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Unidade 2 A terra sua idade e movimentações da crosta

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Unidade 2: A terra 
A terra - sua idade e movimentação da 
crosta 
Unidade 2: A Terra 
2.1 – A terra - sua idade e 
movimentação da crosta 
 De acordo com as teorias geralmente aceita, a Terra teria 
tido o início da sua formação há aproximadamente 4,6 
bilhões de anos (esse número hoje é calculado com maior 
exatidão: 4,567 bilhões de anos) através de várias nuvens de 
gás e poeira (*disco protoplanetário) em rotação, que deu 
origem ao nosso Sistema Solar. 
 
 
 
2.1 Formação da terra 
2.1 Evolução da vida e formação da terra 
2.1 Evolução da vida e formação da terra 
2.1 Formação da terra 
 
 No começo, tudo no planeta Terra era uma rocha derretida, que 
depois de algum tempo, se solidificou e formou a superfície 
terrestre. Naquela época havia muitas erupções vulcânicas, e por 
essa razão, a atmosfera da terra era composta de vários gases, 
principalmente o oxigênio, hidrogênio e carbono. Houve um 
grande período de chuvas, que durou milhões de anos, e as 
partes de terra que ficaram emergiram formaram os continentes. 
 
 
 
2.1 Formação da terra 
 O Hadeano é um período da geologia verdadeira do planeta Terra. 
Essa rocha é tão antiga em relação aos meteoritos. Durante o 
Hadeano, o sistema solar estava tomando forma, provavelmente 
dentro de várias nuvens grandes de gás e poeira em torno do sol. 
A abundância relativa de alguns elementos mais pesados no 
sistema solar sugere que estes gás e poeira eram derivados de 
uma supernova. 
 
 Alguns elementos mais pesados são gerados dentro das 
estrelas pela fusão nuclear do hidrogênio, que são de outra 
maneira incomuns. Nós podemos ver processos similares ocorrer 
hoje em nebulosas. 
 
 O sol formou-se dentro de uma nuvem de gás e a poeira, e 
começou a se submeter à fusão nuclear e a emitir luz e calor. 
2.1 Formação da terra 
 No começo do Arqueano, o fluxo de calor da Terra era 
aproximadamente três vezes maior que é hoje, e era ainda duas 
vezes o nível corrente no começo do Proterozoico. O calor extra 
pode ter sido remanescente da acreção planetária, da formação do 
núcleo de ferro, e parcialmente causado pela maior produção 
radioativa de núcleos atômicos de vida curta, tais como urânio-
235. 
 Apesar de alguns poucos grãos minerais conhecidos serem mais 
antigos, as mais velhas formações rochosas expostas na superfície 
da Terra são arqueanas. As rochas arqueanas são provenientes da 
Groenlândia, do Escudo Canadense, Austrália ocidental e África 
meridional. 
 
2.1 Formação da terra 
 A teoria da nebulosa explica a formação dos planetas a partir da 
acresção de materiais oriundos de uma nuvem de poeira e gás 
inicial. 
 Definição: acresção: (sinônimo, acrescimento) 
 
 Hipótese referente ao nascimento e crescimento de planetas por 
agregação de poeira estelar e corpos menores (asteroides) 
atraídos gravitacionalmente e incorporados à massa do planeta em 
desenvolvimento. 
 
 
2.1 Formação da terra 
0 a 40km 
800 a 1000ºC 
40 a 2890km 
2000 a 3000ºC 
2890 a 6370km 
> 3000ºC 
2.1 Formação da terra 
 
2.1 Formação da terra 
 A estrutura interna do planeta pode ser representado por 3 
camadas distintas: a primeira, conhecida como litosfera ou 
crosta com espessura de até 120km; a segunda conhecida 
como manto com espessura de 2.900km; e finalmente, a 
última camada conhecida como núcleo e com espessura de 
aproximadamente 3.500km, constituída principalmente de 
níquel e ferro e subdividida em núcleos externo e interno. 
2.1 Formação da terra 
2.1 Evolução da vida e formação da terra 
2.1 Formação da terra 
 A crosta ou litosfera é a camada mais externa 
do planeta Terra. É constituída fundamentalmente de duas 
partes distintas: o sial, que é a parte mais externa, composta 
principalmente de sílício e alumínio, representada por rochas 
de constituição granítica; e o sima que é a camada 
subjacente ao sial e cuja composição básica é o sílício 
e magnésio representada por rochas do tipo basáltico. 
 
