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AN02FREV001/REV 4.0 68 PROGRAMA DE EDUCAÇÃO CONTINUADA A DISTÂNCIA Portal Educação CURSO DE ÉTICA NO SERVIÇO SOCIAL Aluno: EaD - Educação a Distância Portal Educação AN02FREV001/REV 4.0 69 CURSO DE ÉTICA NO SERVIÇO SOCIAL MÓDULO IV Atenção: O material deste módulo está disponível apenas como parâmetro de estudos para este Programa de Educação Continuada. É proibida qualquer forma de comercialização ou distribuição do mesmo sem a autorização expressa do Portal Educação. Os créditos do conteúdo aqui contido são dados aos seus respectivos autores descritos nas Referências Bibliográficas. AN02FREV001/REV 4.0 70 MÓDULO IV 5 ÉTICA NO SERVIÇO SOCIAL E RESPONSABILIDADE SOCIAL FIGURA 17 FONTE: Disponível em: <http://www.workcenterrh.com.br/responsabilidade_social.php>. Acesso em: 28 dez. 2012. 5.1 O QUE É RESPONSABILIDADE SOCIAL? Definir a responsabilidade social não é tarefa fácil. A amplitude de seus conceitos permite várias interpretações que, segundo Cruz (2006), podem se associar às definições de: cidadania coorporativa, desenvolvimento sustentável, filantropia social, marketing social e ativismo social empresarial. A discussão sobre o tema fundamenta-se nos papéis assumidos pelas Políticas Sociais e a função do Estado em relação aos problemas sociais e a importância do investimento de organizações privadas em projetos da área social e na prestação de serviços sociais para atender tal demanda (MENEGASSO, 2001). AN02FREV001/REV 4.0 71 Na percepção de Mendonça (2004), a cultura da responsabilidade social surge, na verdade, para que as empresas mantenham-se no mercado competitivo, utilizando-se de um “papel social” reconhecido pela sociedade (MENDONÇA, 2004). Segundo Mendonça (2004, p. 8): Há quem afirme que as empresas nada mais fazem do que expiar-se tardiamente de uma culpa histórica por produzir bens e miséria a um só tempo. Teria, portanto, chegado o tempo de procurar "corrigir" esse mal por meio de ações sociais. Seria uma forma de reportar-se à sociedade nos seguintes termos: "OK, sabemos que durante os últimos 200 anos nós nos portamos muito mal, poluímos rios, devastamos florestas, extinguimos espécies animais e vegetais e produzimos milhões de famélicos ao redor do planeta, mas estamos dispostos a corrigir esse imenso equívoco. A partir de agora, manteremos a grama aparada nas praças da cidade". Ferreira, Afonso e Bartholo (2008) enfatizam que a responsabilidade social corresponde ao fato de uma organização ser responsável pelos impactos causados por suas práticas e ações gerenciais em seu ambiente interno ou externo. Podemos concluir, até o momento, que ao conceituar o termo alguns autores o fazem com uma conotação negativa: uma forma utilizada pelas empresas de aparentar um papel “bom” para a sociedade, mas que no fundo tem como interesse exclusivo sua permanência no mercado. Contudo, a prática da responsabilidade social é frequente e, mesmo propondo e executando programas pontuais e desconectados da missão da empresa, são capazes de gerir impactos ambientais, econômicos e sociais (URSINI; BRUNO, s/d). Outros conceitos foram levantados por Ferreira, Afonso e Bartholo (2008): A responsabilidade social empresarial pode ser abordada a partir de quatro perspectivas: a) responsabilidade econômica; b) responsabilidade legal; c) responsabilidade ética; d) responsabilidade discricionária ou filantrópica (CARROL, 1979). Apresenta três níveis de abordagem: obrigação social; reação social; e sensibilidade social (CHARNOY; MONTANA, 1998). Instrumento de gestão de negócios capaz de gerar resultados e benefícios não só para a comunidade (bem-estar social), mas, sobretudo, para a empresa (KOTLER; ARMSTRONG, 1998). Contrapartida da empresa à sociedade: um serviço essencial que a empresa deve prestar à sociedade, a qual ela retira seus insumos básicos, deteriorando, de certa forma, seu habitat natural e suas condições de vida (FERRELL; FRIEDRICH; FERRELL, 2001). Conjunto de filosofias, políticas, procedimentos e ações de marketing com a intenção primordial de melhorar o bem-estar social (CZINKOTA; DICKSON, 2001). AN02FREV001/REV 4.0 72 Os autores afirmam que, mesmo com tanta diversidade em termos conceituais, as empresas utilizam com maior frequência a definição proposta pela Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), cujo significado corresponde à relação ética e transparente da organização com todas as partes interessadas com o objetivo de promover o desenvolvimento sustentável. Bem, o que temos então sobre responsabilidade social, é que a mesma está relacionada com o papel de empresas/organizações privadas em desenvolver ações ou programas na área social. Vieira (2007) levanta questões que nos levam a pensar com mais rigor a relação das empresas e a responsabilidade social: FIGURA 18 FONTE: Clip-art do Word. Com relação a quem a empresa tem responsabilidade social? De que forma a empresa pode atender ao interesse público sem perder sua característica de unidade econômica? A dificuldade em estabelecer uma relação entre essas duas partes está atrelada a uma percepção de que as empresas visam, exclusivamente, seus lucros sem dar importância à opinião pública (VIEIRA, 2007). O autor disserta que devemos considerar que a iniciativa privada, nos dias de hoje, precisa, além de prestar bons serviços e produtos, estar em consonância com o interesse coletivo para ter uma boa imagem social e ser reconhecida por ações agregadas. Vale destacar que o Estado, a partir de suas limitações, necessita da participação do mercado e da sociedade civil (MENEGASSO, 2001). Nesse sentido, AN02FREV001/REV 4.0 73 podemos, minimamente, entender a responsabilidade social como uma forma do Estado e das organizações privadas compartilharem certas problemáticas que, sozinho, o próprio Estado, mesmo sem perder seu papel prioritário na atenção aos direitos sociais, não conseguiria. Isso significa, por fim, que a empresa, nesse contexto, não deve direcionar seu foco apenas nos lucros ou benefícios de seus dirigentes, mas, deve contemplar seus empregados, acionistas, fornecedores, distribuidores, consumidores e comunidade de maneira geral (VIEIRA, 2007), já que a responsabilidade social as impulsiona a “adotar posturas diante de questões ligadas à ética e à qualidade da relação empresas-sociedade” (KRAEMER, 2005, p. 1). FIGURA 19 FONTE: Elaborada pela autora com base em Vieira (2007). AN02FREV001/REV 4.0 74 Sendo assim: A responsabilidade social da empresa está estritamente ligada ao tipo de relacionamento desta com os seus interlocutores. A natureza desta relação vai depender muito das políticas, valores, cultura e, sobretudo, da visão estratégica que prevalecem no centro da organização e no atendimento a essas expectativas (KRAEMER, 2005, p. 1). A relação empresas-sociedade, citada por Kraemer (2005), pode ser identificada na leitura das Diretrizes da Responsabilidade Social (2003), texto elaborado pelo Instituto Ethos (IEERS), em parceria com o Sebrae, para orientar micro e pequenas empresas a incluírem em suas ações, projetos, programas ou serviços que possam reduzir os problemas sociais existentes. A título de curiosidade, seguem as diretrizes elencadas (IEERS/SEBRAE,2003, p. 13): TABELA 9 - DIRETRIZES DA RESPONSABILIDADE SOCIAL Adote valores e trabalhe com transparência. Valorize empregados e colaboradores. Faça sempre mais pelo meio ambiente. Envolva parceiros e fornecedores. Proteja clientes e consumidores. Promova sua comunidade. Comprometa-se com o bem comum. FONTE: Elaborado pela autora adaptado de (IEERS/SEBRAE, 2003, p. 13). Cada diretriz possui várias ações que podem ser implementadas pelas empresas. Das diretrizes supracitadas, vamos ver as ações propostas pela IEERS/SEBRAE (2003) para a segunda, sexta e sétima. 