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Etica no Servico Social 04

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AN02FREV001/REV 4.0 
 68 
PROGRAMA DE EDUCAÇÃO CONTINUADA A DISTÂNCIA 
Portal Educação 
 
 
 
 
 
 
CURSO DE 
ÉTICA NO SERVIÇO SOCIAL 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Aluno: 
 
EaD - Educação a Distância Portal Educação 
 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 69 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CURSO DE 
ÉTICA NO SERVIÇO SOCIAL 
 
 
 
 
 
 
MÓDULO IV 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Atenção: O material deste módulo está disponível apenas como parâmetro de estudos para este 
Programa de Educação Continuada. É proibida qualquer forma de comercialização ou distribuição 
do mesmo sem a autorização expressa do Portal Educação. Os créditos do conteúdo aqui contido 
são dados aos seus respectivos autores descritos nas Referências Bibliográficas. 
 
 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 70 
 
 
MÓDULO IV 
 
 
5 ÉTICA NO SERVIÇO SOCIAL E RESPONSABILIDADE SOCIAL 
 
 
FIGURA 17 
 
FONTE: Disponível em: <http://www.workcenterrh.com.br/responsabilidade_social.php>. 
Acesso em: 28 dez. 2012. 
 
 
5.1 O QUE É RESPONSABILIDADE SOCIAL? 
 
 
Definir a responsabilidade social não é tarefa fácil. A amplitude de seus 
conceitos permite várias interpretações que, segundo Cruz (2006), podem se 
associar às definições de: cidadania coorporativa, desenvolvimento sustentável, 
filantropia social, marketing social e ativismo social empresarial. 
A discussão sobre o tema fundamenta-se nos papéis assumidos pelas 
Políticas Sociais e a função do Estado em relação aos problemas sociais e a 
importância do investimento de organizações privadas em projetos da área social e 
na prestação de serviços sociais para atender tal demanda (MENEGASSO, 2001). 
 
 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 71 
Na percepção de Mendonça (2004), a cultura da responsabilidade social 
surge, na verdade, para que as empresas mantenham-se no mercado competitivo, 
utilizando-se de um “papel social” reconhecido pela sociedade (MENDONÇA, 2004). 
Segundo Mendonça (2004, p. 8): 
 
Há quem afirme que as empresas nada mais fazem do que expiar-se 
tardiamente de uma culpa histórica por produzir bens e miséria a um só 
tempo. Teria, portanto, chegado o tempo de procurar "corrigir" esse mal por 
meio de ações sociais. Seria uma forma de reportar-se à sociedade nos 
seguintes termos: "OK, sabemos que durante os últimos 200 anos nós nos 
portamos muito mal, poluímos rios, devastamos florestas, extinguimos 
espécies animais e vegetais e produzimos milhões de famélicos ao redor do 
planeta, mas estamos dispostos a corrigir esse imenso equívoco. A partir de 
agora, manteremos a grama aparada nas praças da cidade". 
 
Ferreira, Afonso e Bartholo (2008) enfatizam que a responsabilidade social 
corresponde ao fato de uma organização ser responsável pelos impactos causados 
por suas práticas e ações gerenciais em seu ambiente interno ou externo. 
Podemos concluir, até o momento, que ao conceituar o termo alguns autores 
o fazem com uma conotação negativa: uma forma utilizada pelas empresas de 
aparentar um papel “bom” para a sociedade, mas que no fundo tem como interesse 
exclusivo sua permanência no mercado. 
Contudo, a prática da responsabilidade social é frequente e, mesmo 
propondo e executando programas pontuais e desconectados da missão da 
empresa, são capazes de gerir impactos ambientais, econômicos e sociais (URSINI; 
BRUNO, s/d). 
Outros conceitos foram levantados por Ferreira, Afonso e Bartholo (2008): 
 
A responsabilidade social empresarial pode ser abordada a partir de quatro perspectivas: 
a) responsabilidade econômica; b) responsabilidade legal; c) responsabilidade ética; d) 
responsabilidade discricionária ou filantrópica (CARROL, 1979). 
Apresenta três níveis de abordagem: obrigação social; reação social; e sensibilidade social 
(CHARNOY; MONTANA, 1998). 
Instrumento de gestão de negócios capaz de gerar resultados e benefícios não só para a 
comunidade (bem-estar social), mas, sobretudo, para a empresa (KOTLER; ARMSTRONG, 
1998). 
Contrapartida da empresa à sociedade: um serviço essencial que a empresa deve prestar à 
sociedade, a qual ela retira seus insumos básicos, deteriorando, de certa forma, seu habitat 
natural e suas condições de vida (FERRELL; FRIEDRICH; FERRELL, 2001). 
Conjunto de filosofias, políticas, procedimentos e ações de marketing com a intenção 
primordial de melhorar o bem-estar social (CZINKOTA; DICKSON, 2001). 
 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 72 
Os autores afirmam que, mesmo com tanta diversidade em termos 
conceituais, as empresas utilizam com maior frequência a definição proposta pela 
Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), cujo significado corresponde à 
relação ética e transparente da organização com todas as partes interessadas com o 
objetivo de promover o desenvolvimento sustentável. 
Bem, o que temos então sobre responsabilidade social, é que a mesma está 
relacionada com o papel de empresas/organizações privadas em desenvolver ações 
ou programas na área social. 
Vieira (2007) levanta questões que nos levam a pensar com mais rigor a 
relação das empresas e a responsabilidade social: 
 
FIGURA 18 
 
FONTE: Clip-art do Word. 
 
 Com relação a quem a empresa tem responsabilidade social? 
 De que forma a empresa pode atender ao interesse público sem perder sua 
característica de unidade econômica? 
 
 
A dificuldade em estabelecer uma relação entre essas duas partes está 
atrelada a uma percepção de que as empresas visam, exclusivamente, seus lucros 
sem dar importância à opinião pública (VIEIRA, 2007). O autor disserta que 
devemos considerar que a iniciativa privada, nos dias de hoje, precisa, além de 
prestar bons serviços e produtos, estar em consonância com o interesse coletivo 
para ter uma boa imagem social e ser reconhecida por ações agregadas. 
Vale destacar que o Estado, a partir de suas limitações, necessita da 
participação do mercado e da sociedade civil (MENEGASSO, 2001). Nesse sentido, 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 73 
podemos, minimamente, entender a responsabilidade social como uma forma do 
Estado e das organizações privadas compartilharem certas problemáticas que, 
sozinho, o próprio Estado, mesmo sem perder seu papel prioritário na atenção aos 
direitos sociais, não conseguiria. 
Isso significa, por fim, que a empresa, nesse contexto, não deve direcionar 
seu foco apenas nos lucros ou benefícios de seus dirigentes, mas, deve contemplar 
seus empregados, acionistas, fornecedores, distribuidores, consumidores e 
comunidade de maneira geral (VIEIRA, 2007), já que a responsabilidade social as 
impulsiona a “adotar posturas diante de questões ligadas à ética e à qualidade da 
relação empresas-sociedade” (KRAEMER, 2005, p. 1). 
 
 
 
FIGURA 19 
 
 
FONTE: Elaborada pela autora com base em Vieira (2007). 
 
 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 74 
 
Sendo assim: 
 
A responsabilidade social da empresa está estritamente ligada ao tipo de 
relacionamento desta com os seus interlocutores. A natureza desta relação 
vai depender muito das políticas, valores, cultura e, sobretudo, da visão 
estratégica que prevalecem no centro da organização e no atendimento a 
essas expectativas (KRAEMER, 2005, p. 1). 
 
A relação empresas-sociedade, citada por Kraemer (2005), pode ser 
identificada na leitura das Diretrizes da Responsabilidade Social (2003), texto 
elaborado pelo Instituto Ethos (IEERS), em parceria com o Sebrae, para orientar 
micro e pequenas empresas a incluírem em suas ações, projetos, programas ou 
serviços que possam reduzir os problemas sociais existentes. 
A título de curiosidade, seguem as diretrizes elencadas (IEERS/SEBRAE,2003, p. 13): 
 
 
TABELA 9 - DIRETRIZES DA RESPONSABILIDADE SOCIAL 
 Adote valores e trabalhe com transparência. 
 Valorize empregados e colaboradores. 
 Faça sempre mais pelo meio ambiente. 
 Envolva parceiros e fornecedores. 
 Proteja clientes e consumidores. 
 Promova sua comunidade. 
 Comprometa-se com o bem comum. 
FONTE: Elaborado pela autora adaptado de (IEERS/SEBRAE, 2003, p. 13). 
 
