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02_Nocoes_de_Direito

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1 
 
 
 
 
 
 
 
AL-MG 
 
 
 
1 – Sociedade, ordem social e ordem jurídica. Sociedade e Estado. Estado: origem, 
formação, elementos, finalidade. Estado e Direito. Estado e Governo: democracia e 
representação política. ............................................................................................................. 1 
2 – Estado e Constituição. O Estado Federal. O federalismo brasileiro. ............................ 52 
3 – Poder Legislativo do Estado: organização e atribuições. Deputados. Mesa da 
Assembleia. Comissões. Processo Legislativo. ...................................................................... 55 
4 – Administração Pública: princípios, poderes e organização administrativa. .................. 89 
Agentes públicos. A responsabilidade no campo administrativo. .................................... 151 
Conceito, princípios e modalidades de licitação (Lei Federal nº 14.133, de 2021). .......... 171 
5 – Direitos humanos fundamentais da Constituição de 1988. ......................................... 180 
 
 
 
 
 
Olá Concurseiro, tudo bem? 
 
Sabemos que estudar para concurso público não é tarefa fácil, mas acreditamos na sua 
dedicação e por isso elaboramos nossa apostila com todo cuidado e nos exatos termos do 
edital, para que você não estude assuntos desnecessários e nem perca tempo buscando 
conteúdos faltantes. Somando sua dedicação aos nossos cuidados, esperamos que você 
tenha uma ótima experiência de estudo e que consiga a tão almejada aprovação. 
 
Pensando em auxiliar seus estudos e aprimorar nosso material, disponibilizamos o e-mail 
professores@maxieduca.com.br para que possa mandar suas dúvidas, sugestões ou 
questionamentos sobre o conteúdo da apostila. Todos e-mails que chegam até nós, passam 
por uma triagem e são direcionados aos tutores da matéria em questão. Para o maior 
aproveitamento do Sistema de Atendimento ao Concurseiro (SAC) liste os seguintes itens: 
 
01. Apostila (concurso e cargo); 
02. Disciplina (matéria); 
03. Número da página onde se encontra a dúvida; e 
04. Qual a dúvida. 
 
Caso existam dúvidas em disciplinas diferentes, por favor, encaminhar em e-mails separados, 
pois facilita e agiliza o processo de envio para o tutor responsável, lembrando que teremos até 
cinco dias úteis para respondê-lo (a). 
 
Não esqueça de mandar um feedback e nos contar quando for aprovado! 
 
Bons estudos e conte sempre conosco! 
1719000 E-book gerado especialmente para FLAVIA NUNES BUENO LIMA
 
1 
 
 
 
ORDEM SOCIAL 
 
A Constituição de 1988, traz o Título VIII, denominado “Da ordem social”. Nos termos do art. 193 da 
CF, a ordem social tem como base o primado do trabalho, e como objetivos o bem-estar e a justiça social. 
Dentre os capítulos que compõem o Título da Ordem Social na Constituição Federal, temos a descrição 
da seguridade social, tida como o conjunto integrado de iniciativas geradas pela sociedade em conjunto 
com poder público, que visa assegurar saúde, assistência e previdência social, em respeito ao disposto 
no artigo 194 da Constituição Federal. 
 
Da seguridade social 
 
De acordo com o art. 194 da CF/88, a seguridade social compreende um conjunto integrado de ações 
de iniciativa dos Poderes Públicos e da sociedade, destinadas a assegurar os direitos relativos à saúde, 
à previdência e à assistência social. 
 
Disposições gerais 
Segundo o artigo 194, a seguridade social é composta de três pilares: 
a) Saúde: A universalidade é a nota característica desse subsistema, que é destinado a toda e 
qualquer pessoa que dele necessita. Não se limita à prestação de serviços de recuperação, visto que o 
conceito constitucional é bem mais amplo, dando ênfase à prevenção do risco, através de políticas sociais 
e econômicas. A saúde estrutura-se através de um sistema unificado e hierarquizado denominado SUS 
– Sistema Único de Saúde. As condições de saúde, qualidade de vida e longevidade, influem diretamente 
no sistema previdenciário, pois, apenas como exemplos, pessoas mais saudáveis, aposentam-se menos 
por invalidez. 
b) Previdência: Está disciplinada nos artigos 201 e 202 da Constituição Federal, que dispõem ser, 
esse, um sistema contributivo, mediante o qual os trabalhadores estarão protegidos contra as 
contingências elencadas em seu art. 201: doença, morte, invalidez, idade avançada, encargos familiares, 
prisão do segurado de baixa renda, além de proteção à maternidade e desemprego involuntário. 
c) Assistência Social: A assistência social encontra-se disciplinada nos artigos 203 e 204 da 
Constituição Federal. É destinada aos hipossuficientes, ou seja, àqueles que dela necessitam, 
independente de contribuição. Direciona-se, portanto, àquelas pessoas que estão fora do mercado de 
trabalho, sem proteção previdenciária e em condições indignas de vida. Interagem com os dois outros 
subsistemas, completando-os, em busca da realização de princípios constitucionais fundamentais, como 
a dignidade da pessoa humana, o bem-estar e a justiça social. 
 
Dispositivos Constitucionais a respeito do assunto: 
 
TÍTULO VIII 
Da Ordem Social 
CAPÍTULO I 
DISPOSIÇÃO GERAL 
 
Art. 193. A ordem social tem como base o primado do trabalho, e como objetivo o bem-estar e a justiça 
sociais. 
Parágrafo único. O Estado exercerá a função de planejamento das políticas sociais, assegurada, na 
forma da lei, a participação da sociedade nos processos de formulação, de monitoramento, de controle e 
de avaliação dessas políticas. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 108, de 2020) 
 
 
 
 
 
 
 
1 – Sociedade, ordem social e ordem jurídica. Sociedade e Estado. Estado: 
origem, formação, elementos, finalidade. Estado e Direito. Estado e Governo: 
democracia e representação política. 
1719000 E-book gerado especialmente para FLAVIA NUNES BUENO LIMA
 
2 
 
CAPÍTULO II 
DA SEGURIDADE SOCIAL 
Seção I 
DISPOSIÇÕES GERAIS 
 
Art. 194. A seguridade social compreende um conjunto integrado de ações de iniciativa dos Poderes 
Públicos e da sociedade, destinadas a assegurar os direitos relativos à saúde, à previdência e à 
assistência social. 
Parágrafo único. Compete ao Poder Público, nos termos da lei, organizar a seguridade social, com 
base nos seguintes objetivos: 
I - universalidade da cobertura e do atendimento; 
II - uniformidade e equivalência dos benefícios e serviços às populações urbanas e rurais; 
III - seletividade e distributividade na prestação dos benefícios e serviços; 
IV - irredutibilidade do valor dos benefícios; 
V - equidade na forma de participação no custeio; 
VI - diversidade da base de financiamento, identificando-se, em rubricas contábeis específicas para 
cada área, as receitas e as despesas vinculadas a ações de saúde, previdência e assistência social, 
preservado o caráter contributivo da previdência social; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 
103, de 2019); 
VII - caráter democrático e descentralizado da administração, mediante gestão quadripartite, com 
participação dos trabalhadores, dos empregadores, dos aposentados e do Governo nos órgãos 
colegiados. 
 
Art. 195. A seguridade social será financiada por toda a sociedade, de forma direta e indireta, nos 
termos da lei, mediante recursos provenientes dos orçamentos da União, dos Estados, do Distrito Federal 
e dos Municípios, e das seguintes contribuições sociais: 
I - do empregador, da empresa e da entidade a ela equiparada na forma da lei, incidentes sobre: 
a) a folha de salários e demais rendimentos do trabalho pagos ou creditados, a qualquer título, à 
pessoa física que lhe preste serviço, mesmo sem vínculo empregatício; 
b) a receita ou o faturamento; 
c) o lucro; 
II - do trabalhador e dos demais segurados da previdência social, podendo ser adotadas alíquotas 
progressivas de acordo com o valor do salário de contribuição, não incidindo contribuição sobre 
aposentadoria e pensão concedidas pelo Regime Geral de Previdência Social; (Redação dada pela 
Emenda Constitucional nº 103, de 2019); 
III - sobre a receita deconcursos de prognósticos. 
 
São considerados concursos de prognósticos: todo e qualquer sorteio de números, loterias, apostas, 
inclusive a realizada em reuniões hípicas, nos âmbitos federal, estadual, do Distrito Federal e 
municipal. A receita da Seguridade Social será a renda líquida de tais concursos, assim considerada o 
total da arrecadação, deduzidos os valores destinados a pagamento de prêmios, impostos e despesas 
de administração, conforme for determinado na legislação específica. 
 
IV - do importador de bens ou serviços do exterior, ou de quem a lei a ele equiparar. 
 
As formas de custeio previstas no art. 195, incisos I a IV, materializam-se por lei ordinária e no 
exercício da denominada competência discriminada da União. Isso porque, não se aplica a regra do 
art. 146, III, “a” (que exige Lei Complementar para a modalidade imposto tributo), nem a regra do art. 
195, § 4º, que trata de outras fontes de custeio da seguridade social (de acordo com entendimento 
consolidado no Supremo Tribunal Federal). 
Por outro lado, para a instituição de outras fontes de custeio destinadas a garantir a manutenção 
ou expansão da seguridade social, obedecido o art. 154, I, e nos termos do art. 195, §4º, indispensável 
será a lei complementar. Trata-se da denominada competência residual da União. 
 
