na distância real da ampola em relação ao filme. O ponto referente a 
um metro no marcador de distância da ampola, geralmente está relacionado à DFoFi da ampola à grade, 
portanto quando o chassi fica em cima da mesa, a distância é reduzida geralmente em 1 metro. Nesse caso 
é necessário aumentar a distância em aproximadamente 10 cm, para compensar. 
O ponto correto de medição da ampola é a aproximadamente 4 cm, acima da sua parte redonda 
lateral. Deste local mede-se um metro até a grade, ou até a mesa. 
A constante é o valor mais difícil de descobrir. O seu valor depende de adequar os valores obtidos 
pedidos na sua fórmula de cálculo. A fórmula é: 
eKVK 2
 
 
Deve-se conferir: 
a. Se o valor do kV está correto; 
b. Se o valor do mAs está dentro da relação kV/mAs usada nas fórmula apresentadas acima. 
Ex.: Em um exame de mão foi usado 41 kV com 5 mAs. A mão é feita sem bucky, portanto extraído o kV, 
deve-se dividir por 3 e achar o valor do mAs, e 41 dividido por 3, obviamente não é 5. Neste caso deve-se 
adequar a fórmula aos padrões corretos, o método a ser usado será explicado a frente; 
c. Se a DFoFi está correta. No exemplo acima a ampola pode estar a 90 cm. de distância do 
chassi, sendo necessário adequar as nossas normas, aumentando a distância e adicionando 4 kV; 
d. Se a espessura do paciente está correta. A maneira mais simples de descobrir a constante 
é extraindo-a de um exame de coluna lombar em decúbito. Pacientes idosos, principalmente mulheres, são 
propensos a terem osteoporose, nesse caso deve-se levar em consideração a perda de cálcio nos ossos, o 
que faz com a radiografia saia escura. Para evitar que o exame seja repetido, deve-se abaixar a técnica em 
aproximadamente 5% do valor do kV. O mesmo é indicado para pacientes orientais, devido a 
característica de sua raça. Em pacientes de cor, segue-se o contrário. O fenômeno não tem nada haver com 
a pigmentação da pele e sim com a característica de raça, por serem mais musculosos. Deve-se aumentar a 
técnica em 5 kV. 
Em paciente com gesso, deve-se aumentar em média 10 kV, devido a densidade acrescentada pelo 
gesso. Vale a pena observar se o gesso envolve todo o local a ser radiografado, ou se é só em partes. Em 
um Raios-X de tornozelo, a parte posterior normalmente está com gesso, a anterior não. 
Radiografias com o cilindro de extensão, deve-se aumentar de 6 a 8 kV, mAs só se o cilindro 
estiver encostado na parte a ser radiografada. O cilindro alinha os raios, evitando a radiação dispersa, 
diminuindo a intensidade. 
De uma radiografia com grade para outra sem grade, diminuir 8 a 10 kV, e vice-versa. A grade tem 
uma espessura que requer mais técnica. 
Efeito Anódico: 
Quanto mais a estrutura estiver próxima ao cátodo, mais concentrado estará a atenuação dos 
Raios-X, fazendo com tenha mais penetração no seu lado. A diferença entre um lado e outro é grande, 
chegando em quase 50% de diferença, por isso o efeito deve ser usado em exames que a estrutura a ser 
examinada tenha o formato cuneiforme - comece fino e termine grosso –. O cátodo fica sempre no lado do 
comando do aparelho, e geralmente é identificado com o sinal negativo (-) na saída dos fios na ampola. O 
anodo fica na direção da estativa e é identificado com o sinal positivo (+) também na saída dos fios da 
ampola. Portanto, quando o exame for de qualquer coluna, o paciente deve sempre ficar com a cabeça em 
direção do anodo (na estativa) e os pés no lado do cátodo (no comando), e quando o exame for de quadril, 
FÍSICA APLICADA A RADIOLOGIA I 
 
