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Jurisdição e Ação no Direito

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JURISDIÇÃO: Estado tem o poder e a obrigação de realizar o Direito, resolvendo os conflitos de interesses e preservando a paz social. É provocada mediante o direito de AÇÃO e será exercida por meio daquele complexo de atos que é o PROCESSO.
Jurisdição
UNICIDADE (Juízo); SECUNDARIEDADE (ultima ratio); SUBSTITUTIVIDADE (heterocomposição); IMPARCIALIDADE; INÉRCIA; CRIATIVIDADE (sentença ou acórdão aplicam a norma e criam o Direito – relatório, fundamentação e dispositivo); DEFINITIVIDADE (suscetibilidade para tornar-se imutável: coisa julgada)
QUESTÕES
Segundo o art. 5°, inciso XXXV, da Constituição Federal, a lei não excluirá da apreciação do Poder Judiciário lesão ou ameaça a direito. Essa regra consagra o princípio:
a. da indelegabilidade da jurisdição.
b. da inafastabilidade da jurisdição.
c. do juiz natural.
d. da inevitabilidade da jurisdição.
e. da indeclinabilidade.
QUESTÕES
Paulo e Hélio, maiores de idade e capazes, não tendo entrado em acordo quanto ao pagamento de dívida que o segundo contraíra com o primeiro, concluíram que seria necessária a intervenção de terceiro, capaz de propor solução para o problema. Levaram, então, o caso ao conhecimento de Lúcio, professor emérito da faculdade onde Paulo e Hélio estudavam, que propôs que apenas dois terços da dívida fossem pagos no prazo de trinta dias, o que foi aceito pelos interessados. Com base nessa situação hipotética, assinale a opção correta:
a. Ao aceitarem a solução intermediária, os interessados realizaram autocomposição.
b. Configura-se, no caso, a autotutela, dada a inexistência de intervenção do Estado-juiz.
c. A figura do terceiro que conduz os interessados à solução independentemente de intervenção judiciária indica a ocorrência de mediação.
d. Como a solução proposta se fundamenta na regra jurídica aplicável e tem executividade própria, trata-se de verdadeira jurisdição.
e. Dada a ocorrência de solução por intervenção de terceiro, fica caracterizada a arbitragem.
AÇÃO
Meio de se provocar a tutela jurisdicional do Estado, que será exercido mediante o processo, independentemente da existência ou não do direito material invocado - o que só será resolvido ao final, com o julgamento de mérito.
Em relação à ação, é correto afirmar que:
a. se considera ter sido ela proposta a partir do momento em que o réu é citado.
b. o juiz deve extinguir o processo, com resolução do mérito, quando não concorrer qualquer de suas condições.
c. há litispendência, quando se repete a ação que está em curso, com mesmas partes, pedido e causa de pedir.
d. se a inicial contiver irregularidades formais, deve o processo ser imediatamente extinto, sem resolução do mérito.
e. a legitimidade para agir diz respeito à utilidade e necessidade da ação a ser proposta.
O Direito Processual pátrio foi tradicionalmente norteado pelo princípio dispositivo: o juiz, mantendo-se equidistante, aguarda a iniciativa das partes no que se refere à afirmação dos fatos constitutivos de seu direito e a respectiva produção de provas (decide segundo o alegado e provado pelas partes - iudex secundum allegata et probata partium iudicare debet).
O magistrado também deve tomar iniciativas na relação processual, principalmente para garantir uma decisão justa em sede de direitos indisponíveis – transindividuais (envolvendo normas cogentes: meio-ambiente, por exemplo).
Ativismo Judicial: Poder Judiciário construindo direitos (Direito Material) ou simplesmente atuando mais num regular e mais justo andamento do processo (Direito Processual)
1) A “Associação dos Moradores e Amigos da Praia de Itaguaçu” ajuizou ação civil pública, em face da Petrobrás, objetivando a reparação de graves danos ao meio ambiente causados por essa empresa. Ao receber a petição inicial, o magistrado determinou, ex officio e antes mesmo do prazo previsto para apresentação de defesa pela ré, que fosse realizada prova pericial para determinar a extensão dos prejuízos causados ao meio ambiente. A empresa-ré recorreu da decisão do magistrado alegando violação da cláusula due process of law, em especial dos princípios da ampla defesa: contraditório, isonomia e imparcialidade – questionando se tal medida, que sequer foi requerida pela autora, deveria ser cumprida antes mesmo da apresentação de sua contestação. Indaga-se: Agiu corretamente o Magistrado? Providência semelhante poderia ter sido tomada por ele em demanda que tratasse de interesse individual disponível?
