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RELATÓRIOFINAL DE ESTÁGIO- ADAPTADO-SILANA (Reparado)-2

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SISTEMA DE ENSINO PRESENCIAL CONECTADO
serviço social 
RELATÓRIO FINAL
 DE ESTÁGIO SUPERVISIONADO
ADAPTADO
SILVANA COSTA DA COSTA DE ASSIS
IBOTIRAMA
2020
CARACTERIZAÇÃO SÓCIO INSTITUCIONAL
creas
Avaliando a política de Assistencia á população em situação de rua
Instituição : Prefeitura Municipal de Ibotirama secretaria de assistência social, Estado da Bahia
Campo de estágio: CREAS- Centro de referência Especializado de Assistência social
Semestre : VI
Estagiária : Silvana Costa da Costa de Assis
Relatório final de estágio apresentado ao curso de graduação em serviço social da unopar- universidade de pitágoras , para a disciplina de Estágio Supervisionado III (VI semestre).
Tutor eletrõnico: Marcia Avelar
 IBOTIRAMA
 2020
SUMÁRIO
1- INTRODUÇÃO.....................................................................................................4
2- DESENVOLVIMENTO.........................................................................................4
2.1- avaliando as açoes realizadas 
2.2- Idendentificação da instituição..........................................................................4
2.3- Objetivo Institucional.........................................................................................5
2.4- Atuação do Serviço Social.................................................................................6
2.5- Discrição do público alvo...................................................................................7 
2.6- Metodologia.......................................................................................................8
2.7- ObjetIvo proposto.............................................................................................9
2.8- O agir profissional do assistente social pautado na lei de regulamentação . da profissão e no código de ética do serviço social................................................11
3- CONSIDERAÇÕES FINAIS...............................................................................13
.
4- REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS..................................................................15
.
 INTRODUÇÃO
Este relatório final de estágio traz no primeiro momento como eixo norteador, como se dá a avaliação das ações pertinentes ao protagonismo profissional do assistente social tendo como base para as ações os programas ,projetos,e atendimentos que são oferecidos dentro da instituição aos usuários que necessitam destes serviços
 E ainda trazer ao conhecimento de todos a contextualização do CREAS ( Centro de Referencia Especializado de Assistencia Social) e indicar suas ações , descrevendo no âmbito institucional, como é realizado o atendimento ao público, tais como suas demandas. Particularmente sua formulação irá direcionar á política voltada para o público da população em situação de rua , e nesse contexto irá ainda destacar o compromisso assumido pela instituiçao(CREAS) , O papel dos profissionais responsáveis para que os direitos das pessoas em situação de rua sejam alcançados , e estes venham ser beneficiados com todas as ações realizadas no contexto da instituição .Levando em consideração que neste trabalho ficará o desejo do contato direto com os usuários em situação de rua ,onde iria realizar a aplicação do projeto de intervenção,pois não foi possível esta aplicação devido o triste cenário de pandemia,vivido no brasil e no mundo.
E como eixo importante, abordaremos ainda a forma de agir do assistente social dentro da instituição, enbasado na lei de regulamentação da profissão com sua temática histórica,e ainda com código de ética do Serviço Social, que ampliam essa atuação.
