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Alumínio e suas ligas

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ 
CAMPUS UNIVERSITÁRIO DE TUCURUÍ 
FACULDADE DE ENGENHARIA MECÂNICA 
 
 
Charles Baia 
Joanyson Andrei O. Pereira 
Romário de Souza Santos 
Thefeson Vilhena Oliveira 
Wigor da Paz 
 
 
 
ALUMÍNIO E SUAS LIGAS 
 
 
TUCURUÍ 
2013 
 
 
 
Charles Baia 
Joanyson Andrei O. Pereira 
Romário de Souza Santos 
Thefeson Vilhena Oliveira 
Wigor da Paz 
 
 
 
ALUMÍNIO E SUAS LIGAS 
 
 
 
 
Dissertação apresentada 
como requisito para 
obtenção de nota da 
disciplina MCM – Materiais 
de Construção Mecânica, 
ministrada pelo Msc. 
Douglas Garcia 
(Universidade Federal do 
Pará – UFPA). 
 
 
 
Tucuruí 
2013 
 
 
RESUMO 
Atualmente é impossível imaginar o mundo sem o alumínio e suas ligas, pois ao 
olhar a nossa volta percebemos que uma infinidade de produtos dependem dele, 
seja em nossas casas, nas indústrias (automobilística, aeronáutica, naval, bélica), 
na transmissão de energia elétrica ou até mesmo em tecnologias aeroespaciais. 
Além da sua alta condutividade elétrica e térmica, baixa densidade, ductilidade, 
dentre outras, pode-se obter outras propriedades extraordinárias ao combiná-lo 
com elementos ligantes. Partindo desse ponto de vista foi elaborado esta 
presente dissertação, onde está descrita de forma clara e sucinta as formas no 
qual pode se conseguir ligas de alta resistência a partir do alumínio que é uma 
material de baixa dureza e de baixa resistência mecânica. Vai mostrar também 
como se dá o(s) processo(s) que podem deixa-las mais resistentes ainda, seja por 
tratamentos térmicos e/ou outros mecanismos de aumento da resistência 
mecânica. 
Palavras chaves: Alumínio, Ligas de Alumínio, Tratamentos térmicos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ABSTRACT 
Currently it is impossible to imagine the world without the aluminum and its alloys, 
as to look around us we see a plethora of products that depend on it, whether in 
our homes, industries (automotive, aeronautics, naval warfare), the transmission 
of electricity or even in aerospace technologies. In addition to its high electrical 
and thermal conductivity, low density, ductility, among others, can get other 
extraordinary properties to combine it with alloying elements. From this point of 
view was elaborated this present work, which is described clearly and briefly the 
ways in which to achieve high strength alloys from aluminum is a material of low 
hardness and low mechanical strength. It will also show how the two (s) process 
(es) which can leave them even more resistant, either by thermal treatment and / 
or other mechanisms to increase the mechanical strength. 
Keywords: Aluminium, Aluminium alloys, heat treatments. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
LISTA DE FIGURAS 
Figura 1 - Bauxita na forma de minério .....................................................................................9 
Figura 2 - Fluxograma básico de uma refinaria ...................................................................... 10 
Figura 3 - Efeito da homogeneização ..................................................................................... 14 
Figura 4 - Tratamento térmico de solubilização seguido de precipitação ............................ 16 
Figura 5 - Efeito do recozimento na microestrutura de uma liga de alumínio encruada .... 17 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
LISTA DE TABELAS 
Tabela 1 - Propriedades do Alumínio ...................................................................................... 11 
Tabela 2 – Grupos de liga ........................................................................................................ 12 
Tabela 3 - Sistema de classificação das ligas de alumínio ................................................... 18 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SUMÁRIO 
1 OBJETIVOS .............................................................................................................................7 
2 INTRODUÇÃO ........................................................................................................................7 
3 HISTÓRICO .............................................................................................................................7 
4 PROCESSO DE OBTENÇÃO DO ALUMÍNIO ..............................................................................8 
4.1 Mineração ......................................................................................................................9 
4.2 Processo Bayer ............................................................................................................. 10 
5 PROPRIEDADES DO ALUMÍNIO ............................................................................................ 11 
6 LIGAS DE ALUMÍNIO ............................................................................................................ 11 
6.1 Elementos de liga ......................................................................................................... 12 
6.2 Grupos de liga............................................................................................................... 12 
7 TRATAMENTOS TÉRMICOS EM LIGAS DE ALUMÍNIO ........................................................... 14 
7.1 Homogeneização .......................................................................................................... 14 
7.2 Solubilização / Envelhecimento .................................................................................... 15 
7.3 Precipitação .................................................................................................................. 16 
7.4 Recozimento................................................................................................................. 16 
8 CLASSIFICAÇÃO DAS LIGAS DE ALUMÍNIO ........................................................................... 17 
9 PRINCIPAIS PROCESSOS INDUSTRIAIS DO ALUMÍNIO .......................................................... 20 
10 A RECICLAGEM DO ALUMÍNIO ............................................................................................. 20 
11 CONCLUSÃO ........................................................................................................................ 21 
 
