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ORDEM SOCIAL

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SUMÁRIO:
TÍTULO VIII - DA ORDEM SOCIAL (art. 193 a art. 232 )
Capítulo I - Disposição Geral (art. 193)
Capítulo II - Da Seguridade Social
Seção I - Disposições Gerais
Seção II - Da Saúde
Seção III - Da Previdência Social
Seção IV - Da Assistência Social
Capítulo III - Da Educação, da Cultura e do Desporto
Seção I - Da Educação
Seção II - Da Cultura
Seção III - Do Desporto
Capítulo IV - Da Ciência e Tecnologia 
Capítulo V - Da Comunicação Social 
Capítulo VI - Do Meio Ambiente
Capítulo VII - Da Família, da Criança, do Adolescente, do Jovem e do Idoso
Capítulo VIII - Dos Índios
ORDEM SOCIAL
Disciplina, Segundo José Afonso da Silva (2009, p. 828),
os direitos sociais, complementando sua disposição
com os mecanismos e aspectos organizacionais.
NÚCLEO ESSENCIAL DO REGIME 
DEMOCRÁTICO INSTITUÍDO NA 
CONSTITUIÇÃO DE 1988
Materializa, Segundo Pedro Lenza (2012, p. 1165), a ideia de
constituição social, onde são necessários elementos a serem
propiciados, como o trabalho e demais condições de vida, em
busca do bem-estar e da justiça social.
Art. 193. A ordem social tem como
base o primado do trabalho, e como
objetivo o bem-estar e a justiça sociais.
BASE E OBJETIVO DA ORDEM SOCIAL CONSTITUCIONAL
“Nesse particular, a ordem social se harmoniza com a ordem
econômica, já que esta se funda também na valorização do trabalho
e tem como fim (objetivo) assegurar a todos existência digna,
conforme os ditames da justiça social” (SILVA, 2009, p. 828)
CRÍTICA – JOSÉ AFONSO DA SILVA
QUANDO AO CONTEÚDO, OU À FORMA DE ASSOCIAÇÃO DOS TEMAS
“Mas é preciso convir que o título da ordem social misturou assuntos
que não se afinam com essa natureza. Jogaram-se aqui algumas
matérias que não têm um conteúdo típico de ordem social. Ciência e
tecnologia e meio ambiente só entraram no conceito de ordem
social, tomada essa expressão em sentido bastante alargado. Mesmo
no sentido muito amplo, e difícil encaixar a matéria relativa aos
índios no seu conceito.” (SILVA, 2009, p. 828)
No mesmo sentido, Pedro Lenza faz referência a essa crítica. (2012, p. 1166)
SEGURIDADE SOCIAL
Art. 194. A seguridade social compreende um
conjunto integrado de AÇÕES de iniciativa dos
Poderes Públicos e da sociedade, destinadas a
assegurar os direitos relativos à saúde, à
previdência e à assistência social.
Conceito Constitucional de Seguridade Social
“Seguridade social é uma técnica de proteção ou espécie de seguro avançado,
pois o destinatário de suas prestações é o segurado, que paga uma contribuição
para fazer jus à ela.” (BULOS, 2009, p. 1375)
• Estritamente: concerne à segurança individual
• Amplamente: caráter de distribuição de rendas, “instrumento destinado a
englobar os deveres de agir do Estado, para garantir os direitos sociais básicos”
MEDIDAS, NORMAS 
PROVIDÊNCIAS
PREVIDÊNCIA 
SOCIAL
• Direito de 
todos
• Independe de 
contribuição
• Direito do 
trabalhador e seus 
dependentes
• Caráter contributivo 
e compulsório
SAÚDE
ASSISTÊNCIA 
SOCIAL
• Direito de todos 
que necessitem
• Independe de 
contribuição
SEGURIDADE SOCIAL = GÊNERO
ESPÉCIES
PRINCÍPIOS CONSTITUCIONAIS DA SEGURIDADE SOCIAL
I - UNIVERSALIDADE da cobertura e do atendimento;
“o vetor da universalidade, tanto em seu aspecto subjetivo
(cobertura) como no seu aspecto objetivo (atendimento), constitui
um IDEAL A SER ALCANÇADO. Por seu intermédio, todos,
indistintamente, devem gozar dos serviços prestados pelo sistema
de seguridade social” (BULOS, 2009, p. 1376. GRIFO NOSSO)
Art. 194. Parágrafo único. Compete ao Poder
Público, nos termos da lei, organizar a seguridade
social, com base nos seguintes objetivos:
II - UNIFORMIDADE e EQUIVALÊNCIA dos benefícios e serviços às
populações urbanas e rurais;
IGUALDADE DE BENEFÍCIOS – Deriva de outros objetivos
fundamentais, bem como articula-se à busca pela remediação das
mazelas causadas pelo êxodo rural, já que as condições de vida no
meio rural representam um dos principais motivos para tal
migração.
