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SUMÁRIO: TÍTULO VIII - DA ORDEM SOCIAL (art. 193 a art. 232 ) Capítulo I - Disposição Geral (art. 193) Capítulo II - Da Seguridade Social Seção I - Disposições Gerais Seção II - Da Saúde Seção III - Da Previdência Social Seção IV - Da Assistência Social Capítulo III - Da Educação, da Cultura e do Desporto Seção I - Da Educação Seção II - Da Cultura Seção III - Do Desporto Capítulo IV - Da Ciência e Tecnologia Capítulo V - Da Comunicação Social Capítulo VI - Do Meio Ambiente Capítulo VII - Da Família, da Criança, do Adolescente, do Jovem e do Idoso Capítulo VIII - Dos Índios ORDEM SOCIAL Disciplina, Segundo José Afonso da Silva (2009, p. 828), os direitos sociais, complementando sua disposição com os mecanismos e aspectos organizacionais. NÚCLEO ESSENCIAL DO REGIME DEMOCRÁTICO INSTITUÍDO NA CONSTITUIÇÃO DE 1988 Materializa, Segundo Pedro Lenza (2012, p. 1165), a ideia de constituição social, onde são necessários elementos a serem propiciados, como o trabalho e demais condições de vida, em busca do bem-estar e da justiça social. Art. 193. A ordem social tem como base o primado do trabalho, e como objetivo o bem-estar e a justiça sociais. BASE E OBJETIVO DA ORDEM SOCIAL CONSTITUCIONAL “Nesse particular, a ordem social se harmoniza com a ordem econômica, já que esta se funda também na valorização do trabalho e tem como fim (objetivo) assegurar a todos existência digna, conforme os ditames da justiça social” (SILVA, 2009, p. 828) CRÍTICA – JOSÉ AFONSO DA SILVA QUANDO AO CONTEÚDO, OU À FORMA DE ASSOCIAÇÃO DOS TEMAS “Mas é preciso convir que o título da ordem social misturou assuntos que não se afinam com essa natureza. Jogaram-se aqui algumas matérias que não têm um conteúdo típico de ordem social. Ciência e tecnologia e meio ambiente só entraram no conceito de ordem social, tomada essa expressão em sentido bastante alargado. Mesmo no sentido muito amplo, e difícil encaixar a matéria relativa aos índios no seu conceito.” (SILVA, 2009, p. 828) No mesmo sentido, Pedro Lenza faz referência a essa crítica. (2012, p. 1166) SEGURIDADE SOCIAL Art. 194. A seguridade social compreende um conjunto integrado de AÇÕES de iniciativa dos Poderes Públicos e da sociedade, destinadas a assegurar os direitos relativos à saúde, à previdência e à assistência social. Conceito Constitucional de Seguridade Social “Seguridade social é uma técnica de proteção ou espécie de seguro avançado, pois o destinatário de suas prestações é o segurado, que paga uma contribuição para fazer jus à ela.” (BULOS, 2009, p. 1375) • Estritamente: concerne à segurança individual • Amplamente: caráter de distribuição de rendas, “instrumento destinado a englobar os deveres de agir do Estado, para garantir os direitos sociais básicos” MEDIDAS, NORMAS PROVIDÊNCIAS PREVIDÊNCIA SOCIAL • Direito de todos • Independe de contribuição • Direito do trabalhador e seus dependentes • Caráter contributivo e compulsório SAÚDE ASSISTÊNCIA SOCIAL • Direito de todos que necessitem • Independe de contribuição SEGURIDADE SOCIAL = GÊNERO ESPÉCIES PRINCÍPIOS CONSTITUCIONAIS DA SEGURIDADE SOCIAL I - UNIVERSALIDADE da cobertura e do atendimento; “o vetor da universalidade, tanto em seu aspecto subjetivo (cobertura) como no seu aspecto objetivo (atendimento), constitui um IDEAL A SER ALCANÇADO. Por seu intermédio, todos, indistintamente, devem gozar dos serviços prestados pelo sistema de seguridade social” (BULOS, 2009, p. 1376. GRIFO NOSSO) Art. 194. Parágrafo único. Compete ao Poder Público, nos termos da lei, organizar