 
 
 
 
 
2.1 Formação da terra 
 A parte mais superficial da crosta está representada por rochas, 
que são agregados naturais de um ou mais minerais (mineral é 
definido como toda substância inorgânica natural de composição 
química e estruturas definidas). 
 Estudos mostraram que abaixo da crosta a velocidade das ondas 
sísmicas aumenta bruscamente para 8 km/s, indicando a 
existência de uma descontinuidade composicional a esta 
profundidade. Esta fronteira denomina-se descontinuidade de 
Mohorovicic, e separa a crosta do manto. 
 
2.1 Formação da terra 
 Este aumento brusco da velocidade das ondas sísmicas sugere que 
o manto é mais rígido e denso do que a crosta; o que é 
consistente com diversos dados petrológicos. 
 O mecanismo que permite que a crosta menos densa flutue sobre 
o manto, tal como um iceberg flutua no oceano, é descrito 
pelo princípio da isostasia. 
 De fato, o conceito de mobilidade é relativo: uma rocha pode ser 
considerada dura e sólida para um observador humano, mas 
possuir um comportamento de fluido no longo prazo (centenas a 
milhares de anos). No manto, logo abaixo da litosfera, há uma 
zona de baixa velocidade das ondas sísmicas (entre 100 e 200 km 
de profundidade), situada no topo da astenosfera. Nesta zona as 
rochas encontram-se parcialmente fundidas (menos de 1%), uma 
vez que o aumento da temperatura nessa zona ultrapassa a curva 
de fusão de alguns minerais das rochas mantálicas. 
 
2.1 Formação da terra 
 Esta fusão parcial das rochas da astenosfera superior, ainda que 
muito pequena, provoca uma diminuição da rigidez dessas 
rochas, que apresentam um comportamento fluido à escala 
geológica. Isto resulta no estabelecimento de correntes de 
convecção, que permitem o deslizar das placas litosféricas num 
fenômeno designado por deriva continental que está na origem da 
teoria da tectônica de placas. 
 
 O deslocamento das placas tectônicas provocado por deriva 
continental é quase insignificante à escala humana: poucos 
centímetros por ano. 
 
2.1 Formação da terra 
 Clarke e Washington calcularam que 47% da crosta é constituída 
por oxigênio. A sua composição é majoritariamente de óxidos 
combinados, sendo os principais o silício, o alumínio, o ferro, 
o cálcio, magnésio, potássio e óxidos de sódio. A sílica é o 
principal componente da crosta, e está presente sob a forma 
de minerais de sílica nas rochas ígneas e metamórficas. Através do 
cálculo de 1672 análises feitas em diferentes rochas, F. W. Clarke 
elaborou a seguinte tabela em que as massas estão expressas em 
média percentual: 
 
 
 
Composição média para a crosta nas áreas continentais 
Óxidos Percentagem 
SiO2 60,2 
Al2O3 15,6 
Fe2O3 3,1 
FeO 3,9 
MgO 3,6 
CaO 5,1 
Na2O 3,9 
K2O 3,1 
TiO2 1,0 
P2O5 0.3 
Total 99.5 
2.2 Formas de vida 
 A vida começou na terra há pouco mais de 3,5 bilhões de anos, no 
período Arqueano, pois se são encontrados vestígios de vida nesse 
período, sua formação deve ser, necessariamente, anterior. 
 
 Os Eucariontes, mais complexos, continham um núcleo e algumas 
organelas. As primeiras formas de vida, os Procariontes 
(unicelulares) continham DNA, uma das moléculas fundamentais 
da vida. 
 
 
 
2.2 Formas de vida 
 De pequenos seres chamados conodontes, surgiram os peixes, que 
se tornaram no Devoniano os donos dos mares, e que por alguma 
razão desconhecida, talvez em busca de alimentos ou para fugir de 
predadores, começaram a sair para a terra firme, e deram origem 
aos anfíbios que podiam andarna terra, mas necessitavam viver 
em pântanos pois não sobreviviam muito tempo fora da água. Os 
anfíbios evoluíram aos répteis, que viviam sem dependência da 
água e dos répteis evoluíram os sinapsídeos, ancestrais 
dos mamíferos, que permaneceram escondidos durante o longo 
reinado dos dinossauros até se tornarem os donos do mundo. 
 
 
 
2.3 Placas tectônicas 
 
 
 É a teoria segundo a qual há equilíbrio isostático na terra, isto é, a 
uma dada profundidade (~60km) as pressões se igualam. 
 
 Como consequência da diferença de densidade das camadas da 
terra, os continentes (mais leves) “flutuam” sobre o material de 
maior densidade. 
 
 
 
 
 
ISOSTASIA 
2.3 Placas tectônicas 
 
. 
 
