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Geologia de Engenharia I Geologia Física Sumário • Coluna Estratigráfica Internacional • Geologia do Brasil • Geologia do RS • Geologia Estrutural • Investigações Geológicas Estratigrafia • Ramo da Geologia que estuda a sequência das rochas no sub-solo. • Busca determinar os processos e eventos que as formaram. • Basicamente segue o princípio da sobreposição das camadas. • A estratigrafia é muito importante para localizar depósitos minerais, inclusive o petróleo. Eras Geológicas Tempo Geológico Linha do Tempo Quadro estratigráfico Internacional da Comissão Internacional sobre Estratigrafia1 da União Internacional de Ciências Geológicas (2004) América do Sul Estrutura Geológica do Brasil Escudos Cristalinos. • Corresponde a cerca de 36% do território brasileiro. • Rochas do período Pré-Cambriano. • Eon Arqueano - Vários tipos de rochas, especialmente o granito. • Eon Proterozoico - Rochas mais abundantes são as metamórficas (minerais como o manganês e o ferro). Estrutura Geológica do Brasil Bacias Sedimentares. • Cerca de 58% do território. • Estruturas mais recentes que os Escudos Cristalinos. • Na áreas Paleozoica as jazidas carboníferas. • Nos terrenos da era Mesozoica, o petróleo é abundante. Nos terrenos da era Cenozoica acontece um processo de sedimentação bem intenso, correspondentes às planícies. Geologia do Brasil Bacias Sedimentares do Brasil Áreas licitadas para exploração de petróleo Estrutura Geológica do Brasil Terrenos Vulcânicos • Ocupam apenas 8% do território brasileiro, Derrames vulcânicos, onde a lava originou as rochas de diabásio e basalto. • Esse último é o grande responsável pela formação do tipo de solo mais fértil do nosso país, a tão conhecida “terra roxa”. Estrutura Geológica do Brasil Bacia do Paraná origem clima desértico • Períodos: Triássico, Jurássico e início do Cretáceo a atual. • Formado por Campos de dunas (Deserto Botucatu). • No Período Jurássico, a plataforma continental foi reativada. • Processo de ruptura do supercontinente Gondwana e à formação do Atlântico Sul. Origem da Formação Serra Geral • Ocorrência de dezenas de eventos de vulcanismo cobriram todo o deserto Botucatu. • Condição climática desértica continuou durante todo o período. • Deposições eólicas de duração variável. • Duração e quantidade de material depositado pelos eventos de vulcanismo fissural foi variável. • A espessura das camadas do arenito eólico e das rochas vulcânicas é bastante variável Derrames Basálticos Rochas efusivas (Formação da Serra Geral) da bacia do Paraná. Sucessão de derrames basálticos Chapada dos Guimaraes Chapada dos Guimarães (Mato Grosso) Itaibezinho (RS) Formação Serra Geral Formação Arenito Botucatu Incopel – Estância Velha RS Formação Serra Geral Arenito Botucatu Extração Blocos Arenito Botucatu Formação Botucatu Aula de Campo -Turmas GEO1 Formação Botucatu • Formação geológica da Bacia do Paraná. • Resultado da grande desertificação do ainda continente Gondwana. • Deserto Botucatu”, semelhante ao deserto do Saara. • Área superior a um milhão de km². • Campos de dunas, depositados por ação eólica. • Espessos pacotes de arenitos que hoje constituem o importante Aqüífero Guarani. Aquífero Guarani • Importante recurso natural presente na Bacia do Paraná é a água subterrânea do Aquífero Guarani, que constitui um dos maiores aquíferos do mundo. • Maior reserva subterrânea de água da América do Sul. • Possui uma área de ocorrência de cerca de 1,2 milhões de km², um volume de aproximadamente 46 mil km³. • Espessuras que variam de zero a 800m. • Profundidade máxima por volta de 1800 metros. • Cerca de 70% do aquífero situa-se no Brasil e o restante está localizado na Argentina, Paraguai e Uruguai. Aquífero Guarani • Formado principalmente por rochas arenosas de idade Triássica a Jurássica. • Recoberto por espessas camadas de basaltos da Formação Serra Geral, sendo confinado em cerca de 90% de sua área. • A extração de água é maior no Brasil. • Utilizada para abastecimento público, estâncias termais e irrigação. • Nos outros países, o principal uso é em estâncias termais. Bacia do Paraná Aquífero Guarani Modelo hidrogeoquímico do Aquífero Guarani. http://www2.uol.com.br/sciam/reportagens/a_redescoberta_do_ aquifero_guarani.html Novos estudos sobre