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A ECOLOGIA ESTUDA RELAÇÕES COM O AMBIENTE... MAS QUE AMBIENTE? Conceitos de nicho, fator limitante e limites de tolerância: uma forma compreender o efeito das variações do ambiente físico Importância ecológica dos principais fatores físicos sobre os seres vivos Padrões gerais de variação desses fatores físicos NESTA AULA NICHO ECOLÓGICO “Hipervolume multidimensional” (Hutchinson 1957) Conjunto de condições e recursos de uma espécie → complexo! Como saber o que é mais importante? LEI DO MÍNIMO E FATOR LIMITANTE Lei do mínimo de Liebig: Sob condições estáveis, o fator (dentre os requerimentos) que estiver menos disponível, é o mais importante na restrição do desempenho de um organismo: Fator Limitante Fatores limitantes: ambiente físico e interações (serão tratadas em outras aulas) LEI DO MÍNIMO E FATOR LIMITANTE Lei de Shelford – “A distribuição de uma espécie é controlada pelo fator ambiental para o qual tem amplitude tolerância mais estreita” - Limites de Tolerância Condições e recursos variam - adaptações permitem lidar com variações Environmental Gradient Luz Importância ecológica Energia que move os sistemas ecológicos Fotossíntese e quimiossíntese O QUE É IMPORTANTE NO AMBIENTE FÍSICO PARA OS SERES VIVOS? Características limitantes: Qualidade: composição espectral influencia a fotossíntese, em sistemas aquáticos isso pode ser crítico Intensidade: aumenta a fotossíntese até um limite, podendo haver inibição em altas intensidades Duração: comprimento do dia e noite podem influenciar ritmos biológicos e limitar a atividade de organismos O QUE É IMPORTANTE NO AMBIENTE FÍSICO PARA OS SERES VIVOS? Temperatura Importância ecológica: Velocidade de reações metabólicas Estabilidade de proteínas Restrição do comportamento de organismos que não regulam sua temperatura Características limitantes: Magnitude do valor médio Variabilidade O QUE É IMPORTANTE NO AMBIENTE FÍSICO PARA OS SERES VIVOS? O QUE É IMPORTANTE NO AMBIENTE FÍSICO PARA OS SERES VIVOS? Água Importância ecológica: ●Solvente universal ●Transporte de nutrientes ●Maioria dos processos metabólicos Características limitantes ●Chuva – renovação nos estoques intensidade, duração e distribuição dos eventos ●Umidade atmosférica – transpiração e transporte de água e nutrientes ●Suprimento superficial – o tipo de substrato sobre o qual a chuva cai tem influencia Oxigênio Importância Metabolismo: respiração Características limitantes: ●Estoque atmosférico abundante, raramente limitante para organismos terrestres (exceto subterrâneos) ●Porém, em ambientes aquáticos pode ser limitante- eutrofização O QUE É IMPORTANTE NO AMBIENTE FÍSICO PARA OS SERES VIVOS? O QUE É IMPORTANTE NO AMBIENTE FÍSICO PARA OS SERES VIVOS? Macro e micronutrientes minerais Importância: Constituintes estruturais Macro e micronutrientes Características limitantes: Limitações no “pool” do solo para plantas e no nível trófico inferior para animais Em alguns casos, excessos são prejudicais Os fatores físico mostrados variam em várias escalas, influenciando a distribuição de espécies com diferentes limites de tolerância PADRÕES DO AMBIENTE FÍSICO Luz Temperatura Água Macro e micronutrientes minerais Gases atmosféricos (incluindo 0 2 ) Padrões globais de radiação solar, temperatura, circulação atmosférica e oceânica Solo Padrões de diversidade e ecossistemas PADRÕES GERAIS DE INTENSIDADE DE RADIAÇÃO SOLAR As regiões equatoriais recebem maior intensidade de radiação solar Motivos: Intensidade luminosa(fótons/área/tempo) Ângulo de incidência Espessura de atmosfera (reflexão ou absorção) PADRÕES GERAIS DE INTENSIDADE DE RADIAÇÃO SOLAR A variação ao longo do ano no regime de luz depende da latitude Inclinação da terra (23,5°) em relação ao equador solar Efeitos: variação do comprimento do dia, proximidade do sol, e deslocamento do zênite PADRÕES GERAIS DE TEMPERATURA As características da entrada de radiação solar determinam regimes latitudinais de temperatura E O AR? Em geral, a atmosfera é mais quente próximo à crosta terrestre (anteparo) e no equador (padrões de intensidade de radiação solar) Princípio de Arquimedes – ar