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Aula 7 – Órgãos da OAB (continuação). Eleições. Medalha Rui Barbosa. CNAB

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Fechando Ética! 
Aula 2.3 – Órgãos da OAB (continuação). Eleições. Medalha Rui Barbosa. CNAB 
 Este Conselho Federal tem sua composição descrita no art. 51 do Estatuto, que diz que é 
composto pelos conselheiros federais, em que são conselheiros federais os integrantes das 
delegações de cada unidade federativo e os ex-presidentes do conselho federal na qualidade 
de membro honorário vitalício. 
Art. 51. O Conselho Federal compõe-se: 
I - dos conselheiros federais, integrantes das delegações de cada unidade federativa; 
II - dos seus ex-presidentes, na qualidade de membros honorários vitalícios. 
§ 1º Cada delegação é formada por três conselheiros federais. 
§ 2º Os ex-presidentes têm direito apenas a voz nas sessões. 
 De 3 em 3 anos são realizadas eleições na OAB em que cada Estado vai enviar para Brasília 3 
representantes. Cada delegação tem direito a um voto. Os três advogados de cada Estado vão 
se reunir e irão exteriorizar seu voto, e o voto da delegação é a da maioria dos inscritos. 
 Se der empate, no caso de um da delegação se ausentar, não será computado o voto daquela 
delegação. 
 O conselho federal é um órgão julgador e tem que chegar a um consenso. 
 As competências do Conselho Federal estão no art.54 do Estatuto. 
Art. 54. Compete ao Conselho Federal: 
I - dar cumprimento efetivo às finalidades da OAB; 
II - representar, em juízo ou fora dele, os interesses coletivos ou individuais dos advogados; 
III - velar pela dignidade, independência, prerrogativas e valorização da advocacia; 
IV - representar, com exclusividade, os advogados brasileiros nos órgãos e eventos 
internacionais da advocacia; 
V - editar e alterar o Regulamento Geral, o Código de Ética e Disciplina, e os Provimentos que 
julgar necessários; 
VI - adotar medidas para assegurar o regular funcionamento dos Conselhos Seccionais; 
VII - intervir nos Conselhos Seccionais, onde e quando constatar grave violação desta lei ou do 
regulamento geral; 
VIII - cassar ou modificar, de ofício ou mediante representação, qualquer ato, de órgão ou 
autoridade da OAB, contrário a esta lei, ao regulamento geral, ao Código de Ética e Disciplina, 
e aos Provimentos, ouvida a autoridade ou o órgão em causa; 
IX - julgar, em grau de recurso, as questões decididas pelos Conselhos Seccionais, nos casos 
previstos neste estatuto e no regulamento geral; 
X - dispor sobre a identificação dos inscritos na OAB e sobre os respectivos símbolos privativos; 
XI - apreciar o relatório anual e deliberar sobre o balanço e as contas de sua diretoria; 
XII - homologar ou mandar suprir relatório anual, o balanço e as contas dos Conselhos 
Seccionais; 
XIII - elaborar as listas constitucionalmente previstas, para o preenchimento dos cargos nos 
tribunais judiciários de âmbito nacional ou interestadual, com advogados que estejam em 
pleno exercício da profissão, vedada a inclusão de nome de membro do próprio Conselho ou 
de outro órgão da OAB; 
XIV - ajuizar ação direta de inconstitucionalidade de normas legais e atos normativos, ação civil 
pública, mandado de segurança coletivo, mandado de injunção e demais ações cuja 
legitimação lhe seja outorgada por lei; 
XV - colaborar com o aperfeiçoamento dos cursos jurídicos, e opinar, previamente, nos 
pedidos apresentados aos órgãos competentes para criação, reconhecimento ou 
credenciamento desses cursos; 
XVI - autorizar, pela maioria absoluta das delegações, a oneração ou alienação de seus bens 
imóveis; 
XVII - participar de concursos públicos, nos casos previstos na Constituição e na lei, em todas 
as suas fases, quando tiverem abrangência nacional ou interestadual; 
XVIII - resolver os casos omissos neste estatuto. 
