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MINI-CURSO DIREITOS FUNDAMENTAIS - DIGNIDADE E FALÊNCIA DIREITOS FUNDAMENTAIS “Por isso é que eles são, além de fundamentais, inatos, absolutos, invioláveis, intransferíveis, irrenunciáveis e imprescritíveis, porque participam de um contexto histórico, perfeitamente delimitado. Não surgiram à margem da história, porém, em decorrência dela, ou melhor, em decorrência dos reclamos da igualdade, fraternidade e liberdade entre os homens. ... Os direitos fundamentais do homem, nascem, morrem e extinguem-se. Não são obra da natureza, mas das necessidades humanas, ampliando-se ou limitando-se a depender do influxo do fato social cambiante.” (Prof. UADI LAMÊGO BULOS - Constituição Federal Anotada, p. 69.) JURISPRUDÊNCIA: “EMENTA: Enquanto os direitos de 1ª geração (direitos civis e políticos)- que compreendem as liberdades clássicas, negativas ou formais – realçam o princípio da liberdade e os direitos de segunda geração (direitos econômicos, sociais e culturais) – que se identificam as liberdades positivas, reais ou concretas – acentuam o princípio da igualdade, os direitos de 3ª geração, que materializam poderes de titularidade coletiva atribuídos genericamente a todas as formações sociais, consagram o princípio da solidariedade e constituem um momento importante no processo de desenvolvimento, expansão e reconhecimento dos direitos humanos, caracterizados, enquanto valores fundamentais indisponíveis, pela nota de uma essencial inexauribilidade” (STF, Pleno, MS 22164/SP, rel. Min. Celso de Mello, DJ1, de 17.11.1995, p.39206). Constituição Federal de 05 de outubro de 1.988 Art. 1º A República Federativa do Brasil, formada pela união indissolúvel dos Estados e Municípios e do Distrito Federal, constitui-se em Estado Democrático de Direito e tem como fundamentos: I - a soberania; II - a cidadania; III - a dignidade da pessoa humana; FALÊNCIA – Lei 11.101 de 09 de fevereiro de 2.005 Empresário: Art. 966. Considera-se empresário quem exerce profissionalmente atividade econômica organizada para a produção ou a circulação de bens ou de serviços. -> Evolução história - Lei das 12 Tábuas (Século V a. C.) – “manus injectio” - Lei Paetelia Papiria – “venditio bonorum” * CARACTERÍSTICAS: - Não eram privativas dos mercadores - passaram gradualmente da execução pessoal para a constrição patrimonial - Tinha caráter penal - Alvará Real de 1.756: Determinava o Rei que os juízes (Cônsules do consulado) atendessem os mercadores, que devido o terremoto”, “Cahirem em pobreza sem culpa sua, por receberem grandes perdas no mar, ou na terra, em seus tratos e comércios lícitos, não constarão de algum dolo, ou malícia. Não incorrerão em pena algum crime. E neste caso os actos remetidos ao Prior, e Cônsules do consulado, que os procurarão concertar, e compor com seus credores, conforme o seu Regimento * CARACTERÍSTICAS: - Exclusivo para mercadores - Hipótese de debacle sem dolo No Brasil: - Código Comercial de 1.850 – “Das Quebras” (artigo 979 a 913) - L.F.C. – Lei de Falência e Concordata (DL. 7.661/45) - L.R.F. – Lei de Recuperação e Falência (L. 11.101/05) * PRINCÍPIOS: - Par conditio creditorum - Viabilidade da empresa em crise - Prevalência do interesse dos credores - Conservação e maximização dos ativos do devedor - Preservação da atividade empresarial viável EXECUÇÃO CONCURSAL PASSIVO > ATIVO - OBJETIVO: Pacificação social e máximo aproveitamento dos recursos alocados pelo empresário, com satisfação equânime dos credores. - HIPÓTESES DE DECRETAÇÃO DA FALÊNCIA: a) Insolvência presumida b) Insolvência jurídica c) Atos de ruína - Liquidação antecipada ou utilização de meios de pagamento fraudulentos - Alienação de ativos para terceiros, com o objetivo de fraudar credores - Trespasse e simulação - Reforço indevido de garantias - Ausentar-se sem deixar representante habilitado, abandonar estabelecimento ou ocultar-se - Deixar de cumprir obrigação assumida em plano de Recuperação Judicial d) Auto-falência PRINCÍPIO DA DIGNIDADE PARA OS CREDORES - Uma vez que o patrimônio se tornou a garantia, o par conditio creditorum promove tranquilidade, ao assegurar proteções mínimas para satisfação dos créditos, conferindo as mesmas chances de realização do crédito a todos os credores de uma mesma categoria. PRINCÍPIO DA DIGNIDADE PARA O DEVEDOR - Possibilidade de recuperação das empresas (quando viáveis) - Minimização do trauma pelo encerramento das atividades (quando não viáveis) - Reabilitação do falido, com a declaração da extinção de suas obrigações, nas seguintes hipóteses: a) Pagamento integral dos créditos b) Rateio de mais de 50% dos credores quirografários c) Decurso de 5 anos, após o encerramento da falência, sem crime falimentar d) Decurso de 10 anos, após o encerramento da falência, com crime falimentar - Impossibilidade de ocorrência de prisão civil por dívidas - Transferência da satisfação da obrigação da pessoa do devedor para seu patrimônio – PRIMAZIA DA LIBERDADE INDIVIDUAL E DA VIDA. BIBLIOGRAFIA: ALEXY, R. Teoria dos Direitos Fundamentais – São Paulo: Editora Malheiros, 2008. BERTOLDI, M. M.; RIBEIRO, M. C. P. Curso Avançado de Direito Comercial. 4ª Edição. rev., atual. e ampl. – São Paulo: Editora Revista dos Tribunais, 2008. COELHO, F. U. Manual de Direito Comercial. 19ª Edição. rev. e atual. – São Paulo: Editora Saraiva, 2007. JÚNIOR, W. F. Manual de Direito Comercial. 10ª Edição – São Paulo: Editora Atlas, 2009. MAMED, G. Manual de Direito Empresarial. 4ª Edição – São Paulo: Editora Atlas, 2009. SARLET, I. W.; LEITE, G. S. Direitos Fundamentais e Estado Constitucional: estudos em homenagem a J. J. Gomes Canotilho – São Paulo: Coimbra Editora e Editora Revista dos Tribunais, 2009. SARLET, I. W. A Eficácia dos Direitos Fundamentais: uma teoria dos direitos fundamentais na perspectiva constitucional. 10ª Edição. rev., atual. e ampl. – Porto Alegre: Editora Livraria do Advogado, 2009.
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