 
 
 
 
 
 
7 
 
1 OBJETIVOS 
Esse trabalho tem como principal objetivo proporcionar um maior 
conhecimento sobre o alumínio e suas ligas ao leitor, dando o entendimento 
necessário para compreender os métodos e/ou processos que transformam esse 
material de baixa resistência em ligas de média ou alta resistência. 
2 INTRODUÇÃO 
O Alumínio, apesar de ser o terceiro elemento mais abundante na crosta 
terrestre, é o metal mais jovem usado em escala industrial. Mesmo utilizado 
milênios antes de Cristo, o alumínio começou a ser produzido comercialmente há 
cerca de 150 anos. Sua produção atual supera a soma de todos os outros metais 
não ferrosos. Esses dados já mostram a importância do alumínio para a nossa 
sociedade. Antes de ser descoberto como metal isolado, o alumínio acompanhou 
a evolução das civilizações. Sua cronologia mostra que, mesmo nas civilizações 
mais antigas, o metal dava um tom de modernidade e sofisticação aos mais 
diferentes artefatos tudo isso graças as suas características, como: leveza e 
ductilidade. 
Entretanto, a imensa curiosidade do homem aliada as exigências do 
mercado continuam levando a um aperfeiçoamento tecnológicosempre crescente 
na produção dos materiais para a indústria. E o alumínio não poderia ficar de fora 
disso. 
Assim, para melhorar ainda mais a característica deste material já tão 
versátil, desenvolveram-se novas ligas e empregaram-se processos de 
beneficiamento. Eles são usados com a finalidade de dar ao metal características 
especiais para usos especiais. 
3 HISTÓRICO 
Há mais de sete mil anos, os ceramistas da Pérsia fabricavam vasos de 
barro com óxido de alumínio (conhecido atualmente como alumina) e, trinta 
séculos mais tarde, os egípcios e babilônicos utilizavam outro composto similar 
em seus cosméticos e produtos medicinais. No entanto, a real existência e 
funcionalidade do alumínio ainda eram desconhecidas. Os rumores eram de que 
o alumínio fosse proveniente de colisões de átomos de hidrogênio durante a 
formação do sistema solar. 
8 
 