III - SELETIVIDADE e DISTRIBUTIVIDADE na prestação dos
benefícios e serviços;
FUNDAMENTO - ISONOMIA
IV - IRREDUTIBILIDADE do valor dos benefícios;
Não pode haver REDUÇÃO NOMINAL, ou seja,
DIRETA, mas pode haver REDUÇÃO REAL, de forma
INDIRETA, através, por exemplo, de tributação.
V - EQÜIDADE na forma de participação no custeio;
(EQUILÍBRIO ≠ IGUALDADE)
VI - DIVERSIDADE da base de financiamento;
Para viabilizar o SITEMA NACIONAL DE SEGURIDADE
VII - CARÁTER DEMOCRÁTICO e DESCENTRALIZADO da
administração, mediante GESTÃO QUADRIPARTITE, com
participação dos trabalhadores, dos empregadores, dos
aposentados e do Governo nos órgãos colegiados.
A SEGURIDADE SOCIAL É
FINANCIADA PELA SOCIEDADE 
DIRETA E INDIRETAMENTE
Contribuição 
previdenciária
Orçamento 
público
Art. 195. A seguridade social será financiada por toda a sociedade, de forma
direta e indireta, nos termos da lei, mediante recursos provenientes dos
orçamentos da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, e das
seguintes contribuições sociais:
PRINCÍPIO DA DIVERSIDADE DA BASE DE FINANCIAMENTO
FINANCIAMENTO DA SEGURIDADE SOCIAL
Art. 195. (...) e das seguintes contribuições sociais:
I - do EMPREGADOR, da empresa e da entidade a ela equiparada na forma da lei,
incidentes sobre: (CONTRIBUIÇÃO PREVIDECIÁRIA PATRONAL)
a) a folha de salários e demais rendimentos do trabalho pagos ou creditados, a qualquer
título, à pessoa física que lhe preste serviço, mesmo sem vínculo empregatício;
b) a receita ou o faturamento;
c) o lucro;
II - do TRABALHADOR e dos DEMAIS SEGURADOS da previdência social, não
incidindo contribuição sobre aposentadoria e pensão concedidas pelo regime
geral de previdência social de que trata o art. 201;
III - sobre a receita de CONCURSOS DE PROGNÓSTICOS.
IV - do IMPORTADOR de bens ou serviços do exterior, ou de quem a lei a ele
equiparar.
Dispõe sobre a organização da Seguridade
Social, institui Plano de Custeio, e dá outras
providências.
LEI Nº 8.212, DE 24 DE JULHO DE 1991.
LEI ORGÂNICA DA SEGURIDADE SOCIAL
LEI Nº 8.213, DE 24 DE JULHO DE 1991.
Dispõe sobre os Planos de Benefícios da
Previdência Social e dá outras providências.
FOCO NO CONTRIBUINTE
FOCO NO BENEFICIÁRIO
OBSERVAÇÃO: CONCEITO DE EMPRESA DO DIREITO EMPRESARIAL É
DIFERENTE DO CONCEITO DE EMPRESA PARA O DIREITO PREVIDENCIÁRIO
Segundo a Lei Orgânica da Seguridade Social, em seu
artigo 15, para fins previdenciários, é considerada empresa
a firma individual ou sociedade com fins lucrativos ou não.
Lei 8212. Art. 15, Parágrafo único. Equipara-se a empresa, para os efeitos desta
Lei, o contribuinte individual em relação a segurado que lhe presta serviço, bem
como a cooperativa, a associação ou entidade de qualquer natureza ou
finalidade, a missão diplomática e a repartição consular de carreira estrangeiras.