§ 1º - As receitas dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios destinadas à seguridade social 
constarão dos respectivos orçamentos, não integrando o orçamento da União. 
1719000 E-book gerado especialmente para FLAVIA NUNES BUENO LIMA
 
3 
 
§ 2º A proposta de orçamento da seguridade social será elaborada de forma integrada pelos órgãos 
responsáveis pela saúde, previdência social e assistência social, tendo em vista as metas e prioridades 
estabelecidas na lei de diretrizes orçamentárias, assegurada a cada área a gestão de seus recursos. 
§ 3º A pessoa jurídica em débito com o sistema da seguridade social, como estabelecido em lei, não 
poderá contratar com o Poder Público nem dele receber benefícios ou incentivos fiscais ou creditícios. 
§ 4º A lei poderá instituir outras fontes destinadas a garantir a manutenção ou expansão da seguridade 
social, obedecido o disposto no art. 154, I. 
§ 5º Nenhum benefício ou serviço da seguridade social poderá ser criado, majorado ou estendido sem 
a correspondente fonte de custeio total. 
§ 6º As contribuições sociais de que trata este artigo só poderão ser exigidas após decorridos noventa 
dias da data da publicação da lei que as houver instituído ou modificado, não se lhes aplicando o disposto 
no art. 150, III, "b". 
§ 7º São isentas de contribuição para a seguridade social as entidades beneficentes de assistência 
social que atendam às exigências estabelecidas em lei. 
§ 8º O produtor, o parceiro, o meeiro e o arrendatário rurais e o pescador artesanal, bem como os 
respectivos cônjuges, que exerçam suas atividades em regime de economia familiar, sem empregados 
permanentes, contribuirão para a seguridade social mediante a aplicação de uma alíquota sobre o 
resultado da comercialização da produção e farão jus aos benefícios nos termos da lei. 
§ 9º As contribuições sociais previstas no inciso I do caput deste artigo poderão ter alíquotas 
diferenciadas em razão da atividade econômica, da utilização intensiva de mão de obra, do porte da 
empresa ou da condição estrutural do mercado de trabalho, sendo também autorizada a adoção de bases 
de cálculo diferenciadas apenas no caso das alíneas "b" e "c" do inciso I do caput. (Redação dada pela 
Emenda Constitucional nº 103, de 2019) 
§ 10. A lei definirá os critérios de transferência de recursos para o sistema único de saúde e ações de 
assistência social da União para os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, e dos Estados para os 
Municípios, observada a respectiva contrapartida de recursos. 
§ 11. São vedados a moratória e o parcelamento em prazo superior a 60 (sessenta) meses e, na forma 
de lei complementar, a remissão e a anistia das contribuições sociais de que tratam a alínea "a" do inciso 
I e o inciso II do caput. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 103, de 2019) 
§ 12. A lei definirá os setores de atividade econômica para os quais as contribuições incidentes na 
forma dos incisos I, b; e IV do caput, serão não-cumulativas.(Incluído pela Emenda Constitucional nº 42, 
de 19.12.2003) 
§ 13. (Revogado). (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 103, de 2019) 
§ 14. O segurado somente terá reconhecida como tempo de contribuição ao Regime Geral de 
Previdência Social a competência cuja contribuição seja igual ou superior à contribuição mínima mensal 
exigida para sua categoria, assegurado o agrupamento de contribuições. (Incluído pela Emenda 
Constitucional nº 103, de 2019) 
 
Questões 
 
01. (IF/BA - Assistente de Alunos - FUNRIO) A Constituição Federal de 1988 dispõe que a ordem 
social tem como base 
(A) o bem estar. 
(B) o primado do trabalho. 
(C) a justiça social. 
(D) a integração nacional. 
(E) a equidade de direitos. 
 
02. (Prefeitura de Natal/RN – Advogado - IDECAN) Estabelece a Constituição da República 
Federativa do Brasil que compete ao Poder Público, nos termos da lei, organizar a seguridade social, com 
base em alguns objetivos. Dentre os objetivos citados está o caráter democrático e descentralizado da 
administração, mediante gestão quadripartite, com participação: 
(A) Da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, nos órgãos colegiados. 
(B) Dos aposentados, dos servidores, da comunidade e dos empresários, nos órgãos colegiados. 
(C) Dos trabalhadores, dos empregadores, dos aposentados e do Governo nos órgãos colegiados 
(D) Dos aposentados, dos pensionistas, dos contribuintes e dos empregadores, nos órgãos colegiados. 
 
03. (EBSERH – Fisioterapeuta - INSTITUTO AOCP) De acordo com o que dispõe a Constituição 
Federal, a proposta de orçamento da seguridade social será elaborada 
1719000 E-book gerado especialmente para FLAVIA NUNES BUENO LIMA
 
4 
 
(A) de forma integrada pelos órgãos responsáveis pela saúde, previdência social e assistência social, 
tendo em vista as metas e prioridades estabelecidas na lei de diretrizes orçamentárias, assegurada a 
cada área a gestão de seus recursos. 
(B) de forma integrada pelos órgãos responsáveis pela saúde, educação, previdência social e 
assistência social, tendo em vista as metas e prioridades estabelecidas na lei de diretrizes orçamentárias, 
ficando a gestão dos recursos de cada área sob a competência exclusiva do Ministério da Saúde. 
(C) pelo órgão responsável pela previdência social, tendo em vista as metas e prioridades 
estabelecidas na lei de diretrizes orçamentárias para saúde e assistência social, ficando a gestão dos 
recursos sob a competência exclusiva do Ministério da Previdência Social. 
(D) pelo órgão responsável pela previdência social, tendo em vista as metas e prioridades 
estabelecidas na lei de diretrizes orçamentárias para saúde, educação e assistência social assegurada a 
cada área a gestão de seus recursos. 
(E) de forma integrada pelos órgãos responsáveis pela saúde, educação, previdência social e 
assistência social, tendo em vista as metas e prioridades estabelecidas na lei de diretrizes orçamentárias, 
assegurada a cada área a gestão de seus recursos. 
 
Gabarito 
 
01. B / 02. C / 03. A 
 
Comentários 
 
01. Resposta: B 
Atenção! Cuidado para não confundir o que dispõe o art. 193 da CF/88, tendo em vista que assinala 
como base da ordem social apenas o primado do trabalho, sendo o bem-estar e a justiça sociais seus 
objetivos. 
 
02. Resposta: C 
Assim, dispõe o art. 194, VII, da CF: “caráter democrático e descentralizado da administração, 
mediante gestão quadripartite, com participação dos trabalhadores, dos empregadores, dos aposentados 
e do Governo nos órgãos colegiados”. 
 
03. Resposta: A 
Art. 195, §2º, da CF/88. A proposta de orçamento da seguridade social será elaborada de forma 
integrada pelos órgãos responsáveispela saúde, previdência social e assistência social, tendo em vista 
as metas e prioridades estabelecidas na lei de diretrizes orçamentárias, assegurada a cada área a gestão 
de seus recursos. 
 
Da Saúde 
O direito à saúde pública encontra-se positivado na Constituição Federal expressamente nos artigos 
6º e 196, sendo um direito social e fundamental, é um dever do Estado. A saúde é inerente ao ser humano, 
bem como à sua vida com dignidade, sedo fundamento da República Federativa do Brasil, expresso na 
Constituição Federal em seu artigo 1º, inciso III. 
Dentre os objetivos fundamentais da República Federativa do Brasil a Constituição Federal de 1988, 
em seu artigo 3º apresenta expressamente a busca por uma sociedade livre, justa e solidária; a 
erradicação da pobreza e da marginalização, a redução das desigualdades sociais e regionais e por fim 
promoção do bem de todos. A Constituição Federal de 1988 em seu artigo 196 apresenta a concepção 
de saúde. 
O Sistema Único de Saúde (SUS), institucionalizado pela Lei Federal nº 8.080, em 1990 – Lei Orgânica 
da Saúde (LOS) – possui, como princípios, a universalidade de acesso aos serviços de saúde e a 
integralidade da assistência, cabendo a ele a execução de ações de assistência terapêutica integral, 
inclusive farmacêutica (art. 6º). Ambas, a Constituição Federal e a Lei Federal nº 8.080/90 – Lei Orgânica 
da Saúde – definem o objeto do direito à saúde incorporando o conceito da Organização Mundial da 
Saúde: “[...] um estado de completo bem-estar físico, mental e social e não apenas a simples ausência 
de doenças e outros danos”. 
1719000 E-book gerado especialmente para FLAVIA NUNES BUENO LIMA
 
5 
 
O direito à saúde é um dever Estado, sendo inerente ao direito à vida com dignidade, concretizando 
assim o direito fundamental e social, conforme considera Pedro Lenza, o ser humano é o destinatário 
destes direitos tutelados na atual Constituição Federal da República de 1988.1 
As políticas de saúde (SUS), de previdência social e de assistência social se pautam pelos princípios 
constitucionais relacionados pelo legislador: 
- a universalidade de cobertura e atendimento; 
- uniformidade e equivalência de benefícios e serviços às populações urbanas e rurais; 
- seletividade e distributividade na prestação de benefícios e serviços; 
- irredutibilidade do valor dos benefícios; 
- equidade da forma de participação no custeio; 
- diversidade da base de financiamento; 
- caráter democrático e descentralizado de administração, mediante gestão quadripartite, com 
participação dos trabalhadores, dos empregadores, dos aposentados e do Governo nos órgãos 
colegiados. 
 
SEÇÃO II 
DA SAÚDE 
 
Art. 196. A saúde é direito de todos e dever do Estado, garantido mediante políticas sociais e 
econômicas que visem à redução do risco de doença e de outros agravos e ao acesso universal e 
igualitário às ações e serviços para sua promoção, proteção e recuperação. 
 
Art. 197. São de relevância pública as ações e serviços de saúde, cabendo ao Poder Público dispor, 
nos termos da lei, sobre sua regulamentação, fiscalização e controle, devendo sua execução ser feita 
diretamente ou através de terceiros e, também, por pessoa física ou jurídica de direito privado. 
 