Avaliação das ações de projetos , programas ,atendimentos do serviço social
 A conquista do estatuto de política pública pela área da assistência social, em 15 de outubro de 2004, através da Resolução nº 145 do Conselho Nacional de Assistência Social (CNAS), reafirma os termos da responsabilidade pública do Estado para com os segmentos sociais em situação de vulnerabilidade numa perspectiva de garantia de direitos e reconhecimento da sua condição de cidadania. Em consonância com o disposto na LOAS, capitulo II, seção I, artigo 4º, a Política Nacional de Assistência Social (PNAS) rege-se pelos seguintes princípios democráticos:
1. Supremacia do atendimento às necessidades sociais sobre as exigências de rentabilidade econômica;
 2. Universalização dos direitos sociais, a fim m de tornar o destinatário da ação assistencial alcançável pelas demais políticas públicas; 
3. Respeito à dignidade do cidadão, à sua autonomia e ao seu direito a benefícios e serviços de qualidade, bem como à convivência familiar e comunitária, vedando-se qualquer comprovação vexatória de necessidade; 
4. Igualdade de direitos no acesso ao atendimento, sem discriminação de qualquer natureza, garantindo-se equivalência às populações urbanas e rurais; 
5. Divulgação ampla dos benefícios, serviços, programas e projetos assistenciais, bem como dos recursos oferecidos pelo poder público e dos critérios para a sua concessão. (Brasil, MDS, 2004, p.26). Baseadas nestes princípios as competências específicas dos(as) assistentes sociais no âmbito da política de assistência social, conforme os parâmetros estabelecidos para a atuação profissional para esta área, abrangem diversas dimensões interventivas, complementares e indissociáveis.
uma dimensão que engloba as abordagens individuais, familiares ou grupais na perspectiva de atendimento às necessidades básicas e acesso a direitos , uma dimensão de intervenção coletiva junto a movimentos sociais, na perspectiva da socialização da informação, mobilização e organização popular , uma dimensão voltada para inserção nos espaços democráticos de controle social e construção de estratégias para fomentar a participação , uma dimensão de gerenciamento, planejamento e execução direta debens e serviços , uma dimensão que se materializa na realização sistemática de estudos e pesquisas sobre as reais condições de vida e demandas da classe trabalhadora, e possam alimentar o processo de formulação, implementação e monitoramento da política de assistência social , uma dimensão pedagógica-interpretativa e socializadora de informações e saberes no campo dos direitos, da legislação social e das políticas públicas. (CONSELHO FEDERAL DE SERVIÇO SOCIAL, 2010, p. 18-19). 
Contextualização e Identificaçao institucional:
O Centro de Referência especializado de Assistência Social – CREAS está situado atualmente no bairro São Francisco , rua: Antônio Borges Laranjeira n°445, Implantado em abrangência local em Ibotirama no dia 09 de maio de 2006. Constitui-se numa unidade pública estatal de prestação de serviços especializados e continuados a individuos e famílias com seus direitos violados . O CREAS articula os serviços de média complexidade e opera referência e contra referência com a rede de serviços sócio assistênciais de proteção social básica e especial com as demais políticas públicas e instituições que compõe o sistema de garantia de di
Objetivo institucional :
Considerando a definição expressa na lei n/ 12.435/ 2011, o CREAS é a unidade pública estatal de abrangência municipal ou regional que tem como papel constituir-se em lócus de referência, nos territórios da oferta de trabalho social especializado no SUAS, familias e indivíduos em situação de risco pessoal ou social , por violação de direitos . Seu papel no SUAS define igualmente seu papel na rede de atendimento. Sua implantação, funcionamento e a oferta direta dos serviços constituem responsabilidade do poder público local e, no caso do CREAS regionais, do estado e municípios envolvidos, comforme pactuação de responsabilidades. Devido à natureza público estatal, os CREAS não podem ser administrados por organizações de natureza privada pois estes não tem fins lucrativos. Dadaa especificidade das situações vivenciadas, os serviços ofertados pelo CREAS não podem sofrer interrupções, seja por questões relativas à alternância da gestão ou qualquer outro motivo.
