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Análise de Melancolia e Luto na Psicanálise

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CENTRO UNIVERSITÁRIO UNIBRASIL
MARCYANNE DE PAULA
ANÁLISE DE COMPARAÇÃO DO FILME MELANCOLIA
AO TEXTO LUTO E MELANCOLIA. 
Projeto como requisito parcial para obtenção da nota da disciplina Teorias da Psicanalise do curso de Psicologia. Orientadora: Prof.º Ana Suy Sesarino.
CURITIBA
2016
Freud (1917) Luto e Melancolia, inicia a sua definição por melancolia da seguinte forma, a melancolia assume variadas formas clinicas na psiquiatria descritiva, não havendo uma humanidade e muitas vezes caracterizando afecções mais somáticas do que psicogênicas, afirmando também uma correlação entre melancolia e o luto onde pode ser justificada por duas condições, as quais são.
O luto em visão geral é a reação da perda de entes queridos ou objetos amáveis, ou seja, algo que ocupou um espaço em sua vida, como um amor pela pessoa desejada, o amor pelo pai e mãe entre outros, e então a pessoa passa por esse tempo de luto, que significa o tempo para que a pessoa supere a perda.
Logo que, na melancolia à uma perda desconhecida, havendo algo enigmático pois o melancólico não mostra o que o está absorvendo completamente, ele tem uma diminuição inigualável de sua auto estima, e um grande empobrecimento de seu ego. Sendo assim ele não consegue desenvolver o investimento libidinal em outro ente querido ou objeto amável se tornando cheio de a libido, pois todo este a libido retorna para ele mesmo ocorrendo então o excesso de a libido na psique.
“É importante diferenciar a perda com a presença ou ausência do objeto, pois não é a condição para a melancolia; ou seja, o objeto pode não necessariamente ter morrido ou desaparecido e sim ter perdido a condição de objeto de amor (Freud, 1917)”.
Justine, atriz do filme melancolia, representa muito bem o papel, onde ela se mostra uma pessoa com excesso de a libido tornando se muito melancólica Justine passou por vários processos de luto, o processo de luto pela mãe que tinha indícios de transtorno de bipolaridade, e o processo de luto pelo pai que não estava muito disposto a dar atenção pedida a ela entre outros acontecimentos.
O filme começa com as cenas do casamento de Justine, onde ela se encontra feliz até o momento de chegar ao casarão, onde ela logo se mostra desanimada e melancólica, conforme Sigmund Freud estes são alguns traços mentais distintos da melancolia, são um desanimo profundamente penoso, a cessação de interesse pelo mundo externo, a perda da capacidade de amar, a inibição de toda e qualquer atividade, ou seja, o que Justine menos queria assumir era responsabilidade do casamento, ou qualquer atividade relativa ao evento do casamento.
Há um momento do filme onde Justine sai do salão onde ocorre o casamento e da uma volta ao jardim e então observa o céu e vê a estrela Antares, a qual havia avistado antes de entrar no casarão para seu casamento e já não se encontra mais no céu, é então que ela começa a desconfiar do Planeta Melancolia. Ela não se prende as coisas dos eventos, tanto que havia momentos que ela se encontrava no casamento ora ela estava no jardim ou cachoeira, galopando com os cavalos.
Os desaparecimentos de Justine são explicados da seguinte forma, Freud 1917, estes desaparecimentos fazem parte da melancolia, mas também é compartilhado pelo processo de luto, onde Justine sai de seu casamento sem deixar quaisquer vestígios, indo tomar banho e entrar em seu estado melancólico, ou indo até o rio se refrescar, entre outras voltas que ela deu durante o filme.
Conforme o texto Luto e melancolia de Freud, 1917, o paciente melancólico se apresenta a sua irmã Claire com o seu ego sendo desprovida de valor, e incapaz de qualquer realização, a Justine sente-se compaixão por seus entes queridos, onde ela finge estar agradável com o evento e seus convidados, ou seja, ela sente compaixão pela sua irmã e seu sobrinho, pois ela se sente o estorvo da vida da família, mas mesmo assim ela tenta se mostrar ativa a atividade, mesmo não conseguindo permanecer em todas.