 
Cada diretriz possui várias ações que podem ser implementadas pelas 
empresas. Das diretrizes supracitadas, vamos ver as ações propostas pela 
IEERS/SEBRAE (2003) para a segunda, sexta e sétima. 
 
 
1 
2 
3 
4 
5 
6 
7 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 75 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Talvez, por meio dos conceitos atribuídos à responsabilidade social, não 
seja fácil pensar exemplos claros de ações desenvolvidas pelas empresas privadas, 
principalmente para aqueles que não trabalham ou leram sobre o tema. 
Aliás, você consegue pensar em alguma empresa privada e identificar 
projetos, programas ou serviços desenvolvidos por ela? 
Para facilitar esta compreensão vamos conhecer alguns exemplos de ações 
de responsabilidade social praticadas por algumas empresas. 
 
 
2 - VALORIZE EMPREGADOS E COLABORADORES 
 
 
 Comprometa-se com as leis trabalhistas. 
 Identifique alternativas à demissão. 
 Preserve a vida pessoal e familiar. 
 Apoie a adoção. 
 Estimule a prática esportiva. 
 Programa de ajuda a dependentes químicos. 
6 - PROMOVA SUA COMUNIDADE 
7- COMPROMETA-SE COM O BEM COMUM 
 Identifique os problemas e busque soluções 
conjuntas. 
 Invista na comunidade. 
 Recrute funcionários em comunidades pobres. 
 Faça parceria com empresas e escolas. 
 Faça doações de seus produtos ou serviços. 
 Faça doações de equipamento usado ou 
excedente. 
 Participe com transparência política. 
 Combate à corrupção. 
 Marque sua presença em fóruns locais. 
 Integre-se aos movimentos sociais. 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 76 
 
ELETROBRAS (2010) 
Geração de emprego e renda; educação e qualificação profissional para jovens e 
adultos; atendimento às comunidades atingidas por empreendimentos de suas 
empresas. 
 
 
CONSÓRCIO LUIZA (2013) 
Ensino profissionalizante informal para adolescentes e jovens e preparação no 
mercado de trabalho. 
 
 
PETROBRAS (2012) 
Inclusão profissional de pessoas com algum tipo de deficiência. 
 
 
GAROTO (2009) 
Combate à desnutrição de crianças e adolescentes; incentivo à leitura e distribuição 
de livros em comunidades; inclusão de adolescentes em prática de negócios; 
inserção esportiva de crianças, adolescentes e famílias. 
 
 
GERDAU (2009) 
Reciclagem. 
 
 
SANTANDER (2012) 
Ações sociais na área de educação, geração de renda e empreendedorismo, meio 
ambiente e diversidade. 
 
 
HERING (2013) 
Programas de saúde, comunicação, educação e capacitação, segurança no 
trabalho, meio ambiente, programas sociais, comunitários e qualidade de vida. 
 
 
BANCO DO BRASIL (2012) 
Logística; negócios; gestão de pessoas; investimento social privado; 
desenvolvimento regional sustentável; conservação de recursos hídricos; 
recuperação de áreas devastadas; conservação de área de preservação; gestão de 
tratamento de resíduos sólidos; consumo consciente; agricultura integrada 
sustentável; formação de alfabetizadores; alfabetização de adultos e; atenção a 
crianças socialmente vulneráveis. 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 77 
 
 
 
UNILEVER (2012) 
Condição de vida e trabalho de funcionários; melhoria da saúde/bem-estar; redução 
do impacto ambiental. 
 
 
 
Você deve lembrar que logo no início desta apresentação foi pontuado que o 
termo ‘responsabilidade social’ é, frequentemente, confundido com outros. Deve ter 
se questionado o porquê dos termos não serem apresentados naquele momento. 
Pois bem, para evitar mais confusões a respeito das definições de responsabilidade 
social era necessário apresentá-los após termos uma compreensão melhor do tema 
principal. 
Fechamos este tópico apresentando os conceitos de cidadania corporativa, 
desenvolvimento sustentável, filantropia empresarial, marketing social e ativismo 
social: 
 
 Recurso sustentável. 
 Desenvolvimento social 
e econômico. 
 Saúde do trabalhador 
 Melhoria nos locais de 
trabalho. 
(UNILEVER, 2012) 
Exemplo detalhado 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 78 
 
Cidadania corporativa: corresponde a atividades restritas desenvolvidas pela organização 
para atender demandas sociais (MAIGNAN, 1999). A convergência deste conceito com o 
de responsabilidade social, atribuído por Carroll (1991), apontam quatro aspectos para a 
cidadania corporativa: econômica, legal, ética e filantrópica. 
 Econômica: obrigação da empresa em ser produtiva, gerar lucros e, 
assim, gerar empregos e riquezas. 
Legal: oferecer produtos e serviços dentro dos parâmetros legais à 
população. 
Ética: considerar e respeitar os princípios éticos que regem a sociedade. 
Filantrópica: engajamento em atividades sociais e assistenciais. 
 
Desenvolvimento sustentável: A definição mais aceita foi apresentada pela Comissão 
Mundial sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento, das Nações Unidas, e se refere ao 
“desenvolvimento capaz de suprir as necessidades da geração atual, sem comprometer a 
capacidade de atender às necessidades das futuras gerações. É o desenvolvimento que 
não esgota os recursos para o futuro (...) [para] harmonizar dois objetivos: o 
desenvolvimento econômico e a conservação ambiental.” (WWF/BRASIL, 2012, p. 1). 
 
Filantropia empresarial: “constitui uma modalidade que vincula os atendimentos sociais à 
necessidade de ganhos das empresas e de reatualização da exploração e do controle 
sobre o trabalhador. Ao mesmo tempo, admite-se que algumas experiências podem 
atender às necessidades sociais do público-alvo para o qual estão direcionadas as ações” 
(CUNHA, 2005, p.5). 
Marketing social: “se refere primariamente aos esforços direcionados a influenciar 
comportamentos que geram melhorias em saúde, previnem injustiças, protegem o meio 
ambiente e contribuem para as comunidades” (KOTLER; LEE, 2002, apud COSTA, 2010, 
p. 4). 
Ativismo social: O ativismo social empresarial, dependendo dos contextos nos quais é 
operado, se baseia numa “perspectiva caritativa” (filantropia empresarial da caridade) ou na 
apropriação e na mercantilização de valores, tais como solidariedade, cooperação e 
responsabilidade (neofilantropia empresarial). Neste sentido, o ativismo social empresarial, 
da forma como é praticado hoje, como dantes, não visa “transformar”, mas trabalhar sobre 
a miséria do mundo capitalista, sobre os efeitos perversos do desenvolvimento econômico. 
Tenta introduzir correções às contrafinalidades mais desumanas da organização capitalista 
da sociedade, porém, sem tocar em sua estrutura (BEGHIN, 2005, p. 50). 
 
 
 
5.2 SERVIÇO SOCIAL E RESPONSABILIDADE SOCIAL 
 
 
Dado o crescimento das ações de responsabilidade social realizadas pelas 
empresas privadas, não há como negar que estes se tornam espaços mais 
frequentes para intervenção do Serviço Social com o objetivo de contribuir para o 
desenvolvimento social do Brasil. 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 79 
Menegassi (2001) destaca, dentre outros, os seguintes aspectos 
relacionados ao trabalho dos assistentes sociais neste campo de atuação: 
 
 Elaborar novas estratégias de controle produtivo e social; 
 Construir novas formas de gestão dos recursos humanos; 
 Construir novas formas de participação e de comprometimento dos 
empregados; 
 Realizar estudose pesquisas sobre a responsabilidade social e esta área 
de atuação; 
 Divulgar e orientar quanto aos direitos sociais; 
 Executar, formular e participar da gestão das políticas sociais; 
 Identificar e analisar as mediações e mudanças necessárias para a 
inclusão de projetos de responsabilidade social; 
 Assessorar a formulação, coordenação e gestão de projetos sociais e 
inserção em equipe multiprofissional; 
 Promover a revisão de competências profissionais e dos procedimentos 
de intervenção para responder às demandas levantadas pela empresa. 
 
