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Diversidade e Classificação vegetal -Estimativa: aprox. 30 milhões de organismos vivos compartilhando a mesma biosfera …compreender o mundo que o cerca …permitir reutilização de forma eficiente -Homem primitivo: necessidade (ex: plantas venenosas, medicinais, alimentícias, etc) Caráter prático (forma, aroma, paladar) …dar nome a um organismo é parte de um sistema altamente organizado para o estabelecimento de relacionamentos genéticos e identificação de tendências evolutivas. - Barreira: Qual a língua usada? - Nome comum x nome científico - identificação universal do organismo - pistas sobre suas relações com os demais Erva cidreira - Cymbopogon citratus (Gramínea) - Lippia alba (Verbenaceae) - Melissa officinalis (Lamiaceae) Conteúdo básico da disciplina: -Sistemática estudo científico da diversidade biológica e sua história evolutiva, estudo da classificação das plantas. variação dos organismos CAUSAS CONSEQUÊNCIAS Sistemas de classificação dados CIÊNCIA COMPARADA Taxonomia Identificação, atribuição de nomes e classificação de espécies A) Identificação Observação e estudo morfológico = estudo das FORMAS * terminologia científica = MORFOLOGIA VEGETAL Para que identificar???? preservação de potencial genético informações para a extração de recursos naturais conhecimento do potencial de recursos naturais conhecimento da flora regional Termos da linguagem taxonômica Caracteres taxonômicos: caracteres utilizados na classificação dos seres vivos. Um caráter é qualquer atributo de um ser vivo, que pode ser considerado separadamente ou em comparação a outros caracteres de seres da mesma espécie ou de espécies diferentes. Identificação: conseguir a denominação correta de uma planta, reconhecendo-se assim que ela é idêntica ou quase à outra planta já descrita anteriormente. Classificação: é a ordenação das plantas de maneira hierárquica. O produto final é um arranjo dessas plantas, ou seja, um sistema de classificação Táxon: é um agrupamento taxonômico de qualquer categoria. Pode ser, portanto, uma espécie, um gênero, uma família, etc. (plural: taxa ou táxons) O Código Internacional de Nomenclatura Botânica garante estabilidade e universalidade aos nomes dados aos diferentes táxons *Breve histórico: -criador: Alphonse DeCandolle, em 1867 regras universais para a nomenclatura botânica, com a finalidade de denominar os diferentes grupos taxonômicos e possíveis mudanças destes nomes -atualiza-se a cada 6 anos nos Congressos Internacionais de Botânica (pequenas alterações) -Organizado segundo Princípios, Regras e Recomendações B) Atribuição de nomes -Principais regras A)Categrias taxonômicas níveis hierárquicos 1 – FILO/DIVISÃO: ---phyta (exceto para fungos = ---mycota) 2 – CLASSE: algas---phyceae (---phycidae para subclasse) fungos ---mycetes (---mycetideae para subclasse) plantas ---opsida (---ideae para subclasse) 3 – ORDEM: ---ales 4 – FAMÍLIA: ---aceae (exceto 7 famílias) 5 – GÊNERO: sem terminação fixa 6 – ESPÉCIE: sem terminação fixa, binário ou binomial (gênero + epíteto específico) 7 – INFRA-ESPECÍFICAS: sem terminação fixa; nome da espécie seguido da designação abreviada da categoria do táxon, mais o epíteto infra-específico abreviações: subsp. (subespécie); var. (variedade); f. (forma) -categoria básica da hierarquia taxonômica -tempo de Linnaeus: nome em um livro outros: julgamento de uma autoridade que determinada planta é uma espécie grupo de indivíduos que, na soma total de seus caracteres, difere de outro em nível específico -conceito evoluiu muito, mas ainda não existe consenso principal motivo: conceitos existentes são essencialmente genéticos ou populacionais, enquanto a taxonomia geralmente utiliza apenas materiais de herbário (exsicatas) para descrever suas novas espécies -Cronquist (1968): uma espécie é a menor população permanente (em termos de tempo humano) distinta e distinguível das outras. Em populações sexuais, a troca de genes dentro de uma espécie é normalmente livre, enquanto que tais trocas gênicas entre espécies diferentes é bem restrita ou mesmo impossível. Conceito de espécie C) Classificação das espécies Herbalistas Renascença -naturalistas preocupados em classificar segundo critérios de utilização -ênfase: aplicação médica A. Caesalpino & J.G. Bauhin (1560-1624) Séc. XVII -estabeleceram as primeiras classificações (baseadas critérios de semelhança) -definiram níveis de hierarquia taxonômica Theophrastus (370-285 a.C.) Antiguidade -Pai da Botânica -Classificação das plantas pelo hábito (subarbustos, arbustos e árvores) -Distinção de tecidos internos e órgãos como flor e fruto Linnaeus (1707-1778) -Fundador da taxonomia, creacionista - Systema Naturae (1735): classificação dos seres vivos -Species plantarum (1753): designação abreviada da