 
 
 
 
 
 
ISOSTASIA 
A compensação isostática ocorre simultaneamente. As montanhas 
possuem raízes profundas, compostas por rochas com densidade 
relativamente baixa, fazendo com que a crosta e a litosfera sejam 
mais espessas nessas regiões. Por outro lado, a crosta oceânica 
situa-se em níveis topográficos mais baixos do que a crosta 
continental, devido a sua maior densidade. 
 
2.3 Placas tectônicas 
 A idéia básica da deriva continental, é que os continentes se 
deslocam na superfície do globo terrestre sobre o manto superior. 
Assim, a posição atual dos continentes ou porções de continentes 
não corresponde à sua posição no passado e não corresponde à 
sua posição no futuro. 
 
DERIVA CONTINENTAL 
2.3 Placas tectônicas 
2.3 Placas tectônicas 
 A litosfera encontra-se fragmentada em várias placas tectônicas e 
estas deslocam-se sobre a astenosfera. 
 
 Esta teoria surgiu a partir da observação de dois fenômenos 
geológicos distintos: a deriva continental, identificada no início 
do século XX por Alfred Wegener, e a expansão dos fundos 
oceânicos, detectada pela primeira vez na década de 1960. 
 
 O princípio chave da tectônica de placas é a existência de uma 
litosfera constituída por placas tectónicas separadas e distintas, 
que flutuam sobre a astenosfera. A relativa fluidez da astenosfera 
permite que as placas tectônicas se movimentem em diferentes 
direções. 
 
2.3 Placas tectônicas 
 A movimentação das placas continentais através dos milênios 
foram causadas por correntes de convecção no interior fluido da 
terra 
 Quanto mais junto ao núcleo mais quente, então a massa mais 
interna e aquecida sobe e a massa mais externa sob a crosta e 
menos aquecida desce. 
 Por atrito tendem a movimentar a crosta. Neste movimento a 
crosta se fragmentou em várias placas que se movimentam, ora 
uma de encontro a outra, ora afastando-se. 
 
Ex: Choque entre a placa continental (América do sul) e placas oceânicas no encontro com o 
Oceano Pacífico formaram a Cordilheira dos Andes, terremotos e vulcões. 
2.3 Placas tectônicas 
 A movimentação das placas tectônicas é impulsionada pelas 
correntes de convecção. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Materia quente do 
manto ascende... 
...causando separação 
das placas. 
...aquece e ascende 
novamente. 
2.3 Placas tectônicas 
 As placas contatam umas com as outras ao longo dos limites 
de placa, estando estes comunmente associados a eventos 
geológicos como terramotos e a criação de elementos 
topográficos como cadeias montanhosas, vulcões e fossas 
oceânicas. A maioria dos vulcões ativos do mundo situam-se 
ao longo dos limites de placas, sendo a zona do Círculo de 
Fogo do Pacífico a mais conhecida e ativa. 
2.3 Placas tectônicas 
Os tipos básicos de limites entre as placas tectônicas 
Aparecimento de vales, vulcões e 
terremotos. Dobramento de montanhas e 
ilhas vulcânicas. 
Falhas laterais e terremotos 
2.3 Placas tectônicas 
Limite Transformante 
2.3 Placas tectônicas 
2.3 Placas tectônicas 
Limite Divergente 
2.3 Placas tectônicas 
Limite Divergente 
A destruição após o terremoto de 1906 em São Francisco. 
2.3 Placas tectônicas 
Limite Divergente 
2.3 Placas tectônicas 
Limite Divergente 
Esquema da abertura de um oceano, a partir da ruptura 
da crosta continental e formação de crosta oceânica 
2.3 Placas tectônicas 
Limite Divergente 
Abertura de um oceano moderno no leste africano 
 (rift vale africano). 
2.3 Placas tectônicas 
Limite Convergente 
2.3 Placas tectônicas 
Limite Convergente 
As maiores cadeias de montanhas da terra estão relacionadas 
com limites convergentes entre placas litosféricas. 
2.3 Placas tectônicas 
Limite Convergente 
2.3 Placas tectônicas 
Limite Convergente 
2.3 Placas tectônicas 
Limite Convergente 
2.3 Placas tectônicas 
 Nas “andanças” das placas tectônicas, elas se abrem, mergulham, 
colidem, se rasgam, incorporam novas massas de terra e vulcões 
se formam. 
 Fora das regiões de colisão de placas, como é o caso do Brasil e em 
particular de Vitória, há tranquilidade geológica e as montanhas 
formadas neste processo, em outras eras, não se “renovam” mas 
tendem a ser “aplainadas” por EROSÃO e INTEMPERISMO. 
 Ao longo das eras, as rochas foram se fragmentando, se 
decompondo e escorregando para regiões mais baixas. Qualquer 
encosta natural que escorregue levou dezenas de bilhões de anos 
para se desestabilizar.

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