 
5.3 PROBLEMÁTICAS DA RESPONSABILIDADE SOCIAL 
 
 
Maciel (s/d, p. 6) afirma que a responsabilidade social gestão social propicia 
retornos positivos em médio e longo prazo para as empresas, podendo ser citados 
como exemplo: 
 
e da marca; 
 
 
de adaptação; 
 
líderes empresariais; 
funcionários e parceiros; 
ernos; 
. 
 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 80 
 
Contudo, algumas problemáticas são levantadas e devem ser consideradas 
pelos assistentes sociais. A principal se refere à própria noção da empresa sobre os 
resultados das ações de responsabilidade social. É grave quando a empresa se 
coloca como principal foco das ações de responsabilidade social almejando as 
respostas apresentadas por Maciel (s/d). 
O assistente social, neste espaço, deve considerar, sem pestanejar, seus 
preceitos éticos, mas deve, também, conhecer e assimilar que a ética empresarial é, 
segundo Cosenza e Chamovitz (2007, p. 2): 
 
[...] norteada por princípios jurídicos, de natureza legal, e por princípios de 
boa convivência, de natureza social, em conformidade com os valores da 
organização, que dizem respeito à responsabilidade individual de seus 
integrantes e aos valores sociais que dizem respeito à cultura social em que 
a empresa está inserida. 
 
Sendo assim: 
 
[...] os aspectos éticos na avaliação da responsabilidade social da empresa, 
referem-se às dimensões éticas na condução dos negócios, às questões 
morais que se originam da relação trabalho/empresa e ao acordo explícito 
entre os objetivos e metas da empresa com o cumprimento dos códigos de 
ética dos profissionais que dela fazem parte (COSENZA; CHAMOVITZ, 
2007, p. 4). 
 
Cabe ao assistente social, portanto, contribuir para a realização de um 
trabalho empresarial ético, mas colocar sua própria ética profissional como norteador 
principal de sua prática. 
 
 
6 COMISSÃO PERMANENTE DE ÉTICA PROFISSIONAL: ASPECTOS DA 
DENÚNCIA 
 
 
A Comissão Permanente de Ética é formada por conselheiros e assistentes 
sociais de base com a função de avaliar as denúncias que se enquadram nos 
dispositivos do Código de Ética Profissional do Assistente Social e que são 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 81 
encaminhadas por meio de representação ou denúncia de assistentes sociais, 
usuários, entidades ou qualquer interessado ou ofício (CRESS/3ª REGIÃO, 2013). 
 
São atividades desta Comissão, segundo o CRESS/3ª Região: 
 
 Organizar debates e mecanismos de divulgação do Código de Ética e da Lei 
de Regulamentação da Profissão (Lei 8662/93), junto aos profissionais, aos 
estudantes de Serviço Social e à sociedade civil; 
 Instrumentalizar os conselheiros do CRESS para atuarem como agentes 
multiplicadores dos preceitos éticos da profissão; 
 Articular as entidades de ensino, sobretudo por meio da(s) disciplina(s) de 
ética profissional e do setor de estágio supervisionado; 
 Orientar e esclarecer aos assistentes sociais, usuários e demais interessados 
sobre questões de natureza ética; 
 Analisar e avaliar do Código de Ética Profissional, com base em observação 
da sua experimentação prática, na perspectiva de garantir a sua eficácia e 
aperfeiçoar o seu conteúdo ético-político e normativo. 
 
 
6.1 DENÚNCIA ÉTICA 
 
 
A denúncia ética é caracterizada como sendo uma ou mais 
infrações/violações cometidas por um assistente social que fira o Código de Ética 
Profissional do Assistente Social, podendo ser apresentada por qualquer 
interessado seja ele assistente social, usuário, instituição, órgão público ou privado 
e outros (CRESS/3ª REGIÃO, 2013). 
 
 
6.2 DESAGRAVO PÚBLICO 
 
 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 82 
A solicitação de desagravo público é um direito do assistente social e 
corresponde a toda forma de ofensa à honra profissional ou desrespeito a seus 
direitos ou prerrogativas especificadas no Código de Ética Profissional (CRESS/3ª 
REGIÃO, 2013): 
 
Artigo 2º - Constituem direitos do Assistente Social 
a. garantia e defesa de suas atribuições e prerrogativas, estabelecidas na 
Lei de Regulamentação da Profissão, e dos princípios firmados neste 
Código; 
b. livre exercício das atividades inerentes à Profissão; 
c. participação na elaboração e gerenciamento das políticas sociais, e na 
formulação e implementação de programas sociais; 
d. inviolabilidade do local de trabalho e respectivos arquivos e 
documentação, garantindo o sigilo profissional; 
f. aprimoramento profissional de forma contínua, colocando-o a serviço dos 
princípios deste Código; 
g. pronunciamento em matéria de sua especialidade, sobretudo quando se 
tratar de assuntos de interesse da população; 
h. ampla autonomia no exercício da profissão, não sendo obrigado a prestar 
serviços profissionais incompatíveis com as suas atribuições, cargos ou 
funções; 
i. liberdade na realização de seus estudos e pesquisas, resguardados os 
direitos de participação de indivíduos ou grupos envolvidos em seus 
trabalhos. 
 
A Resolução nº 443, de 23 de maio de 2003, elaborada pelo CFESS dispõe 
exclusivamente sobre esse tema e pode ser encontrada nos Anexos desta apostila. 
 
 
6.3 PROCEDIMENTOS PARA DENUNCIAR 
 
 
No caso das denúncias éticas contra assistentes sociais, o CRESS da 6ª 
Região (2013) oferece o seguinte resumo contendo alguns tipos de denúncias: 
 
 Uso indevido da expressão “serviço social”: base no Art. 15º do Código de 
Ética. 
 Estágio sem supervisão direta de assistente social: base no parágrafo único do 
Art. 14º do Código de Ética. 
 Leigo assinando por assistente social: base no Art. 2º do Código de Ética. 
 Leigo assumindo atribuições do assistente social: base no Art. 5º do Código de 
Ética. 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 83 
 Atuação utilizando a carteira profissional (nº de CRESS) de outra região: base 
no Art. 2º do Código de Ética. 
 Assistente social exercendo a profissão sem estar inscrito no CRESS de sua 
região: base no Art. 2º do Código de Ética. 
 
Toda denúncia ética ou solicitação de agravo pública deve ser encaminhada 
por escrito para o CRESS de sua região. Nesta apostila temos disponíveis dois 
modelos de formulários para preenchimento. Contudo, é importante lembrar que a 
maioria dos CRESS possui formulário próprio. 
 
 
6.4 CÓDIGO PROCESSUAL DE ÉTICA 
 
 
Além do Código de Ética Profissional do Assistente Social, visto durante este 
curso, temos disponível o Código Processual de Ética aprovado por meio da 
Resolução nº 428/2002 pelo CFESS que nos seus 77 artigos dispõe sobre: 
 
 Competência para apreciar, apurar e julgar os processos; 
 Processo disciplinar e atos processuais; 
 Instrução do processo; 
 Julgamento dos processos; 
 Recursos; 
 Julgamento no CFESS; 
 Nulidades; 
 Penalidades; 
 Execução; 
 Reabilitação; 
 Prescrição. 
 
Destacam-se os seguintes artigos: 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 84 
 
Art. 2º - A representação, denúncia ou queixa de iniciativa de qualquer interessado 
ou “ex-ofício”, deverá ser apresentada mediante documento escrito e assinado pelo 
denunciante, contendo: 
a) nomee qualificação do(a) denunciante; 
b) nome e qualificação do(a) denunciado(a); 
c) descrição circunstanciada do fato, incluindo local, data ou período e nome de 
pessoas, profissionais e instituições envolvidas; 
d) prova documental que possa servir à apuração do fato e sua autoria; 
e) indicação dos meios de prova de que pretende se valer para provar o alegado. 
 