EQUIPARADOS A EMPRESA
 CONTRIBUINTE INDIVIDUAL QUE CONTRATA SEGURADO 
(qualquer segurado, inclusive outro contribuinte individual) 
PARA PRESTAR SERVIÇO
Ex: ADVOGADO – Pessoa física – contrata empregado – Recolhe 
como:
- Empresa – sobre a remuneração do empregado contratado
- Segurado – sobre sua remuneração
Art. 195. § 3º A pessoa jurídica em débito com
o sistema da seguridade social, como
estabelecido em lei, não poderá contratar com
o Poder Público nem dele receber benefícios
ou incentivos fiscais ou creditícios.
DEVEDOR
CONSEQUÊNCIAS:
§ 4º A lei poderá instituir outras fontes destinadas a garantir a
manutenção ou expansão da seguridade social, obedecido o
disposto no art. 154, I. (Lei Complementar – IMPOSTO NOVO)
FINANCIAMENTO > CUSTEIO (FONTES ESTABELECIDAS)
(COMPETÊNCIA RESIDUAL DA UNIÃO)
Para as demais contribuições
elencadas nos incisos do artigo195, é cabível a lei ordinária.
§ 5º Nenhum benefício ou serviço da
seguridade social poderá ser criado,
majorado ou estendido sem a
correspondente fonte de custeio total.
FUNDAMENTO DE ECONOMIA, INCLUSIVE FAMILIAR:
NÃO CRIAR GASTOS QUE NÃO POSSAM SER SUPRIDOS
SAÚDE
Art. 196. A saúde é direito de todos e dever do
Estado, garantido mediante políticas sociais e
econômicas que visem à redução do risco de
doença e de outros agravos e ao acesso
universal e igualitário às ações e serviços para
sua promoção, proteção e recuperação.
“Saúde é o estado de completo bem estar físico, mental e
espiritual do homem, e não apenas a ausência de afecções e
doenças. Acompanha a saúde a nutrição, ou seja, o complexo
processo que vai da produção de alimentos até a absorção
qualitativa e quantitativa indispensáveis à vida humana” (BULOS,
2009, p. 1378)
DIRETRIZES
Art. 198. As ações e serviços públicos de saúde integram uma rede
regionalizada e hierarquizada e constituem um sistema único,
organizado de acordo com as seguintes diretrizes:
I - descentralização, com direção única em cada esfera de governo;
II - atendimento integral, com prioridade para as atividades
preventivas, sem prejuízo dos serviços assistenciais;
III - participação da comunidade.
SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE - SUS
Art. 199. A assistência à saúde é LIVRE À INICIATIVA PRIVADA.
§ 1º - As instituições privadas poderão participar de forma
complementar do sistema único de saúde, segundo diretrizes
deste, mediante contrato de direito público ou convênio, tendo
preferência as entidades filantrópicas e as sem fins lucrativos.
SAÚDE – ASSISTÊNCIA PRIVADA
Art. 200. Ao sistema único de saúde compete, além de outras atribuições, nos termos da lei:
I - CONTROLAR e FISCALIZAR procedimentos, produtos e substâncias de interesse
para a saúde e participar da produção de medicamentos, equipamentos,
imunobiológicos, hemoderivados e outros insumos;
II - executar as ações de VIGILÂNCIA SANITÁRIA E EPIDEMIOLÓGICA, bem como as
de SAÚDE DO TRABALHADOR;
VI - FISCALIZAR E INSPECIONAR ALIMENTOS, compreendido o controle de seu teor
nutricional, bem como bebidas e águas para consumo humano;
VII - participar do controle e fiscalização da produção, transporte, guarda e utilização
de substâncias e produtos psicoativos, tóxicos e radioativos;
PRINCIPAIS ATRIBUIÇÕES DO SUS
“Ora, o Brasil seria a melhor das nações se um sistema de saúde,
chamado único, funcionasse do modo como a Constituição o prevê.”
(BULOS, p. 1383)
PREVIDÊNCIA SOCIAL
Art. 201. A previdência social será organizada sob a forma
de REGIME GERAL, de CARÁTER CONTRIBUTIVO e de
FILIAÇÃO OBRIGATÓRIA, observados critérios que
preservem o equilíbrio financeiro e atuarial, e atenderá,
nos termos da lei, a:
“verdadeiro direito social” (BULOS, p. 1385)
Art. 201. (...) e atenderá, nos termos da lei, a:
I - cobertura dos eventos de doença, invalidez, morte e idade avançada;
II - proteção à maternidade, especialmente à gestante;
III - proteção ao trabalhador em situação de desemprego involuntário;
IV - salário-família e auxílio-reclusão para os dependentes dos segurados
de baixa renda;
V - pensão por morte do segurado, homem ou mulher, ao cônjuge ou
companheiro e dependentes, observado o disposto no § 2º.