MEDIDA CAUTELAR INOMINADA. GRAVAÇÃO DE CONVERSAS TELEFÔNICAS. IMPEDIMENTO JUDICIAL. CONCESSÃO DE LIMINAR. AGRAVO DE INSTRUMENTO. DESPROVIMENTO. Agravo de Instrumento. Liminar concedida. Impedimento de divulgação de gravações de conversas telefônicas realizadas por interceptação ilícita. Liberdade de imprensa e direito à informação o que não são absolutos, se submetendo ao necessário respeito ao direito de inviolabilidade da intimidade, vida privada, honra e imagem das pessoas, previsto no artigo 5., inciso X, da Constituição Federal e da inviolabilidade do sigilo das comunicações telefônicas, prevista no inciso XII do mesmo artigo. Divulgação de conversa telefônica de terceiros que, em tese, confi gura delito penal capitulado no artigo 151, par. 1º., II, do Código Penal. Origem ilícita das gravações que contamina sua divulgação pela imprensa. Aplicação da teoria da “arvore venenosa e seus frutos”. Ilicitude das gravações como prova judicial e que, se não vale para o Estado como ente soberano e destinatário da instrução processual, não pode servir para amparar os interesses jornalísticos e de informação, conquanto relevantes. Controle da legalidade da conduta dos órgãos da imprensa que não se confunde com censura, que é ato do Poder Público de Polícia através de censores, e não do Judiciário. 
PROCESSO CIVIL. — AÇÃO CIVIL PÚBLICA. DANO AO MEIO AMBIENTE. REALIZAÇÃO DE PROVA POR INICIATIVA DO JUIZ. — ART. 130 DO CPC. PRECEDENTES DO STJ E STF. 1 — No exercício do poder geral de cautela, pode o magistrado adotar providência não requerida e que lhe pareça idônea para a conservação do estado de fato e de direito envolvido na lide. 2 — Recurso especial não conhecido. (STJ. REsp 507167 / SC ; RECURSO ESPECIAL 2003/0033498-0 T2 — SEGUNDA TURMA08/11/2005 Julgado em 08.11.2005)
MEDIDA CAUTELAR INOMINADA. GRAVAÇÃO DE CONVERSAS TELEFÔNICAS. IMPEDIMENTO JUDICIAL. CONCESSÃO DE LIMINAR. AGRAVO DE INSTRUMENTO. DESPROVIMENTO. Agravo de Instrumento. Liminar concedida. Impedimento de divulgação de gravações de conversas telefônicas realizadas por interceptação ilícita. Liberdade de imprensa e direito à informação o que não são absolutos, se submetendo ao necessário respeito ao direito de inviolabilidade da intimidade, vida privada, honra e imagem das pessoas, previsto no artigo 5., inciso X, da Constituição Federal e da inviolabilidade do sigilo das comunicações telefônicas, prevista no inciso XII do mesmo artigo. Divulgação de conversa telefônica de terceiros que, em tese, confi gura delito penal capitulado no artigo 151, par. 1º., II, do Código Penal. Origem ilícita das gravações que contamina sua divulgação pela imprensa. Aplicação da teoria da “arvore venenosa e seus frutos”. Ilicitude das gravações como prova judicial e que, se não vale para o Estado como ente soberano e destinatário da instrução processual, não pode servir para amparar os interesses jornalísticos e de informação, conquanto relevantes. Controle da legalidade da conduta dos órgãos da imprensa que não se confunde com censura, que é ato do Poder Público de Polícia através de censores, e não do Judiciário. 
O advogado em defesa da empresa reclamada, no curso de uma ação trabalhista, pretende utilizar uma medida do direito processual comum que não está prevista na Consolidação das Leis do Trabalho. Tal situação:
a. É possível em qualquer hipótese simplesmente pela omissão da Consolidação das Leis do Trabalho.
B Não é possível
utilizar medida processual que não esteja prevista em lei trabalhista.
C Ficará condicionada a verificação judicial e restrita a fase de execução da sentença.
D É possível diante da omissão da Consolidação das Leis do Trabalho, exceto naquilo em que for incompatível com o processo judiciário do trabalho.
E É possível em face da ausência de norma processual da Consolidação das Leis do Trabalho, restringindo-se a fase de conhecimento.

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