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FINS, ORGANIZAÇÕES DA OAB E ELEIÇÕES

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AULA 5 DE ÉTICA
 FINS, ORGANIZAÇÕES DA OAB E ELEIÇÕES
LER: Lei 8.906/94, art.44 ao 62 e Regulamento Geral art.44 ao 127.
 A OAB é um órgão de controle da atividade do advogado, tem personalidade jurídica própria, não tem qualquer hierarquia ou vinculação com a Adm. Pública, é independente. Tem imunidade tributária total sobre seus bens, patrimônios e serviços.
 A OAB tem várias atribuições (art.44 e 45 do Estatuto): 
- Defesa da Constituição, ordem jurídica, do estado democrático de direito e da correta aplicação das leis, por esse motivo ela tem autonomia para demandas de interesses coletivos, da sociedade; atuação importante e efetiva.
 - Tem como finalidade promover com exclusividade a representação, defesa, seleção e disciplina dos advogados em todo território brasileiro, ela faz um controle da advocacia.
A OAB tem como um todo a atribuição de cobrar dos seus inscritos as contribuições obrigatórias para que ela possa se manter, ela tem uma receita que é arrecadada.
A OAB presta um serviço público, por isso ela tem isenção tributária. O Conselho Federal não faz essa arrecadação, voc paga junto aos Conselhos Seccionais, qdo falamos de receita, falamos do que é arrecadado por cada um dos Conselhos Seccionais. 
Imagine que a receita de 100% arrecadada no âmbito no Conselho Seccional tem destinação, sendo que 10% são destinados ao Conselho Federal, mas as outras porcentagens costumam ficar no Conselho Seccional, sendo que 3% vai para o fundo Cultural (escola superior de advocacia), 2% vão para o fundo de integração e desenvolvimento do advogado, 45% permanecem no conselho seccional para gastos administrativos, os 40% restantes (art.54 do reg. Geral) serão divididos em 2, 20% são destinados à caixa de assistência dos advogados e os outros 20% ficam guardados para outros gastos que o Conselho possa vir a ter.
A OAB se divide em órgãos:
- Conselho federal, Conselhos Seccionais, Subseções e Caixas de Assistência dos Advogados.
São todos órgãos colegiados compostos por diretoria e conselheiros, são cargos gratuitos, nenhum deles recebem salários p tal. 
A contribuição anual à OAB dispensa o advogado do pagamento da contribuição sindical obrigatória.
Conselho Federal: é o órgão máximo da OAB e é dotado de personalidade jurídica própria. Tem sua sede da capital da república. 
É composto de delegações, de 3 em 3 anos são feitas eleições na OAB, onde são eleitos uma chapa inteira, sendo diretores, conselheiros e 3 advogados que serão nossos conselheiros federais. 
Cada grupo de advogados vinculados a um conselho seccional, além de elegerem o conselho seccional elege também 3 advogados que vão para o conselho federal representar o seu conselho seccional respectivo. Esses 3 advogados que serão eleitos para os cargos de conselheiros federais se juntam e formam delegação, então o conselho federal é formado por delegações que são enviadas por cada conselho seccional. 
Também integram o conselho federal os seus ex presidentes, na forma de membros honorários vitalícios. 
Os votos, como regra, são tomados por delegação, havendo divergência prevalece a maioria.
Os ex-presidentes tem direto a voz a partir de 05/07/1994, antes dessa data eles teriam direito a voz e voto.
Portanto, o conselho federal é composto pelas delegações que são enviadas pelos conselhos seccionais e pelos ex presidentes.
Já os presidentes do conselho federal em exercício tem direto a voto.
Quando falamos de conselho federal, temos a possibilidade que o presidente do conselho seccional assistir a eleição mas só terá direito a voz, e vice-versa.
As delegações tem direito a 1 voto, mas existe uma exceção em que o voto não vai ser tomado por delegação, que é a eleição do presidente do Conselho Federal, os advogados não votam, entretanto os nossos representantes do conselho federal escolhem.
O presidente do Conselho Federal não precisa ser conselheiro federal eleito, os demais integrantes precisam ser escolhidos, mas o presidente não.
O presidente do Conselho federal é chamado de presidente nacional da OAB.