Art. 198. As ações e serviços públicos de saúde integram uma rede regionalizada e hierarquizada e 
constituem um sistema único, organizado de acordo com as seguintes diretrizes: 
I - descentralização, com direção única em cada esfera de governo; 
II - atendimento integral, com prioridade para as atividades preventivas, sem prejuízo dos serviços 
assistenciais; 
III - participação da comunidade. 
§ 1º. O sistema único de saúde será financiado, nos termos do art. 195, com recursos do orçamento 
da seguridade social, da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, além de outras fontes. 
§ 2º A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios aplicarão, anualmente, em ações e serviços 
públicos de saúde recursos mínimos derivados da aplicação de percentuais calculados sobre: 
I - no caso da União, a receita corrente líquida do respectivo exercício financeiro, não podendo ser 
inferior a 15% (quinze por cento); (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 86, de 2015) 
II - no caso dos Estados e do Distrito Federal, o produto da arrecadação dos impostos a que se refere 
o art. 155 e dos recursos de que tratam os arts. 157 e 159, inciso I, alínea a, e inciso II, deduzidas as 
parcelas que forem transferidas aos respectivos Municípios; 
III - no caso dos Municípios e do Distrito Federal, o produto da arrecadação dos impostos a que se 
refere o art. 156 e dos recursos de que tratam os arts. 158 e 159, inciso I, alínea b e § 3º. 
§ 3º Lei complementar, que será reavaliada pelo menos a cada cinco anos, estabelecerá: 
I - os percentuais de que tratam os incisos II e III do § 2º; (Redação dada pela Emenda Constitucional 
nº 86, de 2015) 
II - os critérios de rateio dos recursos da União vinculados à saúde destinados aos Estados, ao Distrito 
Federal e aos Municípios, e dos Estados destinados a seus respectivos Municípios, objetivando a 
progressiva redução das disparidades regionais; 
III - as normas de fiscalização, avaliação e controle das despesas com saúde nas esferas federal, 
estadual, distrital e municipal; 
IV - (revogado). (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 86, de 2015) 
§ 4º Os gestores locais do sistema único de saúde poderão admitir agentes comunitários de saúde e 
agentes de combate às endemias por meio de processo seletivo público, de acordo com a natureza e 
complexidade de suas atribuições e requisitos específicos para sua atuação. 
§ 5º Lei federal disporá sobre o regime jurídico, o piso salarial profissional nacional, as diretrizes para 
os Planos de Carreira e a regulamentação das atividades de agente comunitário de saúde e agente de 
 
1 LENZA, Pedro. Direito constitucional esquematizado. 12 ed. rev., atual. e ampl. São Paulo: Saraiva, 2008 
1719000 E-book gerado especialmente para FLAVIA NUNES BUENO LIMA
 
6 
 
combate às endemias, competindo à União, nos termos da lei, prestar assistência financeira 
complementar aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios, para o cumprimento do referido piso 
salarial. 
§ 6º Além das hipóteses previstas no § 1º do art. 41 e no § 4º do art. 169 da Constituição Federal, o 
servidor que exerça funções equivalentes às de agente comunitário de saúde ou de agente de combate 
às endemias poderá perder o cargo em caso de descumprimento dos requisitos específicos, fixados em 
lei, para o seu exercício. 
§ 7º O vencimento dos agentes comunitários de saúde e dos agentes de combate às endemias fica 
sob responsabilidade da União, e cabe aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios estabelecer, 
além de outros consectários e vantagens, incentivos, auxílios, gratificações e indenizações, a fim de 
valorizar o trabalho desses profissionais. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 120, de 2022) 
§ 8º Os recursos destinados ao pagamento do vencimento dos agentes comunitários de saúde e dos 
agentes de combate às endemias serão consignados no orçamento geral da União com dotação própria 
e exclusiva. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 120, de 2022) 
§ 9º O vencimento dos agentes comunitários de saúde e dos agentes de combate às endemias não 
será inferior a 2 (dois) salários mínimos, repassados pela União aos Municípios, aos Estados e ao Distrito 
Federal. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 120, de 2022) 
§ 10. Os agentes comunitários de saúde e os agentes de combate às endemias terão também, em 
razão dos riscos inerentes às funções desempenhadas, aposentadoria especial e, somado aos seus 
vencimentos, adicional de insalubridade. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 120, de 2022) 
§ 11. Os recursos financeiros repassados pela União aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios 
para pagamento do vencimento ou de qualquer outra vantagem dos agentes comunitários de saúdee dos 
agentes de combate às endemias não serão objeto de inclusão no cálculo para fins do limite de despesa 
com pessoal. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 120, de 2022) 
 
Art. 199. A assistência à saúde é livre à iniciativa privada. 
§ 1º - As instituições privadas poderão participar de forma complementar do sistema único de saúde, 
segundo diretrizes deste, mediante contrato de direito público ou convênio, tendo preferência as entidades 
filantrópicas e as sem fins lucrativos. 
§ 2º - É vedada a destinação de recursos públicos para auxílios ou subvenções às instituições privadas 
com fins lucrativos. 
§ 3º - É vedada a participação direta ou indireta de empresas ou capitais estrangeiros na assistência 
à saúde no País, salvo nos casos previstos em lei. 
§ 4º - A lei disporá sobre as condições e os requisitos que facilitem a remoção de órgãos, tecidos e 
substâncias humanas para fins de transplante, pesquisa e tratamento, bem como a coleta, processamento 
e transfusão de sangue e seus derivados, sendo vedado todo tipo de comercialização. 
 
Art. 200. Ao sistema único de saúde compete, além de outras atribuições, nos termos da lei: 
I - controlar e fiscalizar procedimentos, produtos e substâncias de interesse para a saúde e participar 
da produção de medicamentos, equipamentos, imunobiológicos, hemoderivados e outros insumos; 
II - executar as ações de vigilância sanitária e epidemiológica, bem como as de saúde do trabalhador; 
III - ordenar a formação de recursos humanos na área de saúde; 
IV - participar da formulação da política e da execução das ações de saneamento básico; 
V - incrementar, em sua área de atuação, o desenvolvimento científico e tecnológico e a inovação; 
(Redação dada pela Emenda Constitucional nº 85, de 2015) 
VI - fiscalizar e inspecionar alimentos, compreendido o controle de seu teor nutricional, bem como 
bebidas e águas para consumo humano; 
VII - participar do controle e fiscalização da produção, transporte, guarda e utilização de substâncias e 
produtos psicoativos, tóxicos e radioativos; 
VIII - colaborar na proteção do meio ambiente, nele compreendido o do trabalho. 
 
Questões 
 
01. (MPE/SP - Analista Técnico Científico – Pedagogo - VUNESP) Nos termos do artigo 196 da 
Constituição Federal de 1988, a saúde, no Brasil, é dever do Estado, garantido mediante 
(A) atendimento especializado, voltado à população em situação de vulnerabilidade econômica e 
social. 
(B) atendimento regionalizado, o mais próximo da residência, a toda a população. 
(C) atendimento diferenciado a cada faixa etária da população. 
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(D) acesso universal igualitário às ações e aos serviços voltados à promoção da saúde, à proteção e 
à recuperação. 
(E) política pública centralizada de atendimento à população, com prioridade ao primeiro ano de vida 
 
02. (MPE/SP - Analista Técnico Científico – Pedagogo - VUNESP) A Constituição Federal de 1988 
(art.197) estabelece que são de relevância pública as ações e serviços de saúde pública, cabendo ao 
Poder Público dispor, nos termos da lei, sobre sua regulamentação, fiscalização e controle, devendo sua 
execução ser feita 
(A) diretamente ou por meio de terceiros e, também, por pessoa física ou jurídica de direito privado. 
(B) por empresas filantrópicas, exclusivamente em convênio com o Governo Federal. 
(C) pelos Estados, que poderão estabelecer convênio, desde que autorizados pelo Governo Federal. 
(D) diretamente pelos serviços terceirizados contratados unicamente pelo Governo Federal. 
(E) por pessoas físicas, desde que credenciadas pelo Ministério da Saúde. 
 
03. (MPE/SP - Analista Técnico Científico – Pedagogo - VUNESP) A Constituição Federal de 1988, 
quando trata do atendimento à saúde, em seu artigo 198, inciso II, estabelece prioridade às atividades 
(A) curativas. 
(B) preventivas. 
(C) coletivas. 
(D) assistencialistas. 
(E) comunitárias. 
 
04. (MPE-SC - Promotor de Justiça - MPE-SC) Julgue o item a seguir: 
A Constituição Federal estabeleceu que a assistência à saúde é livre à iniciativa privada, sendo 
vedada, contudo, a destinação de recursos públicos para auxílios ou subvenções às instituições privadas 
com fins lucrativos. 
(A) Certo (B) Errado 
 
Gabarito 
 
01. D / 02. A / 03 B / 04. A 
 
Comentários 
 
01. Resposta: D 
É o que dispõe o art. 196 da CF/88. 
Art. 196. A saúde é direito de todos e dever do Estado, garantido mediante políticas sociais e 
econômicas que visem à redução do risco de doença e de outros agravos e ao acesso universal e 
igualitário às ações e serviços para sua promoção, proteção e recuperação. 
 
02. Resposta: A 
É o que dispõe o art. 197 da CF/88. 
Art. 197. São de relevância pública as ações e serviços de saúde, cabendo ao Poder Público dispor, 
nos termos da lei, sobre sua regulamentação, fiscalização e controle, devendo sua execução ser feita 
diretamente ou através de terceiros e, também, por pessoa física ou jurídica de direito privado. 
 
03. Resposta: B 
Dispõe o art. 198, II, da CF/88: As ações e serviços públicos de saúde integram uma rede regionalizada 
e hierarquizada e constituem um sistema único, organizado de acordo com as seguintes diretrizes: II - 
atendimento integral, com prioridade para as atividades preventivas, sem prejuízo dos serviços 
assistenciais. 
 