BENEFÍCIOS DA PREVIDÊNCIA SOCIAL
§ 1º É vedada a adoção de requisitos e critérios diferenciados para a
concessão de aposentadoria aos beneficiários do regime geral de
previdência social, ressalvados os casos de atividades exercidas sob
condições especiais que prejudiquem a saúde ou a integridade física e
quando se tratar de segurados portadores de deficiência, nos termos
definidos em lei complementar.
VEDAÇÕES CONSTITUCIONAIS PREVIDENCIÁRIAS
A) PROIBIÇÃO DE DIFERENCIAÇÕES
PRINCÍPIO DA IGUALDADE, COM RESSALVAS
§ 2º Nenhum benefício que substitua o salário de contribuição ou o rendimento
do trabalho do segurado terá valor mensal inferior ao salário mínimo.
B) PROIBIÇÃO DE BENEFÍCIO INFERIOR AO SALÁRIO MÍNIMO
C) PROIBIÇÃO DE DESATUALIZAÇÃO DAS CONTRIBUIÇÕES
§ 3º Todos os salários de contribuição considerados para o cálculo de benefício
serão devidamente atualizados, na forma da lei.
D) PROIBIÇÃO AOS SEGURADOS FACULTATIVOS
§ 5º É vedada a filiação ao regime geral de previdência social, na qualidade de
segurado facultativo, de pessoa participante de regime próprio de previdência.
Art. 203. A assistência social será prestada a quem dela
necessitar, INDEPENDENTEMENTE DE CONTRIBUIÇÃO
à seguridade social, e tem por objetivos:
ASSISTÊNCIA SOCIAL
NAÕ POSSUI, 
PORTANTO, NATUREZA 
DE SEGURO
I - a proteção à família, à maternidade, à infância, à adolescência e à velhice;
II - o amparo às crianças e adolescentes carentes;
III - a promoção da integração ao mercado de trabalho;
IV - a habilitação e reabilitação das pessoas portadoras de deficiência e a
promoção de sua integração à vida comunitária;
V - a garantia de um salário mínimo de benefício mensal à pessoa portadora
de deficiência e ao idoso que comprovem não possuir meios de prover à
própria manutenção ou de tê-la provida por sua família, conforme dispuser
a lei.
OBJETIVOS DA ASSISTÊNCIA SOCIAL
LEI Nº 8.742, DE 7 DE DEZEMBRO DE 1993 - LEI ORGÂNICA DA ASSISTÊNCIA SOCIAL
“É o nome técnico dado ao ato de auxiliar pessoas necessitadas. Trata-se
de um amparo estatal baseado no princípio humanitário de ajudar
indigentes, reconhecidamente pobres, que não podem gozar dos
benefícios previdenciários. (...) O propósito constitucional não é levar o
necessitado à inutilidade, fomentando a política de esmolas, mas sim
dar-lhe os meios para caminhar por suas próprias forças. Do contrário,
seria estimular a ociosidade, porque assistir socialmente alguém não é
simplesmente oferecer gorjetas, nem, tampouco, ensejar ações
benevolentes, em cujas oportunidades elas se transformam em
bandeiras políticas ou estribilhos de exaltação religiosa, à custa da
miséria alheia.” (BULOS, p. 1393)
CONCEDIDA A HIPOSSUFICIENTES
EDUCAÇÃO, CULTURA E DESPORTO
“A Constituição de 1988, como observamos antes, deu relevante
importância à cultura, tomando esse termo em sentido abrangente da
formação educacional do povo, expressões criadoras das pessoas e das
projeções do espírito humano materializadas em suportes expressivos,
portadores de referências à identidade, à ação, à memória dos
diferentes grupos formadores da sociedade brasileira, que se exprimem
por vários de seus artigos (...)” (SILVA, p. 838)
Promovida e incentivada PELO PODER PÚBLICO, com a 
colaboração da sociedade
EFEITOS DA EDUCAÇÃO:
 pleno desenvolvimento da pessoa
 preparo para o exercício da cidadania
 qualificação para o trabalho
EDUCAÇÃO (arts. 205 a 214)
EDUCAÇÃO = DIREITO DE TODOS / DEVER DO ESTADO E DA FAMÍLIA
“A educação como processo de reconstrução da experiência é um atributo da pessoa 
humana, e, por isso, tem que ser comum a todos.” (SILVA, 2009, p. 838)
• igualdade de condições para o acesso e permanência na escola
• liberdade de aprender, ensinar,pesquisar e divulgar o pensamento,
a arte e o saber
• pluralismo de ideias e de concepções pedagógicas, e coexistência
de instituições públicas e privadas de ensino
• gratuidade do ensino público em estabelecimentos oficiais
• valorização dos profissionais do ensino (plano de carreira, piso
salarial, ingresso por concurso público)
• gestão democrática do ensino público, na forma da lei
• garantia de padrão de qualidade.