O conselho federal é dividido em órgãos: o Conselho pleno; o órgão especial do conselho pleno; a 1ª câmara, a 2ª câmara, a 3ª câmara, a própria diretoria e o presidente, sendo cada um composto de uma forma e presidido de uma forma.
O conselho pleno será presidido pelo presidente nacional da OAB e secretariado pelo secretário geral, porque a diretoria da OAB e todo órgão que tiver uma diretoria tem cargos que são os mesmos: presidente, vice-presidente, secretário geral, secretário geral adjunto e tesoureiro.
Sempre que o conselho pleno se reunir reúnem se o presidente presidindo, as delegações completas e será secretaria pelo secretário geral.
Quando o órgão especial do conselho pleno se reunir quem presidirá será o vice-presidente e secretariado pelo secretário geral adjunto.
Quando as câmaras se reunirem vai um integrante de cada delegação, como no órgão especial do conselho pleno.
A primeira câmara será presidida pelo secretário geral, a segunda pelo secretário geral adjunto e a terceira pelo tesoureiro.
Cada um desses órgãos tem a sua atribuição própria.
Os conselhos seccionais são compostos pela diretoria (presidente, vice, secretário geral, secretário geral adjunto e tesoureiro) e por conselheiros.
Os conselhos seccionais são correspondente aos estados da federação, que é composto por uma diretoria e seus conselheiros.
Até 3.000 advogados inscritos na OAB o estado terá 24 conselheiros, 6.000 inscritos 25, até o número máximo de 60 conselheiros.
O conselho seccional também é composto pelos Ex presidentes, mas eles só tem direito a voz.
A diretoria do conselho seccional tem uma constituição igual a diretoria do conselho federal, cada conselho seccional também possui personalidade jurídica própria. 
Vinculados a esses conselhos seccionais temos as subseções, que não possuem personalidade jurídica própria pois são partes autônomas do conselho seccional e só existem para exercer atividades que o conselho seccional lhe atribua.
A subseção pode abranger mais de uma cidade, mais de uma região administrativa, quem define a sua área de abrangência será o conselho seccional e ela poderá ser criada partir do momento que eu tiver pelo menos 15 advogados domiciliados profissionalmente na sua área territorial.
Inicialmente a subseção terá apenas 1 diretoria, mas a partir de 100 advogados poderá haver um conselho.
A caixa de assistência dos advogados tem personalidade jurídica própria e são criadas pelos conselhos seccionais quando tenha vinculados aquele conselho pelo menos 1.500 advogados inscritos. Destina-se a prestar assistência ao advogado e fornece o serviço de seguridade complementar.
O Conselho Federal poderá intervir nos Conselhos Seccionais quando verificar uma grave violação a legislação da OAB, para isso terá a necessidade de uma aprovação da intervenção por pelo menos 2/3 dos seus integrantes das delegações, sendo que não participa da votação a delegação daquele Conselho onde vai haver a intervenção.
O Conselho Federal pode intervir no conselho seccional e o conselho seccional pode intervir nas subseções e caixas de assistência do advogado, também com 2/3 de aprovação dos integrantes.
ELEIÇÕES NO AMBITO DA OAB _ art. 63 ao 67 do Estatuto e no art. 128 ao 137 – C do Regulamento Geral.
As eleições são de 3 e 3 anos e será sempre realizada na segunda quinzena de novembro, por meio de urnas eletrônicas. 
A participação do advogado na votação é obrigatória, se não pagar ou apresentar justificativa aceitável terá uma multa de 20% do valor da anuidade do conselho ao qual pertence. (sanção pecuniária)
É eleita a chapa que receber a maioria simples dos votos e o Conselho Seccional toma posso no 1º dia de janeiro no ano seguinte.
Requisitos para se candidatar a Conselheiro:
 - Regularmente inscrito na OAB, não precisa ser a inscrição principal no conselho onde pretende se candidatar, pode ser a suplementar; mas tem que ter uma ou outra;
- Tem que estar em dia com as anuidades;
- Não pode estarexercendo atividade incompatível;
- Não pode estar exercendo uma atividade exonerável Ad Nutum, cargo de confiança da Adm. Pública;
- Nunca pode ter sido condenado, com transito em julgado, por uma infração disciplinar, ou que já tenha se reabilitado;
- Exercer a advocacia há pelo menos 5 anos corridos, ininterruptos, e precisam ser comprovados apenas no momento da posse;
- Se for da gestão anterior e tiver buscando uma reeleição, ou já tenha sido conselheiro ou integrante da OAB, ele não pode estar pendente quanto a prestação de contas.