 De acordo com a Tipificação Nacional de Serviços Socioassistenciais, pactuada na Comissão Intergestores Tripartite – CIT, e aprovada pelo Conselho Nacional de Assistência Social, por meio da Resolução Nº 109 de 11 de dezembro de 2009 o CREAS pode ofertar os seguintes serviços: Serviço de Proteção e Atendimento Epecializado a Famílias e Indivíduos – PAEFI, Serviço de Proteção Social a Adolescentes em Cumprimento de Medidas Socio e ducativas de Liberdade Assistida e de Prestação de Serviços à Comunidade, Serviços Especializado em Abordagem Social,Serviço de Proteção Social e Especial para pessoas com deficiência, idosas e suas famílias.Os serviços ofertados pelo CREAS devem propiciar acolhida e escuta qualificada , visando outros aspectos: 
 - Ao fortalecimento da função protetiva da família;
 - À interrupção de padrões de relacionamento familiares e comunitários com violação de direitos; 
 - À potencialização dos recursos para superação da situação vivenciada e reconstrução de relacionamento familiares, comunitários e com o contexto social, ou 
construção de novas referências, quando for o caso;
 - Ao acesso das famílias e indivíduos a direitos socio assistenciais e à rede de proteção social;
 - Ao exercício do protagonismo e da participação social; 
 - À prevenção de agravamentos e da institucionalização.
 A população atendida pelo CREAS em Ibotirama são crianças, e famíias vítima de violência doméstica e/ou intrafamiliar: que acontecem nas situações de trabalho infantil, abuso e exploração sexual, violência física,psicológica e negligência, afastamento do convívio familiar por medidas socioeducativa ou de proteção, discriminação, e outras situações.
 Adolescentes em cumprimento de medida socioeducativa e meio aberto (Liberdade Assistida e Prestação de Serviços à Comunidade) vítimas de violência doméstica/ intrafamiliar, pessoas abrigadas ou egressas do acolhimento institucional; com usuários de substâncias psicoativas;ou que nessecitam de serviços de habilitação e reabilitação para pessoas com deficiência.Conforme a observação,a busca ativa na maioria das vezes é realizada por mulheres e idosos pedindo orientação sobre os progamas ofertados.Criança e adolescente normalmente são encaminhados pelo conselho Tutelar e Ministirio Público,ou por pessoas que espontâneamente buscam apoio por elas.
Muitas familias são atendidas pelo CREAS ,são familias que possuem como renda apenas 1sálario minimo ou até mesmo a renda recebida unicamente pelo progama Bolça Familia ou pelo Beneficio de Prestação Continuada – BPC
Agora descreveremos sobre as situações que abrangem o projeto de intervenção, tal como sua elaboração seus fins e publico no que se refere
Vamos começar com uma breve descrição da população em situação de rua identificando os principais problemas que se inserem no contexto desta população
 Perfil e dinâmica da população em situação de rua 
A Política Nacional para a População em Situação de Rua adota o seguinte conceito para a definição da população em situação de rua: Grupo populacional heterogêneo que possui em comum a pobreza extrema, os vínculos familiares interrompidos ou fragilizados e a inexistência de moradia convencional regular, e que utiliza logradouros públicos e as áreas degradadas como espaço de moradia e de sustento, de forma temporária ou permanente, bem como as unidades de acolhimento para pernoite temporário ou como moradia provisória (Decreto nº 7053/2009, art. 1º, Parágrafo Único). Essa noção, ainda em construção, procura contemplar os procura contemplar os diferentes recortes conceituais adotados em pesquisas censitárias realizadas a partir de 1995, que buscaram traçar o perfil dessa população e apontaram, no conjunto de seus resultados, a inexistência de um bloco homogêneo de pessoas em situação de rua.
Caracterizada, em grande parte, como uma população composta por trabalhadores no mercado informal (52,6%) que recebiam entre R$ 20,00 e R$ 80,00 semanais, atuando: como catadores de material reciclável (27,5%), flanelinhas (14,1%), em setores da construção civil (6,3%) e limpeza (4,2%), como carregadores e estivadores (3,1%). A grande maioria (47,7%) nunca teve carteira assinada ou não trabalhava formalmente há muito tempo. É importante ressaltar que os dados revelaram que, ao contrário das representações sociais a respeito da população em situação de rua, apenas uma minoria (15%) pedia dinheiro nos espaços públicos como sua principal fonte de sobrevivência. Assim, não se trata de uma população de “mendigos” ou “pedintes”, mas de trabalhadores que têm alguma profissão (58,6%), embora situados na chamada economia informal.