04. Resposta: A 
É o que dispõe o art. 199, §2º, da CF/88. 
 
Da previdência social 
Está disciplinada nos artigos 201 e 202 da Constituição Federal, que dispõem ser, esse, um sistema 
contributivo, mediante o qual os trabalhadores estarão protegidos contra as contingências elencadas em 
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seu art. 201: doença, morte, invalidez, idade avançada, encargos familiares, prisão do segurado de baixa 
renda, além de proteção à maternidade e desemprego involuntário. 
A previdência se direciona essencialmente aos trabalhadores (facultada nos termos da lei, a adesão 
voluntária de não-trabalhadores), garantindo-lhes, por meio do pagamento de contribuição, a proteção 
contra contingências que os coloquem em situação de necessidade social. Importante destacar que 
somente àqueles que contribuem financeiramente para o sistema possuem direito aos seus benefícios, 
diferentemente da saúde e da assistência social. 
 
SEÇÃO III 
DA PREVIDÊNCIA SOCIAL 
 
Art. 201. A previdência social será organizada sob a forma do Regime Geral de Previdência Social, de 
caráter contributivo e de filiação obrigatória, observados critérios que preservem o equilíbrio financeiro e 
atuarial, e atenderá, na forma da lei, a: (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 103, de 2019) 
I - cobertura dos eventos de incapacidade temporária ou permanente para o trabalho e idade avançada; 
(Redação dada pela Emenda Constitucional nº 103, de 2019); 
II - proteção à maternidade, especialmente à gestante 
III - proteção ao trabalhador em situação de desemprego involuntário; 
IV - salário-família e auxílio-reclusão para os dependentes dos segurados de baixa renda; 
V - pensão por morte do segurado, homem ou mulher, ao cônjuge ou companheiro e dependentes, 
observado o disposto no § 2º. 
§ 1º É vedada a adoção de requisitos ou critérios diferenciados para concessão de benefícios, 
ressalvada, nos termos de lei complementar, a possibilidade de previsão de idade e tempo de contribuição 
distintos da regra geral para concessão de aposentadoria exclusivamente em favor dos segurados: 
(Redação dada pela Emenda Constitucional nº 103, de 2019) 
I - com deficiência, previamente submetidos a avaliação biopsicossocial realizada por equipe 
multiprofissional e interdisciplinar; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 103, de 2019) 
II - cujas atividades sejam exercidas com efetiva exposição a agentes químicos, físicos e biológicos 
prejudiciais à saúde, ou associação desses agentes, vedada a caracterização por categoria profissional 
ou ocupação. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 103, de 2019).§ 2º Nenhum benefício que substitua o salário de contribuição ou o rendimento do trabalho do segurado 
terá valor mensal inferior ao salário mínimo. 
§ 3º Todos os salários de contribuição considerados para o cálculo de benefício serão devidamente 
atualizados, na forma da lei. 
§ 4º É assegurado o reajustamento dos benefícios para preservar-lhes, em caráter permanente, o valor 
real, conforme critérios definidos em lei. 
§ 5º É vedada a filiação ao regime geral de previdência social, na qualidade de segurado facultativo, 
de pessoa participante de regime próprio de previdência. 
§ 6º A gratificação natalina dos aposentados e pensionistas terá por base o valor dos proventos do 
mês de dezembro de cada ano. 
§ 7º É assegurada aposentadoria no regime geral de previdência social, nos termos da lei, obedecidas 
as seguintes condições: 
I - 65 (sessenta e cinco) anos de idade, se homem, e 62 (sessenta e dois) anos de idade, se mulher, 
observado tempo mínimo de contribuição; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 103, de 2019) 
II - 60 (sessenta) anos de idade, se homem, e 55 (cinquenta e cinco) anos de idade, se mulher, para 
os trabalhadores rurais e para os que exerçam suas atividades em regime de economia familiar, nestes 
incluídos o produtor rural, o garimpeiro e o pescador artesanal. (Redação dada pela Emenda 
Constitucional nº 103, de 2019) 
§ 8º O requisito de idade a que se refere o inciso I do § 7º será reduzido em 5 (cinco) anos, para o 
professor que comprove tempo de efetivo exercício das funções de magistério na educação infantil e no 
ensino fundamental e médio fixado em lei complementar. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 
103, de 2019). 
§ 9º Para fins de aposentadoria, será assegurada a contagem recíproca do tempo de contribuição 
entre o Regime Geral de Previdência Social e os regimes próprios de previdência social, e destes entre 
si, observada a compensação financeira, de acordo com os critérios estabelecidos em lei. (Redação dada 
pela Emenda Constitucional nº 103, de 2019) 
§ 9º-A. O tempo de serviço militar exercido nas atividades de que tratam os arts. 42, 142 e 143 e o 
tempo de contribuição ao Regime Geral de Previdência Social ou a regime próprio de previdência social 
terão contagem recíproca para fins de inativação militar ou aposentadoria, e a compensação financeira 
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será devida entre as receitas de contribuição referentes aos militares e as receitas de contribuição aos 
demais regimes. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 103, de 2019) 
§ 10. Lei complementar poderá disciplinar a cobertura de benefícios não programados, inclusive os 
decorrentes de acidente do trabalho, a ser atendida concorrentemente pelo Regime Geral de Previdência 
Social e pelo setor privado. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 103, de 2019) 
§ 11. Os ganhos habituais do empregado, a qualquer título, serão incorporados ao salário para efeito 
de contribuição previdenciária e consequente repercussão em benefícios, nos casos e na forma da lei. 
§ 12. Lei instituirá sistema especial de inclusão previdenciária, com alíquotas diferenciadas, para 
atender aos trabalhadores de baixa renda, inclusive os que se encontram em situação de informalidade, 
e àqueles sem renda própria que se dediquem exclusivamente ao trabalho doméstico no âmbito de sua 
residência, desde que pertencentes a famílias de baixa renda. (Redação dada pela Emenda 
Constitucional nº 103, de 2019) 
§ 13. A aposentadoria concedida ao segurado de que trata o § 12 terá valor de 1 (um) salário-mínimo. 
(Redação dada pela Emenda Constitucional nº 103, de 2019) 
§ 14. É vedada a contagem de tempo de contribuição fictício para efeito de concessão dos benefícios 
previdenciários e de contagem recíproca. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 103, de 2019) 
§ 15. Lei complementar estabelecerá vedações, regras e condições para a acumulação de benefícios 
previdenciários. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 103, de 2019) 
§ 16. Os empregados dos consórcios públicos, das empresas públicas, das sociedades de economia 
mista e das suas subsidiárias serão aposentados compulsoriamente, observado o cumprimento do tempo 
mínimo de contribuição, ao atingir a idade máxima de que trata o inciso II do § 1º do art. 40, na forma 
estabelecida em lei. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 103, de 2019) 
 
Art. 202. O regime de previdência privada, de caráter complementar e organizado de forma autônoma 
em relação ao regime geral de previdência social, será facultativo, baseado na constituição de reservas 
que garantam o benefício contratado, e regulado por lei complementar. 
§ 1° A lei complementar de que trata este artigo assegurará ao participante de planos de benefícios de 
entidades de previdência privada o pleno acesso às informações relativas à gestão de seus respectivos 
planos. 
§ 2° As contribuições do empregador, os benefícios e as condições contratuais previstas nos estatutos, 
regulamentos e planos de benefícios das entidades de previdência privada não integram o contrato de 
trabalho dos participantes, assim como, à exceção dos benefícios concedidos, não integram a 
remuneração dos participantes, nos termos da lei. 
§ 3º É vedado o aporte de recursos a entidade de previdência privada pela União, Estados, Distrito 
Federal e Municípios, suas autarquias, fundações, empresas públicas, sociedades de economia mista e 
outras entidades públicas, salvo na qualidade de patrocinador, situação na qual, em hipótese alguma, sua 
contribuição normal poderá exceder a do segurado. 
§ 4º Lei complementar disciplinará a relação entre a União, Estados, Distrito Federal ou Municípios, 
inclusive suas autarquias, fundações, sociedades de economia mista e empresas controladas direta ou 
indiretamente, enquanto patrocinadores de planos de benefícios previdenciários, e as entidades de 
previdência complementar. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 103, de 2019) 
§ 5º A lei complementar de que trata o § 4º aplicar-se-á, no que couber, às empresas privadas 
permissionárias ou concessionárias de prestação de serviços públicos, quando patrocinadoras de planos 
de benefícios em entidades de previdência complementar. (Redação dada pela Emenda Constitucional 
nº 103, de 2019) 
§ 6º Lei complementar estabelecerá os requisitos para a designação dos membros das diretorias das 
entidades fechadas de previdência complementar instituídas pelos patrocinadores de que trata o § 4º e 
disciplinará a inserção dos participantes nos colegiados e instâncias de decisão em que seus interesses 
sejam objeto de discussão e deliberação. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 103, de 2019) 
 
Questão 
 
01. (FCC - Analista Judiciário - Área Judiciária - TRT - 6ª Região/PE/2018) Em conformidade com 
a disciplina constitucional atinente à Ordem Social, 
(A) é indevida a diferenciação de alíquotas ou bases de cálculo diferenciadas para as contribuições 
sociais para a seguridade social dos empregadores, em razão do porte das empresas ou de sua atividade 
econômica. 
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(B) compete ao Poder Público, nos termos da lei, organizar a seguridade social, com base no caráter 
democrático e descentralizado da Administração, mediante gestão tripartite, com participação dos 
trabalhadores, dos empregadores e do Governo nos órgãos colegiados. 
(C) a assistência à saúde é livre à iniciativa privada sendo, contudo, vedada a destinação de recursos 
públicos para auxílios ou subvenções às instituições privadas sem fins lucrativos. 
(D) é vedada a filiação ao regime geral de previdência social, na qualidade de segurado facultativo, de 
pessoa participante de regime próprio de previdência. 
(E) a lei disporá sobre as condições e os requisitos que facilitem a remoção de órgãos, tecidos e 
substâncias humanas para fins de transplante, pesquisa e tratamento, bem como a coleta,processamento 
e transfusão de sangue e seus derivados, somente admitida a comercialização após a aprovação de junta 
médica autorizada pelo Poder Público. 
 