1 2 3 4 5 6 7 AN02FREV001/REV 4.0 75 Talvez, por meio dos conceitos atribuídos à responsabilidade social, não seja fácil pensar exemplos claros de ações desenvolvidas pelas empresas privadas, principalmente para aqueles que não trabalham ou leram sobre o tema. Aliás, você consegue pensar em alguma empresa privada e identificar projetos, programas ou serviços desenvolvidos por ela? Para facilitar esta compreensão vamos conhecer alguns exemplos de ações de responsabilidade social praticadas por algumas empresas. 2 - VALORIZE EMPREGADOS E COLABORADORES Comprometa-se com as leis trabalhistas. Identifique alternativas à demissão. Preserve a vida pessoal e familiar. Apoie a adoção. Estimule a prática esportiva. Programa de ajuda a dependentes químicos. 6 - PROMOVA SUA COMUNIDADE 7- COMPROMETA-SE COM O BEM COMUM Identifique os problemas e busque soluções conjuntas. Invista na comunidade. Recrute funcionários em comunidades pobres. Faça parceria com empresas e escolas. Faça doações de seus produtos ou serviços. Faça doações de equipamento usado ou excedente. Participe com transparência política. Combate à corrupção. Marque sua presença em fóruns locais. Integre-se aos movimentos sociais. AN02FREV001/REV 4.0 76 ELETROBRAS (2010) Geração de emprego e renda; educação e qualificação profissional para jovens e adultos; atendimento às comunidades atingidas por empreendimentos de suas empresas. CONSÓRCIO LUIZA (2013) Ensino profissionalizante informal para adolescentes e jovens e preparação no mercado de trabalho. PETROBRAS (2012) Inclusão profissional de pessoas com algum tipo de deficiência. GAROTO (2009) Combate à desnutrição de crianças e adolescentes; incentivo à leitura e distribuição de livros em comunidades; inclusão de adolescentes em prática de negócios; inserção esportiva de crianças, adolescentes e famílias. GERDAU (2009) Reciclagem. SANTANDER (2012) Ações sociais na área de educação, geração de renda e empreendedorismo, meio ambiente e diversidade. HERING (2013) Programas de saúde, comunicação, educação e capacitação, segurança no trabalho, meio ambiente, programas sociais, comunitários e qualidade de vida. BANCO DO BRASIL (2012) Logística; negócios; gestão de pessoas; investimento social privado; desenvolvimento regional sustentável; conservação de recursos hídricos; recuperação de áreas devastadas; conservação de área de preservação; gestão de tratamento de resíduos sólidos; consumo consciente; agricultura integrada sustentável; formação de alfabetizadores; alfabetização de adultos e; atenção a crianças socialmente vulneráveis. AN02FREV001/REV 4.0 77 UNILEVER (2012) Condição de vida e trabalho de funcionários; melhoria da saúde/bem-estar; redução do impacto ambiental. Você deve lembrar que logo no início desta apresentação foi pontuado que o termo ‘responsabilidade social’ é, frequentemente, confundido com outros. Deve ter se questionado o porquê dos termos não serem apresentados naquele momento. Pois bem, para evitar mais confusões a respeito das definições de responsabilidade social era necessário apresentá-los após termos uma compreensão melhor do tema principal. Fechamos este tópico apresentando os conceitos de cidadania corporativa, desenvolvimento sustentável, filantropia empresarial, marketing social e ativismo social: Recurso sustentável. Desenvolvimento social e econômico. Saúde do trabalhador Melhoria nos locais de trabalho. (UNILEVER, 2012) Exemplo detalhado AN02FREV001/REV 4.0 78 Cidadania corporativa: corresponde a atividades restritas desenvolvidas pela organização para atender demandas sociais (MAIGNAN, 1999). A convergência deste conceito com o de responsabilidade social, atribuído por Carroll (1991), apontam quatro aspectos para a cidadania corporativa: econômica, legal, ética e filantrópica. Econômica: obrigação da empresa em ser produtiva, gerar lucros e, assim, gerar empregos e riquezas. Legal: oferecer produtos e serviços dentro dos parâmetros legais à população. Ética: considerar e respeitar os princípios éticos que regem a sociedade. Filantrópica: engajamento em atividades sociais e assistenciais. Desenvolvimento sustentável: A definição mais aceita foi apresentada pela Comissão Mundial sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento, das Nações Unidas, e se refere ao “desenvolvimento capaz de suprir as necessidades da geração atual, sem comprometer a capacidade de atender às necessidades das futuras gerações. É o desenvolvimento que não esgota os recursos para o futuro (...) [para] harmonizar dois objetivos: o desenvolvimento econômico e a conservação ambiental.” (WWF/BRASIL, 2012, p. 1). Filantropia empresarial: “constitui uma modalidade que vincula os atendimentos sociais à necessidade de ganhos das empresas e de reatualização da exploração e do controle sobre o trabalhador. Ao mesmo tempo, admite-se que algumas experiências podem atender às necessidades sociais do público-alvo para o qual estão direcionadas as ações” (CUNHA, 2005, p.5). Marketing social: “se refere primariamente aos esforços direcionados a influenciar comportamentos que geram melhorias em saúde, previnem injustiças, protegem o meio ambiente e contribuem para as comunidades” (KOTLER; LEE, 2002, apud COSTA, 2010, p. 4). Ativismo social: O ativismo social empresarial, dependendo dos contextos nos quais é operado, se baseia numa “perspectiva caritativa” (filantropia empresarial da caridade) ou na apropriação e na mercantilização de valores, tais como solidariedade, cooperação e responsabilidade (neofilantropia empresarial). Neste sentido, o ativismo social empresarial, da forma como é praticado hoje, como dantes, não visa “transformar”, mas trabalhar sobre a miséria do mundo capitalista, sobre os efeitos perversos do desenvolvimento econômico. Tenta introduzir correções às contrafinalidades mais desumanas da organização capitalista da sociedade, porém, sem tocar em sua estrutura (BEGHIN, 2005, p. 50). 5.2 SERVIÇO SOCIAL E RESPONSABILIDADE SOCIAL Dado o crescimento das ações de responsabilidade social realizadas pelas empresas privadas, não há como negar que estes se tornam espaços mais frequentes para intervenção do Serviço Social com o objetivo de contribuir para o desenvolvimento social do Brasil. AN02FREV001/REV 4.0 79 Menegassi (2001) destaca, dentre outros, os seguintes aspectos relacionados ao trabalho dos assistentes sociais neste campo de atuação: Elaborar novas estratégias de controle produtivo e social; Construir novas formas de gestão dos recursos humanos; Construir novas formas de participação e de comprometimento dos empregados; Realizar estudose pesquisas sobre a responsabilidade social e esta área de atuação; Divulgar e orientar quanto aos direitos sociais; Executar, formular e participar da gestão das políticas sociais; Identificar e analisar as mediações e mudanças necessárias para a inclusão de projetos de responsabilidade social; Assessorar a formulação, coordenação e gestão de projetos sociais e inserção em equipe multiprofissional; Promover a revisão de competências profissionais e dos procedimentos de intervenção para responder às demandas levantadas pela empresa. 