perna pé, o paciente deve ser posicionado ao contrário, de modo que a parte mais densa fique sempre no 
lado do cátodo. 
Magnificação: 
É a ampliação - Quanto mais próximo da ampola estiver à estrutura, mais ampliada ela se 
apresenta. Esse efeito pode ser comparado ao efeito da luz. Imagine que sua mão está sendo projetada em 
uma parede através de uma lanterna, gerando uma sombra. Quando você aproxima a sua mão no foco 
gerador de luz (da lanterna), a imagem projetada da sombra aumenta de tamanho. O mesmo acontece com 
os Raios-X; 
Para incidência de Arcos Costais, deve-se usar a mA 100, com o tempo longo, em 
aproximadamente 1,5s.. Para essa imagem o mAs será aumentado e o kV diminuído. Essa técnica 
destacará a parte óssea do tórax, deixando as partes moles sem evidência. 
Para técnica em urografia, deve-se dobrar o mAs e diminuir 10 kVs, afim de se obter uma melhor 
imagem do rim. Como o exame estuda a possibilidade de litíase renal, que pode apresentar-se com um 
tamanho bem inferior, chegando a menos de um milímetro, é preciso de mais detalhe para osso e de 
eliminar qualquer estrutura que sobreponha os rins, afinal os cálculos renais são calcificados. 
Afim de se obter dois filmes com a mesma imagem, gerada através de uma só incidência, é um só 
disparo de Raios-X, coloca-se dois filmes em um só chassi. Depois de revelados, verifica-se que a imagem 
dos dois são quase iguais, pois um é um pouco mais claro do que o outro devido a redução da luz 
produzida pelo écran; 
O filtro de compensação é uma cunha de alumínio, onde projeta- se a parte maior para a parte 
mais fina da estrutura, e a menor para a parte mais grossa, afim de se obter uma igualdade da estrutura. 
O filtro deve ser colado na ampola. Pode ser feito de papel alumínio de cozinha, dobrando-o várias 
vezes, de modo que vire um bloco espesso. Dobra-se outro pedaço de papel produzindo outro bloco, só 
que um menos espesso do que o anterior. Dobra-se outro menos espesso ainda, e assim sucessivamente 
até chegar ao ponto zero. Junta- se todos os blocos, do menor ao maior, formando-se uma “escada”. 
Forra-se todos os blocos com papel cartão e depois com papel contact, assim terá o formado 
desejado. 
 
Podem-se produzir cópias de um filme já radiografado. Para isso basta colocar dentro do chassi, 
no lado onde não vai radiação, um filme totalmente velado e revelado (preto), depois outro filme, por cima 
deste, virgem, e por último o filme a ser copiado. Depois de fechado, o chassi é levado à mesa de Raios-X e 
irradiado com uma técnica de mão. Revelado a imagem copiada estará no positivo, ou seja, fundo branco e 
imagem preta, ao contrário do original, de fundo preto e imagem branca. 
A técnica pode variar de parelho a aparelho, podendo ser alterada para mais ou menos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
FÍSICA APLICADA A RADIOLOGIA I 
 
 
Cálculo das Mudanças nos Fatores de Exposição 
 
Os fatores envolvidos na exposição são: 
 Miliamperagem; 
 Tempo de exposição; 
 Distância foco-filme; 
Quilovoltagem. 
Como cada um desses fatores contribuem para o resultado radiográfico, eles podem ser alterados 
de acordo com as necessidades das condições. Na prática , a mudança de um fator requer que se faça um 
ajuste em um dos outros fatores. 
Existem tabelas que ajudam a resolver estes ajustes. Entretanto é necessário que se 
compreendam as operações matemáticas envolvidas para um ajuste inteligente se não se encontrarem 
tabelas à disposição. 
Parâmetros iniciais: 
 mA0 (miliamperagem inicial); 
 mA (miliamperagem final); 
 T0 (tempo original); 
 T (novo tempo); 
 D0 (distância original); 
 D (nova distância). 
 
Relação entre Miliamperagem e Tempo 
A miliamperagem é inversamente proporcional ao tempo de exposição. 
 
0
0
T
T
mA
mA
 
 
Exemplo 1 – Uma miliamperagem de 30 e um tempo de exposição de 0,5s foram usadas. Para se 
deter o movimento é necessário reduzir o tempo de exposição a 0,05s. Qual seria a nova miliamperagem? 
300
05,0
5,030
5,0
05,030
0
0
mA
mA
mA
T
T
mA
mA
 
 
Exemplo 2 – Foi utilizado 30 mA e um tempo de exposição de 2s, se quer aumentar a 
miliamperagem para 60. Qual o novo tempo de exposição? 
sT
T
T
T
T
mA
mA
1
60
230
260
30
0
0
 
Miliamperes – segundos (mAs) 
É fundamentalmente o produto entre a miliamperagem e o tempo, representa o fator que 
controla a “quantidade” de exposição, permanecendo a quilovoltagem constante. 
 
00 TmAmAs
 
FÍSICA APLICADA A RADIOLOGIA I 2/2009 
 
 
Relação das distâncias entre Fonte e Receptor de Imagem 
Lei do Inverso do Quadrado 
Os Raios X, assim como a luz, divergem em trajetórias retilíneas, a partir do ponto de foco, a 
medida que afastam-se da fonte cobrem áreas cada vez maiores perdendo intensidade. 
Mudanças na distância entre Fonte e Receptor 
 A borrosidade geométrica diminui com o aumento da distância entre a fonte e o receptor 
(isto se não modificarmos a distância entre o objeto radiografado e o receptor); 
 Reduzem também a ampliação e a distorção; 
 Entretanto para manter uma mesma densidade é necessário aumentar a quantidade de 
Raios X, aumentando o mA; 
Relação entre Tempo e distância 
Modificando-se a distância entre a fonte e o receptor deve-se também modificar a quantidade 
total de Raios X usando-se a miliamperagem. 
Se o tempo original (T0) e a distância original (D0) forem conhecidas, pode-se calcular o novo 
tempo de exposição (T) para qualquer nova distância (D). Usando-se a lei do inverso do quadrado da 
distância teremos: 
 
