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002 LÍNGUA LATINA PARTE HISTÓRICA 1.2013

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LÍNGUA LATINA
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Língua portuguesa
Olavo Bilac
 Última flor do Lácio, inculta e bela, És, a um tempo, esplendor e sepultura: Ouro nativo, que na ganga impura A bruta mina entre os cascalhos vela...
	Amo-te assim, desconhecida e obscura. Tuba de alto clangor, lira singela, Que tens o trom e o silvo da procela, E o arrolo da saudade e da ternura!
	Amo o teu viço agreste e o teu aroma De virgens selvas e de oceano largo! Amo-te, ó rude e doloroso idioma,
	em que da voz materna ouvi: "meu filho!", E em que Camões chorou, no exílio amargo, O gênio sem ventura e o amor sem brilho!
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ORIGEM DA LÍNGUA LATINA
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	Latim – língua dos romanos, pertence à família das língua indo-européias (vasta família de grupos de línguas faladas no oeste da Ásia (Irã, Paquistão, Índia, Ceilão) e na Europa toda (e Américas depois da grandes navegações) com exceção do basco, húngaro e finlandês.
	Ainda é muito incerto o período em que seria falada essa língua, que segundo os autores, pode ser de entre 5000 a 2000 a.C. O período mais aceito é o 3º milênio a.C.
	O latim era a língua das tribos do Lácio, região central da península italiana, mas com a expansão de Roma estendeu-se por vastas regiões em que, ao desaparecer o Império Romano, evoluiu e deu lugar às línguas românicas (línguas neolatinas: português, espanhol, italiano, francês, romeno e catalão).
 
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O latim foi, por um longo período, a língua oficial e representante do poder de Roma. 
A língua latina foi dividida em períodos, os quais se ligam, de certo modo, à história política de Roma. 
Origem: (sec. VI e IV)
Língua relativamente uniforme – sermo urbanus – latim arcaico, língua de camponeses com forte influência do indo-europeu.
Exército romano – um dos principais fatores de divulgação do latim no vasto Império Romano. Latim com influências de dialetos afins.
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Fases da língua latina - vão desde as suas primeiras manifestações, ou seja, desde a fundação de Roma (753 a.C.), representada por algumas inscrições, até a queda do Império Romano do Ocidente (476 d.C.) ou, mais ou menos, até a invasão dos longobardos na Itália (568 d.C.).
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LATIM CLÁSSICO OU LITERÁRIO
E LATIM CULTO FALADO
	A língua latina, tal como a conhecemos, polida e burilada pelos grandes escritores do período “áureo”, não saiu assim do indo-europeu. O latim que chamamos de “clássico” ou “literário” é fruto de prolongado amadurecimento e elaboração, e representa o momento de seu maior esplendor. Este momento foi precedido de vários estágios perfeitamente demarcados, e a ele se seguiriam outros estágios subseqüentes, que iriam culminar na formação das línguas românicas modernas.
	
	Com o advento da literatura latina, a partir do século III a.C, o latim escrito vai paulatinamente ganhando maior rigor formal até atingir o máximo de sua estética, na época de Cícero e César. Nesse "aperfeiçoamento" é evidente a influência helênica, que se faz através dos gramáticos e dos escritores. Iniciava-se, assim, o fenômeno que iria conter a expansão natural da língua falada, pela ação dos gramáticos, da literatura e da classe culta.
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LATIM CLÁSSICO
	“Latim clássico” é a norma literária, altamente estilizada, que compreende o período que vai de 81 a. C. a 14 d.C. Seus principais representantes são Cícero, César e Salústio, na prosa e, no verso, Virgílio, Horácio, Ovídio, Lucrécio e Catulo. É uma estilização do sermo urbanus, língua coloquial das classes cultas, com o qual convivia.
	Os escritores do período clássico haviam percebido que existiam variantes da língua latina e caracterizaram-nas adjetivando a palavra sermo que significa "linguagem", "conversação". Com efeito, há três fatores envolvidos nas variantes que uma língua pode apresentar: a variação social, correspondente à estratificação social, a geográfica, correspondente às diferenças geográficas, e as diferenças relativas ao grau de formalidade da situação de fala.
	A língua literária continuou no sermo ecclesiasticus (a partir do séc. 5 d.C.) e também no sermo profanus, com os tratados de medicina, filosofia, ciência, etc., durante toda a Idade Média e até mesmo já na Idade Moderna. Pode-se dizer que até hoje vive. É a língua do Vaticano e de toda a documentação da Igreja Católica, além de ser empregada na botânica e de ser adstrato permanente das línguas românicas e até de línguas não-românicas, como o inglês. Como vemos, o sermo classicus fixou-se como uma língua escrita (o latim clássico que estudamos), porém, o latim culto falado, (sermo urbanus) a partir do qual obteve sua origem, extinguiu-se, com a ruína da classe social que o sustentava.
  