Aproximadamente 25% dos pesquisados afirmaram não possuir qualquer documentação pessoal, o que dificulta a obtenção de emprego formal, acesso a serviços públicos e programas governamentais. Quanto à escolaridade, a imensa 
maioria dessa população não estudava no momento da realização da pesquisa (95%). 
Cerca de 75% sabia ler e escrever, sendo que a metade tinha apenas o primeiro grau 
incompleto e 15% nunca havia estudado. A pesquisa apontou como principais motivos pelos quais os entrevistados passaram a viver nas ruas: alcoolismo e/ou uso de drogas (35,5%), problemas de desemprego (29,8%) e conflitos familiares (29,1%). Cerca de 70% citaram pelo menos um desses três motivos, os quais podem, ainda, estar correlacionados entre si, sem que se possa concluir a prevalência específica de cada um desses motivos nas trajetórias pessoais de cada entrevistado.
Isso se dará atravéz da verificação das condições de acesso ás redes de atendimento público a esta população principalmente as redes de saúde .
E ainda por intermédio de estabelecimento de vínculos , neste caso na forma de aprendizado possível para aproximação aos moradores de rua promovendo desenvolvimento e favorecendo bons resultados para o resgate da auto estima e auto cuidado.
METODOLOGIA
Para alcancçar os objetivos propostos no projeto de intervenção com a população em situação de rua traçamos as seguintes metodologias 
 Atravéz de estágio supervisionado juntamente com a equipe do CREAS – Centro de Referência de Assistência Social, por meio de abordagem proucurando interagir ,acolher, e reunir esses moradores nas diversas idades . Além disso foram realizadas pesquiisas na região da cidade sobre todos os projetos sociais e governamentais oferecidos para moradores de rua tendo como objetivo principal a formação de vínculos com essa população , conhcendo sua realidade , para 
ajudarmos em conjunto com eles para os beneficios de inclusão , existentes na região.
E ainda fizemos um mapeamento e triagem da demanda juntamente com a equipe técnica do CREAS, nas ruas da cidade de Ibotirama. E uma análise dos dados atravéz da interação com os moradores em situação de rua.
Os locais considerados privilegiados para as ações são as praças , em que se aglomeram o maior número de moradores da região , espaços públicos onde se realizam atividades da cidade , terninais de ônibus e outros . O projeto dentro doque foi proposto atravéz das necessidades gerais buscará a resolução de problemas na perspectiva de diminuir essa população e concientizá-la quanto aos direitos garantidos por lei .
 OBJETIVO PROPOSTO 
 O projeto de intervenção com a população em situação de rua teve como objetivo o atendimento a população de rua da cidade de ibotirama –bahia ,atravéz de encaminhamento a órgaõs públicos que atendam as especificidades de cada caso .Visando o atendimento na melhoria de sua expectativa de vida , na perspectiva de vínculos ,valorização do potencial e resgate da autoestima .
Isso se dará atravéz da verificação das condições de acesso ás redes deatendimento público a esta população principalmente as redes de saúde .
E ainda por intermédio de estabelecimento de vínculos , neste caso na forma de aprendizado possível para aproximação aos moradores de rua promovendo desenvolvimento e favorecendo bons resultados para o resgate da auto estima e auto cuidado
Conhecendo o contexto das políticas voltadas para a atenção dessa população
 Contexto das ações direcionadas às pessoas em situação de rua Com a redemocratização do país, processaram-se também as primeiras iniciativas de organização da população em situação de rua, contrariando a crença desenvolvida pelas práticas caritativas e assistencialistas de que este segmento da população não teria força de mobilização para buscar politicamente transformações individuais e coletivas. 
.