Art. 4º - Recebida a denúncia ou representação, o(a) Presidente do Conselho 
Regional de Assistentes Sociais a remeterá à Comissão Permanente de Ética para 
se necessário e a critério da Comissão colher elementos e solicitar ao denunciante 
e ao denunciado, os esclarecimentos que julgar necessários. 
 
Art. 5º - Com base nos elementos colhidos, a Comissão de Ética poderá: 
a) sugerir a exclusão liminar da denúncia, por meio de parecer escrito, uma vez que 
os fatos descritos não se enquadram ao Código de Ética Profissional do(a) 
Assistente Social, opinando pelo seu arquivamento; 
b) opinar pela instauração de processo disciplinar Ético, por meio de Parecer 
fundamentado. 
 
Art. 16º - O processo será instaurado, instruído e julgado em caráter sigiloso, sendo 
permitida vista dos autos apenas às partes e aos seus procuradores, fornecendo-se 
cópia das peças requeridas. 
 
Art. 25º - Compete à Comissão de Instrução a utilização de todos os meios legais 
disponíveis à elucidação dos fatos, podendo determinar de ofício, em qualquer fase 
processual, diligências; oitiva de testemunhas; acareação; juntada de documentos e 
outros que possam servir de subsídios ao convencimento do julgador. 
 
Art. 26º - Se denunciante ou testemunha, convocado pela Comissão de Instrução, 
for assistente social e deixar de comparecer ao depoimento designado, após 
regularmente cientificado, sem motivo justo, ficará sujeito à apuração do fato, que 
poderá se caracterizar como falta disciplinar, prevista pelo Código de Ética 
Profissional do(a) Assistente Social. 
 
Art. 31º - O julgamento deverá ser realizado pelo Conselho Pleno do CRESS, no 
prazo de até 60 (sessenta) dias após o recebimento do Parecer da Comissão de 
Instrução. 
 
Art. 36º - As partes ou seus procuradores, se assim solicitarem, terão o direito à 
réplica por mais 15 (quinze) minutos, prorrogáveis a critério do Conselho Pleno. 
 
Art. 44º - As partes poderão interpor recurso ao Conselho Federal da decisão do 
Conselho Regional, no prazo de 15 (quinze) dias, a contar da data da ciência da 
decisão ou recebimento da intimação. 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 85 
 
Art. 61º - Após decorridos 5 (cinco) anos de aplicação da pena de cassação do 
exercício profissional, poderá o penalizado requerer sua reabilitação, perante o 
Conselho Regional de Serviço Social respectivo, solicitando a reativação de seu 
registro profissional. 
 
Art. 70º - A punibilidade do(a) profissional assistente social, por infrações éticas 
praticadas, prescreve em 5 (cinco) anos, contados da data em que se tiver 
verificado o fato imputado. 
 
 
6.5 MODELOS DE FORMULÁRIO DE DENÚNCIA 
 
 
Os formulários de denúncia são elaborados de forma independente pelos 
Conselhos Regionais de Serviço Social, mas tendem a se assemelhar. Vejamos o 
conteúdo de dois formulários. O primeiro corresponde à denúncia de desagravo 
público e o segundo se refere à denúncia ética, ambos apresentados pelo Conselho 
Regional de Serviço Social do Paraná (CRESS/PR, 2009). 
 
Formulário de Denúncia de Desagravo Público 
 
Nome do denunciado: 
Instituição em que atua: 
Endereço: 
CEP: 
Cidade: 
Telefones: 
 
Nome do denunciante: 
Instituição em que atua: 
Endereço: 
CEP: 
Cidade: 
Telefones: 
E-mail: 
 
Contextualização dos Fatos 
(Utilizar o verso se necessário) 
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
________________________________________________________________ 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 86 
 
Provas: 
Documental ( ) Sim ( ) Não 
Em caso positivo, citar quais provas documentais e anexar: 
Testemunhal ( ) Sim ( ) Não 
Em caso positivo, citar os nomes completos da(s) testemunha(s) e telefones: 
 
Data: ____/____/____ 
Assinatura: ______________________________________ 
 
 
Formulário de Denúncia Ética 
 
1) Qualificação do(a) denunciante 
Atenção: preencher com seu nome e endereço completos. 
 
Nome completo: 
Rua: 
Bairro: 
CEP: 
Cidade: 
Telefone: 
E-mail: 
 
2) Qualificação do(a) denunciado(a) 
Atenção: preencher com o nome do(a) assistente social, da cidade e local de 
trabalho. 
 
Nome: 
Cidade: 
Instituição que trabalha: 
 
3) Descrição circunstanciada 
Atenção: descrever com suas palavras o fato que está denunciando, incluindo o 
local em que aconteceu, a data ou período, os nomes das pessoas, profissionais ou 
instituições envolvidas. 
 
Obs.: Pode ser utilizada outra folha para terminar sua descrição. 
 
4) Indicação dos meios de prova 
Obs.: Escolha abaixo os meios com os quais pretende provar suas alegações. 
( ) documental ( ) testemunhal ( ) pericial 
 
Especificação dos meios de prova: 
Documental: Cite os nomes dos documentos. 
Testemunhal: Cite os nomes das testemunhas. 
Pericial: Cite o tipo de perícia. 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 87 
 
Declaro sob as penas da lei que são verdadeiras as informações prestadas neste 
documento. 
Data: ___/___/____ 
Assinatura: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
FIM DO MÓDULO IV 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 88 
 
 
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 AN02FREV001/REV 4.0 
 96 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ANEXOS 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 97 
 
ANEXO I 
REGULAMENTAÇÃO DA PROFISSÃO 
LEI N° 8.662, DE 7 DE JUNHO DE 1993 
 
Dispõe sobre a profissão de Assistente Social e dá outras providências 
 
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA Faço saber que o Congresso Nacional decreta e 
eu sanciono a seguinte lei: 
Art. 1º É livre o exercício da profissão de Assistente Social em todo o território 
nacional, observadas as condições estabelecidas nesta lei. 
Art. 2º Somente poderão exercer a profissão de Assistente Social: 
I - os possuidores de diploma em curso de graduação em Serviço Social, 
oficialmente reconhecido, expedido por estabelecimento de ensino superior existente 
no País, devidamente registrado no órgão competente; 
II - os possuidores de diploma de curso superior em Serviço Social, em nível de 
graduação ou equivalente, expedido por estabelecimento de ensino sediado em 
países estrangeiros, conveniado ou não com o governo brasileiro, desde que 
devidamente revalidado e registrado em órgão competente no Brasil; 
III - os agentes sociais, qualquer que seja sua denominação com funções nos vários 
órgãos públicos, segundo o disposto no art. 14 e seu parágrafo único da Lei nº 
1.889, de 13 de junho de 1953. 
Parágrafo único. O exercício da profissão de Assistente Social requer prévio registro 
nos Conselhos Regionais que tenham jurisdição sobre a área de atuação do 
interessado nos termos desta lei. 
Art. 3º A designação profissional de Assistente Social é privativa dos habilitados na 
forma da legislação vigente. 
Art. 4º Constituem competências do Assistente Social: 
I - elaborar, implementar, executar e avaliar políticas sociais junto a órgãos da 
administração pública, direta ou indireta, empresas, entidades e organizações 
populares; 
II - elaborar, coordenar, executar e avaliar planos, programas e projetos que sejam 
do âmbito de atuação do Serviço Social com participação da sociedade civil; 
 