espécie polinômios (nomes-frases latinos, com até 12 palavras) posteriormente sistema binomial (dois termos) de nomenclatura Exemplo: - existência de uma única denominação para cada espécie - critérios de classificação baseados em caracteres reprodutivos - objetivo: meio convincente de situar uma planta dentro de um sistema de classificação e contribuir para sua identificação - plantas com flores: principais critérios foram número de estames, soldadura, comprimento dos filetes, sexo das plantas, tipo de flores (Classes Monoecia, Dioecia, Polygamia, etc.) reconheceu 25 classes, sendo a última delas formada pelas “plantas sem flores” Fase Científica - Sistemas Artificiais Lineu (século XVIII) Classes definidas pelo número de estames. Ordens definidas pelo número de pistilos Sistema sexual criado por Linnaeus em 1753 e publicado em seu livro Species Plantarum Sistema sexual criado por Linnaeus em 1753 e publicado em seu livro Species Plantarum Sistemas Naturais Padrões morfológicos dos caracteres correlatos formavam grupos que mostravam a vontade de Deus. A correlação não era entendida como parentesco. Sistemas filogenéticos Grupos formados pela ancestralidade comum (relações de parentesco) Aceitação da teoria evolutiva (Darwinismo) ANCESTRAL Cryptogamia: todas as plantas com órgãos reprodutivos não evidentes! Classe Cryptogamia Filices: todos os pteridófitos conhecidos Musci: todos os musgos e hepáticas com filídios conhecidos Algae: todas as algas, hepáticas talosas e líquens Fungi: todos os fungos conhecidos SISTEMA ARTIFICIAL DE CLASSIFICAÇÃO Daí o termo CRIPTÓGAMAS Sistematas filogenéticos: sistema natural de classificação (segunda metade do séc. XVIII) -Início: Charles Darwin (1859), Origem das espécies novas espécies, conhecimento detalhado de morfologia, melhoria de instrumentos ópticos -Usam toda informação disponível (morfologia, anatomia, bioquímica…) -Relaciona as espécies segundo afinidade baseada em ancestralidade e descendência plantas primitivas plantas derivadas -Sistemas utilizando parentesco evolutivo para plantas sem flores: Schimper (1879, apresentou os termos talófitas - algas + fungos -, briófitas e pteridófitas como 3 divisões), Eichler (1880) -Principais sistemas utilizando parentesco evolutivo para plantas com flores: Adolf Engler, Karl Prant, Bessey (…biologia das fanerógamas) Sec. XX: período citogenético-biossistemático Classificação e Filogenia: noções de Sistemática Filogenética Sistemática Filogenética: conjunto de métodos para estimar as relações filogenéticas dos seres vivos, ou seja, para reconstruir suas relações de parentesco. …diferenças e semelhanças entre os organismos passam a ser vistas como produtos de sua história evolutiva = FILOGENIA Árvores filogenéticas: -diagramas (cladogramas) que apresentam a distribuição dos caracteres -interpretado do ponto de vista temporal -assume-se que cada ponto de ramificação (nó) representa um ancestral, real ou hipotético, e que cada ramo representa uma linhagem evolutiva de um dado grupo -expressam as relações genealógicas entre táxons de acordo com as hipóteses de um determinado pesquisador. Pode ser testado e revisto! Árvore filogenética ou cladograma Tempo endossimbiose nó ancestral comum 1 ramo = linhagem evolutiva Métodos tradicionais de estabelecer a filogenia de um grupo Baseados em suas semelhanças gerais externas, relativamente a outros representantes daquele táxon. raramente as árvores filogenéticas construídas pelos métodos tradicionais incluem considerações detalhadas de informação comparada No método tradicional, a relação filogenética apresentada para um determinado táxon refletem a avaliação relativamente intuitiva e a ponderação de um grande número de fatores Baseadas em grande parte na opinião do cientista investigador sobre a importância relativa de vários fatores que são considerados no estabelecimento da classificação Análise cladística escola taxonômica que procura descobrir os padrões de relacionamento genealógico entre espécies Utiliza caracteres sinapomórficos como indicadores de parentesco são caracteres homólogos derivados, herdados de um ancestral comum recente por dois ou mais táxons, e que permitem reuní-los em grupos monofiléticos, que na maioria dos casos mostra um padrão ramificado. o método para este fim é chamado método cladístico: - Utiliza o princípio da Parcimônia (menor número de passos para ocorrer uma mudança) …a expressão em palavras dos resultados das análises filogenéticas é regida pela taxonomia (identificação nas categorias taxonômicas) inclui todos os descendentes de 1 mesmo ancestral comum (CLADOS) inclui vários descendentes (mas não todos) de 1 mesmo ancestral comum, ou seja, inclui o ancestral comum inclui vários táxons (terminais), mas não o ancestral comum Grupos monofiléticos Grupos