a seguridade social, com base nos seguintes objetivos: II - UNIFORMIDADE e EQUIVALÊNCIA dos benefícios e serviços às populações urbanas e rurais; IGUALDADE DE BENEFÍCIOS – Deriva de outros objetivos fundamentais, bem como articula-se à busca pela remediação das mazelas causadas pelo êxodo rural, já que as condições de vida no meio rural representam um dos principais motivos para tal migração. III - SELETIVIDADE e DISTRIBUTIVIDADE na prestação dos benefícios e serviços; FUNDAMENTO - ISONOMIA IV - IRREDUTIBILIDADE do valor dos benefícios; Não pode haver REDUÇÃO NOMINAL, ou seja, DIRETA, mas pode haver REDUÇÃO REAL, de forma INDIRETA, através, por exemplo, de tributação. V - EQÜIDADE na forma de participação no custeio; (EQUILÍBRIO ≠ IGUALDADE) VI - DIVERSIDADE da base de financiamento; Para viabilizar o SITEMA NACIONAL DE SEGURIDADE VII - CARÁTER DEMOCRÁTICO e DESCENTRALIZADO da administração, mediante GESTÃO QUADRIPARTITE, com participação dos trabalhadores, dos empregadores, dos aposentados e do Governo nos órgãos colegiados. A SEGURIDADE SOCIAL É FINANCIADA PELA SOCIEDADE DIRETA E INDIRETAMENTE Contribuição previdenciária Orçamento público Art. 195. A seguridade social será financiada por toda a sociedade, de forma direta e indireta, nos termos da lei, mediante recursos provenientes dos orçamentos da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, e das seguintes contribuições sociais: PRINCÍPIO DA DIVERSIDADE DA BASE DE FINANCIAMENTO FINANCIAMENTO DA SEGURIDADE SOCIAL Art. 195. (...) e das seguintes contribuições sociais: I - do EMPREGADOR, da empresa e da entidade a ela equiparada na forma da lei, incidentes sobre: (CONTRIBUIÇÃO PREVIDECIÁRIA PATRONAL) a) a folha de salários e demais rendimentos do trabalho pagos ou creditados, a qualquer título, à pessoa física que lhe preste serviço, mesmo sem vínculo empregatício; b) a receita ou o faturamento; c) o lucro; II - do TRABALHADOR e dos DEMAIS SEGURADOS da previdência social, não incidindo contribuição sobre aposentadoria e pensão concedidas pelo regime geral de previdência social de que trata o art. 201; III - sobre a receita de CONCURSOS DE PROGNÓSTICOS. IV - do IMPORTADOR de bens ou serviços do exterior, ou de quem a lei a ele equiparar. Dispõe sobre a organização da Seguridade Social, institui Plano de Custeio, e dá outras providências. LEI Nº 8.212, DE 24 DE JULHO DE 1991. LEI ORGÂNICA DA SEGURIDADE SOCIAL LEI Nº 8.213, DE 24 DE JULHO DE 1991. Dispõe sobre os Planos de Benefícios da Previdência Social e dá outras providências. FOCO NO CONTRIBUINTE FOCO NO BENEFICIÁRIO OBSERVAÇÃO: CONCEITO DE EMPRESA DO DIREITO EMPRESARIAL É DIFERENTE DO CONCEITO DE EMPRESA PARA O DIREITO PREVIDENCIÁRIO Segundo a Lei Orgânica da Seguridade Social, em seu artigo 15, para fins previdenciários, é considerada empresa a firma individual ou sociedade com fins lucrativos ou não. Lei 8212. Art. 15, Parágrafo único. Equipara-se a empresa, para os efeitos desta Lei, o contribuinte individual em relação a segurado que lhe presta serviço, bem como a cooperativa, a associação ou entidade de qualquer natureza ou finalidade, a missão diplomática e a repartição consular de carreira estrangeiras. EQUIPARADOS A EMPRESA CONTRIBUINTE INDIVIDUAL QUE CONTRATA SEGURADO (qualquer segurado, inclusive outro contribuinte individual) PARA PRESTAR SERVIÇO Ex: ADVOGADO – Pessoa física – contrata empregado – Recolhe como: - Empresa – sobre a remuneração do empregado contratado - Segurado – sobre sua remuneração Art. 195. § 3º A pessoa jurídica em débito com o sistema da seguridade