5.3 PROBLEMÁTICAS DA RESPONSABILIDADE SOCIAL Maciel (s/d, p. 6) afirma que a responsabilidade social gestão social propicia retornos positivos em médio e longo prazo para as empresas, podendo ser citados como exemplo: e da marca; de adaptação; líderes empresariais; funcionários e parceiros; ernos; . AN02FREV001/REV 4.0 80 Contudo, algumas problemáticas são levantadas e devem ser consideradas pelos assistentes sociais. A principal se refere à própria noção da empresa sobre os resultados das ações de responsabilidade social. É grave quando a empresa se coloca como principal foco das ações de responsabilidade social almejando as respostas apresentadas por Maciel (s/d). O assistente social, neste espaço, deve considerar, sem pestanejar, seus preceitos éticos, mas deve, também, conhecer e assimilar que a ética empresarial é, segundo Cosenza e Chamovitz (2007, p. 2): [...] norteada por princípios jurídicos, de natureza legal, e por princípios de boa convivência, de natureza social, em conformidade com os valores da organização, que dizem respeito à responsabilidade individual de seus integrantes e aos valores sociais que dizem respeito à cultura social em que a empresa está inserida. Sendo assim: [...] os aspectos éticos na avaliação da responsabilidade social da empresa, referem-se às dimensões éticas na condução dos negócios, às questões morais que se originam da relação trabalho/empresa e ao acordo explícito entre os objetivos e metas da empresa com o cumprimento dos códigos de ética dos profissionais que dela fazem parte (COSENZA; CHAMOVITZ, 2007, p. 4). Cabe ao assistente social, portanto, contribuir para a realização de um trabalho empresarial ético, mas colocar sua própria ética profissional como norteador principal de sua prática. 6 COMISSÃO PERMANENTE DE ÉTICA PROFISSIONAL: ASPECTOS DA DENÚNCIA A Comissão Permanente de Ética é formada por conselheiros e assistentes sociais de base com a função de avaliar as denúncias que se enquadram nos dispositivos do Código de Ética Profissional do Assistente Social e que são AN02FREV001/REV 4.0 81 encaminhadas por meio de representação ou denúncia de assistentes sociais, usuários, entidades ou qualquer interessado ou ofício (CRESS/3ª REGIÃO, 2013). São atividades desta Comissão, segundo o CRESS/3ª Região: Organizar debates e mecanismos de divulgação do Código de Ética e da Lei de Regulamentação da Profissão (Lei 8662/93), junto aos profissionais, aos estudantes de Serviço Social e à sociedade civil; Instrumentalizar os conselheiros do CRESS para atuarem como agentes multiplicadores dos preceitos éticos da profissão; Articular as entidades de ensino, sobretudo por meio da(s) disciplina(s) de ética profissional e do setor de estágio supervisionado; Orientar e esclarecer aos assistentes sociais, usuários e demais interessados sobre questões de natureza ética; Analisar e avaliar do Código de Ética Profissional, com base em observação da sua experimentação prática, na perspectiva de garantir a sua eficácia e aperfeiçoar o seu conteúdo ético-político e normativo. 6.1 DENÚNCIA ÉTICA A denúncia ética é caracterizada como sendo uma ou mais infrações/violações cometidas por um assistente social que fira o Código de Ética Profissional do Assistente Social, podendo ser apresentada por qualquer interessado seja ele assistente social, usuário, instituição, órgão público ou privado e outros (CRESS/3ª REGIÃO, 2013). 6.2 DESAGRAVO PÚBLICO AN02FREV001/REV 4.0 82 A solicitação de desagravo público é um direito do assistente social e corresponde a toda forma de ofensa à honra profissional ou desrespeito a seus direitos ou prerrogativas especificadas no Código de Ética Profissional (CRESS/3ª REGIÃO, 2013): Artigo 2º - Constituem direitos do Assistente Social a. garantia e defesa de suas atribuições e prerrogativas, estabelecidas na Lei de Regulamentação da Profissão, e dos princípios firmados neste Código; b. livre exercício das atividades inerentes à Profissão; c. participação na elaboração e gerenciamento das políticas sociais, e na formulação e implementação de programas sociais; d. inviolabilidade do local de trabalho e respectivos arquivos e documentação, garantindo o sigilo profissional; f. aprimoramento profissional de forma contínua, colocando-o a serviço dos princípios deste Código; g. pronunciamento em matéria de sua especialidade, sobretudo quando se tratar de assuntos de interesse da população; h. ampla autonomia no exercício da profissão, não sendo obrigado a prestar serviços profissionais incompatíveis com as suas atribuições, cargos ou funções; i. liberdade na realização de seus estudos e pesquisas, resguardados os direitos de participação de indivíduos ou grupos envolvidos em seus trabalhos. A Resolução nº 443, de 23 de maio de 2003, elaborada pelo CFESS dispõe exclusivamente sobre esse tema e pode ser encontrada nos Anexos desta apostila. 6.3 PROCEDIMENTOS PARA DENUNCIAR No caso das denúncias éticas contra assistentes sociais, o CRESS da 6ª Região (2013) oferece o seguinte resumo contendo alguns tipos de denúncias: Uso indevido da expressão “serviço social”: base no Art. 15º do Código de Ética. Estágio sem supervisão direta de assistente social: base no parágrafo único do Art. 14º do Código de Ética. Leigo assinando por assistente social: base no Art. 2º do Código de Ética. Leigo assumindo atribuições do assistente social: base no Art. 5º do Código de Ética. AN02FREV001/REV 4.0 83 Atuação utilizando a carteira profissional (nº de CRESS) de outra região: base no Art. 2º do Código de Ética. Assistente social exercendo a profissão sem estar inscrito no CRESS de sua região: base no Art. 2º do Código de Ética. Toda denúncia ética ou solicitação de agravo pública deve ser encaminhada por escrito para o CRESS de sua região. Nesta apostila temos disponíveis dois modelos de formulários para preenchimento. Contudo, é importante lembrar que a maioria dos CRESS possui formulário próprio. 6.4 CÓDIGO PROCESSUAL DE ÉTICA Além do Código de Ética Profissional do Assistente Social, visto durante este curso, temos disponível o Código Processual de Ética aprovado por meio da Resolução nº 428/2002 pelo CFESS que nos seus 77 artigos dispõe sobre: Competência para apreciar, apurar e julgar os processos; Processo disciplinar e atos processuais; Instrução do processo; Julgamento dos processos; Recursos; Julgamento no CFESS; Nulidades; Penalidades; Execução; Reabilitação; Prescrição. Destacam-se os seguintes artigos: AN02FREV001/REV 4.0 84 Art. 2º - A representação, denúncia ou queixa de iniciativa de qualquer interessado ou “ex-ofício”, deverá ser apresentada mediante documento escrito e assinado pelo denunciante, contendo: a) nomee qualificação do(a) denunciante; b) nome e qualificação do(a) denunciado(a); c) descrição circunstanciada do fato, incluindo local, data ou período e nome de pessoas, profissionais e instituições envolvidas; d) prova documental que possa servir à apuração do fato e sua autoria; e) indicação dos meios de prova de que pretende se valer para provar o alegado. Art. 4º - Recebida a denúncia ou representação, o(a) Presidente do Conselho Regional de Assistentes Sociais a remeterá à Comissão Permanente de Ética para se necessário e a critério da Comissão colher elementos e solicitar ao denunciante e ao denunciado, os esclarecimentos que julgar necessários. Art. 5º - Com base nos elementos colhidos, a Comissão de Ética poderá: a) sugerir a exclusão liminar da denúncia, por meio de parecer escrito, uma vez que os fatos descritos não se enquadram ao Código de Ética Profissional do(a) Assistente Social, opinando pelo seu arquivamento; b) opinar pela instauração de processo disciplinar Ético, por meio de Parecer fundamentado. Art. 16º - O processo será instaurado, instruído e julgado em caráter sigiloso, sendo permitida vista dos autos apenas às partes e aos seus procuradores, fornecendo-se cópia das peças requeridas. Art. 25º - Compete à Comissão de Instrução a utilização de todos os meios legais disponíveis à elucidação