Gabarito 
 
01.D 
 
Comentário 
 
01. Resposta: D 
Art. 201, § 5º da Constituição Federal – “É vedada a filiação ao regime geral de previdência social, na 
qualidade de segurado facultativo, de pessoa participante de regime próprio de previdência”. 
 
Da Assistência Social 
A Assistência Social é uma política pública, direito do cidadão que dela necessitar e um dever do 
Estado. É uma política social que integra a seguridade social brasileira, de caráter não contributivo. Por 
meio das ações da Assistência Social é possível garantir o acesso a recursos mínimos e provimento de 
condições para atender contingências sociais e promover a universalização dos direitos sociais. A Política 
de Assistência Social tem como fundamento legal a Constituição Federal Brasileira (1988), a Lei Orgânica 
da Assistência Social (Loas), além de normas, portarias, decretos, entre outros dispositivos. 
A Loas determina que a assistência social seja organizada em um sistema descentralizado e 
participativo, composto pelo poder público e pela sociedade civil. A IV Conferência Nacional de 
Assistência Social deliberou, então, a implantação do Sistema Único de Assistência Social (Suas). 
Cumprindo essa deliberação, o Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS) 
implantou o Suas, que passou a articular meios, esforços e recursos para a execução dos programas, 
serviços e benefícios socioassistenciais. 
A atuação da política de assistência social se realiza de forma integrada às demais políticas setoriais 
e se organiza por meio do Sistema Único de Assistência Social (SUAS). O SUAS é organizado em níveis 
de proteção: Proteção Social Básica e Proteção Social Especial, de modo a atender às demandas dos 
cidadãos de acordo com o nível de complexidade. 
A gestão das ações socioassistenciais segue o previsto na Norma Operacional Básica do Suas 
(NOB/Suas), que disciplina a descentralização administrativa do Sistema, a relação entre as três esferas 
do Governo e as formas de aplicação dos recursos públicos. Entre outras determinações, a NOB reforça 
o papel dos fundos de assistência social como as principais instâncias para o financiamento da PNAS. 
A gestão da assistência social brasileira é acompanhada e avaliada tanto pelo poder público quanto 
pela sociedade civil, igualmente representados nos conselhos nacional do Distrito Federal, estaduais e 
municipais de assistência social. Esse controle social consolida um modelo de gestão transparente em 
relação às estratégias e à execução da política. 
A transparência e a universalização dos acessos aos programas, serviços e benefícios 
socioassistenciais, promovidas por esse modelo de gestão descentralizada e participativa, vem 
consolidar, definitivamente, a responsabilidade do Estado brasileiro no enfrentamento da pobreza e da 
desigualdade, com a participação complementar da sociedade civil organizada, através de movimentos 
sociais e entidades de assistência social. 
Por fim, cabe destacar que algumas pessoas confundem o benefício de prestação continuada (BPC), 
previsto na Lei Orgânica da Assistência Social, com “aposentadoria”, o que traduz equívoco. O referido 
benefício é de cunho assistencial, no valor de um salário mínimo, sem direito à 13º salário, destinados a 
idosos ou inválidos para o trabalho, cuja renda familiar não ultrapasse ¼ (um quarto) do salário mínimo 
por pessoa na família. Esse benefício, por sua vez, não depende de prévia contribuição, portanto, como 
já mencionado, não se trata de benefício previdenciário, mas assistêncial (assistência social). 
 
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11 
 
SEÇÃO IV 
DA ASSISTÊNCIA SOCIAL 
 
Art. 203. A assistência social será prestada a quem dela necessitar, independentemente de 
contribuição à seguridade social, e tem por objetivos: 
I - a proteção à família, à maternidade, à infância, à adolescência e à velhice; 
II - o amparo às crianças e adolescentes carentes; 
III - a promoção da integração ao mercado de trabalho; 
IV - a habilitação e reabilitação das pessoas portadoras de deficiência e a promoção de sua integração 
à vida comunitária; 
V - a garantia de um salário mínimo de benefício mensal à pessoa portadora de deficiência e ao idoso 
que comprovem não possuir meios de prover à própria manutenção ou de tê-la provida por sua família, 
conforme dispuser a lei. 
VI - a redução da vulnerabilidade socioeconômica de famílias em situação de pobreza ou de extrema 
pobreza. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 114, de 2021) 
 
Art. 204. As ações governamentais na área da assistência social serão realizadas com recursos do 
orçamento da seguridade social, previstos no art. 195, além de outras fontes, e organizadas com base 
nas seguintes diretrizes: 
I - descentralização político-administrativa, cabendo a coordenação e as normas gerais à esfera federal 
e a coordenação e a execução dos respectivos programas às esferas estadual e municipal, bem como a 
entidades beneficentes e de assistência social; 
II - participação da população, por meio de organizações representativas, na formulação das políticas 
e no controle das ações em todos os níveis. 
Parágrafo único. É facultado aos Estados e ao Distrito Federal vincular a programa de apoio à inclusão 
e promoção social até cinco décimos por cento de sua receita tributária líquida, vedada a aplicação desses 
recursos no pagamento de: 
I - despesas com pessoal e encargos sociais; 
II - serviço da dívida; 
III - qualquer outra despesa corrente não vinculada diretamente aos investimentos ou ações apoiados. 
 
Questões 
 
01. (TRT - 6ª Região - Técnico Judiciário - FCC/2018) A Constituição Federal brasileira garante o 
recebimento de um salário mínimo de benefício mensal à pessoa com deficiência que comprove não 
possuir meios de prover a própria manutenção ou de tê-la provida por sua família. Tal benefício está 
relacionado constitucionalmente à área de 
(A) direitos humanos. 
(B) trabalho e emprego. 
(C) educação. 
(D) beneficência. 
(E) assistência social. 
 
02. (CRM/DF - Serviço Administrativo – Quadrix/2018) No que se refere à ordem social na CF, 
julgue o item seguinte. 
A assistência social, parte integrante do sistema de seguridade social, será mantida mediante 
contribuição dos assistidos, a exemplo do que ocorre com a previdência oficial. 
( ) Certo ( ) Errado 
Gabarito 
 
01.E / 02.Errado 
 
Comentários 
 
01. Resposta: E 
Art. 203. A assistência social será prestada a quem dela necessitar, independentemente de 
contribuição à seguridade social, e tem por objetivos: 
[...] 
1719000 E-book gerado especialmente para FLAVIA NUNES BUENO LIMA
 
12 
 
IV - a habilitação e reabilitação das pessoas portadoras de deficiência e a promoção de sua integração 
à vida comunitária; 
V - a garantia de um salário mínimo de benefício mensal à pessoa portadora de deficiência e ao idoso 
que comprovem não possuir meios de prover à própria manutenção ou de tê-la provida por sua família, 
conforme dispuser a lei. 
 
02. Resposta: Errado 
Art. 203. “A assistência social será prestada a quem dela necessitar, independentemente de 
contribuição à seguridade social, e tem por objetivos” 
 
Da Educação, da Cultura e do Desporto 
 
Da educação 
A educação é direito de todos e dever do Estado e da família, devendo ser promovida e incentivada 
com a colaboração da sociedade, visando ao pleno desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o 
exercício e sua qualificação para o trabalho. 
Há se chamar atenção ao fato de que a Constituição torna a família compromissária para com o direito 
social à educação. Nenhuma política governamental que seja estabelecida para diminuir a evasão escolar 
será profícua se não contar com o auxílio da família e da sociedade. 
 
Princípios que movem o ensino 
O art. 206 da Constituição dispõe que o ensinoserá ministrado com base nos seguintes princípios: 
a) Igualdade de condições para o acesso e permanência na escola (inciso I); 
É concretizado, dentre outras, pela norma que assegura o acesso aos níveis mais elevados do ensino, 
da pesquisa e da criação artística, segundo a capacidade de cada um (CF, art. 208, V). Neste dispositivo 
está implícito o critério republicano do mérito, segundo o qual as pessoas devem ser recompensadas de 
acordo com o seu esforço e aperfeiçoamento. 
 
b) Liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar o pensamento, a arte e o saber (inciso 
II); 
A liberdade de aprender é concretizada em diversos dispositivos, dentre eles, os que impõem a 
garantia de padrão de qualidade (CF, art. 206, VII), a adoção de ações que conduzam à melhoria da 
qualidade do ensino (CF, art. 214, III) e a fixação de conteúdos mínimos para o ensino fundamental, de 
maneira a assegurar formação básica comum e respeito aos valores culturais e artísticos, nacionais e 
regionais (CF, art. 210). Outrossim, a Constituição estabelece que o ensino religioso, de matrícula 
facultativa, constituirá disciplina dos horários normais das escolas públicas de ensino fundamental (CF, 
art. 210, § 1.°). Quanto ao conteúdo a ser ministrado, o ensino religioso pode ser de três espécies: I) 
confessional, quando transmite os princípios e dogmas de uma determinada religião; II) interconfessional, 
no qual são ensinados os princípios comuns às várias religiões; e, III) não confessional, quando voltado 
a uma visão expositiva das diversas religiões. A Lei de Diretrizes e Bases da Educação (Lei 9.394/1996) 
determinava que o ensino religioso seria oferecido nas escolas públicas em caráter confessional ou 
interconfessional. Com a nova redação dada pela Lei 9.475, de 22.07.1997, ficou estabelecido que os 
conteúdos do ensino religioso serão definidos após os sistemas de ensino ouvirem a entidade civil, 
constituída pelas diferentes denominações religiosas (art. 33, § 2.°), devendo ser assegurado o respeito 
à diversidade cultural religiosa do Brasil e vedadas quaisquer formas de proselitismo (LDB, art. 33). 
Considerando o disposto na LDB e a laicidade do Estado brasileiro (CF, art. 19), é lícito concluir que o 
conteúdo do ensino religioso a ser ministrado nas escolas públicas e definido pelos sistemas de ensino 
não mais poderá ser do tipo confessional, mas apenas interconfessional ou não confessional. 
A liberdade de ensinar tem como destinatários os que devem ofertar o ensino, sendo limitada pelas 
normas gerais que regem a educação. Este subprincípio se aplica não apenas à instituições públicas, 
mas também à iniciativa privada, a qual depende de autorização do Poder Público e se submete às 
normas gerais da educação nacional e à avaliação de qualidade (CF, art. 209). Às universidades também 
foi assegurada autonomia didático-científica, além da administrativa e de gestão financeira e patrimonial 
(CF, art. 207). 
 
c) Pluralismo de ideias e de concepções pedagógicas, e coexistência de instituições públicas 
e privadas de ensino (inciso III); 
Este princípio assegura a diversidade de ideias e de concepções pedagógicas, e coexistência de 
instituições públicas e privadas de ensino. As definições das linhas pedagógicas a serem adotadas nas 
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escolas devem contar com a participação e interferência da sociedade, não podendo “o ensino regular 
ser ambiente para imposição de concepção pedagógica dos governantes de época”. 
 
d) Gratuidade do ensino público em estabelecimentos oficiais (inciso IV); 
Vem sendo consagrada no âmbito constitucional, com abrangência maior ou menor, desde o advento 
da primeira Constituição brasileira (1824). Como decorrência dessa imposição constitucional, o STF 
sumulou o entendimento de que “a cobrança de taxa de matrícula nas universidades públicas viola o 
disposto no art. 206, IV, da Constituição Federal” (Súmula Vinculante 12/ STF). 
Apesar de elencada na Constituição de 1988 como um princípio, a rigor esta norma possui a estrutura 
de regra a ser aplicada na medida exata de sua prescrição (mandamento de definição). A gratuidade 
também está assegurada, em outra regra expressa, para a educação básica, obrigatória e gratuita dos 4 
aos 17 anos de idade, assegurada inclusive sua oferta gratuita para todos os que a ela não tiveram acesso 
na idade própria (CF, art. 208, I). 
 
e) Valorização dos profissionais da educação escolar, garantidos, na forma da lei, planos de 
carreira, com ingresso exclusivamente por concurso público de provas e títulos, aos das redes 
públicas (inciso V); 
O princípio da valorização impõe o investimento nos profissionais que atuam no setor, mediante o 
reconhecimento social e econômico compatível com a relevância da missão que desempenha enquanto 
formador de pessoas e opiniões. A Lei 9.424/1996, que dispõe sobre o Fundo de Manutenção e 
Desenvolvimento do Ensino Fundamental e de Valorização do Magistério, impôs aos Estados, Distrito 
Federal e Municípios o dever de criar um novo Plano de Carreira e Remuneração do Magistério, de modo 
a assegurar a remuneração condigna dos professores do ensino fundamental público, em efetivo 
exercício no magistério; o estímulo ao trabalho em sala de aula; e a melhoria da qualidade do ensino (art. 
9.°). 
 
f) Gestão democrática do ensino público, na forma da lei (inciso VI); 
Este princípio, enquanto concretização do princípio da democracia participativa (CF, art. 1.°, parágrafo 
único),4 reforça o princípio do pluralismo. A LDB estabelece que os sistemas de ensino definirão as 
normas da gestão democrática do ensino público na educação básica, de acordo com as suas 
peculiaridades e conforme os seguintes princípios: I) participação dos profissionais da educação na 
elaboração do projeto pedagógico da escola; e II) participação das comunidades escolar e local em 
conselhos escolares ou equivalentes (Lei 9.434/96, art. 14) 
Ademais, há se lembrar que o ensino é livre à iniciativa privada, desde que cumpridas as normas gerais 
da educação nacional, sujeitando-se à autorização e avaliação de qualidade pelo Poder Público. 
Também, o ensino religioso, de matrícula facultativa, constituirá disciplina dos horários normais das 
escolas públicas de ensino fundamental. 
Por fim, o ensino fundamental regular será ministrado em língua portuguesa, assegurada às 
comunidades indígenas também a utilização de suas línguas maternas e processos próprios de 
aprendizagem. 
 
g) Garantia de padrão de qualidade (inciso VII); 
 
h) Piso salarial profissional nacional para os profissionais da educação escolar pública, nos 
termos de lei federal (inciso VIII). 
Foi estabelecido pela Lei 11.738, de 16 de julho de 2008. Para que haja uma harmonização com o 
princípio da valorização dos profissionais da educação escolar pública, o valor fixado deve ser compatível 
com a relevância da função desempenhada. 
 
Ademais, há se lembrar que o ensino é livre à iniciativa privada, desde que cumpridas as normas gerais 
da educação nacional, sujeitando-se à autorização e avaliação de qualidade pelo Poder Público. 
Também, o ensino religioso, de matrícula facultativa, constituirá disciplina dos horários normais das 
escolas públicas de ensino fundamental. 
Por fim, o ensino fundamental regular será ministrado em língua portuguesa, assegurada às 
comunidades indígenas também a utilização de suas línguas maternas e processos próprios de 
aprendizagem. 
 
i) garantia do direito à educação e à aprendizagem ao longo da vida. (Incluído pela Emenda 
Constitucional nº 108, de 2020) 
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14 
 
Dever do Estado com a educação 
Conforme o previsto no art. 208, da CF/88, o dever do Estado com a educação será efetivado mediante 
a garantia de: 
a) Educação básica obrigatória e gratuita dos quatro aos dezessete anos de idade, assegurada 
inclusive sua oferta gratuita para todosos que a ela não tiveram acesso na idade própria (inciso I). Neste 
diapasão, a Lei nº 12.796/13 alterou a Lei nº 9.394/96 - Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional 
- para, dentre outros, fazer constar em seu art. 4º que o dever do Estado com a educação escolar pública 
será efetivado mediante a garantia de educação básica obrigatória e gratuita dos quatro aos dezessete 
anos (inciso I), organizada na forma escalonada de pré-escola (alínea “a”), ensino fundamental (alínea 
“b”) e ensino médio (alínea “c”). Tal preceito nada mais fez que regulamentar o inciso I, do art. 208, CF, 
com redação atual dada pela Emenda Constitucional nº 59/2009; 
b) Progressiva universalização do ensino médio gratuito (inciso II); 
c) Atendimento educacional especializado aos portadores de deficiência, preferencialmente na rede 
regular de ensino (inciso III); 
d) Educação infantil, em creche e pré-escola, às crianças até cinco anos de idade (inciso IV); 
e) Acesso aos níveis mais elevados do ensino, da pesquisa e da criação artística, segundo a 
capacidade de cada um (inciso V); 
f) Oferta de ensino noturno regular, adequado às condições do educando (inciso VI); 
g) Atendimento ao educando, em todas as etapas da educação básica, por meio de programas 
suplementares de material didático-escolar, transporte, alimentação e assistência à saúde (inciso VII). 
O acesso ao ensino obrigatório e gratuito é direito público subjetivo. Isto significa que pode um cidadão 
cobrar do Estado o direito ao ensino gratuito (inclusive judicialmente), já que se trata de uma garantia que 
lhe é pré-estabelecida pelo parágrafo primeiro, do art. 208, da Constituição. Isso tanto é verdade que o 
não-oferecimento do ensino obrigatório pelo Poder Público, ou sua oferta irregular, importa 
responsabilidade da autoridade competente (art. 208, §2º, CF). 
 
Universidades 
Conforme o art. 207, da CF/88, as universidades gozam de autonomia didático-científica, 
administrativa e de gestão financeira e patrimonial, e obedecerão ao “Princípio de indissociabilidade entre 
ensino, pesquisa e extensão”. 
É facultado às universidades admitir professores, técnicos e cientistas estrangeiros, na forma da lei. 
Tais disposições também se aplicam às instituições de pesquisa científica e tecnológica. 
 
Súmula 570 do STJ: Compete à Justiça Federal o processo e julgamento de demanda em que 
se discute a ausência de ou o obstáculo ao credenciamento de instituição particular de ensino 
superior no Ministério da Educação como condição de expedição de diploma de ensino a distância 
aos estudantes. 
Súmula 595 do STJ: As instituições de ensino superior respondem objetivamente pelos danos 
suportados pelo aluno/consumidor pela realização de curso não reconhecido pelo Ministério da 
Educação, sobre o qual não lhe tenha sido dada prévia e adequada informação. 
 
Plano Nacional de Educação 
A Lei (trata-se do diploma normativo de nº 13.005, de 25 de junho de 2014) estabelecerá o plano 
nacional de educação, de duração decenal, com o objetivo de articular o sistema nacional de educação 
em regime de colaboração e definir diretrizes, objetivos, metas e estratégias de implementação para 
assegurar a manutenção e desenvolvimento do ensino em seus diversos níveis, etapas e modalidades 
por meio de ações integradas dos Poderes Públicos das diferentes esferas federativas que conduzam a 
(art. 214, CF): 
a) Erradicação do analfabetismo (inciso I); 
b) Universalização do atendimento escolar (inciso II); 
c) Melhoria da qualidade do ensino (inciso III); 
d) Formação para o trabalho (inciso IV); 
e) Promoção humanística, científica e tecnológica do país (inciso V). 
f) Estabelecimento de meta de aplicação de recursos públicos em educação como proporção do 
produto interno bruto (inciso VI). 
 