A história do alumínio, porém, é recente. Em 1808, o químico inglês 
Humphrey Davy finalmente conseguiu provar a existência do alumínio e, pouco 
tempo depois, Hans Oersted, físico alemão, conseguiu produzir pequenas 
quantidades do metal. Em 1869, um grande avanço na produção permitiu que o 
custo baixasse de US$ 545 para US$ 17 o grama, quase o mesmo valor da prata. 
Nesta época, o alumínio decorou até a mesa da corte francesa, a coroa do rei da 
Dinamarca e a capa do Monumento de Washington. 
Começou, então, a existir a necessidade de ter uma grande quantidade 
de produção a um preço muito baixo para que o alumínio pudesse ser um metal 
de primeira categoria. Em 1880, ele era considerado semiprecioso, mais raro que 
a prata. Então, o professor americano Frank Jewett mostrou aos seus alunos do 
Oberlin College, de Ohio, um pequeno pedaço de alumínio e afirmou diante de 
todos que quem conseguisse, de alguma forma, explorar o metal ficaria rico. Um 
de seus estudantes, Charles Martin Hall, que vinha realizando experiências em 
um laboratório improvisado desde os 12 anos de idade, continuou suas pesquisas 
depois de formado e aprendeu a fazer óxido de alumínio: a alumina. Em 1886, 
Hall colocou em um recipiente certa quantidade de criolita com alumina e passou 
uma corrente elétrica. O resultado foi uma massa congelada, que ele trabalhou 
com um martelo. Várias partículas de alumínio se formaram, dando origem a um 
dos metais mais utilizados na história. 
4 PROCESSO DE OBTENÇÃO DO ALUMÍNIO 
Da bauxita é retirada a alumina que, por meio do processo de redução, é 
transformada em alumínio. A produção é constituída por uma série de reações 
químicas. Até mesmo a bauxita é formada por um processo químico natural, 
proveniente da infiltração de água em rochas alcalinas em decomposição. Este 
minério pode ser encontrado próximo à superfície com uma espessura média de 
4,5 metros. Sua extração é geralmente realizada a céu aberto com o auxílio de 
retroescavadeiras. 
Antes de iniciar a mineração da bauxita, é necessário ter o cuidado de 
remover a terra fértil sobre as jazidas juntamente com a vegetação e reservá-la 
para o futuro trabalho a recomposição do terreno. Este trabalho, que acontece 
após a extração, é muito importante para a preservação do meio ambiente. 
9 
 
Depois de minerada, a bauxita é transportada para a fábrica, onde chega 
ainda em seu estado natural. Lá, é iniciada a primeira de muitas reações 
químicas. 
A bauxita é moída e acrescida de uma solução de soda cáustica, que a 
transforma em pasta. Aquecida sob pressão e recebendo novas quantidades de 
soda cáustica, esta massa se dissolve e forma uma solução que passa por 
processos de sedimentação e filtragem. Nesta etapa, são eliminadas todas as 
impurezas e a solução restante fica pronta para que dela seja extraída a alumina. 
Em equipamentos chamados de precipitadores, a alumina contida na 
solução é precipitada pelo processo de "cristalização por semente". O material 
resultante precisa ser lavado e seco por aquecimento. Assim, é obtido o primeiro 
estágio da produção de alumínio: a alumina, que se apresenta sob a forma de pó 
branco e refinado, de aspecto semelhante ao açúcar. 
Nesta fase, o processo químico denominado Bayer é o mais utilizado. 
Nele, a bauxita é dissolvida em soda cáustica e, posteriormente, filtrada para 
separar todo o material sólido, concentrando-se o filtrado para a cristalização da 
alumina. Estes cristais são secos e calcinados a fim de eliminar a água. Então, a 
alumina é finalmente transformada em alumínio por meio de um processo de 
eletrólise. 
4.1 Mineração 
O alumínio, metal tão amplamente usado nos dias de hoje devido a 
características como leveza, resistência, aparência, entre outras, tem como 
principal fonte a bauxita (Figura 1), mineral terroso e opaco, encontrado mais 
comumente em regiões de clima tropical e subtropical. 
 
 
 
 
 
 
 Fonte: http://www.albras.net/materiaprima 
Figura 1 - Bauxita na forma de minério 
 
10 
 
4.2 Processo Bayer 
O processo químico utilizado Bayer é o mais utilizado na indústria do 
alumínio. Neste processo, a alumina é dissolvida em soda caustica e, 
posteriormente, filtrada, para separar todo material solido. Concentrando-se o 
filtrado para a cristalização da alumina os cristais são secados e calcinados para 
eliminar a água, sendo o pó branco da alumina pura enviada a redução para a 
obtenção do alumínio através de eletrolise, processo conhecido como Hall-Herolt. 
As principais fases do processo de obtenção de alumina, desde a entrada 
do minério até a saída do produto, são: moagem, digestão, filtração/evaporação, 
precipitação e calcinação. As operações de alumina têm um fluxograma de certa 
complexidade, que pode ser resumido em um circuito básico simples. 
 