 
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 98 
III - encaminhar providências, e prestar orientação social a indivíduos, grupos e à 
população; 
IV - (Vetado); 
V - orientar indivíduos e grupos de diferentes segmentos sociais no sentido de 
identificar recursos e de fazer uso dos mesmos no atendimento e na defesa de seus 
direitos; 
VI - planejar, organizar e administrar benefícios e Serviços Sociais; 
VII - planejar, executar e avaliar pesquisas que possam contribuir para a análise da 
realidade social e para subsidiar ações profissionais; 
VIII - prestar assessoria e consultoria a órgãos da administração pública direta e 
indireta, empresas privadas e outras entidades, com relação às matérias 
relacionadas no inciso II deste artigo; 
IX - prestar assessoria e apoio aos movimentos sociais em matéria relacionada às 
políticas sociais, no exercício e na defesa dos direitos civis, políticos e sociais da 
coletividade; 
X - planejamento, organização eadministração de Serviços Sociais e de Unidade de 
Serviço Social; 
XI - realizar estudos socioeconômicos com os usuários para fins de benefícios e 
serviços sociais junto a órgãos da administração pública direta e indireta, empresas 
privadas e outras entidades. 
Art. 5º Constituem atribuições privativas do Assistente Social: 
I - coordenar, elaborar, executar, supervisionar e avaliar estudos, pesquisas, planos, 
programas e projetos na área de Serviço Social; 
II - planejar, organizar e administrar programas e projetos em Unidade de Serviço 
Social; 
III - assessoria e consultoria e órgãos da Administração Pública direta e indireta, 
empresas privadas e outras entidades, em matéria de Serviço Social; 
IV - realizar vistorias, perícias técnicas, laudos periciais, informações e pareceres 
sobre a matéria de Serviço Social; 
V - assumir, no magistério de Serviço Social tanto em nível de graduação como pós-
graduação, disciplinas e funções que exijam conhecimentos próprios e adquiridos 
em curso de formação regular; 
VI - treinamento, avaliação e supervisão direta de estagiários de Serviço Social; 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 99 
VII - dirigir e coordenar Unidades de Ensino e Cursos de Serviço Social, de 
graduação e pós-graduação; 
VIII - dirigir e coordenar associações, núcleos, centros de estudo e de pesquisa em 
Serviço Social; 
IX - elaborar provas, presidir e compor bancas de exames e comissões julgadoras 
de concursos ou outras formas de seleção para Assistentes Sociais, ou onde sejam 
aferidos conhecimentos inerentes ao Serviço Social; 
X - coordenar seminários, encontros, congressos e eventos assemelhados sobre 
assuntos de Serviço Social; 
XI - fiscalizar o exercício profissional através dos Conselhos Federal e Regionais; 
XII - dirigir serviços técnicos de Serviço Social em entidades públicas ou privadas; 
XIII - ocupar cargos e funções de direção e fiscalização da gestão financeira em 
órgãos e entidades representativas da categoria profissional. 
Art. 6º São alteradas as denominações do atual Conselho Federal de Assistentes 
Sociais (CFAS) e dos Conselhos Regionais de Assistentes Sociais (CRAS), para, 
respectivamente, Conselho Federal de Serviço Social (CFESS) e Conselhos 
Regionais de Serviço Social (CRESS). 
Art. 7º O Conselho Federal de Serviço Social (CFESS) e os Conselhos Regionais de 
Serviço Social (CRESS) constituem, em seu conjunto, uma entidade com 
personalidade jurídica e forma federativa, com o objetivo básico de disciplinar e 
defender o exercício da profissão de Assistente Social em todo o território nacional. 
1º Os Conselhos Regionais de Serviço Social (CRESS) são dotados de autonomia 
administrativa e financeira, sem prejuízo de sua vinculação ao Conselho Federal, 
nos termos da legislação em vigor. 
2º Cabe ao Conselho Federal de Serviço Social (CFESS) e aos Conselhos 
Regionais de Serviço Social (CRESS), representar, em juízo e fora dele, os 
interesses gerais e individuais dos Assistentes Sociais, no cumprimento desta lei. 
Art. 8º Compete ao Conselho Federal de Serviço Social (CFESS), na qualidade de 
órgão normativo de grau superior, o exercício das seguintes atribuições: 
I - orientar, disciplinar, normatizar, fiscalizar e defender o exercício da profissão de 
Assistente Social, em conjunto com o CRESS; 
II - assessorar os CRESS sempre que se fizer necessário; 
 
 
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 100 
III - aprovar os Regimentos Internos dos CRESS no fórum máximo de deliberação 
do conjunto CFESS/CRESS; 
IV - aprovar o Código de Ética Profissional dos Assistentes Sociais juntamente com 
os CRESS, no fórum máximo de deliberação do conjunto CFESS/CRESS; 
V - funcionar como Tribunal Superior de Ética Profissional; 
VI - julgar, em última instância, os recursos contra as sanções impostas pelos 
CRESS; 
VII - estabelecer os sistemas de registro dos profissionais habilitados; 
VIII - prestar assessoria técnico-consultiva aos organismos públicos ou privados, em 
matéria de Serviço Social; 
IX - (Vetado). 
Art. 9º O fórum máximo de deliberação da profissão para os fins desta lei dar-se-á 
nas reuniões conjuntas dos Conselhos Federal e Regionais, que inclusive fixarão os 
limites de sua competência e sua forma de convocação. 
Art. 10. Compete aos CRESS, em suas respectivas áreas de jurisdição, na 
qualidade de órgão executivo e de primeira instância, o exercício das seguintes 
atribuições: 
I - organizar e manter o registro profissional dos Assistentes Sociais e o cadastro 
das instituições e obras sociais públicas e privadas, ou de fins filantrópicos; 
II - fiscalizar e disciplinar o exercício da profissão de Assistente Social na respectiva 
região; 
III - expedir carteiras profissionais de Assistentes Sociais, fixando a respectiva taxa; 
IV - zelar pela observância do Código de Ética Profissional, funcionando como 
Tribunais Regionais de Ética Profissional; 
V - aplicar as sanções previstas no Código de Ética Profissional; 
VI - fixar, em assembleia da categoria, as anuidades que devem ser pagas pelos 
Assistentes Sociais; 
VII - elaborar o respectivo Regimento Interno e submetê-lo a exame e aprovação do 
fórum máximo de deliberação do conjunto CFESS/CRESS. 
Art. 11. O Conselho Federal de Serviço Social (CFESS) terá sede e foro no Distrito 
Federal. 
Art. 12. Em cada capital de Estado, de Território e no Distrito Federal, haverá um 
Conselho Regional de Serviço Social (CRESS) denominado segundo a sua 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 101 
jurisdição, a qual alcançará, respectivamente, a do Estado, a do Território e a do 
Distrito Federal. 
§1º Nos Estados ou Territórios em que os profissionais que neles atuam não tenham 
possibilidade de instalar um Conselho Regional, deverá ser constituída uma 
delegacia subordinada ao Conselho Regional que oferecer melhores condições de 
comunicação, fiscalização e orientação, ouvido o órgão regional e com homologação 
do Conselho Federal. 
§2º Os Conselhos Regionais poderão constituir, dentro de sua própria área de 
jurisdição, delegacias seccionais para desempenho de suas atribuições executivas e 
de primeira instância nas regiões em que forem instalados, desde que a 
arrecadação proveniente dos profissionais nelas atuantes seja suficiente para sua 
própria manutenção. 
Art. 13. A inscrição nos Conselhos Regionais sujeita os Assistentes Sociais ao 
pagamento das contribuições compulsórias (anuidades), taxas e demais 
emolumentos que forem estabelecidos em regulamentação baixada pelo Conselho 
Federal, em deliberação conjunta com os Conselhos Regionais. 
Art. 14. Cabe às Unidades de Ensino credenciar e comunicar aos Conselhos 
Regionais de sua jurisdição os campos de estágio de seus alunos e designar os 
Assistentes Sociais responsáveis por sua supervisão. 
Parágrafo único. Somente os estudantes de Serviço Social, sob supervisão direta de 
Assistente Social em pleno gozo de seus direitos profissionais, poderão realizar 
estágio de Serviço Social. 
Art. 15. É vedado o uso da expressão Serviço Social por quaisquer pessoas de 
direito público ou privado que não desenvolvam atividades previstas nos arts. 4º e 5º 
desta lei. 
Parágrafo único. As pessoas de direito público ou privado que se encontrem na 
situação mencionada neste artigo terão o prazo de noventa dias, a contar da data da 
vigência desta lei, para processarem as modificações que se fizerem necessárias a 
seu integral cumprimento, sob pena das medidas judiciais cabíveis. 
Art. 16. Os CRESS aplicarão as seguintes penalidades aos infratores dos 
dispositivos desta Lei: 
I - multa no valor de uma a cinco vezes a anuidade vigente; 
 
