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Pesquisa e Pratica Pedagogica B

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UNIVERSIDADE BRAZ CUBAS
PEDAGOGIA
EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA NO BRASIL
Daniela Nahiara Freita RGM 336540
SUZANO, SP.
2016
DANIELA NAHIARA FREITA RGM 336540
EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA NO BRASIL 
Trabalho para avaliação na disciplina Pesquisa e Pratica Pedagógica B, no curso de Pedagogia. 
. 
SUZANO, SP.
2016
Tema do trabalho
1. DAS NARRATIVAS ORAIS À PRODUÇÃO DO CONHECIMENTO CRÍTICO.
O tema do trabalho é muito importante, pois a partir dele você deverá fazer um recorte dos elementos que comporão o seu texto.
2. A seguir, apresentaremos diversos questionamentos. Todos eles servirão para a produção final de seu texto. Assim, procure desenvolvê-los da maneira mais completa possível. Consulte os links apresentados no decorrer do roteiro e se, necessário, outras fontes.
3. Questões para serem respondidas e entregues em arquivo único/junto com o texto dissertativo.
2.1 Podemos dizer que o guia, ao contar as histórias, tem consigo a memória coletiva dos fatos que ele aprendeu com as pessoas com as quais convive? O que seria memória coletiva? Qual a base da memória coletiva?
R.: Sim, o guia tem a memória coletiva dos fatos, assim ao contar histórias elas vão surgindo, construídas pelo grupo que está inserido e por seus antepassados, garantindo a ele a veracidade do que esta dizendo.
Memória coletiva é aquela compartilhada por todos, e transmitida através das gerações, baseia se em acontecimentos, se refere a uma identidade coletiva uma experiência, é um passado vivido por indivíduos do mesmo grupo e sociedade, assim a memória coletiva é importante para a reconstituição do passado, coletivo ou individual, preservando assim suas raízes culturais, sua base das memórias coletivas, por outro lado, envolve as memórias individuais, mas não se confunde com elas, assim sendo cada memória individual é um ponto de vista de uma memória coletiva , mudando conforme a sociedade e o meio em que esta inserido.
2.2) Em que sentido as crenças populares estão relacionadas às narrativas orais? Como as narrativas orais são transmitidas? Como as crenças surgem em uma determinada sociedade? 
R.: As crenças populares estão relacionadas a narrativas orais, crença é a aceitação como verdadeira de algo comprovado ou não cientificamente, existem crenças falsas e verdadeiras, passadas através da oralidade do individuo e tem por objetivo transmitir alguns conhecimentos adquiridos com seus pais, avós, comunidade, grupos religiosos e outros. 
Através da narrativa, se transmite experiência ou conhecimento sobre determinado assunto, capacitando o narrador entender a respeito de crenças populares, e passar adiante até mesmo no sentido de conselho aos seus receptores. São transmitidas através de estudos a respeito dos mais variados assuntos, por imitação de tanto ver e ouvir, de conversas informais e passadas de geração para geração, sofrendo durante este processo, as mais diversas interações e influências. As narrativas orais surgem de crenças populares de várias origens, pessoas contadoras de causos, que nesse momento são os narradores, transmitindo os contos orais que herdaram dos seus antepassados, de mitologias, de experiências vividas, de superstições.
2.3) De que maneira as crenças populares ganham vida e se materializam na sociedade? Como surgir a história do lobisomem e de outros entes folclóricos?
R.: As crenças populares ganham vida e se materializam através da cultura e das pessoas, diante de momentos da vida que são totalmente inexplicáveis. Ganham vida na sociedade através de histórias contadas, nascidas do imaginário popular ou criação da cultura de um povo, que acabam se interagindo uma com as outras, trocando ideias e conhecimentos.
A lenda do lobisomem é um ser fabuloso, sua origem está ligada a mitologia e a historia de Roma e Grécia. As pessoas mais velhas que moram em regiões rurais, de fato acreditam em sua existência.