 Os ex-presidentes tem direito de voto ou não? Quanto vigorava a lei 4.216/63, que é o 
Estatuto velho, dizia que tem direito de voto e voz. No novo Estatuto, o art.51, §2° passou a 
determinar que eles só têm direito a voz, não podendo mais votar. Só que temos que cominar 
com o art.81 do Estatuto, que dizem que quem foi presidente antes de 94, tem direito 
adquirido, só que os que foram depois disso já pega a regra nova. 
 14.2 – Conselhos seccionais 
 Os conselhos seccionais tem como sede os Estados, Distrito Federal e territórios (só que 
sabemos que atualmente no Brasil não há mais territórios, mas nada impede que eles sejam 
criados através de Lei Complementar). 
 A criação de um Conselho Seccional se dá através de resolução do Conselho Federal. 
 O Conselho Federal é composto pelos ex-presidentes e mais três de cada Estado. Aqui 
também temos ex-presidentes, e a regra de votação deles é a mesma. Só que existe um 
número de conselheiros seccionais que é proporcional ao número de advogados inscritos. 
 Assim, a composição dos conselhos seccionais é, se naquele Estado tiver abaixo de 3.000 
advogados poderemos ter até 30 conselheiros. Se naquele Estado tiver acima de 3.000, mas a 
cada grupo completo de 3.000 advogados vai colocando mais 1, até o número máximo de 80. 
Podemos colocar mais um conselheiro a cada grupo de 3.000 advogados que forem se 
inscrevendo, mas sempre respeitando o limite máximo de 80 conselheiros. 
 As competências dos Conselhos Seccionais estão no art.58 do Estatuto: 
Art. 58. Compete privativamente ao Conselho Seccional: 
I - editar seu regimento interno e resoluções; 
II - criar as Subseções e a Caixa de Assistência dos Advogados; 
III - julgar, em grau de recurso, as questões decididas por seu Presidente, por sua diretoria, 
pelo Tribunal de Ética e Disciplina, pelas diretorias das Subseções e da Caixa de Assistência dos 
Advogados; 
 As decisões tomadas pelo Presidente de Conselho Seccional ou pela diretoria de Conselho 
Seccional ou pela diretoria de subseção ou pela diretoria de caixa de assistência ou decisão de 
tribunal de ética e disciplina podem ser recorridas ao Conselho Seccional, e depois ainda ser 
recorridas para o Conselho Federal. 
IV - fiscalizar a aplicação da receita, apreciar o relatório anual e deliberar sobre o balanço e as 
contas de sua diretoria, das diretorias das Subseções e da Caixa de Assistência dos Advogados; 
V - fixar a tabela de honorários, válida para todo o território estadual; 
VI - realizar o Exame de Ordem; 
VII - decidir os pedidos de inscrição nos quadros de advogados e estagiários; 
VIII - manter cadastro de seus inscritos; 
IX - fixar, alterar e receber contribuições obrigatórias, preços de serviços e multas; 
X - participar da elaboração dos concursos públicos, em todas as suas fases, nos casos 
previstos na Constituição e nas leis, no âmbito do seu território; 
XI - determinar, com exclusividade, critérios para o traje dos advogados, no exercício 
profissional; 
XII - aprovar e modificar seu orçamento anual; 
XIII - definir a composição e o funcionamento do Tribunal de Ética e Disciplina, e escolher seus 
membros; 
XIV - eleger as listas, constitucionalmente previstas, para preenchimento dos cargos nos 
tribunais judiciários, no âmbito de sua competência e na forma do Provimento do Conselho 
Federal, vedada a inclusão de membros do próprio Conselho e de qualquer órgão da OAB; 
XV - intervir nas Subseções e na Caixa de Assistência dos Advogados; 
XVI - desempenhar outras atribuições previstas no regulamento geral. 
 14.3 – Subseções 
 Funcionam como braço direito, extensões das seccionais, e podem abranger um município, 
mais de um município ou parte de um município. Ou seja, pode ser em qualquer lugar. Nossos 
Estados são muito grandes e, às vezes, há advogados e estagiários que moram em um interior. 
 Quem cria subseção é o conselho seccional e, para criar, é preciso ter, ao menos, 15 
advogados domiciliados profissionalmente. 