 Nesse contexto, as instituições de apoio e ajuda à população em situação de rua direcionam-se para a afirmação do acesso desta população ao direito humano à vida e à dignidade. Estas instituições buscaram, ainda, superar o caráter assistencialista e repressor da ação junto às pessoas em situação de rua com a introdução, no trabalho cotidiano, de um novo trato metodológico que priorizava a organização e o protagonismo como instrumento de resgate de direitos de cidadania das pessoas em situação de rua. 
 “Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança.” (CF, art. 5º) “São direitos sociais a educação, a saúde, o trabalho, a moradia, o lazer, a segurança, a previdência social, a proteção à maternidade e à infância, a assistência aos desamparados.” (CF, art. 6º) 05 - Caderno Centro Pop.indd 15 29/11/2011 14:20:11 
A Política Nacional para População em Situação de Rua, ao elencar seus objetivos previu a implantação de centros de referência especializados para o atendimento a esse segmento no âmbito da política de assistência social, lançando bases para que, em 2009, a Tipificação Nacional de Serviços Socioassistenciais previsse a implantação desta unidade no SUAS, o que passou a ser apoiado pelo MDS a partir de 2010. Uma importante ação também desenvolvida pelo MDS foi a inclusão desse público no Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal. O cadastramento dessa população atrelado à sua vinculação aos serviços socioassistenciais. Foi impulsionado, ainda, com o lançamento do Plano Brasil sem Miséria, que tem dentre suas prioridades a atenção às pessoas em situação de rua.
A luta pela afirmação dos direitos da população em situação de rua no Brasil ganhou institucionalidade com os avanços também no campo legislativo. Com a aprovação da alteração na LOAS1 e da Lei do SUAS2 , a atenção às pessoas em situação de rua no cam1 Lei nº 11.258/2005 que alterou o art. 23 da Lei nº 8742/93, incluindo na LOAS a previsão expressa de programas para população em situação de rua na política de Assistência Social. 2 Lei nº 12.435, de 06 de julho de 2011.
O agir profissional do assistente social pautado na lei de regulamentação da profissão e no código de ética do serviço social.
Atribuições privativas e competências profissionais 
Uma profissão só se afirma e se desenvolve se responder às demandas postas pelos diferentes segmentos da sociedade. Somos sabedores que o Serviço Social atua sobre interesses contraditórios e somente por um polo pode fortalecer o outro(Iamamoto, 1995) Assim, desde a ruptura com o conservadorismo que caracterizou a emergência da profissão (o que não quer dizer que não exista o conservadorismo entre nós, na profissão), viemos construindo um projeto profissional em que a questão social , matéria que justifica o fazer profissional , é vista como produto e cria do modo de produção capitalista. Portanto, seus efeitos não podem ser enfrentados de forma moralizante e de responsabilidade individual. Seu enfrentamento deve se dar coletivamente. Por isso o compromisso do Código de Ética do(a) Assistente Social (CFESS, 2012a) com a liberdade como valor ético central e a defesa da democracia e dos direitos humanos. Os princípios do Código afirmam ainda a importância de um projeto profissional vinculado ao processo de construção de uma nova ordem societária. Logo, o Código de Ética nega valores corriqueiros da sociedade capitalista, como, por exemplo, o individualismo e a competitividade.
A análise da Lei de Regulamentação da profissão, que se constitui no estatuto jurídico que dispõe sobre as atribuições privativas e competências dos assistentes sociais, indica atribuição privativa como “prerrogativas exclusivas” da prática profissional dos assistentes sociais e competência como “capacidade para apreciar ou dar resolutividade a determinado assunto, não sendo exclusivas de uma única especialidade profissional, mas a ela concernentes em função da capacitação dos sujeitos profissionais” (Iamamoto, In: CFESS, 2012, p. 37). 