 
 Figura 2 - Fluxograma básico de uma refinaria 
 
 Fonte: Associação Brasileira de Alumínio 
 
No processo de eletrólise, para obtenção do alumínio, a alumina é 
carregada de forma controlada, em um eletrólito fundido, formado por sais de 
criolita e fluoreto de alumínio. A passagem de corrente elétrica na célula 
eletrolítica promove a redução da alumina, decantando o alumínio metálico no 
fundo da célula e o oxigênio liberado reage com o ânodo de carbono, formando 
dióxido de carbono. A Figura 2 mostra o diagrama de uma célula de redução e a 
11 
 
Figura 3, uma instalação típica de sala de cubas de redução. Em números 
redondos, são necessários 5 kg de bauxita para produzir 2 kg de alumina e 1 kg 
de alumínio primário. 
5 PROPRIEDADES DO ALUMÍNIO 
O alumínio tem como principais características a leveza, ductilidade, 
resistência a corrosão, alta condutividade elétrica e térmica dentre outros. sofre 
pouca corrosão quando exposto ao ar, devido ao óxido (Al2O3) que se forma 
espontaneamente na superfície. 
 
Tabela 1 - Propriedades do Alumínio 
 
Ponto de fusão 660°C 
Densidade 2,70 g/cm³ 
Limite de escoamento 90 MPa 
Coeficiente de dilatação térmica linear 0,0000238 mm/ºC 
Resistividade 0,00000263 ohm/cm³ 
Refletividade Acima de 80% 
Estrutura cristalina CFC 
 
Fonte: REMY, A.; GAY, M.; GONTHIER, R. 
6 LIGAS DE ALUMÍNIO 
O alumínio é um elemento que se liga facilmente com vários metais 
formando assim diversas ligas. Tais ligas tem o objetivo de melhorar certas 
propriedades mecânicas do alumínio. Naturalmente uma só liga não pode 
combinar todas as propriedades necessárias para cada aplicação, sendo assim 
necessário conhecer as vantagens e limitações de cada uma delas para que se 
possa fazer a melhor seleção para cada aplicação. 
Em geral, podemos dividir os elementos entre aqueles que conferema 
liga a sua característica principal como resistência mecânica, resistência a 
corrosão, fluidez no preenchimento de moldes, etc., e os que têm função 
acessórias, como o controle de microestrutura e das impurezas e traços que 
prejudicam a fabricação. 
12 
 
6.1 Elementos de liga 
Sabe-se que existem infinitas combinações de elementos e composições 
para formar uma liga. Assim as Ligas de Alumínio de uso comercial tem na sua 
composição química: 
Elementos Principais: responsáveis pelas propriedades mecânicas como Cobre, 
Silício, Magnésio, Manganês, Zinco; 
Elementos Secundários: cujos percentuais são menores e tem como objetivo 
uma ação específica para se obter determinada propriedade de uso ou 
característica de fundição como: Níquel, Ferro, Berílio; 
Elementos modificadores, refinadores ou neutralizadores: usados em 
pequenos percentuais com a finalidade de alterar a microestrutura, obtendo-se 
melhores propriedades ou características de processo como Titânio, Sódio, 
Estrôncio, Boro; 
Elementos tidos como impurezas: os quais devem ser controlados ou 
balanceados de maneira mais rigorosa como: Chumbo, Cromo, Cálcio, entre 
outros, que em geral exercem influência perniciosa sobre certas propriedades ou 
características de fundição. 
6.2 Grupos de liga 
Cada liga de alumínio é agrupada de acordo com o elemento principal 
adicionado a mesma: 
Tabela 2 – Grupos de liga 
Algarismo Grupo 
1 Al puro 
2 AlCu 
3 AlMn 
4 Alsi 
5 AlMg 
6 AlMgSi 
7 AlZn 
8 Outros 
 
Fonte: Manual de tecnologia metal mecânica – pág. 165 
 
1xxx: É uma liga de alumínio puro (99,9%). Ela é muito resistente a alta corrosão, 
possui altas condutividades térmica e elétrica. Porém, apresenta baixa resistência 
mecânica. 
 