2
0
2
0 D
D
T
T
 
 
Exemplo 1 – Vamos supor que o tempo de exposição inicial seja de 2s e a distância seja de 
100cm. Que tempo seria necessário para uma distância de 75cm? 
 
sT
T
T
D
D
T
T
125,1
10000
56252
100
75
2 2
2
2
0
2
0
 
 
Exemplo 2 – Supondo que o tempo de exposição inicial seja de 0,5s e a distância seja de 1,83m. 
Deseja-se diminuir o tempo de exposição para 0,1s. Qual será a nova distância solicitada? 
 
cmD
D
D
D
D
D
D
T
T
82
82,068,0
68,0
5,0
35,31,0
83,15,0
1,0
2
2
2
2
2
0
2
0
 
 
Relação entre Miliamperagem e Distância 
Os problemas relacionados entre miliamperagem e a distância são equivalentes com a relação 
entre tempo e distância porque a miliamperagem afeta a exposição da mesma forma. 
FÍSICA APLICADA A RADIOLOGIA I 2/2009 
 
2
0
2
0 D
D
mA
mA
 
 
Relação entre Miliamperes-Segundos e Distância 
O resultado dos miliamperes e tempo são frequentemente considerados como um único fator. Os 
cálculos mais úteis envolvendo distância são aqueles que combinam estes dois fatores em um único fator: 
o miliampere-segundo (mAs). Vamos representá-los assim: 
 mAs0 (miliampere-segundo inicial); 
 mAs (miliampere-segundo final). 
2
0
2
0 D
D
mAs
mAs
 
 
Exemplo 1 – Vamos supor que são necessários 100mAs para se produzir uma exposição, a uma 
distância de 1,83m. Qual a distância necessária para se reduzir a 25mAs? 
 
mD
D
D
D
D
D
D
mAs
mAs
91,0
83,0
83,0
100
83,125
83,1100
25
2
2
2
2
2
2
0
2
0
 
 
Exemplo 2 – Vamos supor que os fatores normais para uma radiografia da pélvis seja uma 
distância de 100cm com mAs de 100. O paciente não pode ser removido para uma mesa, e a altura da 
cama permite uma distância máxima de somente 88cm. Qual será o novo mAs necessário? 
 
4,77
10000
1007744
100
88
100 2
2
2
0
2
0
mAs
mAs
mAs
D
D
mAs
mAs
 
 
Mudanças de Quilovoltagem. 
Uma mudança na quilovoltagem requer uma 
compensação na exposição (mAs ou distância). Entretanto 
um aumento na quilovoltagem reduz o contraste do 
sujeito. Como é uma relação complexa estes parâmetros 
devem ser determinados através da prática. 
 
 
 
 
 
 
 
TÉCNICO EM RADIOLOGIA – ESCOLA TÉCNICA 
FISICO_MALUCO@HOTMAIL.COM 
WWW.BALONI.NO.COMUNIDADES.NET 
Prof.: Jorge Alan 
1 – (CESPE) A voltagem (kV) e a corrente (mA) 
do tubo de raios X são dois parâmetros 
controláveis que influenciam a qualidade da 
imagem e determinam maior ou menor tempo 
de exposição do paciente à radiação. Em 
relação ao efeito da modificação desses 
parâmetros, assinale a opção correta. 
a) O contraste do filme radiológico depende 
inversamente da voltagem, ou seja, o aumento 
da voltagem provoca a redução do contraste da 
imagem. 
b) O aumento da corrente ou da voltagem 
contribui para a redução da exposição do 
paciente à radiação. 
c) O aumento da voltagem reduz o poder de 
penetração do feixe de raios X, o que gera 
imagens mais claras. 
d) O aumento da corrente eleva a energia máxima 
dos raios X produzidos e, com isso, aumenta a 
exposição do filme a esses raios. 
 
2– (CESPE) Os raios X são um tipo de radiação 
eletromagnética ionizante muito utilizada em 
métodos diagnósticos, produzida por elétrons 
acelerados por uma grande diferença de 
potencial que incidem sobre um alvo 
metálico. Com relação ao tubo de raios X e à 
produção desses raios, assinale a opção 
correta. 
 
a) O interior do tubo de raios X é preenchido por 
óleo, o que garante durabilidade e eficiência na 
produção dos raios X. 
b) O tubo de raios X, por estar contido em uma 
calota protetora de madeira, geralmente não é 
visível. 
c) Dois tipos de anodo podem compor o tubo de 
raios X: o giratório e o fixo. Este último é 
utilizado na maior parte dos tubos de aparelhos 
de medicina diagnóstica. 
d) A corrente elétrica aplicada no tubo de raios X 
influencia o número de fótons de raios X 
produzidos. 
 