Justine tem sempre o apoio de sua irmã Claire em tudo, tanto que ela que preparou o casamento e cuidou de todos os preparativos, Claire é a única que a entende e a ouve, pois sabe da sua dificuldade e sofrimento, tanto que há um momento em que Justine vai morar com sua irmã, pois, está cada vez mais fraca e cansada, sendo que a fraqueza e o cansaço também são sintomas da melancolia, pois os pacientes como Justine se recusam a se alimentar e dormem horas até mesmo dias, pois para eles nada mais tem sentido, e tudo se torna “cinza”.
Toda esta perda ocorrida na vida de Justina é inconsciente, esclarecendo Freud (1917, p.278), “no luto, é o mundo que se torna pobre e vazio; logo que na melancolia, é o próprio ego”.
	O que aparenta ser um conforto para a Justine foi saber que o Planeta Melancolia estava a cada dia mais próximo da terra, pois na verdade no inconsciente é o que ela deseja internamente para o seu mundo, ou seja, a morte para que não haja, mas este sofrimento. 
	Freud considera a melancolia como uma neurose narcísica, pois há a retirada da libido com relações aos objetos externos com está se voltando à própria pessoa, onde há uma excitação da libido narcísica e a redução da libido objetal apresentando duas características: a megalomania e falta de interesse pelo mundo externo.
	Claire também se apresentava não tanto saudável e satisfeita com seu casamento e sua vida particular, aparentava tem algum tipo de transtorno talvez pela falta de apoio de família, para ajuda de sua irmã ou até mesmo, apoio para ela mesma, pois ninguém sobrevive sã sem o apoio da família.
	Justine então se muda para a casa de sua irmã Claire com seu cunhado marido e sobrinho filho, onde estão aguardando a chegada do planeta melancolia, com toda a notícia o marido de Claire faz estoques de alimentos e água na intenção de que sobreviva, seu marido egocêntrico, para não admitir seu erro referente ao planeta melancolia, esconde todos os tipos de notícias sobre o planeta para sua esposa Claire, mas não adianta.
	Sendo assim o planeta se aproxima em câmera lenta rumo ao planeta terra, onde se filho possui todas as notícias, exibindo para sua tia Justine, onde assim ela vai melhorando a cada dia que passa e mais próximo a melancolia fica, mas o marido de Claire não sente confiável o suficiente para admitir que sua opinião não estava certa, sendo assim acaba se suicidando.
	Essa melhora de Justine então pode ser explicada pela pulsão de morte, onde a pulsão é uma força que projeta internamente o organismo e tem como finalidade restabelecer um estado anterior. Para Freud as pulsões de morte, por sua vez tem como propriedade a destruição, o desligamento, a divisão do sadismo, ou seja, seria o desligamento de Justine com todos os seus conflitos que ela estaria enfrentando, e talvez uma nova chance para um melhora em sua vida.
	Finalizando o filme e o texto onde o Planeta Melancolia invade a terra e a Justine cria uma cabana mágica colocando tua irmã Claire e seu sobrinho, acreditando que seriam salvos, do planeta melancolia, apesar dela possuir o desejo pela pulsão de morte e possuir um amor narcísico, não quer acreditar no final que todos teriam que foi a morte.
	Pois imaginar e acreditar e algo e simplesmente fácil, agora enfrentar o problema talvez seja muito mais doloso, que seria o caso de todos os personagens do filme, mas Justine protege sua irmã e seu sobrinho por alguns minutos, usando o imaginário de todos, pois eles estavam de olhos fechados.
	Conforme Freud (1917), o acúmulo de catexia que, de início, fica vinculado e, terminando o trabalho da melancolia, se torna livre, fazendo com que a mania seja possível, deve ser ligado à regressão da libido ao narcisismo. O conflito dentro do ego, que a melancolia substitui pela luta pelo objeto, deve atuar como uma ferida dolorosa que exige uma anticatexia extraordinariamente elevada. 
	
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS.
FREUD, S.S. Luto e Melancolia – (1917 (1915)). In:_____. A história do movimento psicanalítico,artigos sobre metapsicologia e outros trabalhos. (1914-1916): volume XIV. Rio de Janeiro: Imago, 1996. p. 245-266. 
CALHEIROS, Sandra Maria Vitória. Melancolia: da perda do objeto ao luto impossível em Freud e André Green. Agosto, 2014. Brasília.
MELANCOLIA. Produção: Louise Vesth, Meta Louise Foldager. Direção e roteiro: Lars Von Trier. 2011. Filme. 136 min. Título original: Melancholia.

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