13 
 
2xxx: Essa liga apresenta o cobre como principal elemento de liga. Ela é muito 
aplicada na industria aeronáutica, devido a alta resistência mecânica. 
 
3xxx: O manganês é o principal elemento de liga. Tendo como principal aplicação 
os produtos estampados. 
 
4xxx: Essa liga apresenta o silício como elemento de liga. Elas são muito 
utilizadas como materiais de adição para solda. 
 
5xxx: Nessa liga o magnésio é o elemento de liga. Suas aplicações e a mesma 
da serie 3xxx. 
 
6xxx: É uma liga que apresenta o Al-Mg-Si, tendo como resultado a fase Mg2Si. 
Não são tão resistentes, porém são utilizadas na fabricação de bicicletas, pois 
podem ser soldadas. 
 
7xxx: É uma liga de Al-Zn. Ela apresenta uma alta resistência mecânica e 
tenacidade. Muito utilizado na industria aeronáutica. 
 
8xxx: Seu principal elemento de liga é o lítio. Apresentam alta resistência 
mecânica especifica. 
 
9xxx: Outras ligas que não foram especificadas anteriormente. 
 
7 MECANISMOS DE AUMENTO DE RESISTÊNCIA POR DEFORMAÇÃO A 
FRIO 
Para ligas que não são tratáveis termicamente só são modificadas pelo 
estiramento provocado por uma deformação a frio (REMY, A.; GAY, M.; 
GONTHIER, R. - pág. 209). Nesse caso há a perturbação da rede cristalina, 
provocando um aumento de carga de ruptura e do limite elástico. 
Esses mecanismos podem ser associados a vários processos industriais, 
por exemplo, laminação e trefilação, não sendo necessário na maioria dos casos 
14 
 
tratamentos especiais, ou seja, aumenta-se a resistência ao mesmo tempo em 
que se fabrica o produto. 
8 TRATAMENTOS TÉRMICOS EM LIGAS DE ALUMÍNIO 
Os tratamentos térmicos visam modificar as propriedades dos materiais 
adequando-os aos meios nos quais serão utilizados. Tal processo consiste em 
aquecer um determinado material e resfria-lo controladamente, de acordo com a 
(s) propriedade (s) que se deseja obter. 
Ao submeter um material a um tratamento térmico pode ocorrer 
mudanças como variação de microconstituintes presentes, mudança na 
concentração e redistribuição dos defeitos cristalinos como também alterações 
das fases presentes dentre outras. 
No entanto nem todas ligas são suscetíveis a tratamentos térmicos, e isso 
também vale para as ligas de alumínio. As ligas de alumínio podem ser divididas 
entre tratáveis termicamente e as não tratáveis termicamente. 
As ligas não tratáveis termicamente consistem em apenas uma fase e o 
aumento da resistência é obtido através de solução sólida. Já as ligas tratáveis 
termicamente são capazes de serem endurecidas por precipitação, sendo que em 
alguma delas há a precipitação de dois elementos para formação de um 
composto intermetálico. 
Pode se aumentar a resistência do alumínio com trabalho a frio como 
para a maioria dos outros metais ou apenas pela formação de liga, porém vale 
apena ressaltar que ambos os processos tendem a diminuir sua resistência a 
corrosão. 
8.1 Homogeneização 
Tem por objetivo reduzir as segregações além de controlar certas 
características metalúrgicas. É um tratamento térmico realizado a cerca de 500°C. 
 