 
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 102 
II - suspensão de um a dois anos de exercícioda profissão ao Assistente Social que, 
no âmbito de sua atuação, deixar de cumprir disposições do Código de Ética, tendo 
em vista a gravidade da falta; 
III - cancelamento definitivo do registro, nos casos de extrema gravidade ou de 
reincidência contumaz. 
§1º Provada a participação ativa ou conivência de empresas, entidades, instituições 
ou firmas individuais nas infrações a dispositivos desta lei pelos profissionais delas 
dependentes, serão estas também passíveis das multas aqui estabelecidas, na 
proporção de sua responsabilidade, sob pena das medidas judiciais cabíveis. 
§2º No caso de reincidência na mesma infração no prazo de dois anos, a multa 
cabível será elevada ao dobro. 
Art. 17. A Carteira de Identificação Profissional, expedida pelos Conselhos Regionais 
de Serviço Social (CRESS), servirá de prova para fins de exercício profissional e de 
Carteira de Identidade Pessoal, e terá fé pública em todo o território nacional. 
Art. 18. As organizações que se registrarem nos CRESS receberão um certificado 
que as habilitará a atuar na área de Serviço Social. 
Art. 19. O Conselho Federal de Serviço Social (CFESS) será mantido: 
I - por contribuições, taxas e emolumentos arrecadados pelos CRESS, em 
percentual a ser definido pelo fórum máximo instituído pelo art. 9º desta lei; 
II - por doações e legados; 
III - por outras rendas. 
Art. 20. O Conselho Federal de Serviço Social (CFESS) e os Conselhos Regionais 
de Serviço Social (CRESS) contarão cada um com nove membros efetivos: 
Presidente, Vice-Presidente, dois Secretários, dois Tesoureiros e três membros do 
Conselho Fiscal, e nove suplentes, eleitos dentre os Assistentes Sociais, por via 
direta, para um mandato de três anos, de acordo com as normas estabelecidas em 
Código Eleitoral aprovado pelo fórum instituído pelo art. 9º desta lei. 
Parágrafo único. As delegacias seccionais contarão com três membros efetivos: um 
Delegado, um Secretário e um Tesoureiro, e três suplentes, eleitos dentre os 
Assistentes Sociais da área de sua jurisdição, nas condições previstas neste artigo. 
Art. 21. (Vetado). 
 
 
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 103 
Art. 22. O Conselho Federal e os Conselhos Regionais terão legitimidade para agir 
contra qualquer pessoa que infringir as disposições que digam respeito às 
prerrogativas, à dignidade e ao prestígio da profissão de Assistente Social. 
Art. 23. Esta lei entra em vigor na data de sua publicação. 
Art. 24. Revogam-se as disposições em contrário e, em especial, a Lei nº 3.252, de 
27 de agosto de 1957. 
 
Brasília, 7 de junho de 1993; 172º da Independência e 105º da República. 
ITAMAR FRANCO Walter Barelli 
Este texto não substitui o publicado no D.O.U. de 8.7.1993 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 104 
 
ANEXO II 
 
DECLARAÇÃO INTERNACIONAL DOS PRINCÍPIOS ÉTICOS NO 
SERVIÇO SOCIAL 
 
A Federação Internacional dos Assistentes Sociais (FIAS) reconhece a necessidade 
de uma declaração dos Princípios Éticos como guia orientador para lidar com os 
problemas Éticos no Serviço Social. As finalidades da Declaração Internacional dos 
Princípios Éticos são: 
 
1.º Formular um conjunto de princípios básicos de Serviço Social, os quais devem 
ser adaptados às diversas realidades socioculturais. 
2.º Identificar problemas éticos na prática do Serviço Social. 
3.º Elaborar um guia metodológico para lidar com questões éticas/problemas éticos. 
 
A Declaração Internacional dos Princípios Éticos assume que, tanto as 
Associações da FIAS, como os seus membros, aderem aos princípios aqui 
formulados. A FIAS espera que cada Associação apoie os seus membros na 
identificação e na forma de lidar com os problemas Éticos no exercício da sua 
profissão. 
As Associações membro da FIAS e os seus associados devem informar o 
Comitê Executivo da FIAS acerca de qualquer Associação membro que negligencie 
a adesão a estes princípios. As Associações Nacionais que tenham dificuldades na 
adopção destes princípios notificarão o Comitê Executivo, o qual poderá impor os 
acordos e o espirito da Declaração dos Princípios Éticos a uma Associação membro. 
Se tal não for suficiente o Comitê Executivo pode, ainda, como medida seguinte, 
sugerir a suspensão. 
A Declaração Internacional dos Princípios Éticos deve ser de domínio 
público. Isto capacitará os utentes, os empregadores, os profissionais de outras 
áreas e o público em geral a ter expectativas de acordo com os princípios éticos 
para todas as Associações membro, devido às diferenças legislativas, culturais e 
governamentais, existentes entre países membro da FIAS. 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 105 
2.1. Os Princípios 
Os Assistentes Sociais têm como objetivo do seu trabalho o desenvolvimento dos 
seres humanos, vivenciando os seguintes princípios básicos: 
2.1.1. Cada Ser Humano tem um valor único em si mesmo o que justifica o respeito 
moral por essa Pessoa; 
2.1.2. Cada indivíduo tem direito à sua autodeterminação, até ao limite em que isso 
não desrespeite os iguais direitos dos outros e tem a obrigação de contribuir para o 
bem-estar da sociedade; 
2.1.3. Cada sociedade, seja qual for a sua estrutura, deverá proporcionar o máximo 
de condições favoráveis de vida aos seus membros; 
2.1.4. Os Assistentes Sociais têm um compromisso com os princípios de Justiça 
Social; 
2.1.5. Os Assistentes Sociais devem colocar os seus objetivos, conhecimentos e 
experiência ao serviço dos indivíduos, dos grupos, das comunidades e da 
sociedade, apoiando-os no seu desenvolvimento e na resolução dos seus conflitos 
individuais ou coletivos e nas consequências que dai advém; 
2.1.6. Espera-se que os Assistentes Sociais providenciem o melhor apoio possível a 
toda e qualquer pessoa que procure a sua ajuda e conselho, sem discriminação com 
base na deficiência, cor, raça, classe social, religião, língua, convicções políticas ou 
opções sexuais; 
2.1.7. Os Assistentes Sociais respeitam os Direitos Humanos básicos, de indivíduos 
e grupos, consignados na Declaração Universal dos Direitos Humanos das Nações 
Unidas e em outras convenções internacionais derivadas daquela Declaração; 
2.1.8. Os Assistentes Sociais salvaguardam os princípios de privacidade, 
confidencialidade e uso responsável da informação no seu trabalho profissional. 
Deverão ainda respeitar a confidencialidade mesmo quando a legislação do seu país 
é contrária a esta exigência; 
2.1.9. Espera-se dos Assistentes Sociais um trabalho de estreita colaboração com 
os seus utentes, na defesa do seu próprio interesse e no interesse dos outros com 
ele envolvidos. Os utentes são encorajados a participar e devem ser informados dos 
riscos e benefícios prováveis no decurso do processo; 
2.1.10. Os Assistentes Sociais, geralmente, esperam que os utentes assumam em 
colaboração com eles a responsabilidade de decidir a orientação a dar aos seus 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 106 
problemas que afetam as suas vidas. A pressão que venha a ser necessário exercer 
para resolver os problemas de uma parte à custa dos interesses das outras partes 
envolvidas, só deveria acontecer depois de uma aprofundada avaliação das 
reclamações das partes em conflito. Os Assistentes Sociais devem evitar o recurso à 
coação jurídica; 
2.1.11. O Serviço Social é incompatível com o apoio direto ou indireto a grupos de 
indivíduos, forças políticas ou sistemas de poder que dominem os Seres Humanos, 
pelo uso da força, tais como: a tortura ou meios violentos; 
2.1.12. Os Assistentes Sociais tomam decisões e eticamente justificadas apoiando-
se na “Declaração Internacional dos Princípios Éticos” e nas “Normas Éticas 
Internacionais para os Assistentes Sociais”, adaptadas pela sua AssociaçãoProfissional Nacional. 
 