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LATIM CULTO FALADO
	O sermo urbanus era a língua falada pelas classes altas de Roma, certamente correto do ponto de vista gramatical, mas sem os refinamentos estilísticos da norma literária. Como língua falada desapareceu entre os séculos V e VI, no mais tardar no séc. VI, devido ao aniquilamento das cidades e da vida cultural que elas apresentavam, juntamente, é claro, com a classe social que a mantinha. Este período coincide com a queda do Império Romano do Ocidente (476 d.C., séc.V) e a onda de invasões bárbaras (destacando-se os longobardos na Itália, em 568 d.C), na Europa, no séc. VI.
	Do ponto de vista gramatical, o sermo urbanus é uma língua correta e não apresenta os “erros” do latim vulgar; mas tampouco apresenta o exagero de refinamentos estilísticos da prosa e poesia artísticas. 
	Desde as primeiras manifestações da língua latina, tem-se notícia da coexistência de uma variedade culta falada e de outra variedade também falada, mas pelas classes populares (plebéias).
	
	A língua da sociedade elegante (o sermo quotidianus ou sermo urbanus ou usualis ou consuetudinarius, o uso comum da classe culta) e a das classes baixas (sermo plebeius) não constituíam compartimentos estanques. A literatura sobre o assunto é unânime em afirmar que muitas características da língua popular apareciam no uso corrente das classes mais altas. 
 
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LATIM VULGAR
	Era o latim essencialmente falado pela grande massa popular menos favorecida e quase que inteiramente analfabeta do Império Romano. Foi propositalmente ignorada pelos gramáticos e escritores romanos pois era considerada indigna de consideração. Distinguia-se do latim culto falado (e por extensão do latim clássico ou literário) em todos os aspectos gramaticais. Era mais simples em todos os níveis, mais expressivo, mais concreto e mais permeável a elementos estrangeiros. Continuou se transformando ao longo dos séculos até que em mais ou menos 600 d.C. já constituía os primeiros “romances” (ou seja, as primeiras manifestações das línguas românicas, muito próximas ainda do latim vulgar) e depois, a partir do séc. IX, as línguas românicas.
	Sabe-se que as características gerais básicas do latim vulgar já se apresentavam desde o fim da época republicana ou desde o começo do período imperial, isto é, desde o século I a.C.ou no máximo desde o século I d.C. Mas é muito comum datarem-se dos séculos III ou IV da era cristã numerosas inovações atestadas pelo conjunto das línguas românicas.
	O latim vulgar é, na verdade, um latim popular que existiu em todas as épocas da língua latina. Este latim pertencia a uma população que era muito pouco ou nada escolarizada e que, portanto, não poderia ter sido influenciada pelos modelos literários e pela escola. O latim vulgar não sucede ao clássico; teve origem nos meios plebeus de Roma e cercanias, sendo essencialmente, o latim falado pela plebe romana, embora muito de seus característicos se infiltrassem no seio da classe média e até das classes mais altas, sobretudo na época imperial. Uma vez que se trata de uma variedade de formas, que se ligam ao latim falado (mas não exclusivamente), não se pode considerar que existam realmente textos em latim vulgar. 
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Sermo urbanus / sermo litterarius / sermo plebeius - diferenças: 
	O latim vulgar representava
a língua do povo comum, da plebe romana, enquanto o latim clássico era um produto da sociedade aristocrática. A enorme oposição social entre essas duas classes se refletia na língua e que era capaz de explicar as diferenças no vocabulário e na sintaxe. 
O latim clássico, apesar de ter-se originado em um latim vivo e falado, é, em geral, mais conservador e arcaizante do que o latim vulgar. 
O latim vulgar é fruto de uma população heterogênea, que empregava mal a língua latina, corrompendo-a. 
Diferenças entre o sermo plebeius e o sermo urbanus estão presentes na pronúncia, no vocabulário, na sintaxe, e na morfologia. A distância que separava o latim vulgar do latim culto era a princípio pequena, mas já podia ser vista a partir do séc. IV a.C. O vocabulário era, em boa parte o mesmo, sobretudo o que servia para o uso da vida cotidiana: coisas, animais, plantas, etc. O latim vulgar nunca se isolou completamente da língua literária, pois sempre houve um convívio constante entre todas as classes, através do teatro, às vezes pela escola e, mais tarde, pela Igreja. Portanto, existiu sempre uma contribuição limitada, porém contínua, da língua clássica para a popular. 
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A língua latina e sua importância
 O latim, junto com o osco e o umbro, entre outras línguas, pertencia ao ramo itálico das línguas indo-européias.
Origem das línguas românicas, língua culta, durante praticamente toda a Idade Média européia (sec. V ao sec. XV d.C), científica e filosófica até o século XVII, o latim constitui um dos marcos fundamentais de identidade da cultura ocidental.
Na origem, o latim era a língua das tribos do Lácio, região central da península italiana, mas com a expansão de Roma estendeu-se por vastas regiões em que, ao desaparecer o Império Romano, evoluiu e deu lugar às línguas românicas.
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Embora o latim seja hoje uma língua morta, com poucos falantes fluentes e sem que ninguém o tenha por língua materna, ainda é empregado pela Igreja Católica. Exerceu enorme influência sobre diversas línguas vivas, ao servir de fonte vocabular para a ciência, o mundo acadêmico e o direito. O latim vulgar, um dialeto do latim, é o ancestral das línguas neolatinas (italiano, francês, espanhol, português, romeno, catalão, romanche e outros idiomas e dialetos regionais da área); O fato de haver sido a lingua franca do mundo ocidental por mais de mil anos é prova de sua influência.
 