 
 
Figura 3 - Efeito da homogeneização 
15 
 
 
 
 
 
 Fonte: http//:www.ebah.com.br 
8.2 Solubilização / Envelhecimento 
As maiores resistências mecânicas são obtidas com ligas que respondem 
a esse tratamento. Primeiramente aquece-se a liga a cerca de 500°C, podendo 
essa temperatura variar conforme a liga. Isso provoca a dissolução dos elementos 
de liga na solução sólida. Em seguida provoca-se o resfriamento rápido com água 
para que não haja a precipitação de nenhum microconstituinte. 
Pelo fato dessa condição ser instável, gradualmente os microconstituintes 
precipitam-se de maneira extremamente fina, havendo o máximo de 
envelhecimento (tornando-se mais dura). 
Na liga Al-Cu (Figura 4) pode se observar uma grande região de 
solubilidade, sendo o limite máximo de 5,65% de Cu em Al, tornando possível o 
tratamento de solubilização. 
Em uma liga com 4% Cu resfriada em condições de equilíbrio apresenta 
uma microestrutura com formação de precipitados Al2Cu e uma matriz de solução 
sólida a. Os tamanhos de grão desses precipitados variam de acordo com a taxa 
de resfriamento. 
Submete-se essa liga a um ciclo de aquecimento dentro da região sólida 
até que não haja nenhum precipitado presente no material, isso é provocado 
pelos mecanismos de difusão que farão com que o cobre entre no reticulado 
cristalino do alumínio. 
O resultado é uma região monofásica a. Em seguida resfria-se 
rapidamente para manter essa condição, obtendo uma condição metaestável. 
Submete-se esse material a longos ciclos de aquecimento em baixar 
16 
 
temperaturas, isso faz com que haja a precipitação de Al2Cu extremamente finos 
dentro da matriz. 
8.3 Precipitação 
Esse tratamento térmico visa obter combinações desejadas de 
propriedades mecânicas, elétricas ou da resistência a corrosão, e pode ser 
utilizado tanto em ligas trabalhadas como em ligas fundidas (item 4). Esse 
tratamento é realizado depois que é formada uma solução sólida supersaturada 
que é conseguida através da solubilização. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: http//:www.aluinfo.com.br 
 
8.4 Recozimento 
Consiste em elevar a temperatura do material a cerca de 280 a 500°C de 
30 minutos a 6 horas para ligas de laminação, e a temperaturas de 510 a 560°C 
de 3 a 8 horas para ligas de fundição. A velocidade de resfriamento varia de 20 a 
Figura 4 - Tratamento térmico de solubilização seguido de precipitação 
17 
 
25°C por hora. Esse tratamento tem como objetivo provocar o desaparecimento 
dos efeitos do trabalho a frio, deixando-o mais dúctil. 
Um recozimento bem sucedido deve apresentar apenas recristalização 
primária, já que uma recristalização secundáriacausada por superaquecimento 
provoca o crescimento exagerado de grãos, prejudicando os posteriores trabalhos 
com o material. Tais grãos de tamanhos exagerados consistem na chamada 
“casca de laranja”, e para sanar esse problema é necessário um processo 
adicional, como o polimento. 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: http//www.ebah.com.br 
9 CLASSIFICAÇÃO DAS LIGAS DE ALUMÍNIO 
As ligas de alumínio podem ser classificadas em ligas trabalhadas e ligas 
de fundição, sendo que estas apresentam composição e microestrutura 
diferentes, e cada um desses grupos ainda podem ser divididas em tratáveis e 
não tratáveis termicamente. 
As composições para essas ligas são designadas por um número com 4 
dígitos, que indica as principais impurezas presentes (Tabela 1). Após esses 
dígitos existe um hífen seguido de uma letra, a qual indica o tratamento mecânico 
e/ou térmico que a liga foi submetida. 
 