dos fatos, podendo determinar de ofício, em qualquer fase processual, diligências; oitiva de testemunhas; acareação; juntada de documentos e outros que possam servir de subsídios ao convencimento do julgador. Art. 26º - Se denunciante ou testemunha, convocado pela Comissão de Instrução, for assistente social e deixar de comparecer ao depoimento designado, após regularmente cientificado, sem motivo justo, ficará sujeito à apuração do fato, que poderá se caracterizar como falta disciplinar, prevista pelo Código de Ética Profissional do(a) Assistente Social. Art. 31º - O julgamento deverá ser realizado pelo Conselho Pleno do CRESS, no prazo de até 60 (sessenta) dias após o recebimento do Parecer da Comissão de Instrução. Art. 36º - As partes ou seus procuradores, se assim solicitarem, terão o direito à réplica por mais 15 (quinze) minutos, prorrogáveis a critério do Conselho Pleno. Art. 44º - As partes poderão interpor recurso ao Conselho Federal da decisão do Conselho Regional, no prazo de 15 (quinze) dias, a contar da data da ciência da decisão ou recebimento da intimação. AN02FREV001/REV 4.0 85 Art. 61º - Após decorridos 5 (cinco) anos de aplicação da pena de cassação do exercício profissional, poderá o penalizado requerer sua reabilitação, perante o Conselho Regional de Serviço Social respectivo, solicitando a reativação de seu registro profissional. Art. 70º - A punibilidade do(a) profissional assistente social, por infrações éticas praticadas, prescreve em 5 (cinco) anos, contados da data em que se tiver verificado o fato imputado. 6.5 MODELOS DE FORMULÁRIO DE DENÚNCIA Os formulários de denúncia são elaborados de forma independente pelos Conselhos Regionais de Serviço Social, mas tendem a se assemelhar. Vejamos o conteúdo de dois formulários. O primeiro corresponde à denúncia de desagravo público e o segundo se refere à denúncia ética, ambos apresentados pelo Conselho Regional de Serviço Social do Paraná (CRESS/PR, 2009). Formulário de Denúncia de Desagravo Público Nome do denunciado: Instituição em que atua: Endereço: CEP: Cidade: Telefones: Nome do denunciante: Instituição em que atua: Endereço: CEP: Cidade: Telefones: E-mail: Contextualização dos Fatos (Utilizar o verso se necessário) ___________________________________________________________________ ___________________________________________________________________ ________________________________________________________________ AN02FREV001/REV 4.0 86 Provas: Documental ( ) Sim ( ) Não Em caso positivo, citar quais provas documentais e anexar: Testemunhal ( ) Sim ( ) Não Em caso positivo, citar os nomes completos da(s) testemunha(s) e telefones: Data: ____/____/____ Assinatura: ______________________________________ Formulário de Denúncia Ética 1) Qualificação do(a) denunciante Atenção: preencher com seu nome e endereço completos. Nome completo: Rua: Bairro: CEP: Cidade: Telefone: E-mail: 2) Qualificação do(a) denunciado(a) Atenção: preencher com o nome do(a) assistente social, da cidade e local de trabalho. Nome: Cidade: Instituição que trabalha: 3) Descrição circunstanciada Atenção: descrever com suas palavras o fato que está denunciando, incluindo o local em que aconteceu, a data ou período, os nomes das pessoas, profissionais ou instituições envolvidas. Obs.: Pode ser utilizada outra folha para terminar sua descrição. 4) Indicação dos meios de prova Obs.: Escolha abaixo os meios com os quais pretende provar suas alegações. ( ) documental ( ) testemunhal ( ) pericial Especificação dos meios de prova: Documental: Cite os nomes dos documentos. Testemunhal: Cite os nomes das testemunhas. Pericial: Cite o tipo de perícia. AN02FREV001/REV 4.0 87 Declaro sob as penas da lei que são verdadeiras as informações prestadas neste documento. Data: ___/___/____ Assinatura: FIM DO MÓDULO IV AN02FREV001/REV 4.0 88 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS BANCO DO BRASIL. Empresa sustentável. 2012. Disponível em: <http://www.ecodesenvolvimento.org/ecomanagement/banco-do-brasil-desenvolve- acoes-importantes-de>. Acesso em: 02 jan. 2013. BEGHIN, N. A filantropia empresarial: nem caridade, nem direito. São Paulo: Cortez, 2005. BLOG DE SERVIÇO SOCIAL. Conheça alguns dos campos de atuação do Serviço Social. 2013. Disponível em: <http://sscontemporaneo.wordpress.com/campos-de-atuacao/>. Acesso em: 02 jan. 2013. BRASIL. Constituição da Reública Federativa do Brasil. Brasília, 1988. BRASIL. Estatuto da Criança e do Adolescente. Brasília, 1990. BRASIL. Estatuto do Idoso. 2003. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/2003/L10.741.htm>. Acesso em: 27 dez. 2012. BRASIL. Lei nº 11.340/2006. 2006. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2004-2006/2006/lei/l11340.htm>. Acesso em: 26 dez. 2012. BRASIL. Lei Nº 12.015/2009. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil/_Ato2007-2010/2009/Lei/L12015.htm>. Acesso em: 26 dez. 2012. BRASIL. Lei no 3.252/1957. 1957. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L3252.htm>. Acesso em: 28 nov. 2012. BRASIL. Lei nº 8.662/1993. Disponível em: <http://www.cfess.org.br/arquivos/legislacao_lei_8662.pdf>. Acesso em: 28 nov. 2012. AN02FREV001/REV 4.0 89 BRASIL. Lei Orgânica da Assistência Social. Brasília: MDS, 1993. BRASIL. Orientações técnicas: serviços de acolhimento para crianças e adolescentes. Brasília: MDS, 2009. BRASIL. Plano Nacional de Promoção, Proteção e Defesa do Direito à Convivência Familiar e Comunitária. Brasília: MDS, 2004. CAMPOS, F. G. G.; SANTOS, R. F.; SANTOS, F. C. P. e. A importância da pesquisa científica na formação profissional dos alunos do curso de Educação Física do UNILESTEMG. 2009. 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Art. 2º Somente poderão exercer a profissão de Assistente Social: I - os possuidores de diploma em curso de graduação em Serviço Social, oficialmente reconhecido, expedido por estabelecimento de ensino superior existente no País, devidamente registrado no órgão competente; II - os possuidores de diploma de curso superior em Serviço Social, em nível de graduação ou equivalente, expedido por estabelecimento de ensino sediado em países estrangeiros, conveniado ou não com o governo brasileiro, desde que devidamente revalidado e registrado em órgão competente no Brasil; III - os agentes sociais, qualquer que seja sua denominação com funções nos vários órgãos públicos, segundo o disposto no art. 14 e seu parágrafo único da Lei nº 1.889, de 13 de junho de 1953. Parágrafo único. O exercício da profissão de Assistente Social requer prévio registro nos Conselhos Regionais que tenham jurisdição sobre a área de atuação do interessado nos termos desta lei. Art. 3º A designação profissional de Assistente Social é privativa dos habilitados na forma da legislação vigente. Art. 4º Constituem competências do Assistente Social: I - elaborar, implementar, executar e avaliar políticas sociais junto a órgãos da administração pública, direta ou indireta, empresas, entidades e organizações populares; II - elaborar, coordenar, executar e avaliar planos, programas e projetos que sejam do âmbito de atuação do Serviço Social com participação da sociedade civil; AN02FREV001/REV 4.0 98 III - encaminhar providências, e prestar orientação social a indivíduos, grupos e à população; IV - (Vetado); V - orientar indivíduos e grupos de diferentes segmentos sociais no sentido de identificar recursos e de fazer uso dos mesmos no atendimento e na defesa de seus direitos; VI - planejar, organizar e administrar benefícios e Serviços Sociais; VII - planejar, executar e avaliar pesquisas que possam contribuir para a análise da realidade social e para subsidiar