 Se tiver mais de 100 advogados, pode ser criado umConselho de Subseção, ou seja, 
aumentando a competência, já podendo praticar as competências do art.61, já podendo 
começar a fazer instrução de processo, por exemplo, mas na hora de julgar tem que mandar 
para o Conselho Seccional. 
 Estes números de 15 e 100 podem ser aumentados por meio de regimento interno da 
seccional. 
 Há uma série de comissões dentro de cada seccional. As criações destas comissões são feitas 
por mera liberalidade, mas existem três que são obrigatórias, que tem que ter em toda 
seccional e em toda subseção que houver conselho, quais sejam, a comissão de direitos 
humanos, comissão de orçamentos e contas e comissão de estágio e exame de ordem. 
 A subseção é o único órgão da OAB que não tem personalidade jurídica própria. São órgãos 
autônomos, mas não tem personalidade própria. 
 14.4 – Caixa de assistência dos advogados 
 Esta tem finalidade de assistir o advogado pelo simples fatos dos advogados e estagiários 
estarem inscritos na OAB em que eles tem descontos que a caixa vai criando. 
 A caixa recebe metade liquida das anuidades. 
 Para se criar caixa tem que ter mais de 1.500 advogados naquele Estado, e se tiver a sede da 
caixa é a mesma da seccional que o criou, uma por Estado. 
15. Eleições 
 As eleições são realizadas de 3 em 3 anos, porque este é o tempo de mandato. Reguladas 
pelo 63 ao 67 do Estatuto e o 120 ao 137 do Regulamento Geral. 
 São feitas com voto obrigatório para todos os advogados, sob pena de multa de 20% sobre a 
anuidade. 
 Quem pode se candidatar são advogados com mais de 5 anos, tem que ter ficha limpa, não 
pode exercer nenhum cargo exonerado ad nutum. 
 As eleições são feitas por meio de chapas. A chapa que obtiver a maioria dos votos válidos é a 
chapa vencedora, e, o advogado tem que votar duas vezes, na verdade, porque além de ter de 
votar nesta chapa geral, ele tem que eleger a diretoria de sua subseção. 
 As eleições se realizam em todos conselhos seccionais na 2ª quinzena de novembro, sendo 
que a posse ocorre, no conselho seccional, em 1° de janeiro, e no conselho federal, em 1° de 
fevereiro. 
 No dia 31 de janeiro, um dia antes da posse, os conselheiros federais se reúnem, sob a 
presença do mais antigo e juntos irão escolher a diretoria do conselho federal, e dentre os 
cinco integrantes da diretoria, seu presidente é o único que não precisa ser escolhido entre os 
conselheiros federais. 
 Há a extinção do mandato antes dos 3 anos se o titular faltar a três reuniões ordinárias 
consecutivas, se punido por qualquer sanção disciplinar ou se ele tiver que cancelar sua OAB. 
16. Medalha Rui Barbosa 
Art. 152 RG. A “Medalha Rui Barbosa” é a comenda máxima conferida pelo Conselho Federal 
às grandes personalidades da advocacia brasileira. 
 A medalha só pode ser concedida uma vez, no prazo do mandato do Conselho, e será 
entregue ao homenageado em sessão solene. 
 A cada 3 anos o Conselho Federal dá esta medalha a um advogado escolhido para aquela 
gestão. 
 O advogado agraciado com a medalha pode participar do Conselho Federal com direito de 
voz. 
17. Conferência Nacional de Advocacia Brasileira 
 Como o próprio nome já diz, esta é um congresso que se realiza de 3 em 3 anos, com 
finalidade a debater assuntos sobre a advocacia e ao congressamento dos advogados. A última 
foi no Rio de Janeiro para discutir o projeto do novo código de ética. 
 Esta conferência vai chegar a determinadas conclusões, como se fossem jurisprudências, com 
efeito não vinculante. 
 Essa CNAB é formada por membros efetivos e convidados. Os efetivos são os advogados e 
estagiários que se inscreverem e também os presidentes e conselheiros presentes. Só 
comparecer no dia que são membros efetivos. 
 Essa CNAB vai chegar em determinadas conclusões, mas precisam votar nas 
“jurisprudências”. Quanto aos efetivos, todos votam, até estagiários. Os convidados só votam 
se forem advogados.

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