PRINCÍPIOS BÁSICOS DO ENSINO – Art. 206
“A consecução prática dos objetivos da educação consoante o art. 205 (...) só se realizará
num sistema educacional democrático, em que a organização da educação formal (via
escola) concretize o direito ao ensino, informado por princípios com eles coerentes, (...)”(SILVA, 2009, p. 839)
RECURSOS MÍNIMOS - Impostos a serem aplicados na Educação (Art. 212)
UNIÃO FEDERAL – 18%
Estados/Distrito Federal/Municípios –25%
FUNDEB
ADCT Art. 60, II
PREFERÊNCIA CONSTITUCIONAL PELO ENSINO PÚBLICO
ENSINO FUNDAMENTAL OBRIGATÓRIO E GRATUITO
PROGRESSIVA UNIVERSALIZAÇÃO DO ENSINO MÉDIO GRATUITO
ATENTIMENTO ESPECIALIZADO A DEFICIENTES
Lei 9394/96 – DIRETRIZES E BASES DA EDUCAÇÃO NAIONAL
FUNDEB – FUNDO DE MANUTENÇÃO E DESENVOLVIMENTO DA EDUCAÇÃO BÁSICA E DE 
VALORIZAÇÃO DOS PROFISSIONAIS DA EDUCAÇÃO
CRIADO PELA EC 53/06 (VIGOR ATÉ 2021)
O FUNDEB DEVE SER DIRECIONADO PARA TODOS OS NÍVEIS DE EDUCAÇÃO BÁSICA, QUE 
INCLUI:
• EDUCAÇÃO INFANTIL – 0 A 5 ANOS (CRECHE + PRÉ-ESCOLA)
• ENSINO FUNDAMENTAL – 6 A 14 ANOS
• ENSINO MÉDIO – 15 A 17 ANOS 
FONTES DE RECURSOS:
ADCT, Art. 60. Até o 14º (décimo quarto) ano a partir da promulgação desta
Emenda Constitucional, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios destinarão
parte dos recursos a que se refere o caput do art. 212 da Constituição Federal à
manutenção e desenvolvimento da educação básica e à remuneração condigna
dos trabalhadores da educação, (...)
Art. 207. As universidades gozam de autonomia didático-
científica, administrativa e de gestão financeira e patrimonial, e
obedecerão ao princípio de indissociabilidade entre ensino,
pesquisa e extensão.
AUTONOMIA UNIVERSITÁRIA
“Não poderia ser de outro modo. Se se consagrou a liberdade de aprender, de
ensinar, de pesquisar e de divulgar o pensamento, a arte e o saber, como um
princípio basilar do ensino (art. 206, II), a coerência exigia uma manifestação
normativa expressa em favor da autonomia das Universidades, autonomia que
não é apenas a independência da instituição universitária, mas a do próprio
saber humano” (SILVA, 2009, p. 840)
Art. 214. A lei estabelecerá o plano nacional de educação, de duração decenal,
com o objetivo de articular o sistema nacional de educação em regime de
colaboração e definir diretrizes, objetivos, metas e estratégias de
implementação para assegurar a manutenção e desenvolvimento do ensino em
seus diversos níveis, etapas e modalidades por meio de ações integradas dos
poderes públicos das diferentes esferas federativas que conduzam a:
I - erradicação do analfabetismo;
II - universalização do atendimento escolar;
III - melhoria da qualidade do ensino;
IV - formação para o trabalho;
V - promoção humanística, científica e tecnológica do País.
VI - estabelecimento de meta de aplicação de recursos públicos em educação
como proporção do produto interno bruto.