 
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O Latim constituiu um número considerável de vocábulos na língua inglesa;
O Latim auxilia você a compreender melhor a sua língua;
O latim desenvolve suas habilidades de raciocínio e dedução.
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Formas de pronúncia da língua latina:
a pronúncia eclesiástica ou italiana, usada pela igreja, 
a pronúncia clássica (reconstruída ou restaurada), que foi elaborada a partir de estudos sobre a pronúncia de povos próximos, que se acredita ser a mais próxima da pronúncia praticada na antiguidade.
No Brasil são praticados também dois outros tipos de pronúncia, a pronúncia tradicional brasileira e a pronúncia romana. A primeira é adaptada ao uso dos brasileiros, e é também a mais usada em fórmulas jurídicas; a segunda consiste na correta pronúncia italiana, usada pela Igreja Católica. 
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Estas são as principais características da pronúncia restaurada (entre parênteses a pronúncia e a marcação do acento tônico):
 a) ae, ditongo como e: nautae (nauté)
b) c soa sempre como k: Cicero (Kíkero)
c) ch soa também como k: pulcher (púlker)
d) g sempre como gue ou gui: angelus (ánguelus)
e) h é levemente aspirado, quase como o h do inglês
f) j soa sempre como i (nos livros recentes, de fato, o j é sempre substituído, na escrita, pelo i)
	
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g) m e n nunca são nasais: campus (ká-m-pus, e não kãpus)
h) r nunca como rr: Roma (róma, com o r pronunciado como em barato)
h) s sempre como ss: rosa (róssa)
i) u do grupo qu é sempre pronunciado: qui, quem (kúi, kúem)
j) v sempre como u: vita (uíta) (nos livros recentes o v é sempre substituído, na escrita, pelo u)
k) x como ks: maximus (máksimus)
l) z como dz: Zeus (dzeus)
m) as letras restantes (a, b, d, e, f, i, l, o, p, t, y) são pronunciadas como em português.
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Quanto à acentuação tônica, os Romanos faziam distinção entre vogais breves e vogais longas, estas últimas com o dobro de duração das primeiras. Mas para efeitos de acentuação tônica, os Romanos usavam a regra da penúltima: se a penúltima vogal for longa, ela recebe o acento; se curta, o acento recua para a antepenúltima, se for o caso.
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Para a maioria das palavras a posição das vogais longas e breves deve ser memorizada. Existem, contudo, algumas poucas regras que nos ajudam em alguns casos como, por exemplo, as seguintes: 
1) vogal seguida de outra vogal é geralmente breve: filius (fílius; o i antes do u é breve; portanto o acento recua);
2) vogal seguida de duas consoantes é geralmente longa: puella (o e vem antes de duas consoantes; é longo e, portanto, acentuado). Note que só nos interessa saber a quantidade (longa ou breve) da penúltima vogal. Atente também para o fato de que em latim não existem palavras com acento na última sílaba (oxítonas).
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Quanto à ortografia, não há diferenças.
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Sistema de acentuação	
Sinais de quantidade:
 ̆ (braquia) indica vogal breve; ex. fabŭla 
̄ (mácron) indica vogal longa; ex. vēni
	
