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Tipos de Gramática e Modo Verbal

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AULA 2 - VERBO
Gramática
Tipos de gramática:
Gramática internalizada : É o conjunto de regras que a criança internaliza durante o processo de aquisição da linguagem.
Por que, por exemplo, uma criança fala “Eu já fazi” no lugar de “Eu já fiz”?
Simples: porque ela ainda não conhece as exceções à regra de manutenção do radical do verbo nas conjugações. 
Se a criança diz “Eu já bebi” e “Eu já comi”, seguindo os radicais dos verbos BEBER e COMER, respectivamente, acrescidos de um [i] final, ela dirá “Eu já fazi” (FAZER). 
Isso significa que ela criou uma regra em que [i] seria uma forma de expressar o passado.
Gramática normativa : Muitos associam esta expressão à imagem de um livro – seja impresso, seja virtual. Mas será que devemos interpretar a gramática normativa somente dessa forma?
A gramática normativa é um conjunto de regras gramaticais que estabelece um padrão de linguagem, cujo emprego deve se adequar aos contextos formais de uso da língua.
Na verdade, essa gramática indica a formalidade de uso da língua.
Observe um exemplo de como a gramática normativa indica a formalidade de uso da língua...
Frequentemente, ouvimos na fala do indivíduo considerado culto, a seguinte frase: "O livro que eu gosto já esgotou."
No entanto, a gramática normativa prescreve uma construção diferente: "O livro DE que eu gosto também já esgotou."
Essa prescrição é baseada no fato de que, de acordo com a norma-padrão, a regência do verbo GOSTAR exige a preposição “de”. 
Exemplo: Eu gosto disso. 
O estudo da gramática de uma língua divide-se em quatro partes, quais sejam:
Fonologia: Que trata dos fonemas
Morfologia: Que trata das classes de palavras.
Sintaxe: Que trata das funções e das relações das palavras nas sentenças.
Semântica: Que trata dos significados das palavras.
Tipos de frase
Frase nominal: Aquela que não apresenta verbo.
ex: Socorro! Uma barata.
Frase verbal: Também chamada de oração, trata-se daquela que possui verbo.
ex: Vou socorrer você.
Modo e tempos verbais 
·	MODO
Indicativo: Nas primeira e segunda falas, Lucas e Felipe afirmam:  "Acertei todas as questões da prova!" - "Eu não estudei nada!"
Nesse caso, o conteúdo é tomado pelo falante como certo.
Subjuntivo: Na segunda fala, diante da notícia dada pelo amigo, Felipe suspira: 	"Se eu soubesse que você tinha estudado..." 
Nesse caso, o conteúdo é tomado pelo falante como duvidoso.
Imperativo: Na quarta fala, Felipe avisa a Lucas: "Não vai se esquecer dos amigos."
 Nesse caso, o conteúdo expressa uma ordem, uma súplica, um conselho. Além disso, ele pode ser:
 Afirmativo – “vai se esquecer”;
Negativo – “Não vai se esquecer”.
·	TEMPO
Presente: Aquele que indica o momento atual, como na penúltima fala: "Você está salvo!"
Passado ou Pretérito: Aquele que é anterior ao momento em que se fala, como nas primeiras falas:
Acertei todas as questões da prova!
Eu não estudei nada!
Futuro: Aquele que é posterior ao momento que se fala, como na última fala: 
A partir de hoje, melhorará seu desempenho, e a professora o aprovará!
·	Número
As formas verbais podem se apresentar no singular ou no plural. No caso do diálogo, elas aparecem somente no singular. Vejamos: “Acertei”, “estudei”, “soubesse”, “tinha estudado”, “podia”, “está”, “melhorará”, “aprovará”. 
·	Pessoas do Discurso: 
1ª Pessoa : Aquela que fala, como em: 
"Acertei todas as questões da prova!"
"Eu não estudei nada!"
2ª Pessoa:  Aquela com quem se fala, como em:
" (Você) Não vai se esquecer dos amigos."
3ª Pessoa: Aquela de quem se fala, como em:
 A partir de hoje, melhorará seu desempenho, e a professora (ela) o aprovará!