social, como estabelecido em lei, não poderá contratar com o Poder Público nem dele receber benefícios ou incentivos fiscais ou creditícios. DEVEDOR CONSEQUÊNCIAS: § 4º A lei poderá instituir outras fontes destinadas a garantir a manutenção ou expansão da seguridade social, obedecido o disposto no art. 154, I. (Lei Complementar – IMPOSTO NOVO) FINANCIAMENTO > CUSTEIO (FONTES ESTABELECIDAS) (COMPETÊNCIA RESIDUAL DA UNIÃO) Para as demais contribuições elencadas nos incisos do artigo195, é cabível a lei ordinária. § 5º Nenhum benefício ou serviço da seguridade social poderá ser criado, majorado ou estendido sem a correspondente fonte de custeio total. FUNDAMENTO DE ECONOMIA, INCLUSIVE FAMILIAR: NÃO CRIAR GASTOS QUE NÃO POSSAM SER SUPRIDOS SAÚDE Art. 196. A saúde é direito de todos e dever do Estado, garantido mediante políticas sociais e econômicas que visem à redução do risco de doença e de outros agravos e ao acesso universal e igualitário às ações e serviços para sua promoção, proteção e recuperação. “Saúde é o estado de completo bem estar físico, mental e espiritual do homem, e não apenas a ausência de afecções e doenças. Acompanha a saúde a nutrição, ou seja, o complexo processo que vai da produção de alimentos até a absorção qualitativa e quantitativa indispensáveis à vida humana” (BULOS, 2009, p. 1378) DIRETRIZES Art. 198. As ações e serviços públicos de saúde integram uma rede regionalizada e hierarquizada e constituem um sistema único, organizado de acordo com as seguintes diretrizes: I - descentralização, com direção única em cada esfera de governo; II - atendimento integral, com prioridade para as atividades preventivas, sem prejuízo dos serviços assistenciais; III - participação da comunidade. SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE - SUS Art. 199. A assistência à saúde é LIVRE À INICIATIVA PRIVADA. § 1º - As instituições privadas poderão participar de forma complementar do sistema único de saúde, segundo diretrizes deste, mediante contrato de direito público ou convênio, tendo preferência as entidades filantrópicas e as sem fins lucrativos. SAÚDE – ASSISTÊNCIA PRIVADA Art. 200. Ao sistema único de saúde compete, além de outras atribuições, nos termos da lei: I - CONTROLAR e FISCALIZAR procedimentos, produtos e substâncias de interesse para a saúde e participar da produção de medicamentos, equipamentos, imunobiológicos, hemoderivados e outros insumos; II - executar as ações de VIGILÂNCIA SANITÁRIA E EPIDEMIOLÓGICA, bem como as de SAÚDE DO TRABALHADOR; VI - FISCALIZAR E INSPECIONAR ALIMENTOS, compreendido o controle de seu teor nutricional, bem como bebidas e águas para consumo humano; VII - participar do controle e fiscalização da produção, transporte, guarda e utilização de substâncias e produtos psicoativos, tóxicos e radioativos; PRINCIPAIS ATRIBUIÇÕES DO SUS “Ora, o Brasil seria a melhor das nações se um sistema de saúde, chamado único, funcionasse do modo como a Constituição o prevê.” (BULOS, p. 1383) PREVIDÊNCIA SOCIAL Art. 201. A previdência social será organizada sob a forma de REGIME GERAL, de CARÁTER CONTRIBUTIVO e de FILIAÇÃO OBRIGATÓRIA, observados critérios que preservem o equilíbrio financeiro e atuarial, e atenderá, nos termos da lei, a: “verdadeiro direito social” (BULOS, p. 1385) Art. 201. (...) e atenderá, nos termos da lei, a: I - cobertura dos eventos de doença, invalidez, morte e idade avançada; II - proteção à maternidade, especialmente à gestante; III - proteção ao trabalhador em situação de desemprego involuntário; IV - salário-família e auxílio-reclusão