2.2. Áreas Problema / Zonas de Conflito 
2.2.1. As “áreas problema” que levantam questões éticas específicas não são 
necessariamente universais, devido às diferenças socioculturais e políticas. Cada 
Associação Nacional deverá promover o debate e a clarificação de questões 
importantes e dos problemas particularmente relevantes para o seu país. Contudo, 
as áreas problema, que se seguem, são por regras as reconhecidas universalmente: 
1) Quando a lealdade do Assistente Social se confronta com interesses 
contraditórios entre: 
- os do próprio Assistente Social e os seus utentes; 
- os interesses incompatíveis de utentes individuais e outros indivíduos; 
- os interesses contraditórios de grupos de utentes; 
- grupos de utentes e o resto da população; 
- o funcionamento da instituição, o empregador e os Assistentes Sociais; 
- grupos de profissionais diversos. 
2) O fato de o Assistente Social apoiar e controlar ao mesmo tempo (função de 
apoio e de controlo), coloca a questão da escolha de valores, a fim de evitar a 
confusão ou a falta de clarificação nas ações e suas consequências. Quando se 
espera que os Assistentes Sociais desempenhem um papel no controle dos 
cidadãos, eles são obrigados a clarificar as implicações éticas desta função e em 
 
 
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 107 
que medida este papel é aceitável relativamente aos “Princípios Básicos Éticos do 
Serviço Social”. 
3) O dever do Assistente Social de proteger os interesses do utente facilmente 
entram em conflito com exigências de eficiência e de rentabilidade, o que leva este 
problema a assumir importância com a introdução e o uso da tecnologia da 
informação no âmbito da Ação Social. 
2.2.2. Os princípios expressos em 2.1. deverão estar sempre na base de qualquer 
deliberação apresentada ou de qualquer escolha feita, pelos Assistentes Sociais ao 
tratar situações/problema. 
2.3. Metodologia para a Solução das Situações/Problema 
2.3.1. As diferentes Associações Nacionais de Assistentes Sociais são obrigadas a 
tratar os assuntos de tal maneira que as situações problemas/éticos possam ser 
tidas em consideração e tentada a sua resolução em fóruns coletivos dentro da 
organização. Estes fóruns deveriam possibilitar ao Assistente Social um espaço para 
debater, analisar e refletir as situações problema/éticos em colaboração com os 
colegas, com outros grupos de especialistas e outras partes afetadas pelo assunto 
em debate. Mais ainda, tais fóruns deviam dar oportunidade aos Assistentes Sociais 
de receber conselho e apoio de colegas e de outros técnicos. A análise e debate da 
Ética deveria procurar criar sempre oportunidades e opções. 
2.3.2. Às Associações membro é exigido que produzam e/ou adaptem diretrizes 
éticas para os diversos campos da Ação Social, especialmente para aqueles onde 
existem situações problema/éticos complicados, assim como para áreas onde os 
princípios éticos do Serviço Social possam entrar em conflito com os sistemas legais 
ou a política das autoridades do respectivo país. 
2.3.3. Quando os Princípios Éticos estão definidos, compete às Associações ajudar 
os Assistentes Sociais a analisar e a refletir sobre as questões éticas das situações 
problema, na base de: 
1) Os Princípios básicos da Declaração (2.1.); 
2) O CONTEXTO ético/moral e político das ações, isto é, a análise dos valores e 
poderes que constituem o enquadramento das condições da ação; 
 3) Os MOTIVOS da ação, quer dizer, antes de se iniciar um processo, de agir, 
deverão ser clarificadas as motivações e os objetivos da Ação Social; 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 108 
4) A NATUREZA da ação, isto é, a análise do conteúdo moral da ação, por exemplo, 
o uso de coação como oposto à cooperação voluntária, tutela versus participação, 
etc. 
5) As CONSEQUÊNCIAS que a ação pode ter para os diferentes grupos, isto é, uma 
análise das consequências das diversas formas de ação para todas as partes 
envolvidas, tanto a curto como a longo prazo. 
2.3.4. As Associações membro são responsáveis por promover o debate, o ensino e 
a pesquisa relativas às questões éticas. 
3. NORMAS ÉTICAS INTERNACIONAIS para os ASSISTENSTES SOCIAIS (Esta 
parte é baseada no Código Internacional de Deontologia para o Assistente Social, 
adaptado pela FIAS em 1976, mas não inclui os princípios éticos visto que estas 
estão agora incluídos no ponto 2.1. – Declaração dos Princípios Éticos do Assistente 
Social – no presente documento). 
3.1. Preâmbulo 
O Serviço Social tem a sua origem nos ideais e filosofias humanitárias, religiosas e 
democráticas. Tem como objetivo responder às necessidades humanas que 
resultam das interações pessoa/sociedade e ainda ao desenvolvimento do seu 
potencial humano. Os Assistentes Sociais têm como objetivo o bem-estar e a 
autorrealização dos seus utentes; o desenvolvimento e o uso disciplinado do 
conhecimento a respeito do comportamento humano e social; o desenvolvimento de 
recursos para ir ao encontro das necessidades e aspirações, tanto dos indivíduos, 
como dos grupos e da sociedade, em ordem a uma maior Justiça Social. O 
Assistente Social é obrigado a reconhecer e a aplicar estas normas de conduta 
ética, baseadas na Declaração Internacional dos Princípios Éticos de Serviço Social. 
3.2. Normas Gerais de Conduta Ética 
3.2.1. Procurar entender cada utente, individualmente, o sistema social em que está 
envolvido, as condicionantes que afetam o seu comportamento e acompanhamento, 
assim como os serviços que lhe deveriam ser prestados; 
3.2.2. Preservar, afirmar e defender, os valores, conhecimento e metodologia do 
Serviço Social, abstendo-se de qualquer comportamento que prejudique o exercício 
da profissão; 
3.2.3. Reconhecer as limitações profissionais e pessoais; 
3.2.4. Encorajar a utilização de todo o saber e experiência prática importantes; 
 
 
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 109 
3.2.5. Inovar e aplicar os métodos relevantes no desenvolvimento e validação dos 
seus conhecimentos teóricos e práticos; 
3.2.6. Contribuir com a sua assessoria técnica para o desenvolvimento de políticas e 
programas que promovam uma melhor qualidade de vida na sociedade; 
3.2.7. Identificar e interpretar as necessidades sociais; 
3.2.8. Identificar e interpretar a causa e a natureza dos problemas sociais, do 
indivíduo, do grupo, da comunidade e do país, tanto a nível nacional como no 
contexto internacional; 
3.2.9. Identificar, interpretar e dar a conhecer o trabalho e as atividades 
desenvolvidas pelos Assistentes Sociais; 
3.2.10. Esclarecer se as declarações públicas ou as ações realizadas são feitas 
numa base individual ou como representante de uma Associação Profissional ou 
outro qualquer grupo. 
3.3. Normas de Serviço Social em Relação com os Utentes 
3.3.1. Aceitar a responsabilidade em relação aos utentes, mas dentro das limitações 
estabelecidas pelos direitos éticos dos outros e os objetivos dos serviços; 
3.3.2. Preservar o direito do utente a um relacionamento de confiança, à privacidade 
e confidencialidade, e ao uso responsável da informação. O utente deverá estar 
informado da necessidade e do uso da recolha e da partilha da informação dos 
dados adquiridos enquanto profissional. Nenhuma informação deverá ser cedida 
sem o conhecimento do utente, exceto nos casos em que este não possa ser 
responsável ou em que outros possam ser colocados em risco. O utente deverá ter 
acesso aos registos do trabalho social que a ele se refiram; 
3.3.3. Reconhecer e respeitar as opções, responsabilidades e diferenças individuais 
dos utentes. Dentro do âmbito do serviço e do meio social do utente, o Assistente 
Social deverá ajudar os utentes a assumira responsabilidade pelas suas ações, 
apoiando todos de igual maneira. Se o serviço não puder ser efetuado desta forma, 
os utentes deverão ser informados disso, para que possam ficar livres para agir; 
3.3.4. Ajudar o utente – ou sociedade a alcançar a autorrealização e atingir o 
máximo potencial dentro dos limites dos respectivos direitos, seus e dos outros. O 
serviço deve ajudar o utente a entender e a usar o relacionamento profissional, 
promovendo as suas aspirações e interesses legítimos. 
 