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	Em latim o acento recai regularmente sobre a penúltima sílaba, quando esta é longa. Em tal caso não empregamos, a princípio, nenhum sinal. Ex.: amare (pronuncia-se amáre)
	Quando a penúltima é breve, o acento recai sobre a antepenúltima. Em tal caso indicamos sempre a quantidade da penúltima. Ex: legĕre (pronuncia-se légere)
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O IMPÉRIO ROMANO
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O IMPÉRIO ROMANO
Grande império da antigüidade.
A história romana tem a seguinte periodização:
- Monarquia - de 753 a.C. à 509 a.C.
- República - de 509 a.C. à 27 a.C.
- Império - de 27 a.C. à 476 d.C.
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MONARQUIA (de 753 a.C. à 509 a.C.)
Período caracterizado pelas lendas.
Roma – fundação:
Os gêmeos Rômulo e Remo, descendentes de Éneias. (753 a.C.).
História – provável surgimento – fortificação militar por volta do século VIII a.C. – para defender-se dos povos etruscos.
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ENÉIAS – TROIA
ALBA LONGA
NUMITOR (REI DEPOSTO)
AMÚLIO (REI USURPADOR)
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MONARQUIA (de 753 a.C. à 509 a.C.)
Economia - agricultura e pastoreio. 
Estrutura social: 
Patrícios - grandes proprietários; 
Clientes - recebiam amparo e proteção dos patrícios 
Plebeus - ocupavam a base da sociedade: artesãos, comerciantes e pequenos proprietários.
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A REPÚBLICA (de 509 a.C. à 27 a.C.)
ORGANIZAÇÃO POLÍTICA
A principal instituição de República romana será o Senado, responsável pela direção de toda política romana (interna e externa). Formada por patrícios que ocupavam a função de forma vitalícia.
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O Senado escolhia os magistrados. Estes possuíam funções específicas de natureza judiciária e executiva, tais como:
Consulado: magistratura mais importante, ocupado por dois militares. Um agia em Roma e outro fora de Roma. Em casos de extrema gravidade interna ou externa, esta magistratura era substituída pela DITADURA - com duração de seis meses.
Tribunos da plebe: representantes da plebe junto ao Senado. 
Questor: responsável pela arrecadação de impostos.
Pretor: encarregado da justiça civil.
Censor: zelava pela moral pública ( a censura) e realizava a contagem da população ( o censo ).
Edil: cuidava da manutenção pública - obras, festas, policiamento, abastecimento.
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Assembléias:
Assembléia Centuriata: Responsável pela votação de todas as leis. Monopolizada pelos patrícios.
Assembléia Tribunícia: composta pelas tribos de Roma. O número de tribos de patrícios era maior do que de plebeus. 
Assembléia da Plebe: tinha por finalidade escolher os tribunos da plebe. As leis votadas nesta assembléia serão
válidas a todos os cidadãos, trata-se do plebiscito.
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O monopólio do poder político exercido pelos patrícios, acompanhado pelas pesadas obrigações, impostas aos plebeus – tais como o pagamento de impostos, serviço militar obrigatório em época de guerras e o risco de tornarem-se escravos por dívidas – provocou enormes tensões sociais entre estas duas classes. Os plebeus buscavam a igualdade social e política.
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	Através de conflitos, os plebeus conseguiram várias conquistas:
- criação da magistratura do Tribuno da Plebe em 494 a.C..
- Lei das Doze Tábuas em 450 a.C., codificação das leis.
- Lei Canuléia de 445 a.C. , autorizando o casamento entre as classes.
- Lei Licínia de 367 a.C. que aboliu a escravidão por dívidas.
- Lei Hortênsia de 287 a.C. que estabeleceu que as medidas tomadas na Assembléia da Plebe tivessem validade política ( plebiscito ).
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A EXPANSÃO TERRITORIAL ROMANA
Roma surge como uma fortificação para proteger-se das invasões estrangeiras. 
Evolução militar romana (ao longo da Monarquia e início da República) – conquista de toda a península Itálica. 
Política imperialista (caráter expansionista) 
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Atraídos pelas riquezas do oriente, Roma conquista a Macedônia, a Grécia, o Egito e o Oriente Médio. 
A parte ocidental da Europa, a Gália e a península Ibérica também foram conquistadas.
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O MUNDO GREGO
	Dos povos do mundo antigo, os helênicos foram os que melhores refletiram o espírito do homem ocidental. A idéia de liberdade, o racionalismo, o conceito de cidadania, a filosofia e as bases da ciência moderna surgiram como glorificação grega ao espírito humano.
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	A expansão territorial trouxe profundas mudanças na estrutura social, política, econômica e cultural de Roma.