para os dependentes dos segurados de baixa renda; V - pensão por morte do segurado, homem ou mulher, ao cônjuge ou companheiro e dependentes, observado o disposto no § 2º. BENEFÍCIOS DA PREVIDÊNCIA SOCIAL § 1º É vedada a adoção de requisitos e critérios diferenciados para a concessão de aposentadoria aos beneficiários do regime geral de previdência social, ressalvados os casos de atividades exercidas sob condições especiais que prejudiquem a saúde ou a integridade física e quando se tratar de segurados portadores de deficiência, nos termos definidos em lei complementar. VEDAÇÕES CONSTITUCIONAIS PREVIDENCIÁRIAS A) PROIBIÇÃO DE DIFERENCIAÇÕES PRINCÍPIO DA IGUALDADE, COM RESSALVAS § 2º Nenhum benefício que substitua o salário de contribuição ou o rendimento do trabalho do segurado terá valor mensal inferior ao salário mínimo. B) PROIBIÇÃO DE BENEFÍCIO INFERIOR AO SALÁRIO MÍNIMO C) PROIBIÇÃO DE DESATUALIZAÇÃO DAS CONTRIBUIÇÕES § 3º Todos os salários de contribuição considerados para o cálculo de benefício serão devidamente atualizados, na forma da lei. D) PROIBIÇÃO AOS SEGURADOS FACULTATIVOS § 5º É vedada a filiação ao regime geral de previdência social, na qualidade de segurado facultativo, de pessoa participante de regime próprio de previdência. Art. 203. A assistência social será prestada a quem dela necessitar, INDEPENDENTEMENTE DE CONTRIBUIÇÃO à seguridade social, e tem por objetivos: ASSISTÊNCIA SOCIAL NAÕ POSSUI, PORTANTO, NATUREZA DE SEGURO I - a proteção à família, à maternidade, à infância, à adolescência e à velhice; II - o amparo às crianças e adolescentes carentes; III - a promoção da integração ao mercado de trabalho; IV - a habilitação e reabilitação das pessoas portadoras de deficiência e a promoção de sua integração à vida comunitária; V - a garantia de um salário mínimo de benefício mensal à pessoa portadora de deficiência e ao idoso que comprovem não possuir meios de prover à própria manutenção ou de tê-la provida por sua família, conforme dispuser a lei. OBJETIVOS DA ASSISTÊNCIA SOCIAL LEI Nº 8.742, DE 7 DE DEZEMBRO DE 1993 - LEI ORGÂNICA DA ASSISTÊNCIA SOCIAL “É o nome técnico dado ao ato de auxiliar pessoas necessitadas. Trata-se de um amparo estatal baseado no princípio humanitário de ajudar indigentes, reconhecidamente pobres, que não podem gozar dos benefícios previdenciários. (...) O propósito constitucional não é levar o necessitado à inutilidade, fomentando a política de esmolas, mas sim dar-lhe os meios para caminhar por suas próprias forças. Do contrário, seria estimular a ociosidade, porque assistir socialmente alguém não é simplesmente oferecer gorjetas, nem, tampouco, ensejar ações benevolentes, em cujas oportunidades elas se transformam em bandeiras políticas ou estribilhos de exaltação religiosa, à custa da miséria alheia.” (BULOS, p. 1393) CONCEDIDA A HIPOSSUFICIENTES EDUCAÇÃO, CULTURA E DESPORTO “A Constituição de 1988, como observamos antes, deu relevante importância à cultura, tomando esse termo em sentido abrangente da formação educacional do povo, expressões criadoras das pessoas e das projeções do espírito humano materializadas em suportes expressivos, portadores de referências à identidade, à ação, à memória dos diferentes grupos formadores da sociedade brasileira, que se exprimem por vários de seus artigos (...)” (SILVA, p. 838) Promovida e incentivada PELO PODER PÚBLICO, com a colaboração da sociedade EFEITOS DA EDUCAÇÃO: pleno desenvolvimento da pessoa preparo para o exercício da cidadania qualificação para o trabalho EDUCAÇÃO (arts. 205 a 214) EDUCAÇÃO = DIREITO DE TODOS / DEVER DO ESTADO E DA FAMÍLIA “A educação como processo de reconstrução da experiência é um atributo da pessoa humana, e, por isso, tem que ser comum a todos.” (SILVA, 2009, p. 838) • igualdade de condições para o acesso e permanência na escola • liberdade de aprender, ensinar,pesquisar e divulgar o pensamento, a arte e o saber • pluralismo de ideias e de concepções pedagógicas, e coexistência de instituições públicas e privadas de ensino • gratuidade do ensino público em estabelecimentos oficiais • valorização dos profissionais do ensino (plano de carreira, piso salarial, ingresso por concurso público) • gestão democrática do ensino público, na forma da lei • garantia de padrão de qualidade. PRINCÍPIOS BÁSICOS DO ENSINO – Art. 206 “A consecução prática dos objetivos da educação consoante o art. 205 (...) só se realizará num sistema educacional democrático, em que a organização da educação formal (via escola) concretize o direito ao ensino, informado por princípios com eles coerentes, (...)”(SILVA, 2009, p. 839) RECURSOS MÍNIMOS - Impostos a serem aplicados na Educação (Art. 212) UNIÃO FEDERAL – 18% Estados/Distrito Federal/Municípios –25% FUNDEB ADCT Art. 60, II PREFERÊNCIA CONSTITUCIONAL PELO ENSINO PÚBLICO ENSINO FUNDAMENTAL OBRIGATÓRIO E GRATUITO PROGRESSIVA UNIVERSALIZAÇÃO DO ENSINO MÉDIO GRATUITO ATENTIMENTO ESPECIALIZADO A DEFICIENTES Lei 9394/96 – DIRETRIZES E BASES DA EDUCAÇÃO NAIONAL FUNDEB – FUNDO DE MANUTENÇÃO E DESENVOLVIMENTO DA EDUCAÇÃO BÁSICA E DE VALORIZAÇÃO DOS PROFISSIONAIS DA EDUCAÇÃO CRIADO PELA EC 53/06 (VIGOR ATÉ 2021) O FUNDEB DEVE SER DIRECIONADO PARA TODOS OS NÍVEIS DE EDUCAÇÃO BÁSICA, QUE INCLUI: • EDUCAÇÃO INFANTIL – 0 A 5 ANOS (CRECHE + PRÉ-ESCOLA) • ENSINO FUNDAMENTAL – 6 A 14 ANOS • ENSINO MÉDIO – 15 A 17 ANOS FONTES DE RECURSOS: ADCT, Art. 60. Até o 14º (décimo quarto) ano a partir da promulgação desta Emenda Constitucional, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios destinarão parte dos recursos a que se refere o caput do art. 212 da Constituição Federal à manutenção e desenvolvimento da educação básica e à remuneração condigna dos trabalhadores da educação, (...) Art. 207. As universidades gozam de autonomia didático- científica, administrativa e de gestão financeira e patrimonial, e obedecerão ao princípio de indissociabilidade entre ensino, pesquisa e extensão. AUTONOMIA UNIVERSITÁRIA “Não poderia ser de outro modo. Se se consagrou a liberdade de aprender, de ensinar, de pesquisar e de divulgar o pensamento, a arte e o saber, como um princípio basilar do ensino (art. 206, II), a coerência exigia uma manifestação normativa expressa em favor da autonomia das Universidades, autonomia que não é apenas a independência da instituição universitária, mas a do próprio saber humano” (SILVA, 2009, p. 840) Art. 214. A lei estabelecerá o plano nacional de educação, de duração decenal, com o objetivo de articular o sistema nacional de educação em regime de colaboração e definir diretrizes, objetivos, metas e estratégias de implementação para assegurar a manutenção e desenvolvimento do ensino em seus diversos níveis, etapas e modalidades por meio de ações integradas dos poderes públicos das diferentes esferas federativas que conduzam a: I - erradicação do analfabetismo; II - universalização do atendimento escolar; III - melhoria da qualidade do ensino; IV - formação para o trabalho; V - promoção humanística, científica e tecnológica do País. VI - estabelecimento de meta de aplicação de recursos públicos em educação como proporção do produto