quente sobe, menos denso Células de convecção (Hadley) Se a terra não tivesse rotação, as células de Hadley gerariam ventos de superfície soprando perpendicularmente em direção ao equador Devido à rotação da Terra (oeste-leste) um referencial na superfície recebe os ventos de uma direção oblíqua (Efeito Coriolis) Esses ventos são chamados Alísios E O AR? PRECIPITAÇÃO Pressão de vapor d'água de equilíbrio (equilíbrio evaporação/condensação). Ascensão = resfriamento adiabático (expansão), pressão de vapor de equilíbrio diminui e o excedente de vapor condensa-se Consequências: Zona de convergência intertropical (ZCI) equatorial, encontro de alísios, baixa pressão, chuva Cinturões de alta pressão À 30°, alta pressão, ar seco PRECIPITAÇÃO Os padrões de circulação atmosférica influenciam a cobertura vegetal A CONVERGÊNCIA INTERTROPICAL É IMPORTANTE PARA NÓS O deslocamento do zênite solar “move” a ZCI DESLOCAMENTO DA ZCI E O CLIMA DO NORDESTE ZCI é o sistema meteorológico mais importante na determinação de quão abundante ou deficiente serão as chuvas no setor norte do Nordeste do Brasil Deslocamento da ZCIT :12° N (Ago - Set) – 04° S (Mar, Abr) Fortaleza 3,7° S, Pacatuba 04° S Fonte: FUNCEME http://www.funceme.br/index.php/areas/tempo/saiba-mais/sistemas-atmosfericos-atuantes-sobre-o-nordeste CORRENTES MARINHAS Superfície: influenciadas pelos ventos e topografia Deslocam-se em direção ao equador na costa ocidental dos continentes, e em sentido contrário na costa oriental Mudam condições climáticas ex: Desertos Chile e Peru, Ilhas Britânicas CORRENTES MARINHAS Profundas: diferenças de densidade da água relacionadas à salinidade(congelamento) e temperatura - circulação termoalina “North Atlantic Deep Water” (NADW) – corrente do golfo e resfriamento na Groenlândia –> circulação termoalina (1000 anos) Distribuem calor no planeta EFEITOS CLIMÁTICOS LOCAIS Continentalidade – diferenças entre água e terra na retenção de calor Topografia – sombra de chuvas, resfriamento adiabático, encosta Os fatores físico mostrados variam em várias escalas, influenciando a distribuição de espécies com diferentes limites de tolerância PADRÕES DO AMBIENTE FÍSICO Luz Temperatura Água Macro e micronutrientes minerais Gases atmosféricos (incluindo 0 2 ) Padrões globais de radiação solar, temperatura, circulação atmosférica e oceânica Solo Padrões de diversidade e ecossistemas SOLOS Material alterado química e biologicamente, recobrindo a rocha na superfície terrestre Resulta da ação do clima e organismos sobre a “rocha mãe” Não apenas ambiente e fonte de recursos para organismos, mas resultado da ação destes Horizontes – camadas com características distintivas (Ex: textura, cor, teores de matéria orgânica) Influência decrescente, com a profundidade, de fatores climáticos e bióticos Fatores formadores: material parental, clima, topografia, vegetação, tempo Processos: Intemperismo – transformações de minerais das rochas através de processos físicos e químicos, reorganização em novos minerais Humificação – redução de restos animais e vegetais à matéria orgânica fina, produção de Húmus Mineralização – compostos orgânicos→ nutrientes inorgânicos SOLOS Variações de relevância ecológica: Parâmetros físico químicos (Ex. : pH, textura, retenção de água) Parâmetro de fertilidade (Ex. : teores de nutrientes minerais e matéria orgânica, capacidade de reter e trocar íons) SOLOS SOLOS – Variação (tipos de solos) ONDE ESTUDAR? RICKLEFS, R.E. A economia da natureza. Rio de Janeiro: Editora Guanabara Koogan, 2011. 542 p. Capítulo 4: Variação no ambiente: Clima, Água e Solo BEGON, M.; TOWNSEND, C.; HARPER, J. Ecologia: de Indivíduos a Ecossistemas. 4a ed. Porto Alegre: Artmed, 2007. Capítulo 2 – só até o conceito de nicho ecológico. KREBS, C. The Ecological World View. Collingwood: CSIRO, 2008. Capítulo 2 – pp 36-37. SLIDES DE AULA Slide 1 Slide 2 Slide 3 Slide 4 Slide 5 Slide 6 Slide 7 Slide 8 Slide 9 Slide 10 Slide 11 Slide 12 Slide 13 Slide 14 Slide 15 Slide 16 Slide 17 Slide 18 Slide 19 Slide 20 Slide 21 Slide 22 Slide 23 Slide 24 Slide 25 Slide 26 Slide 27 Slide 28 Slide 29 Slide 30
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