3 - (CESPE) Ainda em relação aos componentes 
do tubo de raios X, assinale a opção correta. 
 
a) O tubo de raios X contém o anodo, que é o pólo 
negativo, e o catodo, que é o pólo positivo. 
b) Os elétrons são atraídos e acelerados em direção 
ao catodo. 
c) O anodo contém um alvo, usualmente de 
chumbo, onde os raios X são produzidos. 
d) Os elétrons são irradiados por meio do 
aquecimento de um filamento, usualmente de 
tungstênio, localizado no catodo. 
 
4 - (CESPE) O conhecimento dos parâmetros 
técnicos que podem ser ajustados durante o 
exame radiográfico é fundamental para o 
melhor aproveitamento do aparelho. Com 
relação a esses parâmetros, assinale a opção 
correta. 
a) Os principais parâmetros que podem ser 
modificados durante um exame radiográfico são 
a voltagem, a corrente elétrica e o tempo de 
exposição. 
b) Após a geração dos raios X, o feixe passa por 
um colimador, formado por folhas de tungstênio 
interpostas. 
c) A grade tem como uma das principais funçõesreduzir a radiação espalhada e, portanto, o 
contraste da imagem. 
d) Quanto menor for o foco, menor será a 
resolução espacial da imagem e vice-versa. 
 
5 - (CESPE) Quanto aos aspectos técnicos da 
obtenção de imagens e da composição do 
aparelho de radiografia, julgue os itens 
seguintes. 
a) ( ) O tubo de raios X contém uma fonte de 
elétrons —o cátodo — e um receptor de elétrons 
— o ânodo. 
b) ( ) O ânodo é composto por filamento de 
tungstênio. 
c) ( ) Os elétrons são acelerados em direção ao 
cátodo, que contém um alvo, frequentemente de 
césio. 
d) ( )A maior parte da energia gerada no tubo é 
convertida em calor e apenas 1% é convertida 
em raios X. 
e) ( ) O tubo de raios X é envolto em nitrogênio 
líquido, para se evitar superaquecimento. 
 
6 - (CESPE) Em relação à exposição 
radiográfica, julgue os próximos itens. 
a) ( ) O aumento da voltagem reduz o contraste no 
filme. 
b) ( ) A redução da voltagem aumenta a exposição 
do filme, o que resulta na obtenção de imagens 
mais escuras. 
c) ( ) Focos pequenos geram imagens de menor 
resolução espacial. 
d) ( ) Focos grandes toleram maior aquecimento e 
são utilizados, por isso, em exames como 
fluoroscopia. 
e) ( ) O aumento da corrente determina menor 
produção de raios X. 
 
TÉCNICO EM RADIOLOGIA – ESCOLA TÉCNICA 
FISICO_MALUCO@HOTMAIL.COM 
WWW.BALONI.NO.COMUNIDADES.NET 
Prof.: Jorge Alan 
 
7. (CESPE) Atualmente, existem muitos modelos 
de sistemas de raios X disponíveis no 
mercado. Entretanto, algumas características 
são comuns a todos os aparelhos e precisam 
ser corretamente identificadas por seus 
operadores. Quanto aos aspectos técnicos dos 
aparelhos de raios X, julgue os itens a seguir. 
I - Os sistemas de raios X usualmente operam com 
voltagens máximas que variam entre 25 kV a 
150 kV e com correntes de tubo entre 100 mA e 
1.200 mA. 
II - Os sistemas de imagem são compostos pelo 
tubo de raios X, pela mesa de operação do 
aparelho e pelo gerador de alta voltagem. 
III - O console de comando permite modificar os 
valores da voltagem, da corrente e do tempo de 
exposição. 
A quantidade de itens certos é igual a 
A) 0. 
B) 1. 
C) 2. 
D) 3. 
 
8. (CESPE) O tubo de raios X, raramente visto 
pelo técnico de radiologia, está contido em um 
invólucro protetor. Assinale a opção correta 
acerca da estrutura do tubo de raios X. 
a) O invólucro protetor tem como objetivo proteger 
mecanicamente o tubo e, por conter óleo, auxilia 
também como barreira térmica, dissipando calor. 
b) A ampola de raios X está contida em um 
invólucro de metal ou madeira. 
c) O catodo corresponde ao terminal positivo do 
tubo de raios X. 
d) O anodo, que é o terminal negativo do tubo de 
raios X, pode ser estacionário ou rotativo. 
 
 
9. (CESPE) Acerca das aplicações práticas dos 
efeitos Compton, fotoelétrico e da 
radioproteção, julgue os próximos itens. 
I - O efeito Compton resulta na radiação espalhada 
que determina um embotamento difuso da 
imagem e perda do contraste entre as estruturas, 
muitas vezes resultando na necessidade de nova 
exposição e, portanto, maior irradiação do 
paciente. 
II - No efeito fotoelétrico, os raios X formados não 
fornecem informação útil para a formação da 
imagem, porém determinam aumento da 
exposição desnecessária à radiação. 
III - No efeito Compton, a radiação espalhada 
secundária ao efeito é uma das fontes de maior 
exposição ocupacional recebida pelos técnicos 
de radiologia. 
 