Os pronomes de tratamento “você(s)”, “senhor(a)” e “senhores(as)”, que fazem referência à 2ª pessoa, mas que se manifestam, formalmente, na 3ª, conjugam-se nesta última. A tabela a seguir apresenta essa conjugação:
Transitividade verbal
A transitividade indica se o verbo necessita ou não de complemento. O significado do verbo pode precisar ser completado por uma estrutura, ou seja, transitar até seu complemento.
Você pode não conhecer o nome técnico do fenômeno linguístico que envolve o caso apresentado, mas, provavelmente, você sabe que “quem precisa” precisa DE ALGO. Essa noção já faz parte de nosso conhecimento enciclopédico sobre a Língua Portuguesa. Por isso, se tal verbo não for acrescido de uma sequência de ideias que torne seu significado completo, não o entenderemos por si só.   
Você observou que, na história, Paulo disse a João que comprou “um carro”?
Assim como PRECISAR, o verbo COMPRAR também exige complemento. A diferença entre eles baseia-se no fato de que COMPRAR não exige complemento preposicionado, mas PRECISAR requer o uso da preposição. Por isso, esse verbo é transitivo indireto – classificação sobre a qual discutiremos adiante.
O diálogo que lemos anteriormente nos mostra que alguns verbos precisam de complemento – os chamados transitivos – e outros não – os chamados intransitivos. Quanto à transitividade, os verbos podem ser:
• Transitivos indiretos : Aqueles que exigem complemento preposicionado;
• Transitivos diretos : Aqueles que exigem complemento sem preposição;
• Bitransitivos ou transitivos: diretos e indiretos 
Aqueles que exigem os dois tipos de complemento. 
"TOMOU DORIL, A DOR SUMIU "
Na propaganda a seguir, há dois verbos: TOMOU e SUMIU. Como esses verbos são classificados, respectivamente, quanto à transitividade?
Transitivo direto e intransitivo.
Na primeira propaganda, o verbo SUMIR é intransitivo, porque seu significado não transita para outra estrutura da frase: ele traz a ideia completa da ação sem necessitar de complemento. 
 O verbo TOMAR, por sua vez, é transitivo direto, pois possui complemento sem preposição, e seu significado transita para o substantivo Doril, de modo a expressar uma ideia completa.
- Analise as propagandas e identifique as formas verbais nelas presentes quanto à transitividade.
"A hortaliça rebelde. Ela mostrou a uma família a leveza da HortiFruti." 
Já na segunda propaganda, o verbo MOSTRAR é bitransitivo, pois apresenta um complemento direto – “a leveza da Hortifruti” – e um indireto – “a uma família”. 
Regência verbal
Em uma visão bem tradicional, a regência verbal é o estudo da relação de dependência entre os verbos e seus complementos. Lidamos o tempo todo com verbos que precisam ou não de complemento: é tão normal que não nos damos conta disso.  Agora, parando para refletir, você já pensou que usar ou não uma preposição pode alterar o significado de um verbo?  Por exemplo, considere que um juiz diga as frases a seguir:
Eu assisto o jogo.
Nesta frase, temos o sentido de “prestar assistência, ajudar, socorrer”: usa-se sem preposição.
Eu assisto ao jogo.
Já nesta, temos o sentido de “ver, presenciar” e, nesse caso, a preposição é obrigatória. 
Observe os significados do verbo assistir em relação a sua regência:
Transitivo direto -> “prestar assistência, ajudar, acompanhar um doente”.
Transitivo indireto -> “presenciar, ver; caber, pertencer”.
Intransitivo -> “morar, residir” – pouco utilizado atualmente.
Vamos ver como esses significados de ASSISTIR são cobrados na prática? Assinale a alternativa em que o significado do verbo apontado entre parênteses NÃO corresponde a sua regência:
Com sua postura séria, o diretor assistia todos os funcionários dos departamentos da empresa. (ajudar) 
·	O verbo ASSISTIR é transitivo direto, ou seja, possui complemento sem preposição quando significa 'prestar assistência' ou  'ajudar.
No grande auditório, o público assistiu às apresentações da Orquestra Experimental. (ver) 
·	O verbo ASSISTIR é transitivo indireto com o significado de presenciar, ver.
Esta é uma medida que assiste aos moradores da Vila Olímpia. (cabe) 
·	O verbo ASSISTIR é transitivo indireto, ou seja, possui complemento com preposição quando significa' caber'.