Como regra, o advogado tem seu mandato extinto pelo decurso do tempo (3 anos).
Pode haver a extinção antes dos 3 anos por alguns motivos:
- Condenação disciplinar definitiva;
- Sofrer ou ocorrer qualquer das hipóteses de cancelamento ou licenciamento da inscrição;
- Quando o Conselheiro titular faltar injustificadamente a 3 reuniões de qualquer um dos órgãos da OAB, e se faltar injustificadamente a 3 reuniões ordinárias consecutivas do órgão respectivo e não poderá voltar ao cargo de conselheiro naquela mesma gestão.
Quando tivermos a eleição se candidatam aos titulares aos cargos e também aos suplentes, que virão em número de até metade dos titulares.
 PRERROGATIVAS
DIREITOS DO ADVOGADO – previstos no art.7º do Estatuto Lei 8.906/94.
Todo advogado tem na sua carteira profissional todos os seus direitos.
I – Direito de exercer sua profissão com liberdade em todo território nacional, somente quando atuar em mais de 5 causas por ano em outro estado é que deverá promover a inscrição suplementar;
II – Garantia da inviolabilidade do escritório do advogado. Como regra geral, não se pode adentrar no escritório dele sem a sua anuência. Exceção: se houverem indícios de materialidade ou de autoria de delito (conduta criminosa) por parte do advogado. Um juiz magistrado é que deve determinar a quebra da inviolabilidade do escritório, ele irá determinar que se expeça um mandado de busca e apreensão no escritório no advogado, sendo que essa busca deverá ser acompanhada de um representante da OAB. Mas se a OAB devidamente informada que haverá a busca e apreensão não encaminhar um representante, a diligência será cumprida mesmo assim. A regra é que não se possa promover apreensão de nenhum documento ou bem do cliente do advogado, pois o advogado é que está sendo investigado, entretanto, se houver indícios de que o cliente também está envolvido na conduta criminosa, como partícipe ou co-autor, o magistrado vai especificar no mandado de busca que pode ocorrer a apreensão, averiguação de pertencer do cliente do advogado;
III – Comunicação com cliente que se encontra preso ou detido, ainda que não tenha procuração, e ainda que o cliente tenha sido reputado como incomunicável;
IV – Se for preso sem estar no exercício da advocacia a OAB deve ser comunicada do fato, mas se ele for preso no exercício da advocacia só caberá prisão se o crime for inafiançável, um representante da OAB tem que estar presente no momento da lavratura do auto de prisão, sob pena de nulidade. A OAB vai ser intimada do fato para mandar um representante a delegacia, se ela não enviar o representante vai ser preso.
V – Não pode ser recolhido preso antes de sentença transitado em julgado, se não em Sala de Estado Maior (sala de comando que fica no quartel das forças armadas), e na sua falta, em prisão domiciliar. Esse direito só se aplica para prisão antes do transito em julgado, ou seja, somente em caso de prisão cautelar;
VI – Livre acesso as dependências de qualquer órgão em que ele tenha que praticar um ato da advocacia, ex: cartório público. Nas salas de cessões dos tribunais o direito de livre acesso do advogado abrange aquele espaço que é reservado aos desembargadores. Também o acesso do advogado as delegacias e presídios a qualquer horário, mesmo sem a presença do titular, pelo fato do cliente ser preso a qualquer hora;
VII – Livre acesso aos magistrados, diretamente, independente de hora marcada. Pois, sempre o advogado procura o Juiz para resolver um problema urgente;
VIII – Amplo e irrestrito acesso aos autos dos processos, pois como regra geral os processos são abertos ao advogado, mesmo que não esteja incluído nos autos. A única exceção é para os processos que tramitam em segredo de justiça, sendo que nestes só terão amplo acesso os advogados que tenham procuração;
XIV – O advogado tem direito a ter acesso aos autos de inquérito policial, aos elementos já documentados, mesmo sem procuração, mesmo sendo investigação criminosa;
– Retirar-se do local onde se encontra aguardando a prática de um ato processual, mas só poderá ser exercido após 30 minutos esperando e o magistrado não chegar, mas se o juiz estiver no recinto ele não pode se retirar. Ex: juiz está em outra audiência, mas deve protocolar.