Assinale a opção correta. 
A) Apenas o item I está certo. 
B) Apenas o item II está certo. 
C) Apenas os itens I e III estão certos. 
D) Todos os itens estão certos. 
 
10. (CESPE) A respeito da produção e das 
características dos raios X, julgue os itens a 
seguir. 
a) Os raios X são produzidos no cátodo do tubo. 
b) O comprimento de onda dos raios X varia entre 
0,1mm e 1,0 mm. 
c) Os raios X são compostos por partículas gama. 
d) O ânodo é composto de tungstênio e (ou) molibdênio. 
e) KV refere-se à diferença de potencial entre o ânodo e 
o cátodo. 
 
11. A principal função da grade antidifusora é: 
A) Evitar que a radiação espalhada chegue ao filme 
B) Apenas sustentar o chassi na posição correta 
C) Limitar o campo radiográfico 
D) Potencializar os raios X 
E) Fixar o écran no interior do chassi 
 
12. Assinale a afirmativa que apresenta 
corretamente o conceito de raio X 
característico. 
 
(A) Processo que envolve uma colisão entre o 
elétron incidente e um elétron orbital. 
(B) Processo de produção da imagem em um 
aparelho de raio X. 
(C) Processo que envolve um elétron passando bem 
próximo a um núcleo do material do alvo. 
 (D) Processo que envolve a conversão de um 
nêutron em próton. 
(E) Processo que envolve a produção de um elétron 
positivo é ejetado do núcleo. 
 
13. Assinale a afirmativa que descreve 
corretamente o efeito Compton. 
(A) O feixe de radiação que emerge de um objeto 
irradiado. 
(B) Interação de um fóton de raio X incidente e um 
elétron ligado a um átomo do absorvedor. 
(C) Consiste de uma interação entre um fóton de 
raios X , e um elétron livre. 
(D) A energia do fóton é convertida em dois 
elétrons, um positivo e outro negativo. 
(E) A energia do raio X é transferida para um 
elétron orbital. 
 
 
TÉCNICO EM RADIOLOGIA – ESCOLA TÉCNICA 
FISICO_MALUCO@HOTMAIL.COM 
WWW.BALONI.NO.COMUNIDADES.NET 
Prof.: Jorge Alan 
14. Quanto à natureza e às propriedades dos 
raios-X, assinale a opção incorreta. 
 
A) Os écrans reforçadores são feitos de tungstênio. 
B) As radiações secundárias são produzidas pelo 
corpo do paciente. 
C) A propagação é feita em linha reta. 
D) O comprimento de onda é menor que m. 
E) Os raios X exercem efeito biológico. 
 
15. Em relação à produção, à emissão e à 
interação dos raios X com a matéria, julgue os 
itens a seguir. 
 
a) ( ) O deslocamento de elétrons da camada M para 
a camada K produz radiação característica. 
b) ( ) Bremsstrahlung, também chamado de 
radiação de frenagem, é produzida pelo choque 
do feixe de elétrons com elétrons da camada K 
do anodo. 
c) ( )A energia dos raios X é inversamente 
proporcional ao comprimento de onda dos 
fótons. 
d) ( )A função primária dos filtros é reduzir a 
energia do feixe de raios X. 
e) ( ) O efeito Compton se refere à interação entre 
os elétrons do feixe de raios X e os elétrons da 
camada externa do tecido 
f) ( ) No efeito fotoelétrico, há formação de 
radiação característica pela interação entre o 
feixe de raios X e o tecido. 
g) ( ) Um tubo de raios X mamográfico usa alvo de 
tungstênio, molibdênio ou titânio. 
h) ( ) Na formação dos raios X em aparelhos 
mamográficos com alvo de tungstênio, 
predomina a radiação característica. 
i) ( ) Na formação de raios X em aparelhos 
mamográficos com alvo de molibdênio, 
predomina a radiação de frenagem. 
j) ( ) O fato de o número atômico do molibdênio, 82, 
ser mais alto que o do tungstênio aumenta a sua 
eficiência na produção de raios X. 
k) ( ) A voltagem usada em radiografia 
mamográfica é menor que a usada em radiografia 
do pulmão. 
 
16. Leia as assertivas seguintes: 
 
I. A imagem latente é formada pela sensibilização 
do filme radiográfico pelos raios–X ou pela luz 
emitida pelas telas intensificadoras. 
II. A imagem radiográfica é formada pela 
sensibilização do cassete pelos raios–X ou 
pela luz emitida pelo filme radiográfico. 
III. A imagem de raios-X é formada pela 
sensibilização do filme radiográfico pelas telas 
intensificadoras ou pela luz emitida pelo filme 
radiográfico. 
 
Assinale a alternativa corretaA) se I é correta, apenas. 
B) se II é correta, apenas 
C) se III é correta. 
D) se I e II são corretas, apenas. 
E) se todas as três assertivas são incorretas. 
 