Figura 5 - Efeito do recozimento na microestrutura de uma liga de alumínio encruada 
18 
 
 
Tabela 3 - Sistema de classificação das ligas de alumínio 
Ligas 
trabalhadas 
 
1xxx
a 
Al (99%) Não-endurecível por precipitação 
2xxx Al-Cu e Al-Cu-Li Endurecível por envelhecimento 
3xxx Al-Mn Não-endurecível por envelhecimento 
4xxx Al-Si e Al-Si-Mg Endurecível por envelhecimento nas ligas que 
contém magnésio 
5xxx Al-Mg Não-endurecível por envelhecimento 
6xxx Al-Mg-Si Endurecível por envelhecimento 
7xxx Al-Mg-Zn Endurecível por envelhecimento 
8xxx Al-Ni, Sn, Zr ou B Endurecível por envelhecimento 
9xxx 
 
Ligas de 
fundição 
Não utilizadas 
atualmente 
 
1xx.x
b 
Al comercialmente puro Não-endurecível por envelhecimento 
2xx.x Al-Cu Endurecível por envelhecimento 
3xx.x Al-Si-Cu ou Al-Si-Mg Algumas são endurecível por envelhecimento 
4xx.x Al-Si Não-endurecível por envelhecimento 
5xx.x Al-Mg Não-endurecível por envelhecimento 
7xx.x Al-Mg-Zn Endurecível por envelhecimento 
8xx.x Al-Sn Endurecível por envelhecimento 
9xx.x Não utilizadas 
atualmente 
 
a O primeiro dígito indica o elemento de liga principal, o segundo indica a modificação, e os 
dois últimos, o decimal da concentração de Al. Exemplo: 1060 indica uma liga com 99,6% de Al. 
b O último dígito indica a forma do produto solidificado. Os dígitos 1 e 2 indicam um lingote 
(dependendo do grau de pureza), e 0, uma peça fundida. 
Fonte: Askeland, Donald R. – pág. 424. 
 
As designações das ligas de alumínio são classificadas de acordo com a 
ABNT NBR 6835 e de acordo com o processo na qual são submetidas: 
a) “F” – como fabricada: é designada aos produtos que foram fabricados 
com processos de conformação sem qualquer controle térmico ou de 
encruamento; 
b) “O” – recozidos: aplica-se aos produtos acabados no estado que 
apresenta o menor valor de resistência mecânica; 
c) “H” – encruada: é designada aos produtos em que aumentou a 
resistência mecânica por trabalho a frio, sendo que estes podem ainda 
passar por um tratamento de recozimento ou estabilização; 
19 
 
 H1x – apenas trabalhada a frio (x quantifica a intensidade do trabalho 
a frio e o endurecimento) 
 H12 – trabalho a frio que produz limite de resistência a tração 
entre as condições O e H14; 
 H14 – trabalho a frio que produz limite de resistência a tração 
entre as condições O e H18; 
 H16 - trabalho a frio que produz limite de resistência a tração 
entre as condições H14 e H18; 
 H18 - trabalho a frio que produz uma redução de cerca de 75%; 
 H19 – trabalho a frio que produz um limite de resistência à 
tração superior a 2000 psi em relação à obtida pelo tratamento 
H18; 
 H2x – trabalhada a frio e parcialmente recozida 
 H3x – trabalhada a frio e estabilizada à baixa temperatura para evitar 
o endurecimento por envelhecimento durante a utilização normal do componente. 
d) “W” – solubilizada: é aplicada a apenas algumas ligas que envelhecem 
naturalmente a temperatura ambiente após o tratamento de 
solubilização. 
e) “T” – tratadas termicamente: aplica-se aos produtos que sofreram 
tratamentos térmicos como ou sem conformação plástica. 
 T1 – resfriada a partir da temperatura de fabricação e 
envelhecida naturalmente; 
 T2 – resfriada a partir da temperatura de fabricação, trabalhada 
a frio e envelhecida naturalmente; 
 T3 – solubilizada, trabalhada a frio e envelhecida naturalmente; 
 T4 – solubilizada e envelhecida naturalmente; 
 T5 – resfriada a partir da temperatura de fabricação e 
envelhecida artificialmente; 
 T6 – solubilizada e envelhecida artificialmente; 
 T7 – solubilizada e estabilizada por superenvelhecimento; 
 T8 – solubilizada, trabalhada a frio e envelhecida artificialmente; 
20 
 
 T9 – solubilizada, envelhecida artificialmente e trabalhada a frio; 
 T10 – resfriada a partir da temperatura de fabricação, trabalhada a 
frio e envelhecida artificialmente. 
 