ações profissionais; VIII - prestar assessoria e consultoria a órgãos da administração pública direta e indireta, empresas privadas e outras entidades, com relação às matérias relacionadas no inciso II deste artigo; IX - prestar assessoria e apoio aos movimentos sociais em matéria relacionada às políticas sociais, no exercício e na defesa dos direitos civis, políticos e sociais da coletividade; X - planejamento, organização eadministração de Serviços Sociais e de Unidade de Serviço Social; XI - realizar estudos socioeconômicos com os usuários para fins de benefícios e serviços sociais junto a órgãos da administração pública direta e indireta, empresas privadas e outras entidades. Art. 5º Constituem atribuições privativas do Assistente Social: I - coordenar, elaborar, executar, supervisionar e avaliar estudos, pesquisas, planos, programas e projetos na área de Serviço Social; II - planejar, organizar e administrar programas e projetos em Unidade de Serviço Social; III - assessoria e consultoria e órgãos da Administração Pública direta e indireta, empresas privadas e outras entidades, em matéria de Serviço Social; IV - realizar vistorias, perícias técnicas, laudos periciais, informações e pareceres sobre a matéria de Serviço Social; V - assumir, no magistério de Serviço Social tanto em nível de graduação como pós- graduação, disciplinas e funções que exijam conhecimentos próprios e adquiridos em curso de formação regular; VI - treinamento, avaliação e supervisão direta de estagiários de Serviço Social; AN02FREV001/REV 4.0 99 VII - dirigir e coordenar Unidades de Ensino e Cursos de Serviço Social, de graduação e pós-graduação; VIII - dirigir e coordenar associações, núcleos, centros de estudo e de pesquisa em Serviço Social; IX - elaborar provas, presidir e compor bancas de exames e comissões julgadoras de concursos ou outras formas de seleção para Assistentes Sociais, ou onde sejam aferidos conhecimentos inerentes ao Serviço Social; X - coordenar seminários, encontros, congressos e eventos assemelhados sobre assuntos de Serviço Social; XI - fiscalizar o exercício profissional através dos Conselhos Federal e Regionais; XII - dirigir serviços técnicos de Serviço Social em entidades públicas ou privadas; XIII - ocupar cargos e funções de direção e fiscalização da gestão financeira em órgãos e entidades representativas da categoria profissional. Art. 6º São alteradas as denominações do atual Conselho Federal de Assistentes Sociais (CFAS) e dos Conselhos Regionais de Assistentes Sociais (CRAS), para, respectivamente, Conselho Federal de Serviço Social (CFESS) e Conselhos Regionais de Serviço Social (CRESS). Art. 7º O Conselho Federal de Serviço Social (CFESS) e os Conselhos Regionais de Serviço Social (CRESS) constituem, em seu conjunto, uma entidade com personalidade jurídica e forma federativa, com o objetivo básico de disciplinar e defender o exercício da profissão de Assistente Social em todo o território nacional. 1º Os Conselhos Regionais de Serviço Social (CRESS) são dotados de autonomia administrativa e financeira, sem prejuízo de sua vinculação ao Conselho Federal, nos termos da legislação em vigor. 2º Cabe ao Conselho Federal de Serviço Social (CFESS) e aos Conselhos Regionais de Serviço Social (CRESS), representar, em juízo e fora dele, os interesses gerais e individuais dos Assistentes Sociais, no cumprimento desta lei. Art. 8º Compete ao Conselho Federal de Serviço Social (CFESS), na qualidade de órgão normativo de grau superior, o exercício das seguintes atribuições: I - orientar, disciplinar, normatizar, fiscalizar e defender o exercício da profissão de Assistente Social, em conjunto com o CRESS; II - assessorar os CRESS sempre que se fizer necessário; AN02FREV001/REV 4.0 100 III - aprovar os Regimentos Internos dos CRESS no fórum máximo de deliberação do conjunto CFESS/CRESS; IV - aprovar o Código de Ética Profissional dos Assistentes Sociais juntamente com os CRESS, no fórum máximo de deliberação do conjunto CFESS/CRESS; V - funcionar como Tribunal Superior de Ética Profissional; VI - julgar, em última instância, os recursos contra as sanções impostas pelos CRESS; VII - estabelecer os sistemas de registro dos profissionais habilitados; VIII - prestar assessoria técnico-consultiva aos organismos públicos ou privados, em matéria de Serviço Social; IX - (Vetado). Art. 9º O fórum máximo de deliberação da profissão para os fins desta lei dar-se-á nas reuniões conjuntas dos Conselhos Federal e Regionais, que inclusive fixarão os limites de sua competência e sua forma de convocação. Art. 10. Compete aos CRESS, em suas respectivas áreas de jurisdição, na qualidade de órgão executivo e de primeira instância, o exercício das seguintes atribuições: I - organizar e manter o registro profissional dos Assistentes Sociais e o cadastro das instituições e obras sociais públicas e privadas, ou de fins filantrópicos; II - fiscalizar e disciplinar o exercício da profissão de Assistente Social na respectiva região; III - expedir carteiras profissionais de Assistentes Sociais, fixando a respectiva taxa; IV - zelar pela observância do Código de Ética Profissional, funcionando como Tribunais Regionais de Ética Profissional; V - aplicar as sanções previstas no Código de Ética Profissional; VI - fixar, em assembleia da categoria, as anuidades que devem ser pagas pelos Assistentes Sociais; VII - elaborar o respectivo Regimento Interno e submetê-lo a exame e aprovação do fórum máximo de deliberação do conjunto CFESS/CRESS. Art. 11. O Conselho Federal de Serviço Social (CFESS) terá sede e foro no Distrito Federal. Art. 12. Em cada capital de Estado, de Território e no Distrito Federal, haverá um Conselho Regional de Serviço Social (CRESS) denominado segundo a sua AN02FREV001/REV 4.0 101 jurisdição, a qual alcançará, respectivamente, a do Estado, a do Território e a do Distrito Federal. §1º Nos Estados ou Territórios em que os profissionais que neles atuam não tenham possibilidade de instalar um Conselho Regional, deverá ser constituída uma delegacia subordinada ao Conselho Regional que oferecer melhores condições de comunicação, fiscalização e orientação, ouvido o órgão regional e com homologação do Conselho Federal. §2º Os Conselhos Regionais poderão constituir, dentro de sua própria área de jurisdição, delegacias seccionais para desempenho de suas atribuições executivas e de primeira instância nas regiões em que forem instalados, desde que a arrecadação proveniente dos profissionais nelas atuantes seja suficiente para sua própria manutenção. Art. 13. A inscrição nos Conselhos Regionais sujeita os Assistentes Sociais ao pagamento das contribuições compulsórias (anuidades), taxas e demais emolumentos que forem estabelecidos em regulamentação baixada pelo Conselho Federal, em deliberação conjunta com os Conselhos Regionais. Art. 14. Cabe às Unidades de Ensino credenciar e comunicar aos Conselhos Regionais de sua jurisdição os campos de estágio de seus alunos e designar os Assistentes Sociais responsáveis por sua supervisão. Parágrafo único. Somente os estudantes de Serviço Social, sob supervisão direta de Assistente Social em pleno gozo de seus direitos profissionais, poderão realizar estágio de Serviço Social. Art. 15. É vedado o uso da expressão Serviço Social por quaisquer pessoas de direito público ou privado que não desenvolvam atividades previstas nos arts. 4º e 5º desta lei. Parágrafo único. As pessoas de direito público ou privado que se encontrem na situação mencionada neste artigo terão o prazo de noventa dias, a contar da data da vigência desta lei, para processarem as modificações que se fizerem