Dispositivos Constitucionais a respeito do assunto 
 
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CAPÍTULO III 
DA EDUCAÇÃO, DA CULTURA E DO DESPORTO 
SEÇÃO I 
DA EDUCAÇÃO 
 
Art. 205. A educação, direito de todos e dever do Estado e da família, será promovida e incentivada 
com a colaboração da sociedade, visando ao pleno desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o 
exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho. 
 
Art. 206. O ensino será ministrado com base nos seguintes princípios: 
I - igualdade de condições para o acesso e permanência na escola; 
II - liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar o pensamento, a arte e o saber; 
III - pluralismo de ideias e de concepções pedagógicas, e coexistência de instituições públicas e 
privadas de ensino; 
IV - gratuidade do ensino público em estabelecimentos oficiais; 
V - valorização dos profissionais da educação escolar, garantidos, na forma da lei, planos de carreira, 
com ingresso exclusivamente por concurso público de provas e títulos, aos das redes públicas; 
VI - gestão democrática do ensino público, na forma da lei; 
VII - garantia de padrão de qualidade. 
VIII - piso salarial profissional nacional para os profissionais da educação escolar pública, nos termos 
de lei federal. 
IX - garantia do direito à educação e à aprendizagem ao longo da vida.(Incluído pela Emenda 
Constitucional nº 108, de 2020) 
Parágrafo único. A lei disporá sobre as categorias de trabalhadores considerados profissionais da 
educação básica e sobre a fixação de prazo para a elaboração ou adequação de seus planos de carreira, 
no âmbito da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios. 
 
Art. 207. As universidades gozam de autonomia didático-científica, administrativa e de gestão 
financeira e patrimonial, e obedecerão ao princípio de indissociabilidade entre ensino, pesquisa e 
extensão. 
§ 1º É facultado às universidades admitir professores, técnicos e cientistas estrangeiros, na forma da 
lei. 
§ 2º O disposto neste artigo aplica-se às instituições de pesquisa científica e tecnológica. 
 
Art. 208. O dever do Estado com a educação será efetivado mediante a garantia de: 
I - educação básica obrigatória e gratuita dos 4 (quatro) aos 17 (dezessete) anos de idade, assegurada 
inclusive sua oferta gratuita para todos os que a ela não tiveram acesso na idade própria; 
II - progressiva universalização do ensino médio gratuito; 
III - atendimento educacional especializado aos portadores de deficiência, preferencialmente na rede 
regular de ensino; 
IV - educação infantil, em creche e pré-escola, às crianças até 5 (cinco) anos de idade; 
V - acesso aos níveis mais elevados do ensino, da pesquisa e da criação artística, segundo a 
capacidade de cada um; 
VI - oferta de ensino noturno regular, adequado às condições do educando; 
VII - atendimento ao educando, em todas as etapas da educação básica, por meio de programas 
suplementares de material didático-escolar, transporte, alimentação e assistência à saúde. 
§ 1º - O acesso ao ensino obrigatório e gratuito é direito público subjetivo. 
§ 2º - O não-oferecimento do ensino obrigatório pelo Poder Público, ou sua oferta irregular, importa 
responsabilidade da autoridade competente. 
§ 3º - Compete ao Poder Público recensear os educandos no ensino fundamental, fazer-lhes a 
chamada e zelar, junto aos pais ou responsáveis, pela frequência à escola. 
 
Art. 209. O ensino é livre à iniciativa privada, atendidas as seguintes condições: 
I - cumprimento das normas gerais da educação nacional; 
II - autorização e avaliação de qualidade pelo Poder Público. 
 
Art. 210. Serão fixados conteúdos mínimos para o ensino fundamental, de maneira a assegurar 
formação básica comum e respeito aos valores culturais e artísticos, nacionais e regionais. 
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16 
 
§ 1º - O ensino religioso, de matrícula facultativa, constituirá disciplina dos horários normais das 
escolas públicas de ensino fundamental. 
§ 2º - O ensino fundamental regular será ministrado em língua portuguesa, assegurada às 
comunidades indígenas também a utilização de suas línguas maternas e processospróprios de 
aprendizagem. 
 
Art. 211. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios organizarão em regime de colaboração 
seus sistemas de ensino. 
§ 1º A União organizará o sistema federal de ensino e o dos Territórios, financiará as instituições de 
ensino públicas federais e exercerá, em matéria educacional, função redistributiva e supletiva, de forma 
a garantir equalização de oportunidades educacionais e padrão mínimo de qualidade do ensino mediante 
assistência técnica e financeira aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios; 
§ 2º Os Municípios atuarão prioritariamente no ensino fundamental e na educação infantil. 
§ 3º Os Estados e o Distrito Federal atuarão prioritariamente no ensino fundamental e médio. 
§ 4º Na organização de seus sistemas de ensino, a União, os Estados, o Distrito Federal e os 
Municípios definirão formas de colaboração, de forma a assegurar a universalização, a qualidade e a 
equidade do ensino obrigatório. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 108, de 2020) 
§ 5º A educação básica pública atenderá prioritariamente ao ensino regular. 
§ 6º A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios exercerão ação redistributiva em relação 
a suas escolas. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 108, de 2020) 
§ 7º O padrão mínimo de qualidade de que trata o § 1º deste artigo considerará as condições 
adequadas de oferta e terá como referência o Custo Aluno Qualidade (CAQ), pactuados em regime de 
colaboração na forma disposta em lei complementar, conforme o parágrafo único do art. 23 desta 
Constituição. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 108, de 2020) 
 
Art. 212. A União aplicará, anualmente, nunca menos de dezoito, e os Estados, o Distrito Federal e os 
Municípios vinte e cinco por cento, no mínimo, da receita resultante de impostos, compreendida a 
proveniente de transferências, na manutenção e desenvolvimento do ensino. 
§ 1º - A parcela da arrecadação de impostos transferida pela União aos Estados, ao Distrito Federal e 
aos Municípios, ou pelos Estados aos respectivos Municípios, não é considerada, para efeito do cálculo 
previsto neste artigo, receita do governo que a transferir. 
§ 2º - Para efeito do cumprimento do disposto no "caput" deste artigo, serão considerados os sistemas 
de ensino federal, estadual e municipal e os recursos aplicados na forma do art. 213. 
§ 3º A distribuição dos recursos públicos assegurará prioridade ao atendimento das necessidades do 
ensino obrigatório, no que se refere a universalização, garantia de padrão de qualidade e equidade, nos 
termos do plano nacional de educação. 
§ 4º - Os programas suplementares de alimentação e assistência à saúde previstos no art. 208, VII, 
serão financiados com recursos provenientes de contribuições sociais e outros recursos orçamentários. 
§ 5º A educação básica pública terá como fonte adicional de financiamento a contribuição social do 
salário-educação, recolhida pelas empresas na forma da lei. 
§ 6º As cotas estaduais e municipais da arrecadação da contribuição social do salário-educação serão 
distribuídas proporcionalmente ao número de alunos matriculados na educação básica nas respectivas 
redes públicas de ensino. 
§ 7º É vedado o uso dos recursos referidos no caput e nos §§ 5º e 6º deste artigo para pagamento de 
aposentadorias e de pensões. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 108, de 2020) 
§ 8º Na hipótese de extinção ou de substituição de impostos, serão redefinidos os percentuais referidos 
no caput deste artigo e no inciso II do caput do art. 212-A, de modo que resultem recursos vinculados à 
manutenção e ao desenvolvimento do ensino, bem como os recursos subvinculados aos fundos de que 
trata o art. 212-A desta Constituição, em aplicações equivalentes às anteriormente praticadas. (Incluído 
pela Emenda Constitucional nº 108, de 2020) 
§ 9º A lei disporá sobre normas de fiscalização, de avaliação e de controle das despesas com educação 
nas esferas estadual, distrital e municipal. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 108, de 2020) 
 