10 PRINCIPAIS PROCESSOS INDUSTRIAIS DO ALUMÍNIO 
 A utilização do alumínio é viável em quase todos os processos metalúrgicos 
usuais que está disponível para indústria em uma ampla variedade de formas 
comparadas a outros materiais. Ele possui uma grande vantagem sobre os outros 
metais, pois suas operações que envolvem a transformação podem ser 
convenientemente agrupadas sobre várias condições, onde o metal se torna um 
dos mais importantes produtos usual em processos industriais. 
 Uma das grandes facilidades em processos industriais do alumínio é que 
ele pode ser processado de formas, chegando a ser depois do Ferro um dos 
metais mais utilizados na produção industrial. Seus principais processos 
industriais são: 
 
Laminação: chapas planas ou bobinadas, folhas e discos; 
Soldagem: pontes, construções, transportes, etc. 
Forjamento: indústria aeronáutica, bélica, transportes, máquinas/equipamentos. 
Fundição: peças que exigem maiores precisões nas dimensões e que são 
dificilmente ou impossivelmente de serem usinadas, por exemplo: Bloco de motor. 
Extrusão: perfis sólidos, tubulares e semi-tubulares. 
Estampagem: chapas e discos, que são amplamente utilizados para 
estampagem profunda e repuxação. 
11 A RECICLAGEM DO ALUMÍNIO 
 Alumínio é o primeiro nome lembrado quando o assunto é reciclagem. A 
reciclabilidade é um dos principais atributos do alumínio e reforça a vocação de 
sua indústria para a sustentabilidade em termos econômicos, sociais e 
ambientais. O alumínio pode ser reciclado infinitas vezes, sem perder suas 
características no processo de reaproveitamento, ao contrário de outros materiais. 
A reciclagem do alumínio representa uma combinação única de vantagens. 
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Economiza recursos naturais, energia elétrica - no processo, consome-se apenas 
5% da energia necessária para produção do alumínio primário, além de oferecer 
ganhos sociais e econômicos. Esta característica possibilita uma combinação 
única de vantagens para o alumínio, destacando-se além da proteção ambiental e 
economia de energia, o papel multiplicador na cadeia econômica. 
12 CONCLUSÃO 
 O alumínio é um dos metais mais metais mais utilizados na indústria, 
devido a sua grande versatilidade e seletividade em processos industriais. Ele é 
utilizado em quase todos os processos metalúrgicos. Suas ligas possuem as mais 
diversas propriedades mecânicas desejadas nos mais diversos processos 
industriais, por esse fato, o alumínio apresenta uma grande aplicação em quase 
todos os ramos de produção, desde a indústria automobilística, aeronáutica, 
naval, bélica, na transmissão de energia elétrica ou até mesmo em tecnologias 
aeroespacial. Por ele é um dos mais versáteis metais utilizados, ocorreu umgrande desenvolvimento novas ligas e empregaram-se processos de 
beneficiamento. Atualmente, o Alumínio vem ganhando um grande destaque tno 
cenário mundial desde projetos visando o desenvolvimento de novos materiais até 
em ações envolvidas com o meio ambiente. 
 
REFERÊNCIAS 
ASKELAND, D. R.; Ciência e engenharia dos materiais, Editora Cengage 
Learning, São Paulo – SP, 2011. 
CALLISTER, W. D. Ciência e engenharia de materiais uma introdução. 2ª ed. 
Editora LTC. 2006. 
REMY, A.; GAY, M.; GONTHIER, R.; Materiais, 2ª Edição, Ed. Hemus.

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