necessárias a seu integral cumprimento, sob pena das medidas judiciais cabíveis. Art. 16. Os CRESS aplicarão as seguintes penalidades aos infratores dos dispositivos desta Lei: I - multa no valor de uma a cinco vezes a anuidade vigente; AN02FREV001/REV 4.0 102 II - suspensão de um a dois anos de exercícioda profissão ao Assistente Social que, no âmbito de sua atuação, deixar de cumprir disposições do Código de Ética, tendo em vista a gravidade da falta; III - cancelamento definitivo do registro, nos casos de extrema gravidade ou de reincidência contumaz. §1º Provada a participação ativa ou conivência de empresas, entidades, instituições ou firmas individuais nas infrações a dispositivos desta lei pelos profissionais delas dependentes, serão estas também passíveis das multas aqui estabelecidas, na proporção de sua responsabilidade, sob pena das medidas judiciais cabíveis. §2º No caso de reincidência na mesma infração no prazo de dois anos, a multa cabível será elevada ao dobro. Art. 17. A Carteira de Identificação Profissional, expedida pelos Conselhos Regionais de Serviço Social (CRESS), servirá de prova para fins de exercício profissional e de Carteira de Identidade Pessoal, e terá fé pública em todo o território nacional. Art. 18. As organizações que se registrarem nos CRESS receberão um certificado que as habilitará a atuar na área de Serviço Social. Art. 19. O Conselho Federal de Serviço Social (CFESS) será mantido: I - por contribuições, taxas e emolumentos arrecadados pelos CRESS, em percentual a ser definido pelo fórum máximo instituído pelo art. 9º desta lei; II - por doações e legados; III - por outras rendas. Art. 20. O Conselho Federal de Serviço Social (CFESS) e os Conselhos Regionais de Serviço Social (CRESS) contarão cada um com nove membros efetivos: Presidente, Vice-Presidente, dois Secretários, dois Tesoureiros e três membros do Conselho Fiscal, e nove suplentes, eleitos dentre os Assistentes Sociais, por via direta, para um mandato de três anos, de acordo com as normas estabelecidas em Código Eleitoral aprovado pelo fórum instituído pelo art. 9º desta lei. Parágrafo único. As delegacias seccionais contarão com três membros efetivos: um Delegado, um Secretário e um Tesoureiro, e três suplentes, eleitos dentre os Assistentes Sociais da área de sua jurisdição, nas condições previstas neste artigo. Art. 21. (Vetado). AN02FREV001/REV 4.0 103 Art. 22. O Conselho Federal e os Conselhos Regionais terão legitimidade para agir contra qualquer pessoa que infringir as disposições que digam respeito às prerrogativas, à dignidade e ao prestígio da profissão de Assistente Social. Art. 23. Esta lei entra em vigor na data de sua publicação. Art. 24. Revogam-se as disposições em contrário e, em especial, a Lei nº 3.252, de 27 de agosto de 1957. Brasília, 7 de junho de 1993; 172º da Independência e 105º da República. ITAMAR FRANCO Walter Barelli Este texto não substitui o publicado no D.O.U. de 8.7.1993 AN02FREV001/REV 4.0 104 ANEXO II DECLARAÇÃO INTERNACIONAL DOS PRINCÍPIOS ÉTICOS NO SERVIÇO SOCIAL A Federação Internacional dos Assistentes Sociais (FIAS) reconhece a necessidade de uma declaração dos Princípios Éticos como guia orientador para lidar com os problemas Éticos no Serviço Social. As finalidades da Declaração Internacional dos Princípios Éticos são: 1.º Formular um conjunto de princípios básicos de Serviço Social, os quais devem ser adaptados às diversas realidades socioculturais. 2.º Identificar problemas éticos na prática do Serviço Social. 3.º Elaborar um guia metodológico para lidar com questões éticas/problemas éticos. A Declaração Internacional dos Princípios Éticos assume que, tanto as Associações da FIAS, como os seus membros, aderem aos princípios aqui formulados. A FIAS espera que cada Associação apoie os seus membros na identificação e na forma de lidar com os problemas Éticos no exercício da sua profissão. As Associações membro da FIAS e os seus associados devem informar o Comitê Executivo da FIAS acerca de qualquer Associação membro que negligencie a adesão a estes princípios. As Associações Nacionais que tenham dificuldades na adopção destes princípios notificarão o Comitê Executivo, o qual poderá impor os acordos e o espirito da Declaração dos Princípios Éticos a uma Associação membro. Se tal não for suficiente o Comitê Executivo pode, ainda, como medida seguinte, sugerir a suspensão. A Declaração Internacional dos Princípios Éticos deve ser de domínio público. Isto capacitará os utentes, os empregadores, os profissionais de outras áreas e o público em geral a ter expectativas de acordo com os princípios éticos para todas as Associações membro, devido às diferenças legislativas, culturais e governamentais, existentes entre países membro da FIAS. AN02FREV001/REV 4.0 105 2.1. Os Princípios Os Assistentes Sociais têm como objetivo do seu trabalho o desenvolvimento dos seres humanos, vivenciando os seguintes princípios básicos: 2.1.1. Cada Ser Humano tem um valor único em si mesmo o que justifica o respeito moral por essa Pessoa; 2.1.2. Cada indivíduo tem direito à sua autodeterminação, até ao limite em que isso não desrespeite os iguais direitos dos outros e tem a obrigação de contribuir para o bem-estar da sociedade; 2.1.3. Cada sociedade, seja qual for a sua estrutura, deverá proporcionar o máximo de condições favoráveis de vida aos seus membros; 2.1.4. Os Assistentes Sociais têm um compromisso com os princípios de Justiça Social; 2.1.5. Os Assistentes Sociais devem colocar os seus objetivos, conhecimentos e experiência ao serviço dos indivíduos, dos grupos, das comunidades e da sociedade, apoiando-os no seu desenvolvimento e na resolução dos seus conflitos individuais ou coletivos e nas consequências que dai advém; 2.1.6. Espera-se que os Assistentes Sociais providenciem o melhor apoio possível a toda e qualquer pessoa que procure a sua ajuda e conselho, sem discriminação com base na deficiência, cor, raça, classe social, religião, língua, convicções políticas ou opções sexuais; 2.1.7. Os Assistentes Sociais respeitam os Direitos Humanos básicos, de indivíduos e grupos, consignados na Declaração Universal dos Direitos Humanos das Nações Unidas e em outras convenções internacionais derivadas daquela Declaração; 2.1.8. Os Assistentes Sociais salvaguardam os princípios de privacidade, confidencialidade e uso responsável da informação no seu trabalho profissional. Deverão ainda respeitar a confidencialidade mesmo quando a legislação do seu país é contrária a esta exigência; 2.1.9. Espera-se dos Assistentes Sociais um trabalho de estreita colaboração com os seus utentes, na defesa do seu próprio interesse e no interesse dos outros com ele envolvidos. Os utentes são encorajados a participar e devem ser informados dos riscos e benefícios prováveis no decurso do processo; 2.1.10. Os Assistentes Sociais, geralmente, esperam que os utentes assumam em colaboração com eles a responsabilidade de decidir a orientação a dar aos seus AN02FREV001/REV 4.0 106 problemas que afetam as suas vidas. A pressão que venha a ser necessário exercer para resolver os problemas de uma parte à custa dos interesses das outras partes envolvidas, só deveria acontecer depois de uma aprofundada avaliação das reclamações das partes em conflito. Os Assistentes Sociais devem evitar o recurso à coação jurídica; 2.1.11. O Serviço Social é incompatível com o apoio direto ou indireto a grupos de indivíduos, forças políticas ou sistemas de poder que dominem os Seres Humanos, pelo uso da força, tais como: a tortura ou meios violentos; 2.1.12. Os Assistentes Sociais tomam decisões e eticamente justificadas apoiando- se na “Declaração Internacional dos Princípios Éticos” e nas “Normas Éticas Internacionais para os Assistentes Sociais”, adaptadas pela sua AssociaçãoProfissional Nacional. 