INCOMPATIBILIDADE E IMPEDIMENTOS:
As hipóteses de impedimento estão no artigo 30 e os casos de incompatibilidade estão no artigo 28 do Estatuto.
São regras criadas pelo legislador para que algumas pessoas levem vantagens ou desvantagens em relação a outras que também querem exercer a advocacia.
Art. 27. A incompatibilidade determina a proibição total, e o impedimento, a proibição parcial do exercício da advocacia.
Nas hipóteses de incompatibilidade, não pode advogar de jeito algum, nem em causa própria.
Incompatibilidade é a mesma coisa que atividade incompatível. São expressões sinônimas.
Como visto, essa incompatibilidade pode ter caráter definitivo (gera cancelamento) ou temporário (gera licença).
No impedimento a proibição é parcial. Ele continua com sua carteira da OAB advogando, mas ele não poderá advogar a favor ou contra algumas pessoas.
Casos de incompatibilidade:
O artigo 28 tem 8 incisos e arrola em um rol taxativo todas as hipóteses de incompatibilidade.
Alguns incisos trazem incompatibilidades de caráter definitivo e outras de caráter temporário.
 I - chefe do Poder Executivo e membros da Mesa do Poder Legislativo e seus substitutos legais;
 II - membros de órgãos do Poder Judiciário, do Ministério Público, dos tribunais e conselhos de contas, dos juizados especiais, da justiça de paz, juízes classistas, bem como de todos os que exerçam função de julgamento em órgãos de deliberação coletiva da administração pública direta e indireta; (Vide ADIN 1127-8).
Membro # servidor _ Membro é, por exemplo, o magistrado ou o promotor. _ Servidor é aquele que dá base pro membro poder trabalhar. É o técnico judiciário, o analista judiciário etc. Eles estão tratados no inciso IV.
Membros dos juizados especiais são os juízes de direito que estão lotados nos juizados especiais, e não o juiz leigo! O juiz leigo está no artigo 7º, § único da L9099, e lá diz que o juiz leigo pode sim advogar!
A ADIn 1127-8 foi ajuizada pela AMB, e o STF passou a entender que o juiz eleitoral pode advogar. Não existe concurso pra juiz eleitoral. Os tribunais da justiça eleitoral são compostos por juízes de  direito que cumulam as atividades. Mas no TRE e no TSE também há vagas paga advogados. Enquanto esse advogado for juiz eleitoral ele vai poder sim advogar.
Portanto, não é todo juiz eleitoral que pode advogar, mas só aqueles que entraram nos tribunais como advogados.
 III - ocupantes de cargos ou funções de direção em Órgãos da Administração Pública direta ou indireta, em suas fundações e em suas empresas controladas ou concessionárias de serviço público;
Os diretores em órgãos e entidades da administração pública direta e indireta, como os diretores de uma autarquia ou o diretor de uma concessionária, não poderão advogar.
Ex: diretor da Vivo, da ANATEL, da Light etc
 IV - ocupantes de cargos ou funções vinculados direta ou indiretamente a qualquer órgão do Poder Judiciário e os que exercem serviços notariais e de registro;
Aqui a lei fala dos servidores, vinculados direta ou indiretamente ao poder judiciário.
Ex: assessor, segurança do fórum, motorista dos magistrados.
O tabelião e o oficial de cartórios também não poderão advogar.
 V - ocupantes de cargos ou funções vinculadosdireta ou indiretamente a atividade policial de qualquer natureza;
O policial não pode advogar.
Ex: PM, PF, PRF
Até quem estiver ligado indiretamente não pode advogar (Ex: perito, médico legista etc).
O bombeiro e o guarda municipal também não pode advogar.
 VI - militares de qualquer natureza, na ativa;
Os militares de qualquer patente não poderão advogar enquanto estiverem na ativa.
Depois que aposentarem pode, assim como qualquer outro.
 VII - ocupantes de cargos ou funções que tenham competência de lançamento, arrecadação ou fiscalização de tributos e contribuições parafiscais;
Aqui é o exemplo do auditor fiscal da receita federal, do INSS etc.
 VIII - ocupantes de funções de direção e gerência em instituições financeiras, inclusive privadas.