interno bruto. PLANO NACIONAL DE EDUCAÇÃO LEI Nº 13.005, DE 25 DE JUNHO DE 2014 Aprova o Plano Nacional de Educação - PNE e dá outras providências. VIGÊNCIA 10 ANOS DIRETRIZES ESTABELECIDAS CONFORME OS INCISOS DO ART. 214 DA CONSTITUIÇÃO, ENFATIZANDO, AINDA: - A cidadania, com ênfase nos valores morais e éticos em que se fundamenta a sociedade. - A promoção dos princípios do respeito aos direitos humanos, à diversidade e à sustentabilidade socioambiental. Art. 5o A execução do PNE e o cumprimento de suas metas serão objeto de monitoramento contínuo e de avaliações periódicas, realizados pelas seguintes instâncias: I - Ministério da Educação - MEC; II - Comissão de Educação da Câmara dos Deputados e Comissão de Educação, Cultura e Esporte do Senado Federal; III - Conselho Nacional de Educação - CNE; IV - Fórum Nacional de Educação. CULTURA (ARTS. 215 E 216) Cabe ao poder público: Art. 215 § 3º defesa e valorização do patrimônio cultural brasileiro produção, promoção e difusão de bens culturais formação de pessoal qualificado para a gestão da cultura em suas múltiplas dimensões democratização do acesso aos bens de cultura valorização da diversidade étnica e regional LEI Nº 12.343, DE 2 DE DEZEMBRO DE 2010 Institui o PLANO NACIONAL DE CULTURA - PNC, cria o Sistema Nacional de Informações e Indicadores Culturais - SNIIC e dá outras providências. VIGÊNCIA – 10 ANOS PRINCÍPIOS OBJETIVOS ATRIBUIÇÕES DO PODER PÚBLICO FINANCIAMENTO ETC. CF. Art. 216-A. O SISTEMA NACIONAL DE CULTURA, organizado em regime de colaboração, de forma descentralizada e participativa, institui um processo de gestão e promoção conjunta de políticas públicas de cultura, democráticas e permanentes, pactuadas entre os entes da Federação e a sociedade, tendo por objetivo promover o desenvolvimento humano, social e econômico com pleno exercício dos direitos culturais. (DIRETRIZES ESTABELECIDAS NO PNC) Art. 216. Constituem patrimônio cultural brasileiro os bens de natureza material e imaterial, tomados individualmente ou em conjunto, portadores de referência à identidade, à ação, à memória dos diferentes grupos formadores da sociedade brasileira, nos quais se incluem: • as formas de expressão; • os modos de criar, fazer e viver; • as criações científicas, artísticas e tecnológicas; • as obras, objetos, documentos, edificações e demais espaços destinados às manifestações artístico-culturais; • os conjuntos urbanos e sítios de valor histórico, paisagístico, artístico, arqueológico, paleontológico, ecológico e científico. PATRIMÔNIO CULTURAL BRASILEIRO O art. 217 CF incentiva práticas desportivas formais e não formais como direito individual, existindo justiça própria referente aos casos de competições esportivas reguladas em lei. DESPORTO ( ART. 217) DESPORTO COMO FORMA DE PROMOÇÃO SOCIAL “O desporto está previsto em sentido amplo no texto de 1988, não se restringindo somente aos esporte, mas englobando também a idéia de recreação, lazer, divertimento, (...)” (LENZA, p. 1178) É DIREITO SOCIAL FORMAÇÃO DE UM SER HUMANO INTEGRAL ATIVIDADE DE LAZER E ATIVIDADE EDUCATIVA LEI 9615 – NORMAS GERAIS SOBRE DESPORTO § 1º O Poder Judiciário só admitirá ações relativas à disciplina e às competições desportivas após esgotarem-se as instâncias da justiça desportiva, regulada em lei. EXCEÇÃO À INAFASTABILIDADE DA JURISDIÇÃO – EXIGÊNCIA DE ESGOTAMENTO DA VIA ADMINISTRATIVA PRAZO § 2º A justiça desportiva terá o prazo máximo de sessenta dias, contados da instauração do processo, para proferir decisão final.
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