o Aquífero Guarani • O megarreservatório hídrico subterrâneo da América do Sul não é o "mar de água doce" que se pensava existir. • Novos estudos sobre sua diversidade geológica revelam que, em espaços de algumas centenas de quilômetros, sua potencialidade pode variar drasticamente. • Enquanto algumas áreas são excelentes, em outras a água é inacessível, escassa ou não-potável Geologia do RS Planalto • Lavas magmáticas (basaltos) e sedimentos intertrápicos (arenito) • São até 30 derrames de lava basáltica superposta, com alturas de pouco mais de 1000 metros. • Iniciam no Rio Grande do Sul e estendem-se até o Mato Grosso do Sul, com idades de poucos mais de 110 milhões de anos Escudo Sul - Riograndense • Constituído de rochas diversas, com idades que alcançam os 2 bilhões de ano. Ígneas • Granito Santana, Granito Viamão , Granito Lavras; Metamórficas • Gnaisse Cambaí, Xistos Vacacaí, etc... Sedimentares • Rochas sedimentares antigas; Arenitos, etc.. Depressão Periférica Depressão Periférica é formada por sedimentos gondwânicos, portanto arenitos, siltitos, argilitos, folhelhos e carvão Sedimentares • Lamitos (siltito, argilito, folhelho), Arenitos, Ruditos (conglomerados) • ex. Arenitos da Formação Rosário do Sul Igneas • Hipoabissais (diques e sills) Porto Alegre – Zona Sul Planície Costeira Sedimentares • Boa parte ainda não consolidada. • É uma barreira arenosa múltipla originada através de sucessivas transgressões e regressões no último milhão de anos. • Compõe-se basicamente de areia. Turfa também ocorre, mas em volumes pequenos. Planície Costeira Planície Costeira Coluna Estratigráfica Bacia do Paraná Geologia Estrutural Geotectônica Geo tekton terra construir • Estudo das estruturas geradas pelos movimentos da crosta terrestre • Orogenia • Isostasia • Feições/Formas Orogenia Oro genia Montanha formar • Processo de formação de montanhas, • Ocorre com choque de placas e vulcanismo • Grandes dobramentos e falhamentos • Ex. Andes, Alpes, Rocky Mountains, Himalaia. Isostasia Isos stasis Igual parado • Placa "flutua" sobre Manto Superior • Crosta apresenta espessura variável • Crosta está em equilíbrio isostático em alguns pontos, em outros ocorrem soeerguimentos, rebaixamentos, etc... • Movimentos verticais em grandes áreas da crosta • Subida e descida buscando o equilibrio • Grandes regressões e transgressões marinhas • Processo muito lento • Exemplo: Planíce costeira do RS Tectônica de Placas https://moodle.ufrgs.br/pluginfile.php/1140799/mod_reso urce/content/1/Tectonica%20de%20Placas.mp4 Placa Sul-Americana no contexto global Porção continental (América do Sul), porção oceânica (Atlântico Sul). Ao norte, a placa do Caribe; a oeste, as placas de Cocos, Nazca e Antártica; ao sul, a placa de Scotia; na extremidade oriental, a cadeia mesoceânica (modificado de Condie, 1989) Feições (Formas) Feições (Formas) Microscópicas Composição Mineralógica• Minerais Essenciais, Secundários, Alterados Textura / tamanho e arranjo dos minerais • Microestruturas • Dobras • Estratos • Foliações, etc... Feições Macroscópicas • Litologia • tipo rocha • Descontinuidades • Mudança de meio; foliação; deformações (dobra;fratura, etc); camadas • Alteração • Menor resistência, maior porosidade... Fratura/Falha Dobra Deformações • Atectônica • Tectônica Deformação Atectônica Ocorre próximo a superfície Não são geradas por esforços tectônicos. Comuns em R. Sedimentares. Provocadas por: Distribuição irregular de peso de estratos sobrepostos / atuação gravidade / peso Variações de volume (gretas, argilas) Escorregamentos de depósitos sedimentares Peso de geleiras etc... Deformação Atectônica Deformação Atectônica Deformação Atectônica Deformação Atectônica Deformação Tectônica Mostram Tensão e Deformação (stress/strain) Em qualquer ambiente geológico, as rochas estão sujeitas a esforços de diferente natureza. Esforços atuam deformando e imprimindo novas características estruturais às rochas. Os esforços são chamados de tensões e seus efeitos nas rochas são as deformações. Deformação tectônica - Tensão Tensão /Stress a) Tensão confinante equidirecional b) Tensão diferencial tração compressão cisalhe (shear) Deformação / strain • Quando uma rocha é submetida a uma tensão ela sofre deformação • Comportamento da curva tensão-deformação depende de suas