É difícil precisar a origem desses seres porque eles são apresentados de maneiras diferentes em cada região do Brasil. As descrições do curupira, por exemplo, uma lenda muito difundida entre os índios varia até mesmo dentro de um só estado.
2.4) O lobisomem, primeiramente, foi um fato “inventado” e “narrado” por alguém (neste momento devemos pensar na narrativa oral); posteriormente, ganhou vida e, aos poucos, se materializou. A história que era simples foi criando mais corpo, ou seja, diversos elementos foram acrescentados à “lenda”. Hoje, estuda-se o lobisomem como pertencente ao “folclore”. Podemos dizer que o folclore é quase uma Ciência. Explique como devemos entender esse processo, ou seja, como chegamos da oralidade à complexidade do mito na escrita.
R.: O folclore é um fenômeno social individualizado no processo de introdução a cultura de cada localidade. O mundo cientifico acostumou se a enxergar o folclore como um conhecimento inalcançável a humanidade, e assim ficava fora da preocupação da Ciências Sociais e Humanas, e é hoje analisado por uma metodologia própria. Tudo parte da oralidade, como tudo o que há começa através do dialogo, seja no ambiente físico ou cultural, nos estímulos que recebem e nas transmissões com os demais fenômenos sociais e culturais, ou seja, na sua dinâmica e vivência.
2.5) Podemos dizer que “os narradores orais” ainda estão presentes em nossa sociedade?
R.; Os narradores orais estão presentes em nossa sociedade atualmente, acrescentando mais crendices populares que norteia a nossa imaginação.
2.6) O conhecimento sistemático está em oposição às narrativas orais, pois o narrador oral não comprova absolutamente nada do que diz, pois a sociedade que escuta e acredita nas narrativas orais não exige comprovação dos fatos narrados. A característica da “crença” é justamente não ter necessidade de comprovação material. Explique por que o conhecimento que adquirimos a partir das teorias aprendidas estão em oposição às narrativas orais.
R.: Não existe critério de cientificidade nas narrativas orais, visto que as mesmas não podem ser comprovadas, passando de crenças, mitos e crendices transmitidos pelos antepassados, os conhecimentos que adquirimos através das teorias tem como objetivo, incentivar a pesquisa e aplica-las no decorrer da vida. 
2.7) As pessoas que foram educadas na tradição da oralidade, ao entrarem em contato com o conhecimento sistemático, continuam a ver o mundo da mesma maneira?
R.: Não, pois, existem formas distintas de aprendizagem, no conhecimento sistemático, é embasado em estudos buscando sempre o aprimoramento do que se aprende; na tradição da oralidade as pessoas enxergam o mundo de uma forma mais pragmática.
2.8) O guia em um determinado momento diz:” Muito bom, Senhô! No passeio de hoje aprendi bastante e poderei explicar para outros turistas!”. A aprendizagem à qual se refere o guia terá quais consequências se for aplicada nas explicações aos turistas e se for levada para a comunidade à qual pertence o guia?
R.: Ao receber uma informação oralmente, ela pode ser repassada de diferentes maneiras e poderá ser interpretada também de forma irregular, pois cada pessoa tem um entendimento relativo daquilo ao qual se passa e se recebe. Ao se passar a informação oralmente a comunidade ao qual o guia pertence, não será eficaz e nem absorvida pelos demais, pois a cultura não corresponde aquela localidade.
 2.9 Questão conclusiva: Em se tratando de você, enquanto futuro profissional, mostre , a partir dos diversos elementos apresentados, como trabalhará em sala de aula o conhecimento sistemático e a Ciência de maneira a respeitar a cultura das diversas narrativas que se transformaram em crenças e superstições. Antes de responder à questão, leia ao texto de Susie Barreto da Silva (disponível em referência).