17. No que trata de conhecimentos radiológicos 
analise as assertivas seguintes e assinale com 
V a proposição verdadeira e com F aquela 
que for falsa. 
 
( ) Equipamentos com cátodo giratório têm 
durabilidade maior. 
( ) Os raios X são radiações que se movem no 
vácuo. 
( ) O filamento do tubo de raios X mais comum é 
feito de titânio 
 
A sequência correta, de cima para baixo é: 
A) V – F – V 
B) F – F – V 
C) F – F – F 
D) F – V – F 
E) V – V – F 
 
18. Analise as assertivas seguintes, 
todas referentes à radiologia e os raios-X. 
 
I. A utilização de grades previne a incidência de 
radiação secundária sobre o paciente. 
II. Os raios-X ionizam gases e enegrecem filmes 
fotográficos. 
III. O técnico em radiologia deve, sempre, usar 
avental plumbífero, mas, nem sempre, é 
necessária a proteção tiroidiana. 
IV. A filtração do feixe primário de raios X visa 
remover os raios de baixa energia e, assim, 
reduzir a exposição. 
 
Assinale: 
A) se I, III e IV são corretas, apenas. 
B) se I, II e III são corretas, apenas 
C) se II e IV são corretas, apenas 
D) se I, II e IV são corretas, apenas. 
E) se I e IV são corretas, apenas. 
 
19. Sobre a radiologia tradicional são postas as 
seguintes assertivas: 
 
 
TÉCNICO EM RADIOLOGIA – ESCOLA TÉCNICA
FISICO_MALUCO@HOTMAIL.COM 
WWW.BALONI.NO.COMUNIDADES.NET 
Prof.: Jorge Alan 
I. O trajeto dos elétrons acelerados ocorre no 
interior de um tubo a vácuo. 
II. O cátodo consiste numa peça metálica que 
promove a desaceleração dos elétrons. 
III. O ânodo consiste de uma peça metálica que 
promove a desaceleração dos elétrons. 
IV. A energia associada à velocidade dos elétrons 
(energia cinética), quando acelerados no tubo de 
RX e atingem um alvo metálico, converte-se 
99% em energia calorífica. 
 
Assinale: 
A) se apenas I, III são corretas. 
B) se apenas III e IV são corretas. 
C) se apenas I e IV são corretas. 
D) se I, II, III e IV são corretas. 
E) se apenas I, III e IV são corretas. 
 
20. Qual a função dos transformadores 
nos aparelhos de raios x? 
 
a) Obtermos alta corrente. 
 
b) Obtermos corrente direta. Obtermos. 
c) Obtermos baixa impedância. 
d) Obtermos alta voltagem. 
 
e) Obtermos voltagem contínua. 
 
21. O que é possível fazer para reduzir o 
efeito Compton? 
 
(A) Evitar o uso de filmes com dupla emulsão. 
(B) Aumentar o mAs. 
(C) Aproximar o paciente (objeto) do filme 
radiográfico. 
(D) Aumentar o feixe de raios X abrindo o 
colimador. 
(E) Evitar altos valores de Kv. 
 
22. Efeito Comptom também é conhecido como 
(A) aniquilação. 
(B) ionização. 
(C) espalhamento. 
(D) efeito fotoelétrico. 
(E) efeito eletromagnético 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Rosa de Hiroshima 
Composição: João Apolinário / Gerson Conrradi / Vinicios de 
Moraes 
 
Pensem nas crianças 
Mudas telepáticas 
Pensem nas meninas 
Cegas inexatas 
Pensem nas mulheres 
Rotas alteradas 
Pensem nas feridas 
Como rosas cálidas 
Mas, oh, não se esqueçam 
Da rosa da rosa 
Da rosa de Hiroshima 
A rosa hereditária 
A rosa radioativa 
Estúpida e inválida 
A rosa com cirrose 
A anti-rosa atômica 
Sem cor sem perfume 
Sem rosa, sem nada 
 
 
 
 “A dor é temporária, o emprego definitivo” 
 
T
É
C
N
I
C
O
 
E
M
 
R
A
D
I
O
L
O
G
I
A
 
–
 
F
Í
S
I
C
A
 
R
A
D
I
O
L
Ó
G
I
C
A
 
–
 
P
R
O
F
.
 
J
O
R
G
E
 
A
L
A
N
 
 
1 
CONTATOS: FISICO_MALUCO@HOTMAIL.COM 
 
 
 
01- Na realização de uma radiografia com fatores K=30, 
espessura=20, MAS=100, mA=100, T=1,0 s. o kV será: 
a) 70 
b) 50 
c) 75 
d) 78 
e) 65 
 
02- Para obtermos uma radiografia de bom padrão o kVp e o 
mAs devem ser ajustados de maneira precisa. Podemos afirmar 
que 
a) kV= 2x espessura + a constante. 
b) kV= 2x espessura + o dobro da constante. 
c) kV= espessura x a constante. 
d) kV= espessura + a constante. 
e) Nenhuma das anteriores. 
 