1. Aumento da escravidão – prisioneiros de guerra eram transformados em escravos.
2. O surgimento dos latifúndios e a falência dos pequenos proprietários. As terras anexadas ao Estado, através das conquistas possuíam o status de "ager publicus“ (terra pública), destinadas aos camponeses. No entanto o patriciado acaba apossando-se destas terras e ampliando seu poder.
3. Processo de marginalização dos plebeus, resultado do empobrecimento dos pequenos proprietários e da expansão do escravismo, deixando esta classe sem terras e sem emprego.
4. O surgimento de uma nova classe social - os Cavaleiros ou Homens-novos - enriquecidos pelo comércio e pela prestação de serviços ao Estado.
As conseqüências da expansão romana
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5. Aumento do luxo e surgimento de novos costumes, em decorrência da conquista do Império Helenístico.
6. Como resultado da marginalização dos plebeus e do desenvolvimento do escravismo, houve um enorme êxodo rural, tornando as cidades super povoadas, contribuindo para uma onda de fome, epidemias e violência. Para controlar esta massa urbana, o Estado inicia a Política do Pão e Circo - a distribuição de alimentos e diversão gratuita. Com isto, o Estado romano impedia as manifestações em favor de uma reforma agrária.
7. No plano militar, o cidadão soldado foi substituído pelo soldado profissional, que passou a ser fiel não ao Estado mas sim ao seu general. O fortalecimento dos generais contribuiu para as guerras civis em Roma.
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IMPÉRIO (de 27 a.C. à 476 d.C.)
Centralização do poder nas mãos de um só governante. 
Guerras civis – enfraquecimento do Senado / fortalecimento do exército.
Caio Otávio (de 31 a.C. até o ano 14 d.C.) - primeiro imperador de Roma Realiza reformas que contribuíram para a sua popularidade: ampliou a distribuição gratuita de trigo para a plebe e de espaços para a diversão pública ( a famosa Política do Pão e Circo ).
Seu período é conhecido como a PAX ROMANA, dado ao fortalecimento do exército, a amenização das tensões sociais – graças à política do pão e circo - e a pacificação das províncias do império.
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IMPÉRIO
	Alto Império – apogeu de Roma
Dinastias de ouro. É o momento de grandiosidade de Roma tendo as seguintes dinastias:
a) Júlio-Claúdios ( 14 - 68 )
b) Flávios ( 69 - 96 )
c) Antoninos ( 96 -192)
d) Severos (193-235).
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Baixo Império – decadência e queda romana.
À partir do ano de 235, inicia-se um período de crises – custos para a manutenção do exército  aumento dos impostos  tumultos e revoltas nas províncias.
Crise militar - fim do expansionismo romano  diminuição de entrada de mão-de-obra escrava em Roma  queda na produção agrícola.
Crise do escravismo - raiz da queda de Roma.
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A CRISE E A QUEDA DE ROMA
	Consequências da crise econômica:
Aumento dos impostos  aumento no preço das mercadorias, gerando um processo inflacionário. 
Política de pão e circo - deixa de existir, pois o Estado não pode mais arcar com a distribuição gratuita de alimentos - contribuindo para aumentar as tensões sociais.
As fronteiras do Império Romano começam a serem invadidas pelos chamados povos bárbaros, trazendo um clima de insegurança e pânico a todos.
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CONSEQUÊNCIAS DA CRISE IMPERIAL
ÊXODO URBANO: fuga da crise econômica e dos bárbaros. Campo – oportunidade de trabalho com a diminuição dos escravos como força de trabalho.
O COLONATO: o grande proprietário arrenda lotes de terras para os camponeses que, em troca, trabalhavam e produziam para o grande proprietário. O colono passa a ser um homem preso à terra. 
INFLAÇÃO: queda da produção agrícola  diminuição na arrecadação de impostos / aumento das despesas para manutenção do exército que defende as fronteiras dos bárbaros. Falta de dinheiro – o Estado inicia a sua falência.
CRISE MILITAR: recrutamento dos bárbaros em troca de terras por serviços prestados.
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No campo, a ausência militar e a necessidade de garantir a propriedade, leva o grande proprietário a contratar mercenários para a defesa da terra, criando um exército pessoal.
O CRISTIANISMO: difusão da religião cristã. O fortalecimento do cristianismo ocorria, simultaneamente, com o enfraquecimento de Roma. Os cristãos não aceitavam as instituições romanas, ligadas ao paganismo; não reconheciam a divindade do imperador e não aceitavam a escravidão. As autoridades romanas iniciam uma política de perseguição sistemática aos cristãos, considerando-os culpados por todas as calamidades que ocorriam. No entanto, quanto mais os cristãos eram perseguidos e torturados, maior o número de adeptos.

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