 
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 110 
3.4. Normas de Serviço Social Relativas a Instituições / Serviços e 
Organizações 
3.4.1. Trabalhar e/ou cooperar com aquelas Instituições/Serviços e Organizações, 
cujas políticas, atividades e funcionamento tenham como objetivo prestar um serviço 
adequado, respeitando uma prática profissional compatível com os princípios éticos 
da FIAS; 
3.4.2. Executar, responsavelmente, os objetivos e funções fixados pela Instituição/ 
Serviço ou Organização, contribuindo para o desenvolvimento de políticas, 
processos e práticas corretas a fim de obter os melhores resultados possíveis; 
3.4.3. Manter a responsabilidade para com o utente, desencadeando alterações 
desejáveis de políticas, de processos e de práticas através de organizamos 
responsáveis. Se as soluções necessárias não forem conseguidas após terem sido 
esgotados todos os canais, deverão iniciar-se apelos adequados às autoridades 
responsáveis ou a uma comunidade de interesses mais amplos; 
3.4.4. Assegurar ao utente e à comunidade a responsabilidade profissional pela 
eficiência através da avaliação do processo em curso; 
3.4.5. Usar todos os meios para acabar com as políticas, os processos e as práticas, 
em conflito direto com os princípios do Serviço Social. 
3.5. Normas do Serviço Social Relacionadas com os Colegas 
3.5.1. Respeitar o saber, a experiência e a prática dos colegas, Assistentes Sociais e 
dos profissionais de outras áreas, alargando toda a cooperação necessária que 
possa intensificar a eficiência dos serviços; 
3.5.2. Reconhecer as diferenças de opinião e de prática dos colegas, Assistentes 
Sociais e outros profissionais, expressando as críticas de uma forma responsável; 
3.5.3. Promover e partilhar as oportunidades de estudo, experiências e ideias com 
todos os colegas Assistentes Sociais, profissionais de outras disciplinas e 
voluntários, com o objetivo de aperfeiçoamento mútuo; 
3.5.4. Comunicar aos corpos gerentes das Associações Profissionais quaisquer 
violações da ética e das normas profissionais e assegurar-se que os utentes estão 
protegidos; 
3.5.5. Defender os colegas contra ações injustas. 
 
 
 
 
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 111 
3.6. Normas Relativas à Profissão 
3.6.1. Manter os valores, princípios éticos, conhecimentos e metodologia da 
profissão e contribuir para a sua clarificação e aperfeiçoamento; 
3.6.2. Promover o nível da prática profissional e o emprego dos Assistentes Sociais; 
3.6.3. Defender a profissão contra a crítica injusta e trabalhar para desenvolver a 
confiança na necessidade da prática profissional; 
3.6.4. Realizar uma critica construtiva da profissão, suas teorias, métodos e práticas; 
3.6.5. Encorajar novas abordagens e metodologias necessárias para ir ao encontro 
das necessidades existentes. 
 
 
 
 
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 112 
 
ANEXO III 
 
RESOLUÇÃO CFESS N° 443/2003 
23 de maio de 2003 
 
EMENTA: Institui procedimentos para a realização de 
desagravo público, e regulamenta a alínea "e" do artigo 2° do 
Código de Ética do Assistente Social/Altera e revoga a 
Resolução CFESS N ° 294/94, de 04 de junho de 1994. 
 
O CONSELHO FEDERAL DE SERVIÇO SOCIAL, no uso de suas atribuições 
legais e regimentais, Considerando a necessidade de estabelecer 
procedimentos para garantia dos direitos e prerrogativas do assistente social, 
previstos pelas alíneas "a", "b", "c", "d", "f', g" e "i" do artigo 2° do Código de 
Ética Profissional do Assistente Social, instituído pela Resolução CFESS nº 
273/93 de 13 de março de 1993 e publicada no Diário Oficial da União de 30 
de março de 1993, seção I, pgs. 4004/4007; 
 
Considerando constituir direito do assistente social o DESAGRAVO 
PÚBLICO, por ofensa que atinja a sua honra profissional, conforme previsto 
pela alínea "e" do artigo 2° do Código de Ética Profissional do Assistente 
Social; 
Considerando ser de competência dos Conselhos Regionais de Serviço Social 
a análise de situações que atinjam as prerrogativas profissionais, cabendo 
neste caso a realização de Desagravo, de forma a preservar a imagem da 
Profissão de Serviço Social; 
Considerando, a necessidade de aperfeiçoar os procedimentos que regulam o 
desagravo público que estavam previstos pela Resolução CFESS nº 294/94 
de 04 de junho de 1994, e incorporá-los à presente Resolução; 
Considerando, finalmente, a aprovação da presente Resolução, pelo 
CONSELHO PLENO DO CFESS, em reunião realizada em 23 de maio de 
2003: 
 
R E S O L V E: 
Art. 1° - Todo assistente social, devidamente inscrito no CRESS de seu 
âmbito de atuação, que no exercício de suas atribuições e funções 
profissionais, previstas pela Lei 8.662/93, for ofendido ou atingido em sua 
honra profissional ou que deixar de ser respeitado em seus direitos e 
prerrogativas previstas pelas alíneas "a", "b", "c", "d", "f', "g", "h" e "i" do artigo 
2° do Código de Ética Profissional do Assistente Social, poderá representar 
perante o Conselho Regional onde esteja inscrito, para apuração dos fatos 
contra quem der ensejo ou causa a violação de seus direitos ou prerrogativas. 
 
Art. 2° - A representação deverá ser apresentada por escrito, contendo a 
descrição dos fatos e provas documentais ou de outra natureza. 
 
 
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 113 
 
Art. 3° - O Conselho Pleno do CRESS ou CFESS, conforme o caso, 
designará, dentre os Conselheiros, um relator, podendo contar com a 
colaboração de um ou mais assistentes sociais da base, que se incumbirá da 
apuração dos fatos, de forma a verificar a ocorrência de violação aos direitos 
e prerrogativas do assistente social. 
Parágrafo Único: O Conselheiro Relator, a seu critério, poderá determinar 
diligências, juntada de documentos, oitiva de testemunhas e outros, para 
esclarecimentos dos fatos. 
 
Art. 4° - O Conselheiro Relator poderá solicitar o comparecimento do suposto 
ofensor, para prestar esclarecimentos, quando entender que a matéria trazida 
à sua apreciação é controvertida. 
Parágrafo Primeiro: A retratação pública do ofensor, pelos meios de 
comunicação ou por outro julgado conveniente pelo Relator, poderá ensejar o 
arquivamento da representação, desde que se mostre suficiente e 
convincente no sentido de restabelecer a imagem do profissional que foi 
atingido em sua honra profissional. 
Parágrafo Segundo: O Relator poderá opinar pelo arquivamento do pedido 
de desagravo público se a ofensa for caracterizada como de natureza 
pessoal; se não estiver relacionada com o exercício profissional e com as 
prerrogativas gerais da profissão; ou se configurar crítica de caráter 
doutrinário, político, ideológico. 
 
Art. 5° - Caso seja inquestionável a prova documental juntada à 
representação e demonstre, inequivocamente, a caracterização da ofensa às 
prerrogativas e direitos do profissional, o Conselheiro Relator, ficará 
dispensado, nesta hipótese, da produção de provas. 
 
Art. 6° - Concluída a avaliação da representação, tanto na hipótese do 
parágrafo único do art. 3°, como do artigo 5°, da presente Resolução, o 
Conselheiro Relator emitirá um parecer fundamentando, opinando pelo 
arquivamento da representação de DESAGRAVO PÚBLICO, quando ficar 
caracterizada ofensa a imagem profissional. 
Parágrafo Único: O Parecer de Conselheiro Relator será sempre

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