parafiléticos Grupos polifiléticos Formam categorias taxonômicas Resultados possíveis de uma análise cladística: Sistemática molecular -década de 80: advento da biologia molecular, uso de caracteres relacionados à estrutura genética ou protéica dos organismos -elaboração de árvores filgenéticas a partir de dados moleculares: a partir de uma sequência de aminoácidos em proteínas ou de nucleotídios de ácidos nucléicos -vantagens: são mais fáceis de quantificar; fornecem potencialmente muito mais caracteres para análises; permitem comparação de organismos que são morfologicamente muito distintos -desvantagens: exigem técnicas laboratoriais; raramente obtidos de fósseis Sistemas de classificação filogenéticos (tradicionais ou moleculares) Objetivos: Identificar, dar nomes e descrever os organismos Inventariar os organismos segundo grupos Organizar esquemas naturais de classificação que mostrem os parentescos entre os organismos Entender processos evolutivos Classificação dos seres vivos organismos vivos não se movem ou comem, crescem indefinidamente -Linnaeus e outros cientistas antigos reconheciam apenas 3 Reinos: VEGETAL MINERAL ANIMAL organismos que se movem e crescem até certo ponto e interrompem crescimento -inúmeros sistemas de classificação… organismos não “vivos” -Margulis & Schwartz (2001) Dois super-reinos: Prokarya (procariontes) e Eukarya (eucariontes) 06 Reinos: Procaryotae Protista Plantae Fungi Metazoa ou Animalia Reinos monofiléticos ou “eucariontes superiores” procariontes, sem núcleo com material genético eucariontes, possuem núcleo com material genético “eucariontes inferiores” Margulis & Schwartz (2001) eucariontes que não são fungos, plantas ou animais Reino Fungi (Fungos): eucariontes os quais se desenvolvem a partir de um esporo Reino Plantae (Plantas): eucariontes os quais se desenvolvem a partir de um embrião Reino Animalia (Animais): eucariontes os quais se desenvolvem a partir de uma blástula Reino Protista -cerca de 250 mil espécies -organismos predominantemente unicelulares, algumas vezes pluricelulares, definidos por exclusão Relações filogenéticas a partir de dados moleculares (RNA) = sequência de nucleotídeos Raven et al. (2007) = 3 grandes domínios Reino Fungi: eucariotos, multicelulares, absorvedores Reino Protista: eucariotos, predominantemente unicelulares, coloniais e multicelulares simples Reino Plantae: eucariotos, multicelulares, fotossintetizantes, com embrião na fase esporofítica Reino Animalia: eucariotos, multicelulares, que ingerem alimento Domínios procarióticos Bacteria Archaea Domínio eucariótico Eukarya cladograma com relógio molecular endossimbiose* *teoria endossimbiótica em série Reino Plantae: Briófitas Filo Hepatophyta Filo Anthocerophyta Filo Bryophyta Plantas vasculares Plantas vasculares sem sementes Filo Psilotophyta Filo Lycophyta Filo Sphenophyta Filo Pterophyta Plantas vasculares com sementes Filo Cycadophyta Filo Ginkgophyta Filo Coniferophyta Filo Gnetophyta Filo Antophyta CRIPTÓGAMAS FANERÓGAMAS CRIPTÓGAMAS FANERÓGAMAS TRAQUEÓFITAS BOTÂNICA BOTÂNICA MICROBIOLOGIA ZOOLOGIA O que fazer com o Reino Fungi e o Reino Protista????? - Algas (protistas fotossintetizantes) são tradicionalmente estudadas em botânica, assim, a disciplina incluirá também estes reinos… Reino Fungi Filo Chytridiomycota Filo Zygomycota Filo Ascomycota Filo Basidiomycota Reino Protista Protistas heterótrofos Filo Myxomycota Filo Dictyosteliomycota Protistas autótrofos Filo Dinophyta (ALGAS) Filo Euglenophyta Filo Cryptophyta Filo Haptophyta Filo Oomycota Filo Bacillariophyta Filo Crysophyta Filo Phaeophyta Filo Rhodophyta Filo Chlorophyta GRANDES GRUPOS VEGETAIS ALGAS (Cianobactérias + 6 Divisões de Protistas) FUNGOS* LIQUENS (ALGAS + FUNGOS) BRIÓFITAS (3 Divisões) PTERIDÓFITAS (4 Divisões) GIMNOSPERMAS (4 Divisões) ANGIOSPERMAS (1Divisão) “(…) Embora o sistema de classificação em cinco reinos tenha hoje uma grande aceitação, ele também não resolve todos os problemas da classificação dos seres vivos, pois existem sempre alguns grupos de organismos que ficam em uma zona nebulosa de contato entre dois ou até três reinos. Para resolver esses problemas, alguns autores criaram um sistema de sete e mesmo um de quinze reinos. Mas é óbvio que aumentar o número de categorias não é a solução para um problema que é, em síntese, uma demonstração da continuidade da vida e das inter-relações entre suas várias formas. O que fica patente em tudo isto é o esforço, mal sucedido, do homem em traçar linhas rígidas separando compartimentos arbitrários que fazem parte de um contínuo. (…)” Eurico Cabral de Oliveira Para reflexão: Complementação Biologia Vegetal (P.H. Raven et al., 2007) = capítulo 12 “Sistemática: a ciência da diversidade biológica”, pág. 234-253.
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