Estudantes brasileiros assistem na Europa durante o ano. (observar) ( RESPOSTA ERRADA) 
·	O verbo ASSISTIR é intransitivo com o significado de morar, residir ('na Europa'é adjunto adverbial de lugar). Assim, seguindo o que se prescreve deveríamos ter como significado MORAR.
Aqui, há o uso de:
       NA = preposição EM + artigo A 
Embora vejamos a preposição “em” regendo o verbo “pisar”, sob o olhar normativo, existe um problema na sentença. A prescrição indica que o adequado seria: Não pise a grama.
Tim Maia canta:
[...] Pensei até em me mudar, lugar qualquer que não exista o pensamento em você [...] 
 Mas a norma prescreve “lugar qualquer em que não exista”. 
E nas campanhas publicitárias? Veja o que aconteceu na campanha da Mercedes Benz de 2011:
A propaganda destaca:
Mercedes-Benz: A marca que todo mundo confia.
 No entanto, o verbo “confiar” é regido pela preposição EM. Logo, a frase deveria ser escrita desta forma: 
Mercedes-Benz: A marca EM que todo mundo confia.
"Ai, amor! Se lembra de que você me prometeu uma vida de princesa quando casamos? Pois é...Meu conto de fadas está mais pra contos de terror."
O verbo “lembrar” possui duas regências. Sendo assim, ele pode ser:
• Transitivo direto – lembrar algo;
• Transitivo indireto – lembrar-se de algo.
Nesta tirinha, há um problema quanto à colocação pronominal. Vejamos:
• “Se lembra de” -> linguagem coloquial;
• “Lembra-se de” -> norma-padrão prescrita pela gramática.
Embora isso aconteça, a regência do verbo está correta, pois, em sua fala, a esposa usa a preposição “de” associada à partícula “se”. 
"Ih, Ana. Minha mãe esqueceu de comprar seu presente"
Assim como o verbo “lembrar”, o verbo “esquecer” possui duas regências. Sendo assim, ele pode ser:
• Transitivo direto – esquecer algo;
• Transitivo indireto – esquecer-se de algo.
Nesta tirinha, a regência do verbo está incorreta, pois a menina usa a preposição “de” SEM a partícula “se”. A prescrição indica que o correto é: 
Minha mãe se esqueceu de comprar seu presente...
"O que você vai querer, Luísa? Pizza ou cachorro quente?" 
"Eu prefiro pizza do que cachorro quente" 
O verbo “preferir” tem o sentido de “escolher” e possui dois objetos. São eles:
• Objeto direto, sem preposição – aquilo que escolhemos;
• Objeto indireto, com preposição “a” – aquilo que deixamos em segundo plano. 
Nesta tirinha, então, a sentença deveria ter sido redigida da seguinte forma:
Eu prefiro pizza a cachorro quente.
Quando implicar tem sentido de "acarretar" , "produzir como consequência", constrói-se a oração com objeto direto, como se vê em:
·	Quando era pequeno, todos sempre implicavam comigo.
·	Muitas patroas costumam implicar com as empregadas domésticas. 
·	Pelo que diz o assessor, isso implica em gastar mais dinheiro.
·	O banqueiro implicou-se em negócios escusos. 
·	Um novo congelamento de salários implicará uma reação dos trabalhadores.
O verbo “implicar” é transitivo direto com o sentido de “acarretar”, “ocasionar”, e seu complemento – um objeto direto – não deve ser introduzido por preposição. O uso correto desse verbo pode ser observado no seguinte fragmento: 
“GETÚLIO VARGAS tornou-se muito popular por vários motivos, mas, sobretudo, por saber utilizar a palavra como ferramenta política. O uso implicou, também, silenciamento dos discordantes. 
O rádio serviu-lhe de meio eficaz para consolidar seu prestígio junto aos mais pobres. Ele gostava de ser conhecido como pai dos pobres, mas foi qualificado, também, como mãe dos ricos”.
Assinale a alternativa em que há erro de regência verbal:
·	Os padres das capelas que mais dependiam do dinheiro desfizeram-se em elogios à garota. 
·	As admoestações que insisti em fazer ao rábula acabaram por não produzir efeito algum. 
·	Nem sempre, o migrante, em cujas faces se refletia a angústia que lhe ia na alma, tinha como resolver a situação. 
·	Era uma noite calma que as pessoas gostavam, nem fria nem quente demais.