2.2. Áreas Problema / Zonas de Conflito 2.2.1. As “áreas problema” que levantam questões éticas específicas não são necessariamente universais, devido às diferenças socioculturais e políticas. Cada Associação Nacional deverá promover o debate e a clarificação de questões importantes e dos problemas particularmente relevantes para o seu país. Contudo, as áreas problema, que se seguem, são por regras as reconhecidas universalmente: 1) Quando a lealdade do Assistente Social se confronta com interesses contraditórios entre: - os do próprio Assistente Social e os seus utentes; - os interesses incompatíveis de utentes individuais e outros indivíduos; - os interesses contraditórios de grupos de utentes; - grupos de utentes e o resto da população; - o funcionamento da instituição, o empregador e os Assistentes Sociais; - grupos de profissionais diversos. 2) O fato de o Assistente Social apoiar e controlar ao mesmo tempo (função de apoio e de controlo), coloca a questão da escolha de valores, a fim de evitar a confusão ou a falta de clarificação nas ações e suas consequências. Quando se espera que os Assistentes Sociais desempenhem um papel no controle dos cidadãos, eles são obrigados a clarificar as implicações éticas desta função e em AN02FREV001/REV 4.0 107 que medida este papel é aceitável relativamente aos “Princípios Básicos Éticos do Serviço Social”. 3) O dever do Assistente Social de proteger os interesses do utente facilmente entram em conflito com exigências de eficiência e de rentabilidade, o que leva este problema a assumir importância com a introdução e o uso da tecnologia da informação no âmbito da Ação Social. 2.2.2. Os princípios expressos em 2.1. deverão estar sempre na base de qualquer deliberação apresentada ou de qualquer escolha feita, pelos Assistentes Sociais ao tratar situações/problema. 2.3. Metodologia para a Solução das Situações/Problema 2.3.1. As diferentes Associações Nacionais de Assistentes Sociais são obrigadas a tratar os assuntos de tal maneira que as situações problemas/éticos possam ser tidas em consideração e tentada a sua resolução em fóruns coletivos dentro da organização. Estes fóruns deveriam possibilitar ao Assistente Social um espaço para debater, analisar e refletir as situações problema/éticos em colaboração com os colegas, com outros grupos de especialistas e outras partes afetadas pelo assunto em debate. Mais ainda, tais fóruns deviam dar oportunidade aos Assistentes Sociais de receber conselho e apoio de colegas e de outros técnicos. A análise e debate da Ética deveria procurar criar sempre oportunidades e opções. 2.3.2. Às Associações membro é exigido que produzam e/ou adaptem diretrizes éticas para os diversos campos da Ação Social, especialmente para aqueles onde existem situações problema/éticos complicados, assim como para áreas onde os princípios éticos do Serviço Social possam entrar em conflito com os sistemas legais ou a política das autoridades do respectivo país. 2.3.3. Quando os Princípios Éticos estão definidos, compete às Associações ajudar os Assistentes Sociais a analisar e a refletir sobre as questões éticas das situações problema, na base de: 1) Os Princípios básicos da Declaração (2.1.); 2) O CONTEXTO ético/moral e político das ações, isto é, a análise dos valores e poderes que constituem o enquadramento das condições da ação; 3) Os MOTIVOS da ação, quer dizer, antes de se iniciar um processo, de agir, deverão ser clarificadas as motivações e os objetivos da Ação Social; AN02FREV001/REV 4.0 108 4) A NATUREZA da ação, isto é, a análise do conteúdo moral da ação, por exemplo, o uso de coação como oposto à cooperação voluntária, tutela versus participação, etc. 5) As CONSEQUÊNCIAS que a ação pode ter para os diferentes grupos, isto é, uma análise das consequências das diversas formas de ação para todas as partes envolvidas, tanto a curto como a longo prazo. 2.3.4. As Associações membro são responsáveis por promover o debate, o ensino e a pesquisa relativas às questões éticas. 3. NORMAS ÉTICAS INTERNACIONAIS para os ASSISTENSTES SOCIAIS (Esta parte é baseada no Código Internacional de Deontologia para o Assistente Social, adaptado pela FIAS em 1976, mas não inclui os princípios éticos visto que estas estão agora incluídos no ponto 2.1. – Declaração dos Princípios Éticos do Assistente Social – no presente documento). 3.1. Preâmbulo O Serviço Social tem a sua origem nos ideais e filosofias humanitárias, religiosas e democráticas. Tem como objetivo responder às necessidades humanas que resultam das interações pessoa/sociedade e ainda ao desenvolvimento do seu potencial humano. Os Assistentes Sociais têm como objetivo o bem-estar e a autorrealização dos seus utentes; o desenvolvimento e o uso disciplinado do conhecimento a respeito do comportamento humano e social; o desenvolvimento de recursos para ir ao encontro das necessidades e aspirações, tanto dos indivíduos, como dos grupos e da sociedade, em ordem a uma maior Justiça Social. O Assistente Social é obrigado a reconhecer e a aplicar estas normas de conduta ética, baseadas na Declaração Internacional dos Princípios Éticos de Serviço Social. 3.2. Normas Gerais de Conduta Ética 3.2.1. Procurar entender cada utente, individualmente, o sistema social em que está envolvido, as condicionantes que afetam o seu comportamento e acompanhamento, assim como os serviços que lhe deveriam ser prestados; 3.2.2. Preservar, afirmar e defender, os valores, conhecimento e metodologia do Serviço Social, abstendo-se de qualquer comportamento que prejudique o exercício da profissão; 3.2.3. Reconhecer as limitações profissionais e pessoais; 3.2.4. Encorajar a utilização de todo o saber e experiência prática importantes; AN02FREV001/REV 4.0 109 3.2.5. Inovar e aplicar os métodos relevantes no desenvolvimento e validação dos seus conhecimentos teóricos e práticos; 3.2.6. Contribuir com a sua assessoria técnica para o desenvolvimento de políticas e programas que promovam uma melhor qualidade de vida na sociedade; 3.2.7. Identificar e interpretar as necessidades sociais; 3.2.8. Identificar e interpretar a causa e a natureza dos problemas sociais, do indivíduo, do grupo, da comunidade e do país, tanto a nível nacional como no contexto internacional; 3.2.9. Identificar, interpretar e dar a conhecer o trabalho e as atividades desenvolvidas pelos Assistentes Sociais; 3.2.10. Esclarecer se as declarações públicas ou as ações realizadas são feitas numa base individual ou como representante de uma Associação Profissional ou outro qualquer grupo. 