As atribuições e competências dos/as profissionais de Serviço Social, sejam aquelas realizadas na política de Assistência Social ou em outro espaço sócioocupacional, são orientadas e norteadas por direitos e deveres constantes no Código de Ética Profissional e na Lei de Regulamentação da Profissão, que devem ser observados e respeitados, tanto pelos/as profissionais, quanto pelas instituições empregadoras. No que se refere aos direitos dos/as assistentes sociais, o artigo 2º do Código de Ética assegura: 
Art. 2º - Constituem direitos do/a assistente social: 
a) garantia e defesa de suas atribuições e prerrogativas, estabelecidas na Lei de Regulamentação da Profissão e dos princípios firmados neste Código;
 b) livre exercício das atividades inerentes à profissão;
 c) participação na elaboração e gerenciamento das políticas sociais, e na formulação e implementação de programas sociais;
d) inviolabilidade do local de trabalho e respectivos arquivos e documentação, garantindo o sigilo profissional; 
e) desagravo público por ofensa que atinja a sua honra profissional; 
f) aprimoramento profissional de forma contínua, colocando-o a serviço dos princípios deste Código;
 g) pronunciamento em matéria de sua especialidade, sobretudo quando se tratar de assuntos de interesse da população;
 h) ampla autonomia no exercício da profissão, não sendo obrigado a prestar serviços profissionais incompatíveis com as suas atribuições, cargos ou funções;
 i) liberdade na realização de seus estudos e pesquisas, resguardados os direitos de participação de indivíduos ou grupos envolvidos em seus trabalhos.
 No que se refere aos deveres profissionais, o artigo 3º estabelece: 
Art. 3º - São deveres do/a assistente social: 
a) desempenhar suas atividades profissionais, com eficiência e responsabilidade, observando a Legislação em vigor; 
b) utilizar seu número de registro no Conselho Regional no exercício da profissão;
 c) abster-se, no exercício da profissão, de práticas que caracterizem a censura, o cerceamento da liberdade, o policiamento dos comportamentos, denunciandosua ocorrência aos orgãos competentes.
d) participar de programas de socorro à população em situação de calamidade pública, no atendimento e defesa de seus interesses e necessidades.
 Tendo em vista o disposto acima, o perfil do/a assistente social para atuar na política de Assistência Social deve afastar-se das abordagens tradicionais funcionalistas e pragmáticas, que reforçam as práticas conservadoras que tratam as situações sociais como problemas pessoais que devem ser resolvidos individualmente
Os profissionais inseridos nas instituições CRAS e CREAS trabalham diretamente com as políticas de Assistência Social, sendo assim necessário ser técnico comprometido e conhecedor de suas atribuições e competência em direção a realizar análise crítica da realidade, para, a partir daí, estruturar seu trabalho e estabelecer as competências e atribuições específicas, necessárias ao enfrentamento das situações e demandas sociais que se apresentam em seu cotidiano.
 Esses serviços,por sua vez, engendram processos coletivos de trabalho que, nem por isso, deixam de requerer competências profissionais particulares, lembrando que entendemos que o trabalho coletivo expressa uma busca de resposta às necessidades dos(as) usuários(as). Cabe lembrar que esse movimento é contraditório: ao mesmo tempo que pode descaracterizar nossas atribuições privativas, pode também apresentar novas e importantes demandas para a profissão. Vamos tratrar então das competências e atribuições dos/as assistentes sociais, na política de Assistência Social, nessa perspectiva e com base na Lei de Regulamentação da Profissão, requisitam, do/a profissional, algumas competências gerais que são fundamentais à compreensão do contexto sócio-histórico em que se situa sua intervenção, tais como:
· Apreensão crítica dos processos sociais de produção e reprodução das relações sociais numa perspectiva de totalidade;
· Análise do movimento histórico da sociedade brasileira, apreendendo as particularidades do desenvolvimento do Capitalismo no País e as particularidades regionais;
· Compreensão do significado social da profissão e de seu desenvolvimento sócio histórico, nos cenários internacional e nacional, desvelando as possibilidades de ação contidas na realidade;
· Identificação das demandas presentes na sociedade, visando a formular respostas profissionais para o enfrentamento da questão social, considerando as novas articulações entre o público e o privado (ABEPSS, 1996).