PLANO NACIONAL DE EDUCAÇÃO
LEI Nº 13.005, DE 25 DE JUNHO DE 2014
Aprova o Plano Nacional de Educação - PNE e dá outras providências.
VIGÊNCIA 10 ANOS
DIRETRIZES ESTABELECIDAS CONFORME OS INCISOS DO ART. 214 DA CONSTITUIÇÃO, 
ENFATIZANDO, AINDA:
- A cidadania, com ênfase nos valores morais e éticos em que se fundamenta a
sociedade.
- A promoção dos princípios do respeito aos direitos humanos, à diversidade e à
sustentabilidade socioambiental.
Art. 5o A execução do PNE e o cumprimento de suas metas serão objeto de
monitoramento contínuo e de avaliações periódicas, realizados pelas seguintes instâncias:
I - Ministério da Educação - MEC;
II - Comissão de Educação da Câmara dos Deputados e
Comissão de Educação, Cultura e Esporte do Senado Federal;
III - Conselho Nacional de Educação - CNE;
IV - Fórum Nacional de Educação.
CULTURA (ARTS. 215 E 216)
Cabe ao poder público: Art. 215 § 3º 
 defesa e valorização do patrimônio cultural brasileiro
 produção, promoção e difusão de bens culturais
 formação de pessoal qualificado para a gestão da cultura em suas
múltiplas dimensões
 democratização do acesso aos bens de cultura
 valorização da diversidade étnica e regional
LEI Nº 12.343, DE 2 DE DEZEMBRO DE 2010
Institui o PLANO NACIONAL DE CULTURA - PNC, cria o Sistema
Nacional de Informações e Indicadores Culturais - SNIIC e dá outras
providências.
VIGÊNCIA – 10 ANOS
PRINCÍPIOS
OBJETIVOS
ATRIBUIÇÕES DO PODER PÚBLICO
FINANCIAMENTO
ETC.
CF. Art. 216-A. O SISTEMA NACIONAL DE CULTURA, organizado em regime de
colaboração, de forma descentralizada e participativa, institui um processo de gestão e
promoção conjunta de políticas públicas de cultura, democráticas e permanentes,
pactuadas entre os entes da Federação e a sociedade, tendo por objetivo promover o
desenvolvimento humano, social e econômico com pleno exercício dos direitos
culturais. (DIRETRIZES ESTABELECIDAS NO PNC)
Art. 216. Constituem patrimônio cultural brasileiro os bens de natureza material e
imaterial, tomados individualmente ou em conjunto, portadores de referência
à identidade, à ação, à memória dos diferentes grupos formadores da
sociedade brasileira, nos quais se incluem:
• as formas de expressão;
• os modos de criar, fazer e viver;
• as criações científicas, artísticas e tecnológicas;
• as obras, objetos, documentos, edificações e demais espaços
destinados às manifestações artístico-culturais;
• os conjuntos urbanos e sítios de valor histórico, paisagístico,
artístico, arqueológico, paleontológico, ecológico e científico.
PATRIMÔNIO CULTURAL BRASILEIRO
O art. 217 CF incentiva práticas desportivas formais e não formais
como direito individual, existindo justiça própria referente aos
casos de competições esportivas reguladas em lei.
DESPORTO ( ART. 217)
DESPORTO COMO FORMA DE PROMOÇÃO SOCIAL
“O desporto está previsto em sentido amplo no texto de 1988, não se restringindo
somente aos esporte, mas englobando também a idéia de recreação, lazer,
divertimento, (...)” (LENZA, p. 1178)
É DIREITO SOCIAL
FORMAÇÃO DE UM SER HUMANO INTEGRAL
ATIVIDADE DE LAZER E ATIVIDADE EDUCATIVA
LEI 9615 – NORMAS GERAIS SOBRE DESPORTO
§ 1º O Poder Judiciário só admitirá ações relativas à
disciplina e às competições desportivas após esgotarem-se
as instâncias da justiça desportiva, regulada em lei.
EXCEÇÃO À INAFASTABILIDADE DA JURISDIÇÃO – EXIGÊNCIA 
DE ESGOTAMENTO DA VIA ADMINISTRATIVA
PRAZO
§ 2º A justiça desportiva terá o prazo máximo de sessenta dias,
contados da instauração do processo, para proferir decisão final.

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