Todas essas funções estão ligadas às funções públicas, menos o inciso VIII, que fala dos bancos.
Nos bancos é só o pessoal do alto escalão (diretores e gerentes).
Diretores de instituições de empréstimo também não podem advogar.
O diretor de uma empresa privada que não seja banco PODE advogar!
Casos de impedimento:
São impedidos de exercer a advocacia:
I - os servidores da administração direta, indireta e fundacional, contra a Fazenda Pública que os remunere ou à qual seja vinculada a entidade empregadora;
Se trabalha como um servidor da Prefeitura de Salvador, até pode advogar, menos contra a prefeitura de Salvador.
Os servidores públicos que não podem advogar de jeito nenhum são os do artigo 28 (Ex: polícia, servidores do judiciário etc).
Os demais servidores podem advogar, menos contra quem os remunera.
Se é advogado e é professor de uma escola do Rio de Janeiro, pode advogar contra todo mundo, menos contra o RJ.
II - os membros do Poder Legislativo, em seus diferentes níveis, contra ou a favor das pessoas jurídicas de direito público, empresas públicas, sociedades de economia mista, fundações públicas, entidades paraestatais ou empresas concessionárias ou permissionárias de serviço público.
Parágrafo único. Não se incluem nas hipóteses do inciso I os docentes dos cursos jurídicos.
Se é advogado e é vereador, não pode advogar nem contra e nem a favor qualquer órgão ou entidade da administração pública direta ou indireta.
Ele pode fazer coisas entre particulares, como ações de divórcio, ações de despejo etc.
Casos comuns de impedimento e incompatibilidade:
- Advogado eleito presidente da república -> licença      
- Advogado que passa em concurso como investigador da polícia civil -> cancelamento
- Advogado que entra pelo quinto como desembargador. -> cancelamento
- Advogado que passa pra analista judiciário -> cancelamento
- Advogado que passa em concurso pra tabelião. -> cancelamento
- Advogado contratado pra ser escrevente em cartório extrajudicial -> licença
- Advogado que é eleito deputado federal ->pode advogar, menos contra ou a favor
- Advogado que é eleito vereador. -> pode advogar, menos contra ou a favor da administração.
- Advogado que passa em concurso pra auxiliar administrativo da prefeitura de SP. -> pode advogar, menos contra o município de São Paulo.
- Advogado que passa em concurso pra agente administrativo do INSS -> pode advogar, menos contra a União, já que o INSS é autarquia federal.
Normalmente, definitivo são os em regime estatutário e celetista.
Temporário são os cargos em comissão e os mandatos eletivos.
Existem 4 exceções que não se usa o macete. É preciso decorar:
- Artigo 28, I do EAOAB: São incompatíveis os membros da mesa do legislativo (os membros do legislativo são impedidos, não podem advogar contra ou a favor da administração pública). Só que, se além de ser membro do legislativo, ele integra a mesa diretora (Ex: presidente da Câmara), será incompatível, e não poderá advogar enquanto durar o mandato, precisando tirar uma licença.
- Artigo 30, § único do EAOAB: É o caso do professor de curso jurídico (faculdade pública). Ele é livre para advogar. É um funcionário público que pode advogar a vontade, até contra quem o remunera. O mesmo vale para o diretor acadêmico da faculdade de direito. Mas se o advogado passar a ser reitor aí ele não poderá advogar, ficando licenciado enquanto durar seu mandato.
- Art. 28, III c\c §2º do EAOAB: O diretor de uma autarquia ou de uma concessionária \ permissionária de serviço público não pode advogar. Mas esse diretor não tiver poder de decisão (a critério da OAB), não há incompatibilidade. Ele não será incompatível, mas dependendo do caso poderá gerar impedimento se for de autarquia ou outra entidade de direito público, e aí ele não poderá advogar contra ou a favor da fazendo que o remunera.
- Artigo 29 do EAOAB: Os procuradores gerais e os defensores públicos têm exclusividade para o desempenho da atividade. Eles não podem advogar por fora de jeito algum enquanto ostentarem esse cargo. Seria um “impedimento especial”.
OBS: Pra OAB, todos os advogados, sejam públicos ou privados, precisam ter a inscrição na OAB e pagar anuidade. Alguns podem advogar por fora, outros não.
- O advogado que é juiz eleitoral pode advogar.

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