SINDESMOLOGIA ANATOMIA ANIMAL

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SINDESMOLOGIA – ANATOMIA ANIMAL I
Estuda os meios pelos quais as partes rígidas do organismo unem-se para formar o esqueleto.
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As junturas são classificadas em função do tipo de tecido que une dois ou mais ossos.
Classificação quanto ao meio de união:
Juntura Fibrosa
Juntura Cartilaginosa
Juntura Sinovial
As junturas podem ser:
Imóveis: Junturas fibrosas e cartilaginosas
Móveis: Junturas sinoviais
Sinartrose, Anfiartrose e Diartrose eram termos usados para designar junturas Fibrosas, Cartilaginosas e Sinoviais, respectivamente. Mas esses termos estão em desuso, sendo um dos motivos. 
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JUNTURAS FIBROSAS
São uniões de tecido conjuntivo fibroso que se interpõe entre os ossos, impedindo os movimentos.
São denominadas junturas imóveis.
Muitas dessas junturas são temporárias, pois o meio de união é invadido por um processo de ossificação, resultando numa sinostose (fusão fisiológica que ocorre entre dois ossos). 
São reconhecidos três tipos principais:
1. Sutura
São as junturas da cabeça, onde os ossos adjacentes unem-se por tecido conjuntivo fibroso. 
O tecido conjuntivo fibroso é quantitativamente suficiente para permitir uma certa mobilidade entre as peças envolvidas.
De acordo com as suas formas, as superfícies de contato podem ser:
Plana: Junturas em que as bordas dos ossos se dispõem de forma retilínea.
Exemplo: sutura entre os ossos nasais (sutura internasal).
Vista dorsolateral - Crânio bovino (sutura entre os ossos nasais) 
Setor de Morfologia - DVT/UFV
Serreada: Junturas onde as bordas se encontram sob a forma de linhas "denteadas".
Exemplo: sutura entre ossos parietais (sutura interparietal), e entre o osso maxilar e o osso lacrimal.
Vista laterodorsal - Crânio bovino (sutura do osso maxilar com o osso lacrimal)
Setor de Morfologia - DVT/UFV
Escamosa: Nessa juntura os ossos que se encaixam em bisel.
Exemplo: sutura entre os ossos parietal e temporal (sutura parietotemporal).
Sutura escamosa (do osso zigomático com o osso temporal)
Setor de Morfologia - DVT/UFV 
2. Sindesmose
São junturas fibrosas ligadas por fibras colágenas ou lâminas de tecido fibroso (são junturas que se unem por tecido conjuntivo fibroso que não ocorrem no crânio).
A união dos segmentos ósseos por tecido conjuntivo fibroso praticamente impede os movimentos, uma vez que com a idade elas também se ossificam.
Exemplo: rádio e ulna do cavalo; entre metacárpicos e metatársicos do cão.
Sindesmose - Rádio e ulna de bovino
Setor de Morfologia - DVT/UFV 
3. Gonfose
Junturas fibrosas que ocorrem entre as raízes dos dentes e o osso alveolar por meio de fibras colágenas.
O meio de união é uma membrana de tecido conjuntivo fibroso (ligamento periodontal) na qual as fibras que fixam o dente ao alvéolo permitem discreta movimentação.
Setor de Morfologia - DVT/UFV 
DYCE, K.M. et al. Tratado de Anatomia Veterinária. 2004.
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JUNTURAS CARTILAGINOSAS
São junturas nas quais os ossos se unem por cartilagem fibrosa ou hialina.
Segundo a natureza histológica da cartilagem de união, essas junturas podem ser de dois tipos:
1. Sincondrose 
Juntura cujo meio de união é a cartilagem hialina.
A ossificação da cartilagem cessa o crescimento.
Exemplo: Placas epifisárias, e entre o osso occipital com o corpo do osso esfenóide (basisfenóide).
Crânio equino - Setor de Morfologia - DVT/UFV 
Esterno de bovino
Setor de Morfologia - DVT/UFV 
O disco epifisário (encontrado entre as epífises proximal e distal e a diáfise dos ossos longos) permite o crescimento dos ossos. Enquanto o disco existe, há crescimento. 
Membro pélvico de bezerro
Setor de Morfologia - DVT/UFV 
2. Sínfise 
Junturas de cartilagem fibrosa.
Representam junturas onde os ossos estão unidos por fibrocartilagem durante alguma fase de sua existência.
Exemplo: Sínfise pélvica.
Osso coxal 
Setor de Morfologia - DVT/UFV 
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JUNTURA SINOVIAL
(Articulação propriamente dita)
São móveis;
Seus movimentos são executados em torno de eixos;
Caracteriza-se por apresentar, entre as extremidades ósseas envolvidas, uma cavidade delimitada (cavidade articular) onde se encontra o líquido sinovial.
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Elementos essenciais: cavidade articular, cartilagem articular, cápsula articular (constituída pela camada externa fibrosa e pela camada interna representada pela membrana sinovial) e líquido sinovial.
Elementos não essenciais: lábios, discos (presente na coluna vertebral entre cada duas vértebras e entre a base do crânio e a mandíbula), meniscos e coxim adiposo (como o infrapatelar).
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Classificação das junturas móveis quanto ao movimento (vide esquema abaixo):
1. Angulares
Aumento e diminuição de ângulos.
Flexão: os eixos dos ossos se aproximam.
Extensão: os eixos dos ossos se afastam.
Abdução: afastamento do plano sagital mediano (nº 2).
Adução: aproximação do plano sagital mediano (nº 1).
2. Rotação
Movimento em que o segmento ósseo gira em torno de seu próprio eixo (nº 4 e 5).
3. Circundação
Consiste em movimento complexo em que são envolvidos movimentos angulares e de rotação (nº 3).
Classificação das junturas móveis quanto à função:
Monoaxial:
Movimento e torno de um único eixo.
Articulação de dobradiça (ou gínglimo).
Ex: cotovelo em um eixo transversal (flexão e extensão como movimentos principais - "movimentos angulares").
Biaxial:
Movimentos que se realizam em dois eixos e, portanto, dois planos, permitindo a flexão, extensão, adução e abdução.
Triaxial:
Movimento em torno de três eixos.
Permite a circundação e a rotação.
Classificação das junturas móveis quanto à forma:
Plana: presente em ossos do carpo e encontro entre as superfícies articulares craniais e caudais de vértebras cervicais (movimento de deslizamento).
Gínglimo (dobradiça): articulação do cotovelo (movimento de flexão e extensão).
Pivotante: observada na articulação das vértebras cervicais Átlas e Áxis (movimento de rotação).
Elipsóide: presente na articulação dos ossos do carpo de carnívoros (formato elíptico). 
Esferóide: característica da articulação entre a cabeça do fêmur e acetábulo do osso coxal.
Côndilar: presente nas articulações da escápula e úmero e fêmur e tíbia. Um das extremidades se projeta; a saliência de um osso se encaixa na concavidade de um osso adjacente. 
Selar: presente na articulação das falanges média e distal de carnívoros.