Art. 212-A. Os Estados, o Distrito Federal e os Municípios destinarão parte dos recursos a que se 
refere o caput do art. 212 desta Constituição à manutenção e ao desenvolvimento do ensino na educação 
básica e à remuneração condigna de seus profissionais, respeitadas as seguintes disposições: (Incluído 
pela Emenda Constitucional nº 108, de 2020) 
I - a distribuição dos recursos e de responsabilidades entre o Distrito Federal, os Estados e seus 
Municípios é assegurada mediante a instituição, no âmbito de cada Estado e do Distrito Federal, de um 
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Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da 
Educação (Fundeb), de natureza contábil; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 108, de 2020) 
II - os fundos referidos no inciso I do caput deste artigo serão constituídos por 20% (vinte por cento) 
dos recursos a que se referem os incisos I, II e III do caput do art. 155, o inciso II do caput do art. 157, os 
incisos II, III e IV do caput do art. 158 e as alíneas "a" e "b" do inciso I e o inciso II do caput do art. 159 
desta Constituição; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 108, de 2020) 
III - os recursos referidos no inciso II do caput deste artigo serão distribuídos entre cada Estado e seus 
Municípios, proporcionalmente ao número de alunos das diversas etapas e modalidades da educação 
básica presencial matriculados nas respectivas redes, nos âmbitos de atuação prioritária, conforme 
estabelecido nos §§ 2º e 3º do art. 211 desta Constituição, observadas as ponderações referidas na alínea 
"a" do inciso X do caput e no § 2º deste artigo; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 108, de 2020) 
IV - a União complementará os recursos dos fundos a que se refere o inciso II do caput deste artigo; 
(Incluído pela Emenda Constitucional nº 108, de 2020) 
V - a complementação da União será equivalente a, no mínimo, 23% (vinte e três por cento) do total 
de recursos a que se refere o inciso II do caput deste artigo, distribuída da seguinte forma:(Incluído pela 
Emenda Constitucional nº 108, de 2020) 
a) 10 (dez) pontos percentuais no âmbito de cada Estado e do Distrito Federal, sempre que o valor 
anual por aluno (VAAF), nos termos do inciso III do caput deste artigo, não alcançar o mínimo definido 
nacionalmente; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 108, de 2020) 
b) no mínimo, 10,5 (dez inteiros e cinco décimos) pontos percentuais em cada rede pública de ensino 
municipal, estadual ou distrital, sempre que o valor anual total por aluno (VAAT), referido no inciso VI do 
caput deste artigo, não alcançar o mínimo definido nacionalmente; (Incluído pela Emenda Constitucional 
nº 108, de 2020) 
c) 2,5 (dois inteiros e cinco décimos) pontos percentuais nas redes públicas que, cumpridas 
condicionalidades de melhoria de gestão previstas em lei, alcançarem evolução de indicadores a serem 
definidos, de atendimento e melhoria da aprendizagem com redução das desigualdades, nos termos do 
sistema nacional de avaliação da educação básica;(Incluído pela Emenda Constitucional nº 108, de 2020) 
VI - o VAAT será calculado, na forma da lei de que trata o inciso X do caput deste artigo, com base 
nos recursos a que se refere o inciso II do caput deste artigo, acrescidos de outras receitas e de 
transferências vinculadas à educação, observado o disposto no § 1º e consideradas as matrículas nos 
termos do inciso III do caput deste artigo; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 108, de 2020) 
VII - os recursos de que tratam os incisos II e IV do caput deste artigo serão aplicados pelos Estados 
e pelos Municípios exclusivamente nos respectivos âmbitos de atuação prioritária, conforme estabelecido 
nos §§ 2º e 3º do art. 211 desta Constituição; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 108, de 2020) 
VIII - a vinculação de recursos à manutenção e ao desenvolvimento do ensino estabelecidano art. 212 
desta Constituição suportará, no máximo, 30% (trinta por cento) da complementação da União, 
considerados para os fins deste inciso os valores previstos no inciso V do caput deste artigo; (Incluído 
pela Emenda Constitucional nº 108, de 2020) 
IX - o disposto no caput do art. 160 desta Constituição aplica-se aos recursos referidos nos incisos II 
e IV do caput deste artigo, e seu descumprimento pela autoridade competente importará em crime de 
responsabilidade;(Incluído pela Emenda Constitucional nº 108, de 2020) 
X - a lei disporá, observadas as garantias estabelecidas nos incisos I, II, III e IV do caput e no § 1º do 
art. 208 e as metas pertinentes do plano nacional de educação, nos termos previstos no art. 214 desta 
Constituição, sobre: (Incluído pela Emenda Constitucional nº 108, de 2020) 
a) a organização dos fundos referidos no inciso I do caput deste artigo e a distribuição proporcional de 
seus recursos, as diferenças e as ponderações quanto ao valor anual por aluno entre etapas, 
modalidades, duração da jornada e tipos de estabelecimento de ensino, observados as respectivas 
especificidades e os insumos necessários para a garantia de sua qualidade; (Incluído pela Emenda 
Constitucional nº 108, de 2020) 
b) a forma de cálculo do VAAF decorrente do inciso III do caput deste artigo e do VAAT referido no 
inciso VI do caput deste artigo; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 108, de 2020) 
c) a forma de cálculo para distribuição prevista na alínea "c" do inciso V do caput deste artigo; (Incluído 
pela Emenda Constitucional nº 108, de 2020) 
d) a transparência, o monitoramento, a fiscalização e o controle interno, externo e social dos fundos 
referidos no inciso I do caput deste artigo, assegurada a criação, a autonomia, a manutenção e a 
consolidação de conselhos de acompanhamento e controle social, admitida sua integração aos conselhos 
de educação; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 108, de 2020) 
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e) o conteúdo e a periodicidade da avaliação, por parte do órgão responsável, dos efeitos 
redistributivos, da melhoria dos indicadores educacionais e da ampliação do atendimento;(Incluído pela 
Emenda Constitucional nº 108, de 2020) 
XI - proporção não inferior a 70% (setenta por cento) de cada fundo referido no inciso I do caput deste 
artigo, excluídos os recursos de que trata a alínea "c" do inciso V do caput deste artigo, será destinada 
ao pagamento dos profissionais da educação básica em efetivo exercício, observado, em relação aos 
recursos previstos na alínea "b" do inciso V do caput deste artigo, o percentual mínimo de 15% (quinze 
por cento) para despesas de capital;(Incluído pela Emenda Constitucional nº 108, de 2020) 
XII - lei específica disporá sobre o piso salarial profissional nacional para os profissionais do magistério 
da educação básica pública; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 108, de 2020) 
XIII - a utilização dos recursos a que se refere o § 5º do art. 212 desta Constituição para a 
complementação da União ao Fundeb, referida no inciso V do caput deste artigo, é vedada. (Incluído 
pela Emenda Constitucional nº 108, de 2020) 
§ 1º O cálculo do VAAT, referido no inciso VI do caput deste artigo, deverá considerar, além dos 
recursos previstos no inciso II do caput deste artigo, pelo menos, as seguintes disponibilidades: (Incluído 
pela Emenda Constitucional nº 108, de 2020) 
I - receitas de Estados, do Distrito Federal e de Municípios vinculadas à manutenção e ao 
desenvolvimento do ensino não integrantes dos fundos referidos no inciso I do caput deste artigo; (Incluído 
pela Emenda Constitucional nº 108, de 2020) 
II - cotas estaduais e municipais da arrecadação do salário-educação de que trata o § 6º do art. 212 
desta Constituição;(Incluído pela Emenda Constitucional nº 108, de 2020) 
III - complementação da União transferida a Estados, ao Distrito Federal e a Municípios nos termos da 
alínea "a" do inciso V do caput deste artigo. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 108, de 2020) 
§ 2º Além das ponderações previstas na alínea "a" do inciso X do caput deste artigo, a lei definirá 
outras relativas ao nível socioeconômico dos educandos e aos indicadores de disponibilidade de recursos 
vinculados à educação e de potencial de arrecadação tributária de cada ente federado, bem como seus 
prazos de implementação. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 108, de 2020) 
§ 3º Será destinada à educação infantil a proporção de 50% (cinquenta por cento) dos recursos globais 
a que se refere a alínea "b" do inciso V do caput deste artigo, nos termos da lei. (Incluído pela Emenda 
Constitucional nº 108, de 2020) 
 
Art. 213. Os recursos públicos serão destinados às escolas públicas, podendo ser dirigidos a escolas 
comunitárias, confessionais ou filantrópicas, definidas em lei, que: 
I - comprovem finalidade não-lucrativa e apliquem seus excedentes financeiros em educação; 
II - assegurem a destinação de seu patrimônio a outra escola comunitária, filantrópica ou confessional, 
ou ao Poder Público, no caso de encerramento de suas atividades. 
§ 1º - Os recursos de que trata este artigo poderão ser destinados a bolsas de estudo para o ensino 
fundamental e médio, na forma da lei, para os que demonstrarem insuficiência de recursos, quando 
houver falta de vagas e cursos regulares da rede pública na localidade da residência do educando, ficando 
o Poder Público obrigado a investir prioritariamente na expansão de sua rede na localidade. 
§ 2º As atividades de pesquisa, de extensão e de estímulo e fomento à inovação realizadas por 
universidades e/ou por instituições de educação profissional e tecnológica poderão receber apoio 
financeiro do Poder Público. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 85, de 2015) 
 
Art. 214. A lei estabelecerá o plano nacional de educação, de duração decenal, com o objetivo de 
articular o sistema nacional de educação em regime de colaboração e definir diretrizes, objetivos, metas 
e estratégias de implementação para assegurar a manutenção e desenvolvimento do ensino em seus 
diversos níveis, etapas e modalidades por meio de ações integradas dos poderes públicos das diferentes 
esferas federativas que conduzam a: 
I - erradicação do analfabetismo; 
II - universalização do atendimento escolar; 
III - melhoria da qualidade do ensino; 
IV - formação para o trabalho; 
V - promoção humanística, científica e tecnológica do País. 
VI - estabelecimento de meta de aplicação de recursos públicos em educação como proporção do 
produto interno bruto. 
 
 
 
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Questões 
 
01. (IF/PI - Professor - Administração - IFPI) A Constituição Federal de 1988, também denominada 
de Constituição Cidadã, estabeleceu no Capítulo III, especificamente no Art. 206, os princípios que regem 
o ensino no Brasil. Dentre estes, a gestão do ensino público passou a ser: 
(A) Autônoma e livre de qualquer poder, considerando os princípios de igualdade e liberdade do ensino. 
(B) Democrática em todos estabelecimentos de ensino públicos e privados. 
(C) Democrática do ensino público, na forma da lei. 
(D) Oligárquica em todas as escolas em conformidade com o projeto pedagógico de cada escola. 
(E) Participativa e democrática em todas as instituições de ensino, em consonância com o que 
preconiza o direito público. 
 
02. (IF/TO – Técnico de laboratório – IFTO/2017) Considerando as normas constitucionais sobre a 
educação, assinale a alternativa INCORRETA. 
(A) As instituições de pesquisa científica e tecnológica gozam de autonomia didático-científica, 
administrativa e de gestão financeira e patrimonial e obedecerão ao princípio de indissociabilidade entre 
ensino, pesquisa e extensão. 
(B) O acesso ao ensino obrigatório e gratuito é direito público subjetivo do cidadão. 
(C) O não-oferecimento do ensino obrigatório pelo Poder Público, ou de sua oferta irregular, importa

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