características reológicas (propriedades mecânicas frente às condições de P e T) Deformação tectônica - Deformação Rocha competente: Rochas qzo-feldspáticas suportam pouca deformação dúctil sob tensão Rocha Incompetente: Rochas micáceas suportam muita deformação dúctil sob tensão S a n A n d re a s fa u lt , C A , U S A FRATURAS Juntas (fraturas c/deslocamento pequeno) Falhas (fraturas c/deslocamento grande) Fraturas: Juntas • São planos ou superfícies de fraturas onde praticamente não ocorreu deslocamento relativo das paredes rochosas separadas pela fratura • Normalmente ocorrem por Tração (resfriamento, etc..) Juntas Juntas Origem das Juntas Juntas origem não tectônica Juntas origem não tectônica FALHAS • As falhas resultam de deformações rúpteis nas rochas da crosta terrestre. • São expressas por superfícies descontínuas com deslocamento diferencial de poucos centímetros a dezenas de Km. • A condição básica para a existência de uma falha é que tenha ocorrido deslocamento ao longo da superfície. • Se ocorrer movimento perpendicularmente à superfície, a estrutura receberá o nome de fratura. • São planos ou superfícies de fraturas onde houve deslocamento relativo entre os blocos de rocha separados pela fratura. Fraturas: Falhas • Planos de falha são normalmente inclinados de forma que se pode caracterizar os blocos de capa (teto, hanging wall) e lapa (footwall). • Movimento relativo entre os blocos mostra: • estrias (slickensides) • degraus (steps) nas falhas frágeis • lineações de estiramento (stretching lineations) nas falhas dúcteis. • Em geral não é possível identificar qual o bloco que movimentou (capa ou lapa) e qual o que permaneceu fixo; • Leva-se em conta o movimento relativo entre os blocos. • O movimento relativo é determinado por meio de estrias (slickensides) e degraus (steps) nas falhas frágeis e lineações de estiramento (stretching lineations) nas falhas dúcteis. • A quantificação do movimento relativo (rejeito), somente pode ser feita a partir da determinação da separação entre estruturas geológicas originalmente em contato. Caracterização das Falhas Slickensides / estrias Tipos de Falhas Compressão Tração Cisalhamento quebra deforma Classificação de acordo com o mergulho e direção Falhas normais: – Capa move-se no sentido do mergulho do plano de falha. Formam estruturas tipo GRABEN e HORST. Fraturas: Falhas Classificação de acordo com o mergulho e direção • Falhas inversas e de cavalgamento: – Capa move-se no sentido contrário ao do mergulho do plano de falha. – Produzem a sobreposição de unidades de rocha e o levantamento de cadeias montanhosas. – São formadas por esforços compressivos aplicados ao longo da crosta terrestre Fraturas: Falhas Falhas Inversas Falhas inversas: mergulho do plano de falha > 150 Falhas de cavalgamento: mergulho do plano de falha < 15 Falha Inversa Falha Inversa Falha Inversa de Carreamento Classificação de acordo com o mergulho e direção • Falhas transcorrentes • Falha cuja direção de deslocamento relativo dos blocos é aproximadamente horizontal (// a direção da falha), • Blocos de falha movimentaram-se lateralmente Fraturas: Falhas David Lynch. Placa do Pacifico Placa Norte Americana Cataratas Victory – Zimbabwe/Zambia DOBRA Dobra Flancos: • segmentos laterais da dobra Eixo: • culminação (fechamento) dos flancos da dobra PA / Plano Axial: • superfície imaginária que divide a dobra em dois segmentos (flancos) simetricamente dispostos e que passa pelo eixo da dobra Dobra : Anticlinal / Sinclinal Dobra Classificação de acordo com a orientação espacial de seus elementos geométricos: Dobras verticais: PA e o eixo são verticais; Dobra Classificação de acordo com a orientação espacial de seus elementos geométricos: Dobras normais: PA vertical e o eixo horizontal; Dobra Classificação de acordo com a orientação espacial de seus elementos geométricos: Dobras recumbentes: PA e o eixo são horizontais; Resumo deformação das rochas Investigações Geológicas Porque investigar a GEOLOGIA local? • Para compreender geologia e estruturas • Maneira segura de obter conhecimento sobre influência de solos e maciços rochosos nas obras de engenharia. São Paulo – Obra do Metro Desbamento do Muro de Contenção Porto Chibatão – Manaus 2011 Região Painha Grumari - Caracterização geológico- geotécnica do movimento de