·	Nem sempre, o migrante, cujas faces refletiam a angústia que lhe ia na alma, tinha como resolver a situação. 
O verbo GOSTAR é regido pela preposição DE. Embora o apagamento da preposição nesse tipo de oração aconteça com frequência na fala de indivíduos considerados cultos, a gramática normativa nos prescreve o uso da preposição DE: 
 Era uma noite calma DE que as pessoas gostavam, nem fria nem quente demais.
 Há, ainda, uma terceira possibilidade, considerada como forma marcada por ser utilizada por indivíduos de menor escolaridade:
 Era uma noite calma que as pessoas gostavam DELA, nem fria nem quente demais.
Assinale a alternativa CORRETA quanto à regência verbal:
·	A peça que assistimos foi muito boa. 
·	Estes são os livros que precisamos
·	Esse foi um ponto que todos se esqueceram. 
·	Guimarães Rosa é o escritor que mais aprecio. 
·	O ideal que aspiramos é conhecido por todos. 
a) A peça a que assistimos foi muito boa. (O verbo “assistir” é regido pela preposição “a”.)
b) Estes são os livros de que precisamos. (O verbo “precisar” é regido pela preposição “de”.)
c) Esse foi um ponto de que todos se esqueceram. (O verbo “esquecer”, quando pronominal, é regido por preposição.) 
d) O verbo “apreciar” é transitivo direto. Logo, não é regido por preposição. 
e) O ideal a que aspiramos é conhecido por todos. O verbo “aspirar” é regido pela preposição “a”. 
Regência nominal
Assim como acontece com os verbos, os nomes também podem ser transitivos, ou seja, podem necessitar de complementos para que apresentem significação completa. 
Observe a transitividade dos nomes a seguir:
Esse filme é impróprio para menores. (IMPRÓPRIO pra quem?)
Nossos pais estão contentes por você. (CONTENTES por quê?\quem?) 
Os membros da diretoria votaram favoravelmente ao projeto. (FAVORAVELMENTE a que?) 
Uso das preposições: casos especiais 
1. A expressão correta é EM NÍVEL
Ex: Essa questão será resolvida em nível federal.
Lembramos que a expressão “a nível de” é um modismo a ser evitado.
2 . DELE ou DE ELE?
·	DELE quando corresponde a um pronome possessivo.
Ex: A paciência dele acabou, e ele saiu da sala.
DELE quando corresponde à combinação da preposição de com o pronome pessoal oblíquo tônico ele, na função de objeto indireto 
Ex: Ana gosta muito dele, mas prefere ficar em silêncio. 
·	DE ELE = preposição de mais o pronome pessoal reto ele. Essa combinação só pode ser usada quando ele for sujeito de uma oração reduzida de infinitivo.
Ex: Conversamos sobre isso de ele sair.  (= de que ele saísse)
Apesar de ele ter comprado o carro, foi de táxi à festa.
O segredo é o verbo no INFINITIVO. Só podemos usar DE ELE quando houver esse verbo. 
Ex: Fizemos a surpresa antes de ele chegar ao curso.
Essa regra também se aplica em outros casos, tais como:
PREPOSIÇÃO + ARTIGO: 
Ex: As contratações cessaram depois de a polícia ter descoberto todo o golpe.
PREPOSIÇÃO + PRONOME DEMONSTRATIVO:
Ex: O médico comprou o equipamento, apesar de essa empresa não garantir a troca.
3. A forma prescrita é TEM DE. 
Embora o uso da forma “tem que” esteja consagrado e muitos autores considerem as duas formas aceitáveis, devemos utilizar, preferencialmente, a forma “tem de”. 
 Exemplo: A família tem de pagar todas as dívidas.  
4. PARA MIM ou PARA EU? 
Devemos observar que:
a) “Eu” é um pronome pessoal do caso reto e exerce a função de sujeito;
b) “Mim” é um pronome pessoal oblíquo tônico, NUNCA exerce a função de sujeito e, obrigatoriamente, deve ser usado com preposição: “a mim”, “de mim”, “entre mim”, “para mim”, “por mim” etc.
Exemplos
 Ana trouxe o livro PARA EU ler. (= sujeito)
Ana trouxe o livro para MIM. (= não é sujeito)
 No primeiro caso, há duas orações: 
 “Ana trouxe o livro” = oração principal 
“para EU ler” = oração reduzida de infinitivo (= para que eu lesse)
 Nesse caso, devemos usar o pronome pessoal do caso reto (EU), porque este exerce a função de sujeito do verbo infinitivo (LER).  