Como futura profissional, em sala de aula, pretendo levar em conta todo tipo de conhecimento, seja ele Sistemático ou das Ciências, respeitando sempre meu aluno, e usando esses conhecimentos para que eu possa enriquecer ainda mais a aula, mostrando a eles a riquezada cultura de cada localidade, preservando as raízes culturais e a memória a qual possuem. Desenvolver o senso crítico é outro ponto importante, para que essas informações sejam passadas de forma natural, e seja absorvida na medida em que lhes é ensinado.
3. Você deve, para finalizar o trabalho, a partir das respostas apresentadas elaborar um texto dissertativo cujo tema é o apresentado no inicio:
DAS NARRATIVAS ORAIS À PRODUÇÃO DO CONHECIMENTO CRÍTICO
O guia ao partilhar suas memorias coletivas, uma experiência vivida por participantes do mesmo grupo no passado, com os novos visitantes, passa a compreender de maneira diferente, os mitos contados, das narrativas orais a produção do conhecimento crítico.
As transmissões das narrativas orais as quais o guia conta são transmitidas por imitação ou por força de tanto ver e ouvir, de pessoas para pessoas, de geração para geração, são informação e comunicação de uma série de ações ou acontecimentos situados no passado. As crenças foram inseridas no cotidiano popular de uma maneira natural, como a lenda do lobisomem um ser fabuloso, de origem europeia, mais foi absorvido pelo folclore brasileiro e acrescentado por diversos tipos de comunidade se materializando através das narrativas oral, assim outros entes folclóricos. As pessoas mais velhas que moram em regiões rurais, de fato creem na existência do monstro, o lobisomem.
O folclore passou a ser considerado um ramo das Ciências Sociais e Humanas e seu estudo deve ser feito de acordo com a metodologia própria. Como parte da cultura de uma nação, o folclore deve ter o mesmo direito de acesso aos incentivos públicos e privados concedidos às outras manifestações culturais e cientificas. Segundo Von Gennep “O folclore não é, como se pensa, uma simples coleção de fatos disparatados e mais ou menos curiosos e divertidos; é uma ciência sintética que se ocupa especialmente dos camponeses e da vida rural e daquilo que ainda subsiste de tradicional nos meios industriais e urbanos”. Outra lenda ou mito um pouco mais recente nos anos 80 e 90 os bonecos malditos, “Fofão e a boneca da Xuxa”, diziam que o boneco Fofão vinha dentro dele uma faca ou um revolver, a boneca da Xuxa a noite ganhava vida matando as crianças ou elas faziam que as crianças matassem seus pais. 
Logo se compreende a importância da escrita e sua veracidade, é como parte do comportamento comunicativo humano de transmitir e trocar informações comprovadas cientificamente, ou seja, a escrita pode ser vista como uma forma de interação pela qual uma ação das mãos deixa traços numa superfície qualquer, nesse sentido a escrita pode ser concebida como uma forma não apenas alfabética para representar ideias e valores, sendo assim, não há complexidade do mito na escrita, e sim, compreensão da leitura feita através da escrita, e explica que a narrativa oral não é marcada por critérios de cientificidade, uma vez que as narrativas orais não são comprovadas cientificamente. 
Hoje ainda temos os narradores que continuam em nossas sociedades, e principalmente em regiões mais afastadas dos centros urbanos. Outros multiplicadores de palavras, que semeiam nossa imaginação e brincam com as historias para que todas as pessoas possam acreditar e buscar a veracidade e os professores que tem uma habilidade e conhecimento para usar a comunicação verbal para ensinar, explicar e transmitir as culturas e demais ensinamentos. 
Por isso o visitante deixa claro que quando uma informação é recebida pelas narrativas orais, dificilmente será repassada da mesma forma, pois quem recebe a informação poderá interpretá-la de outra maneira, portanto do ponto critico muitas narrativas orais tem um objetivo, como no caso do lobisomem de atrair turistas para aquela determinada região e no caso dos bonecos, de inibir a venda, provocada por algum concorrente.

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