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Infrações e sanções tributarias

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INFRACÕES E SANCÕES TRIBUTÁRIAS
	A obrigação principal do contribuinte (sujeito passivo) da obrigação tributária é o pagamento do tributo devido, caso esta obrigação seja descumprida gerará uma série de ilícitos tributários.
	É dos tributos colhidos da propriedade privada que o Estado arrecada recursos financeiros necessários para o seu funcionamento, em virtude disto, o fato do não pagamento do tributo devido se torna um ilícito de afronta à sociedade em geral.
	Cabe fazer uma ressalva quanto ao fato de que licito é tudo aquilo que se faz de acordo com o ordenamento jurídico brasileiro, conforme preceitua o art. 188 do CC no qual determina que não constituem atos ilícitos os praticados no exercício regular de um direito reconhecido; já, o procedimento ilícito vem a ser aquele que viola o este ordenamento.
	O ilícito tributário pode ser conceituado como uma violação da legislação tributária como, por exemplo, o descumprimento da obrigação principal ou acessória.
	A sanção pode ser definida como o meio pelo qual se vale a ordem jurídica com o escopo de desestimular o comportamento ilícito. Pode limitar-se a compelir o responsável pela inobservância da norma ao cumprimento de seu dever, podendo desta forma consistir em um castigo, ou até mesmo numa penalidade cominada.
	O ilícito tributário é divido em três espécies: infração tributária, infração tributária e penal, e infração penal.
1. Infração tributária:
	A infração tributária é aquela decorrente da inobservância da legislação tributária, como ocorre com o pagamento incorreto do tributo.
Ex: quando o contribuinte classifica erroneamente seu produto na hora de recolher o IPI, podendo a autoridade requerer o montante não recolhido, inclusive com o pagamento de multa.
	As infrações tributárias podem ser classificadas em dois tipos: substancial e formal. A infração substancial é aquela em que não é efetuado o pagamento de obrigação tributária principal, de penalidade ou de outros tributos. Já a infração formal é aquela que decorre o descumprimento de obrigação tributária acessória, ou seja, o não-cumprimento de ação prevista na legislação tributária relacionada à arrecadação e fiscalização das obrigações tributárias.
	A ocorrência de tais infrações pode levar à aplicação das seguintes sanções exclusivamente incidentes sobre o patrimônio:
pena pecuniária: imposição de multas, fixas ou proporcionais, aplicadas de forma variável, de acordo com o ilícito cometido, e com caráter meramente indenizatório do prejuízo sofrido pelo Fisco.
apreensões: o confisco de bens sobre os quais incide o imposto devido, com posterior leilão dos mesmos para pagamento dos débitos existentes, mas com a devolução do valor percebido no leilão e remanescente do débito tributário.
perdimento de bens: o confisco de bens, mas com caráter punitivo, geralmente aplicado nas fiscalizações aduaneiras e nos bens objeto de contrabando; nesta foram de sanção o bem é perdido pelo possuidor de forma definitiva, não importando o montante devido a título de impostos não-pagos.
interdição de direitos: ocorre quando o contribuinte é privado de certos direitos por estar em débito com a Fazenda Pública, tal como contratar com o poder público ou instituições autárquicas, entre outras. 
2. Infração tributária e penal:
	É aquela que ocorre quando o contribuinte pratica um ato que ao mesmo tempo infringe a lei tributária e a lei penal. Sujeitando-se o infrator a procedimento administrativo, com a cobrança e multa pertinente ao caso; e a processo penal, sob os efeitos da sanção penal cabível. Em outras palavras, irá ocorrer quando o contribuinte vem a burlar a legislação com o objetivo de não pagar o tributo, o Fisco irá apurar o tributo e aplicar a penalidade cabível, mas também haverá crime.
	Ex: quando o contribuinte falsifica guia de recolhimento do ICMS, responderá pelo crime e pelo ilícito tributário.
3. Infração penal:
	É Aquela em que o contribuinte pratica um ato que somente fere a lei penal, sujeitando-se o sujeito passivo ao processo criminal para apuração do crime e a consequente imposição de punição prevista na legislação penal.
	Ex: quando um funcionário público exige imposto que sabe não ser indevido, comete o crime de excesso de exação, e vai responder processo penal por isso.
	O crime tributário pode ser conceituado como aquele ilícito em matéria tributária que tem repercussão e consequente tipificação na lei penal brasileira. Sendo assim, o legislador determinou os bens penalmente relevantes a serem protegidos pela legislação e que fossem condutas prejudiciais ao sistema tributário brasileiro em virtude do fato de seres estes tributos que fornecem receitas para o Estado executar seus serviços. 
	Nos crimes penais ocorre o endurecimento da punição, não mais sobre o patrimônio, mas também sobre a pessoa que comete a ilicitude, no Código Penal temos os seguintes tipos penais considerados como crimes em matéria tributária:
Crime de contrabando: previsto no art. 334 do CP caracteriza-se pela importação ou exportação de mercadoria proibida, inexistindo incidência fiscal sobre tal tipo de mercadoria.
Crime de descaminho: previsto no art. 334 do CP caracteriza-se pela ação de evadir, em todo ou em parte, o pagamento do imposto devido pela entrada, ou saída, ou consumo, de mercadorias não-proibidas no território nacional.