Em síntese, a diferença entre PARA MIM e PARA EU está na presença ou não de um verbo (sempre no infinitivo) após o pronome.
Portanto, sempre que houver um verbo no infinitivo, devemos usar os pronomes pessoais retos. Isso ocorrerá com qualquer preposição.
Exemplos
Minha irmãsaiu da festa antes DE MIM.
Ela voltou para o escritório antes DE EU chegar.
Nossos professores fizeram isso POR MIM.
Mariana fez isso POR EU estar cansada.
Observe, no entanto, a mudança no significado trazida pelo uso da vírgula:
PARA EU sair de casa, foi preciso organizar minhas finanças.
PARA MIM, vender meu primeiro imóvel foi uma grande conquista.
Na primeira frase, o pronome pessoal reto (EU) é o sujeito do infinitivo (SAIR). 
Já na segunda frase, a vírgula indica que PARA MIM está deslocado. Nesse caso, devemos usar o pronome oblíquo (MIM), pois este não é o sujeito do verbo VENDER.
5. Não há nada ENTRE EU E VOCÊ ou ENTRE MIM E VOCÊ?
Como explicamos anteriormente, “Eu” é pronome pessoal do caso reto e só pode ser usado na função de sujeito:
Com verbo no infinitivo – Não há nada ENTRE EU sair e você ficar em casa;
Sem verbo no infinitivo – Não há nada ENTRE MIM E VOCÊ. 
6. A QUEM
Quando o substantivo que antecede o pronome relativo é pessoa, podemos usar o pronome “quem”.
 Exemplo: Aquele é o professor A QUEM enviei o trabalho.
7. DE QUE, DE QUEM ou DO QUAL?
Estes são os processos DE QUE (ou DOS QUAIS) o escritório dispõe. 
(= o escritório dispõe DOS PROCESSOS)
Estes são os advogados DE QUEM ou DOS QUAIS o escritório dispõe.
(= a empresa dispõe DOS ADVOGADOS)
ATENÇÃO!
O pronome relativo QUAL deve ser usado sempre que vier antecedido de preposição que não seja monossílaba (“após”, “contra”, “desde”, “entre”, “para”, “perante”, “sobre” etc.).
Exemplos
Este é o livro SOBRE O QUAL falei ontem.
Esta é a ocasião PARA A QUAL eles se prepararam tanto.
8. CUJO
O pronome relativo “cujo” deve ser usado sempre que houver ideia de posse.
Exemplos:
Ali está o cozinheiro DE CUJO bolo ninguém gostou. 
A preposição “de” é exigência do verbo “gostar”.
Este é o autor A CUJA obra eu me referi. 
A preposição “a” é regida pelo verbo “referir”.
Aquele é o filósofo COM CUJAS ideias eu não concordo.
A preposição “com” é regida pelo verbo “concordar”. 
Veja a revista EM CUJAS páginas li sobre aquela nova dieta.
(= eu li sobre aquela nova dieta NAS PÁGINAS)
Encontrei na livraria o romancista CUJA obra foi premiada.
(= A OBRA foi premiada -> sem preposição)
ATENÇÃO!
Não usamos artigo definido entre o pronome “cujo” e o substantivo. 
Exemplo: Na próxima rua, temos a universidade CUJO aluno inventou o novo chip.
9. Pronomes relativos
Os pronomes relativos aparecem precedidos de preposição quando os verbos que acompanham são regidos por preposições.
Exemplos
Compro sempre naquela loja os doces DE QUE eu gosto tanto.
O mecânico A QUEM eu chamei mais cedo já chegou.
Dr. Jorge é o médico EM QUEM meus avós tanto confiam.
10. Pronome QUE
O pronome “que” pode aparecer:
Com ou sem preposição – quando substituir coisa;
Sem preposição – quando substituir pessoa (equivale a QUEM);
Exemplos
Os refrigerantes QUE compramos acabaram rápido.
Os refrigerantes DE QUE precisávamos para a festa não chegaram.
As senhoras QUE cumprimentamos eram muito simpáticas.
As senhoras A QUEM convidamos para a festa não vieram.

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