03- Em uma radiografia, a fórmula 2e + K define: 
a) corrente no tubo 
b) tempo de exposição - s 
c) tensão no tubo – Kv 
d) distância – d 
 
04- Para uma radiografia de abdome, em AP, de um paciente 
com 80 kg de peso, 25 cm de espessura e utilizando-se um 
aparelho de raios x cuja constante seja de 30, devemos usar 
quantos kV? 
a) 160 
b) 110 
c)100 
d) 80 
e) 55 
 
05- Na expressão A=2e+K a letra A corresponde a: 
a) Raio central. 
b) Distância. 
c) Posicionamento. 
d) kVp. 
e) Miliamperagem. 
 
06- Uma radiografia feita com 600mA e 0,1 Seg, terá o 
seguinte mAs: 
a) 30 
b) 60 
c) 90 
d) 100 
e) 200 
 
07- Qual a fórmula utilizada para se determinar o KV, sendo 
espessura igual a E e constante igual a K? 
a) KV = 2 x K + E 
b) KV = E x K + 2 
c) KV = E x 2 + K 
d) KV = K x E + 2 
e) KV = K + 2 x E 
 
 
 
08- Em paciente cuja região a ser examinada tem como espessura 
12 cm e a constante (K) do aparelho é igual a 20, o KV final 
será: 
a) 8 kV 
b) 24 kV 
c) 32kV 
d) 44kV 
e) 62 kV 
 
09- O exame radiológico de tórax de um paciente apresenta os 
seguintes dados: espessura = 20, total de KV = 65. Neste caso, 
a constante (K) do aparelho deverá ser: 
a) 15 
b) 20 
c) 25 
d) 30 
e) 35 
 
10- O KV final a ser considerado em uma radiografia de 
paciente que apresenta espessura igual a 19 e o aparelho 
apresenta K=23 é de: 
a) 17 
b) 28 
c) 37 
d) 61 
e) 65 
 
11- Em um paciente cuja região a ser radiografada tem como 
espessura 32 cm e K=20, o kV final é de: 
a) 36 
b) 41 
c) 67 
d) 84 
e) 87 
 
12- Qual o valor do kV que deverá ser aplicado em uma 
radiografia de tórax em que a espessura é de 35 cm e a 
constante do aparelho é 50? 
a) 90 
b) 100 
c) 110 
d) 120 
e) 130 
 
13- O técnico em radiologia perguntou ao seu colega qual a 
constante para exame do tórax. Obtida a resposta, mediu a 
espessura do tórax do paciente. Encontrando 20 cm, colocou os 
fatores: 100 kV, 500 mA, 0,01 s e 180 cm. Nesse caso, a 
constante do aparelho e a quantidade de radiação 
correspondem, respectivamente, a: 
a) 40 e 5 mAs. 
b) 60 e 5 mAs. 
c) 60 e 50 mAs. 
d) 40 e 0,5 mAs. 
e) 60 e 0,5 mAs. 
 
14- Em um paciente a região a ser examinada tem espessura 
igual à 10 cm (e=10), e (K) igual a 21. O KV final para este 
exame seráa) 09 kV. 
b) 31 kV. 
c) 41 kV. 
d) 5 kV. 
e) 62kV. 
EXERCÍCIOS TÉCNICAS RADIOGRÁFICAS 
 
 
 
 “A dor é temporária, o emprego definitivo” 
 
T
É
C
N
I
C
O
 
E
M
 
R
A
D
I
O
L
O
G
I
A
 
–
 
F
Í
S
I
C
A
 
R
A
D
I
O
L
Ó
G
I
C
A
 
–
 
P
R
O
F
.
 
J
O
R
G
E
 
A
L
A
N
 
 
2 
CONTATOS: FISICO_MALUCO@HOTMAIL.COM 
 
15- Considere, abaixo, os dados de um exame radiológico de 
coluna lombo-sacra. (Fundação Eletronuclear-99). E=31 cm 
KV= 83 A constate (K) deste aparelho deverá ser de: 
a) K= 21. 
b) K= 28 
c) K= 31 
d) k= 34 
e) K= 41 
 
16- Um paciente de 70 Kg de peso e com espessura abdominal 
de 30 cm, levando em consideração quea constante do 
aparelho é de 40, o KV a ser utilizado em sua radiografia do 
abdome em AP deve ser de: 
a) 75. 
b) 90. 
c) 100. 
d) 105. 
e) 110. 
 