Falsificação de papéis públicos: previsto no art. 293 do CP, caracteriza-se pela ação de falsificar selo postal, estampilha, papel selado ou qualquer outro papel de emissão legal, destinado à arrecadação de impostos ou taxas.
Crime de violação de segredo funcional: previsto no art. 325 do CP, e indiretamente ligado à matéria tributária, consiste na ação de revelar a situação de fortuna do contribuinte, em razão de conhecimento do agente de tal fato pelo serviço que exerce, na qual deveria ser mantido em segredo.
Crime de excesso de exação: previsto no art. 316, § 1o, refere-se indiretamente à matéria tributária, e caracterização pela ação do funcionário público de exigir imposto, taxa ou emolumento que sabe indevido, ou quando devido, emprega na cobrança meio vexatório ou gravoso, que a lei não autorize.
Crime de prevaricação: previsto no art. 319 do CP, e também indiretamente ligado à matéria tributária, caracteriza-se no fato do funcionário público retardar ou deixar de praticar, indevidamente, ato de ofício, ou praticá-lo contra disposição expressa na lei, para satisfazer interesse ou sentimento pessoal.
Crime de falsidade: com previsão legal nos arts. 299, 301 e 305 do CP estão indiretamente ligados à matéria tributária e são divididos em três diferentes condutas:
Falsidade ideológica: omitir, em documento público ou particular, declaração que dele devia constar; ou inserir ou modificar nos mesmos, declaração falsa ou diversa da que deveria estar escrita; ou ainda ocultar ou sobtrair documentos oficiais;
Certidão ou atestado ideologicamente falso: atestar ou certificar falsamente, em razão de função pública, com o objetivo de propiciar vantagem a sei ou a outrem;
Supressão de documento: destruir, suprimir ou ocultar, em benefício próprio ou de outrem, ou em prejuízo alheio, documento público ou particular verdadeiro, de que não se podia dispor.
3.1. Crimes da Lei 8.137/90 contra a ordem tributária e econômica:
	Os crimes previstos em tal legislação pode ser dividido em duas vertentes: crimes materiais e formais.
	Os crimes materiais são aqueles que para a sua configuração se exigirá apenas a ocorrência o resultado concreto, ou seja, para se ter o crime haver-se-á de suprimir ou reduzir tributo, ou contribuição social e qualquer de seus acessórios, mediante as seguintes condutas:
Omitir informação, ou prestar declaração falsa às autoridades fazendárias.
Fraudar a fiscalização tributária, inserindo elementos inexatos, ou omitindo operação de qualquer natureza, em documento ou livro exigido pela lei fiscal.
Falsificar ou alterar nota fiscal, fatura, duplicata, nota de venda, ou qualquer outro documento relativo à operação tributável.Elaborar, distribuir, fornecer, emitir ou utilizar documento que saiba ou deva saber falso ou inexato.
Negar ou deixar de fornecer, quando obrigatório, nota fiscal ou documento equivalente, relativo à venda de mercadoria ou prestação de serviço, efetivamente realizada, ou fornecê-la em desacordo com a legislação.
Nos crimes formais não importa o resultado concreto da ação para que ocorra o crime, pois a mera conduta criminosa já configura o crime, segundo as seguintes tipificações próprias:
Fazer declaração falsa ou omitir declaração sobre rendas, bens ou fatos, ou empregar outra fraude para eximir-se, total ou parcialmente, de pagamento de tributo;
Deixar de recolher, no prazo legal, valor de tributo ou de contribuição social, descontado ou cobrado, na qualidade de sujeito passivo de obrigação e que deveria recolher aos cofres públicos;
Exigir, pagar, ou receber, para si ou para o contribuinte beneficiário, qualquer percentagem sobre a parcela dedutível ou deduzida de imposto ou de contribuição com incentivo fiscal;
Deixar de aplicar, ou aplicar em desacordo com o estatuído, incentivo fiscal ou parcelas de imposto liberadas por órgão ou entidade de desenvolvimento;
Utilizar ou divulgar programa de processamento de dados que permita ao sujeito passivo da obrigação tributária possuir informação contábil diversa daquela que é, por lei, fornecida à Fazenda Pública.
4. Evasão e Elisão Fiscal
	Estas duas formas não implicam conduta ilícita do contribuinte, ou seja, contrária a lei, e, se caracterizam previamente ao fato gerador do imposto.
	Evasão fiscal pode ser definida como a conduta preventiva do indivíduo, abstendo-se de praticar aquilo que é considerado como o fato gerador do imposto, ou seja, a pessoa não executa a ação que ocasionará a incidência para o pagamento do imposto. Como exemplo: uma pessoa deixa de importar uma mercadoria para não pagar imposto aduaneiro, ou que deixa de comprar determinado plástico porque a incidência de ICMS é muito alta.
	Elisão fiscal pode ser definida como àquela conduta em que o indivíduo faz um planejamento fiscal de modo a pagar menos imposto, ou seja, é a economia fiscal na qual a pessoa trabalha com formas legais de se pagar imposto de maneira que pague o mínimo possível. Como exemplo: uma pessoa que produz seus produtos industrializados, dentro de um planejamento fiscal para melhor utilizar seus créditos tributários, agregando o mínimo de industrialização ao produto para pagar menos impostos.

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