Compreender as particularidades do Serviço Social como especialização do trabalho coletivo requer a apreensão do conjunto de características que demarcam a institucionalização e desenvolvimento da profissão. Isto é, tanto as determinações sócio históricas de sua inserção na sociedade brasileira que perfilam o fazer profissional, quanto a herança cultural que vem respaldando as explicações efetivadas pelo Serviço Social sobre as relações sociais, sobre suas práticas, suas sistematizações e seus saberes (ABEPSS, 1996, p.10).
Conhecendo algumas competências, estratégias e procedimentos específicos do Assistente social, com destaque para: 
• realizar pesquisas para identificação das demandas e reconhecimento das situações de vida da população, que subsidiem a formulação dos planos de Assistência Social;
 • formular e executar os programas, projetos, benefícios e serviços próprios da Assistência Social, em órgãos da Administração Pública, empresas e organizações da sociedade civil; 
• elaborar, executar e avaliar os planos municipais, estaduais e nacional de Assistência Social, buscando interlocução com as diversas áreas e políticas públicas, com especial destaque para as políticas de Seguridade Social;
 • formular e defender a constituição de orçamento público necessário à implementação do plano de Assistência Social;
 • favorecer a participação dos/as usuários/as e movimentos sociais no processo de elaboração e avaliação do orçamento público; 
• planejar, organizar e administrar o acompanhamento dos recursos orçamentários nos benefícios e serviços socioassistenciais nos Centros de Referência em Assistência Social (CRAS) e Centros de Referência Especializados de Assistência Social (CREAS); 
 • contribuir para viabilizar a participação dos/as usuários/as no processo de elaboração e avaliação do plano de Assistência Social; prestar assessoria e consultoria a órgãos da Administração Pública, empresas privadas e movimentos sociais em matéria relacionada à política de Assistência Social e acesso aos direitos civis, políticos e sociais da coletividade; 
• estimular a organização coletiva e orientar/as os usuários/as e trabalhadores/as da política de Assistência Social a constituir entidades representativas;
 • assessorar os movimentos sociais na perspectiva de identificação de demandas, fortalecimento do coletivo, formulação de estratégias para defesa e acesso aos direitos; 
• realizar visitas, perícias técnicas, laudos, informações e pareceres sobre acesso e implementação da política de Assistência Social;
 • realizar estudos sócioeconômicos para identificação de demandas e necessidades sociais; 
• organizar os procedimentos e realizar atendimentos individuais e/ou coletivos nos CRAS;
 • exercer funções de direção e/ou coordenação nos CRAS, CREAS e Secretarias de Assistência Social;
 • fortalecer a execução direta dos serviços socioassistenciais pelas prefeituras, governo do DF e governo Estadual em suas áreas de abrangência;
 • realizar estudo e estabelecer cadastro atualizado de entidades e rede de atendimentos públicos e privados;
 • atuar nos Conselhos de Assistência Social na condição de secretário/a executivo/a; 
• organizar e coordenar seminários e eventos para debater e formular estratégias coletivas para materialização da política de Assistência Social; 
• elaborar projetos coletivos e individuais de fortalecimento do protagonismo dos/as usuários/as;
 • acionar os sistemas de garantia de direitos, com vistas a mediar seu acesso pelos/as usuários/as; 
• supervisionar direta e sistematicamente os/as estagiários/as de Serviço Social.
Entre outras ações que compõe esse documento.
O profissional de Serviço Social sendo um profissional especializado dotado de saber específico deve apresentar propostas competentes e inovadoras desmantelando a burocratização e o senso comum. Portanto, o profissional para ter um bom resultado ao longo do seu processo de reelaboração das demandas a ele encaminhadas tem que desenvolver as três dimensões: teórico-metodológica, ético-política e técnico-operativa.