massa no município do Rio de Janeiro, RJ - 2010 Escorregamentos Nova Friburgo (Rio de Janeiro ) -2011 TECNOLOGIA • Os estudos aplicados de identificação e de determinação da persistência das estruturas à engenharia • O objetivo principal é a caracterização estrutural e suas implicações nas obras diversas. • O resultado esperado é a determinação do comportamento mecânico do maciço rochoso. BARRAGENS • Problemas de fugas d’água • Ruptura da barragem ESTRADAS • Problemas com cortes de estradas • Problemas de recalque no leito da estrada ENGENHARIA DE MINAS • Problemas no mapeamento geológico-estrutural. • Problemas no mapeamento de mina e determinação de reservas. • Problemas na lavra • Dificuldade no beneficiamento • Segurança Escoramento do teto Caimento em Mina de Carvão Falhamento – Mina metálica (minério cobre) FRATURAS E OBRAS DE ENGENHARIA • As fraturas, principalmente as falhas, sempre terão influência nas obras de engenharia. • Falhas abertas poderão causar mais e maiores problemas geotécnicos em relação às falhas fechadas ou cimentadas. • De outro modo, falhas de tração tendem a apresentar menos problemas que falhas de compressão. TÚNEIS (INTERCEPTADOS PORFALHAS) • Escorregamento de camadas • Escorregamento de material intemperizado relacionado à falha • Aumenta o bota-fora • Aumenta a quantidade de material usado (escoramento e paredes mais espessas) Bloqueio por escorregamento túnel Rebouças – Rio de Janeiro Falha geológica e deslizamento exigiram readaptações na construção de túneis no Rio Grande do Sul (2011) BR 101 – Morro Alto http://piniweb.pini.com.br/construcao/infra-estrutura/falha-geologica-e- deslizamento-exigiram-readaptacoes-na-construcao-de-tuneis-206833-1.aspx FUNDAÇÕES • Zonas de falhas e falhas podem apresentar regiões mais intemperizadas ao longo de sua extensão. • Necessitam procura de material mais resistente em profundidades maiores. • • Retirada do material alterado e substituição por concreto. Tipos de estudos • Métodos diretos: Quando se utilizam métodos que indicam os resultados através do contato direto entre o equipamento e o maciço rochoso. Ex.: sondagens; • Métodos indiretos: Quando se utilizam métodos que indicam os resultados através do contato indireto entre equipamentos e o maciço rochoso. Faz uso das propriedades físicas e químicas das rochas. Ex.: geofísica. Investigações de Superfície • Métodos Indiretos • Aero-foto-geologia (indireto) / Projeção Estereográfica. • Imagens de Satélite (indireto) • Gravimetria: mudança no campo magnético devido a minerais densos ( Fe, Cu, etc..) • Métodos Diretos • Levantamento geológico de campo (direto) • Estudo regional (geologia e estruturas) • Estudo local (geologia e estruturas) Investigações Subterrâneas Métodos Indiretos Geoquímica Anomalias quimicas no solo - ppt, ppm Geofísica Refração e reflexão de onda sísmica Métodos potenciais Magnetometria / detecta anomalias magnéticas, etc.. Métodos elétricos Resistividade (resistência a passagem de corrente) GPR, etc... Métodos Geofísicos • Procuram identificar as litologias em subsolo por meio das propriedades físicas das rochas. • Velocidade de propagação de ondas, resistividade elétrica, densidade, campo magnético, etc. • As propriedades físicas estão relacionadas com características geológicas como litologias, grau de alteração, falhamentos, fraturas, entre outras. Anomalia Gravimétrica S ís m ic a Investigações Subterrâneas Métodos Diretos (Sondagem) – Trado (manual e mecânico) – STP – Poço / tricheira – Perfuraçao –Destrutiva / percussão –Rotativa Trado SONDAGEM ROTATIVA OPERAÇÃO DE SONDAGEM Mostra os trabalhos de sondagem para coleta de informações visando o planejamento mineração. DETALHE DA OPERAÇÃO DE SONDAGEM Vista da sonda. Colocação/retirado do hasteamento no Furo. OPERAÇÃO DE SONDAGEM - BARRILETE Detalhe da retirada de testemunhos que serão objeto de estudos e análises do material. Essêncial para o planejamento da mineração. CAIXA COM TESTEMUNHOS DE SONDAGEM Detalhe da colocação dos testemunhos em caixas. As condições de coleta, manuseio e acondicionamento são importantes para a confiabilidade dos estudos que serão realizados. Depósitos subhorizontais de grande extensão Vista em Planta Malha de sondagem Seção Vertical Jazida do Leão
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