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Resenha do artigo. A genética em transformação; crise e revisão do conceito de gene

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A genética em transformação: crise e revisão do conceito de gene
JOAQUIM, Leila Mariane; EL-HANI, Charbel Niño. A genética em transformação: crise e revisão do conceito de gene. Scientle Studia, São Paulo, v. 8, n.1, p. 93-128, 2010
	Desde sua descoberta e introdução, ainda no início do século XX, o conceito de gene tem desempenhado um papel central e primordial na biologia. Só que com o passar do tempo e diversas descobertas, esse conceito vem sendo alvo de discussão frequente, já que estão surgindo dificuldades de preservar o chamado modelo molecular clássico, que diz que um gene é um segmento do DNA que codifica um produto funcional (polipeptídeo ou RNA).
	A primeira parte do artigo, cita os dois projetos recentes que reúnem importantes achados na bioquímica e biologia molecular: o Projeto Genoma Humano (PGN) e a Enciclopédia de Elementos de DNA (Encode). Para os pesquisadores envolvidos no PGH, o gene pode ser definido como uma unidade hereditária que possui estrutura, função e localização definidas. Já os do Encode, não ignoram a necessidade de uma revisão na definição do conceito de gene e de outros conceitos centrais na genética.
	As próximas seções discutem sobre as principais descobertas feitas através de pesquisas e experiências cotidianas, como os genes interrompidos, a emenda (splicing) alternativa, o DNA-lixo, a sequência TAR, os pseudogenes, a regulação pós-transcricional, os RNAi e RNAsi, e outros, e foram justamente essas descobertas que levaram à essa crise no conceito de gene, em especial, dos seres eucariotos, por terem tornado evidente a sua diversidade estrutural.
	Dessa maneira, fica claro que o contexto complexo da genética atual está em constante mudança, afinal, com as últimas descobertas, a manutenção de visões anteriores, como a ideia de que os genes são unidades de estrutura/função se tornou difícil e acabou causando diversas reações à crise do conceito molecular básico.
	Em seguida, já na última seção do artigo são apresentadas diferentes interpretações sobre a definição de gene e deixa claro que a ideia de que os genes devem ser entendidos como unidades de função ainda permanece forte no cenário da pesquisa atual. Essa última parte também discorre sobre as divergências que estão ocorrendo na comunidade científica sobre o conceito de gene e encerra dizendo que esse conceito não precisa ser inteiramente geral para ser útil e que parece razoável pensar que uma variedade de modelos e definições de genes, com domínios bem delimitados de aplicação, pode dar conta de maneira mais apropriada das tarefas epistêmicas levadas a cabo pelos pesquisadores, do que uma definição ou modelo universal.
	Dessa forma, o artigo conclui que não se trata de escolher uma entre as várias definições/modelos de gene presentes na literatura, e discutidas no presente artigo, mas de organizar a diversidade de definições, de modo a compreender de maneira mais clara e precisa como elas permitem enfrentar as tarefas colocadas para os pesquisadores nos diversos campos da genética e da biologia molecular.

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