Diante das questões apresentadas o trabalho do assistente social na política de assistência social deve ser de forma competente, exige ir além das rotinas institucionais onde os mesmo possam propor e negociar com a instituição os seus projetos, bem como, saber defender o seu campo de trabalho, suas qualificações e atribuições profissionais.
O profissional de serviço social no seu exercício se constrói em torno várias situações e vertentes complexas que sustentam a sociedade contemporânea. Onde se faz necessário que o profissional esteja atualizado para poder fazer de forma embasada seus questionamentos frente as demandas institucionais, pois assim, certamente não se limitará a uma reprodução mecânica de técnicas e instrumentos, contribuindo para a promoção de mudanças significativas no cotidiano dos usuários.
 Consideraçoes finais
 Com a realização do estágio supervisionado,além de proporcionar a utilização dos conhecimentos adquiridos ao longo do Curso, o estágio supervisionado é também uma ferramenta que proporciona um contato direto do com o usuário e com o mercado de trabalho, pois para sua realização, passamos pelos mesmos processos que passaremos ao buscar uma colocação profissional após a graduação. Todos têm de preparar o currículo, passar por entrevistas e por fim, se tudo correr bem, poderemos então colocar em prática toda nossa bagagem de aprendizado, seja aquele fornecido pela faculdade, ou aquele que trazemos ao longo de nossas vidas . 
 Assim a profissão de Serviço Social está em movimento, como tudo que tem e faz história. Nesse movimento , que é real e independente da vontade dos sujeitos envolvidos , o seriço social tem o desafio coletivo de empreender respostas às demandas que lhes são solicitadas e que consideram pertinentes, bem como também precisam sempre apurar discernimentos sobre as requisições enviesadas que são dirigidas à profissão. O que aqui se tratou acerca das iniciativas do Conjunto CFESS-Cress sobre as atribuições e competências profissionais conforma ações de distintas gerações de profissionais que, em torno desse Conjunto, foram e vão dando feição a essa entidade que , sem abrir mão da sua função essencial , visa construir uma profissão comprometida, no seu cotidiano de trabalho, com as requisições históricas da classe trabalhadora, com a luta pela democracia na sociedade e no Estado brasileiro, colocando-se contrária a todas as formas de arbítrio e autoritarismo.
Referências bibliográfica
BRASIL. CREAS RecursosHumanos, Disponivel em
http:/www.mds.gov.br/falemd/perguntas-frequentes/assistencia-socio/pseprotecao-
social-especial/creas-centro-de-referencia-especializado-de-assistenciasocial/creas-
profissional acesso em 31/05/2013
Orientações sobre a Gestão Do Centro de Referência Especializado de Assistência 
Social – CREAS – 1ª Versão
FNAS FUNDO NACIONAL DE ASSISTÊNCIA SOCIAL – GUIA RÁPIDO DE
ORIENTAÇÕES Brasília, JANEIRO DE 2014
Orientações Técnicas: Centro de Referência Especializado de Assistência Social –
CREAS Brasília, 2011 Gráfica e Editora Brasil LTDA
Centro POP- Secretaria Especial do Desenvolvimento Social- caderno de orientações
IAMAMOTO, Marilda Vilela. O serviço social na contemporaneidade: trabalho e formação profissional, 22ª ed. São Paulo: Cortez, 2012.
IBGE, Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – Diretoria de Pesquisa – DPE Coordernação de População e Indicadores Sociais – COPIS. Disponível em: ftp://ftp.ibge.gov.br/Estimativas_ de_ Populacao/Estimativas_ 2014/estimativa_dou_2014.pdf Acesso em: 18 de out. de 2014 ás 22:00
MDS, Ministério do Desenvolvimento Social e combate á fome. Disponível em: www.mds.gov.br/assistenciasocial. Acesso em: 02/10/14 as 17h56min.
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