3.3. Normas de Serviço Social em Relação com os Utentes 3.3.1. Aceitar a responsabilidade em relação aos utentes, mas dentro das limitações estabelecidas pelos direitos éticos dos outros e os objetivos dos serviços; 3.3.2. Preservar o direito do utente a um relacionamento de confiança, à privacidade e confidencialidade, e ao uso responsável da informação. O utente deverá estar informado da necessidade e do uso da recolha e da partilha da informação dos dados adquiridos enquanto profissional. Nenhuma informação deverá ser cedida sem o conhecimento do utente, exceto nos casos em que este não possa ser responsável ou em que outros possam ser colocados em risco. O utente deverá ter acesso aos registos do trabalho social que a ele se refiram; 3.3.3. Reconhecer e respeitar as opções, responsabilidades e diferenças individuais dos utentes. Dentro do âmbito do serviço e do meio social do utente, o Assistente Social deverá ajudar os utentes a assumira responsabilidade pelas suas ações, apoiando todos de igual maneira. Se o serviço não puder ser efetuado desta forma, os utentes deverão ser informados disso, para que possam ficar livres para agir; 3.3.4. Ajudar o utente – ou sociedade a alcançar a autorrealização e atingir o máximo potencial dentro dos limites dos respectivos direitos, seus e dos outros. O serviço deve ajudar o utente a entender e a usar o relacionamento profissional, promovendo as suas aspirações e interesses legítimos. AN02FREV001/REV 4.0 110 3.4. Normas de Serviço Social Relativas a Instituições / Serviços e Organizações 3.4.1. Trabalhar e/ou cooperar com aquelas Instituições/Serviços e Organizações, cujas políticas, atividades e funcionamento tenham como objetivo prestar um serviço adequado, respeitando uma prática profissional compatível com os princípios éticos da FIAS; 3.4.2. Executar, responsavelmente, os objetivos e funções fixados pela Instituição/ Serviço ou Organização, contribuindo para o desenvolvimento de políticas, processos e práticas corretas a fim de obter os melhores resultados possíveis; 3.4.3. Manter a responsabilidade para com o utente, desencadeando alterações desejáveis de políticas, de processos e de práticas através de organizamos responsáveis. Se as soluções necessárias não forem conseguidas após terem sido esgotados todos os canais, deverão iniciar-se apelos adequados às autoridades responsáveis ou a uma comunidade de interesses mais amplos; 3.4.4. Assegurar ao utente e à comunidade a responsabilidade profissional pela eficiência através da avaliação do processo em curso; 3.4.5. Usar todos os meios para acabar com as políticas, os processos e as práticas, em conflito direto com os princípios do Serviço Social. 3.5. Normas do Serviço Social Relacionadas com os Colegas 3.5.1. Respeitar o saber, a experiência e a prática dos colegas, Assistentes Sociais e dos profissionais de outras áreas, alargando toda a cooperação necessária que possa intensificar a eficiência dos serviços; 3.5.2. Reconhecer as diferenças de opinião e de prática dos colegas, Assistentes Sociais e outros profissionais, expressando as críticas de uma forma responsável; 3.5.3. Promover e partilhar as oportunidades de estudo, experiências e ideias com todos os colegas Assistentes Sociais, profissionais de outras disciplinas e voluntários, com o objetivo de aperfeiçoamento mútuo; 3.5.4. Comunicar aos corpos gerentes das Associações Profissionais quaisquer violações da ética e das normas profissionais e assegurar-se que os utentes estão protegidos; 3.5.5. Defender os colegas contra ações injustas. AN02FREV001/REV 4.0 111 3.6. Normas Relativas à Profissão 3.6.1. Manter os valores, princípios éticos, conhecimentos e metodologia da profissão e contribuir para a sua clarificação e aperfeiçoamento; 3.6.2. Promover o nível da prática profissional e o emprego dos Assistentes Sociais; 3.6.3. Defender a profissão contra a crítica injusta e trabalhar para desenvolver a confiança na necessidade da prática profissional; 3.6.4. Realizar uma critica construtiva da profissão, suas teorias, métodos e práticas; 3.6.5. Encorajar novas abordagens e metodologias necessárias para ir ao encontro das necessidades existentes. AN02FREV001/REV 4.0 112 ANEXO III RESOLUÇÃO CFESS N° 443/2003 23 de maio de 2003 EMENTA: Institui procedimentos para a realização de desagravo público, e regulamenta a alínea "e" do artigo 2° do Código de Ética do Assistente Social/Altera e revoga a Resolução CFESS N ° 294/94, de 04 de junho de 1994. O CONSELHO FEDERAL DE SERVIÇO SOCIAL, no uso de suas atribuições legais e regimentais, Considerando a necessidade de estabelecer procedimentos para garantia dos direitos e prerrogativas do assistente social, previstos pelas alíneas "a", "b", "c", "d", "f', g" e "i" do artigo 2° do Código de Ética Profissional do Assistente Social, instituído pela Resolução CFESS nº 273/93 de 13 de março de 1993 e publicada no Diário Oficial da União de 30 de março de 1993, seção I, pgs. 4004/4007; Considerando constituir direito do assistente social o DESAGRAVO PÚBLICO, por ofensa que atinja a sua honra profissional, conforme previsto pela alínea "e" do artigo 2° do Código de Ética Profissional do Assistente Social; Considerando ser de competência dos Conselhos Regionais de Serviço Social a análise de situações que atinjam as prerrogativas profissionais, cabendo neste caso a realização de Desagravo, de forma a preservar a imagem da Profissão de Serviço Social; Considerando, a necessidade de aperfeiçoar os procedimentos que regulam o desagravo público que estavam previstos pela Resolução CFESS nº 294/94 de 04 de junho de 1994, e incorporá-los à presente Resolução; Considerando, finalmente, a aprovação da presente Resolução, pelo CONSELHO PLENO DO CFESS, em reunião realizada em 23 de maio de 2003: R E S O L V E: Art. 1° - Todo assistente social, devidamente inscrito no CRESS de seu âmbito de atuação, que no exercício de suas atribuições e funções profissionais, previstas pela Lei 8.662/93, for ofendido ou atingido em sua honra profissional ou que deixar de ser respeitado em seus direitos e prerrogativas previstas pelas alíneas "a", "b", "c", "d", "f', "g", "h" e "i" do artigo 2° do Código de Ética Profissional do Assistente Social, poderá representar perante o Conselho Regional onde esteja inscrito, para apuração dos fatos contra quem der ensejo ou causa a violação de seus direitos ou prerrogativas. Art. 2° - A representação deverá ser apresentada por escrito, contendo a descrição dos fatos e provas documentais ou de outra natureza. AN02FREV001/REV 4.0 113 Art. 3° - O Conselho Pleno do CRESS ou CFESS, conforme o caso, designará, dentre os Conselheiros, um relator, podendo contar com a colaboração de um ou mais assistentes sociais da base, que se incumbirá da apuração dos fatos, de forma a verificar a ocorrência de violação aos direitos e prerrogativas do assistente social. Parágrafo Único: O Conselheiro Relator, a seu critério, poderá determinar diligências, juntada de documentos, oitiva de testemunhas e outros, para esclarecimentos dos fatos. Art. 4° - O Conselheiro Relator poderá solicitar o comparecimento do suposto ofensor, para prestar esclarecimentos, quando entender que a matéria trazida à sua apreciação é controvertida. Parágrafo Primeiro: A retratação pública do ofensor, pelos meios de comunicação ou por outro julgado conveniente pelo Relator, poderá ensejar o arquivamento da representação, desde que se mostre suficiente e convincente no sentido de restabelecer a imagem do profissional que foi atingido em sua honra profissional. Parágrafo Segundo: O Relator poderá opinar pelo arquivamento do pedido de desagravo público se a ofensa for caracterizada como de natureza pessoal; se não estiver relacionada com o exercício profissional e com as prerrogativas gerais da profissão; ou se configurar crítica de caráter doutrinário, político, ideológico. Art. 5° - Caso seja inquestionável a prova documental juntada à representação e demonstre, inequivocamente, a caracterização da ofensa às prerrogativas e direitos do profissional, o Conselheiro Relator, ficará dispensado, nesta hipótese, da produção de provas. Art. 6° - Concluída a avaliação da representação, tanto na hipótese do parágrafo único do art. 3°, como do artigo 5°, da presente Resolução, o Conselheiro Relator emitirá um parecer fundamentando, opinando pelo arquivamento da representação de DESAGRAVO PÚBLICO, quando ficar caracterizada ofensa a imagem profissional. Parágrafo Único: O Parecer de Conselheiro Relator será sempre
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