17- Qual a fórmula utilizada para se obter a kilovoltagem, 
sendo “E” a espessura do objeto e “K” a constante do aparelho? 
a) E + 2K 
b) 2.E.K 
c) 2.E + k/2 
d) 2.E + 2.K 
e) 2.E + K 
 
18- Na expressão A= 2E + K a letra A corresponde a: 
a) Raio central (R). 
b) Distância (D). 
c) Posicionamento (P). 
d) Quilovolt (kV). 
e) Miliamperagem (mA) 
 
19- Considere, abaixo, os dados do exame radiológico do ramo 
pubiano, com paciente em decúbito dorsal, usando-se o Bucky 
de mesa. Espessura = 21 K = 15. O KV final para este exame 
será: 
a) 36 KV 
b) 42 KV 
c) 57 KV 
d) 71 KV 
 
20- Considere, abaixo, os dados de um exame radiológico de 
abdome: KV total = 95 Espessura = 32. A constante (K) deste 
aparelho deverá ser de: 
a) K = 21 
b) K= 31 
c) K = 32 
d) K = 42 
 
21- Considerando E como espessura do paciente e K como 
constante do aparelho, a fórmula matemática, para obtenção do 
resultado do kV é: 
a) 2 x K + e 
b) 2 x E 
c) 2 x E + K 
d) K + E 
22- O mAs usado numa radiografia com 100 mA e 0,4 
segundos é: 
a) 4 mAs 
b) 8 mAs 
c) 30 mAs 
d) 40 mAs 
e) 60 mAs 
 
23- Durante um exame de pediatria, ajustou-se a técnica 
empregada em 600mA e 0,03 segundos. Qual será o valor do 
mAs? 
a) 18000 mAs 
b) 1800 mAs 
c) 180 mAs 
d) 18 mAs 
e) 1,8 mAs 
 
24- Podemos obter a kilovoltagem (kV) através da seguinte 
equação, onde: e (espessura) K (constante) 
a) kV= 2e + K 
b) kV= e + K 
c) kV= e + 2K 
d) kV= e/2 + K 
e) kV= 2e + 2K 
 
25- Durante um determinado exame de mamografia, ajustou-se 
a técnica empregada manualmente em 80 mA e 0,7 segundos. 
Qual será o valor do mAs? 
a) 5600 mAs 
b) 560 mAs 
c) 56 mAs 
d) 5,6 mAs 
e) 56 mAs 
 
26- Em uma radiografia a fórmula 2E + K define: 
a) corrente do tubo - mA 
b) tempo de exposição - S 
c) tensão do tubo – kV 
d) distância – D 
 
27- Em uma radiografia simples de abdome em que usamos 
70KV, e a espessura da região é de 15 cm, podemos afirmar 
que a constante do aparelho é de: 
a) 35 
b) 55 
c) 25 
d) 40 
 
28- Em um paciente cuja região a ser examinada tem como 
espessura 12 cm e a constante (C) do aparelho é igual a 20, o 
kV final será igual a: 
a) 8 kV. 
b) 24 kV. 
c) 32kV. 
d) 44 kV. 
e) 240kV. 
 
29- Em um determinado exame de raio X, o técnico ajustou os 
comandos a 420 mA com um tempo de exposição de 1/60 
segundo. Indique o valor do mAs: 
a) 0,7 mAs. 
b) 7 mAs. 
c) 70 mAs. 
d) 700 mAs. 
 
30- A um paciente oriundo da emergência deste nosocômio foi 
solicitado exame radiográfico do abdome simples em antero-
 
 
 “A dor é temporária, o emprego definitivo” 
 
T
É
C
N
I
C
O
 
E
M
 
R
A
D
I
O
L
O
G
I
A
 
–
 
F
Í
S
I
C
A
 
R
A
D
I
O
L
Ó
G
I
C
A
 
–
 
P
R
O
F
.
 
J
O
R
G
E
 
A
L
A
N
 
 
3 
CONTATOS: FISICO_MALUCO@HOTMAIL.COM 
posterior. O técnico de radiologia, com o uso do espessômetro, 
aferiu 25 cm. Sendo a constante do aparelho de raios x 25, qual 
a quantidade de KV que utilizará para realizar esta radiografia. 
a) 125 kV 
b) 100 kV 
c) 75 kV 
d) 50 kV 
e) 25 Kv 
 
31- Um paciente apresenta uma espessura de 17 cm no 
diâmetro antero-posterior do seu tórax, em aparelho que 
apresenta 40 de constante. A quilovoltagem para o PA de 
campos pleuropulmonares é de: 
a) 74 
b) 60 
c) 54 
d) 80 
 
32- Em uma radiografia, a fórmula 2E + K define: 
a) corrente do tubo – mAs. 
b) tempo de exposição – “s”. 
c) tensão do tubo – kV. 
d) distância – “d”. 
 
33- Foi solicitado o estudo do abdome em AP de um paciente. 
O abdome media 20 cm. A constante do aparelho é de 30. 
Pergunta-se: Qual o kV adequado para o estudo deste abdome 
em AP? 
a) 80 kV 
b) 70 kV 
c) 60 kV 
d) 40 kV 
 
34- O exame radiológico de tórax de um paciente apresenta os 
seguintes dados: espessura = 20, total de KV= 65. Neste caso, a 
constante (K) do aparelho deverá ser de: 
a) 15 
b) 20 
c) 25 
d) 30 
e) 35

Continue navegando