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FACULDADE DE CIÊNCIAS DA SAÚDE DISCIPLINA: FISIOLOGIA HUMANA Profa. Dra.: MIRIAM RIBEIRO CAMPOS - sistema digestÓRIO- - funções gastrintestinais- 1ª PARTE princípios gerais da função gastrintestinal função Fornecer ao organismo um suprimento adequado de água, eletrólitos e nutrientes. b- Para desempenhar esta função é necessário: - Deslocamento ( motilidade - Preparação ( secreções ( digestão - Utilização ( absorção c- Estrutura: - Boca: mastigação - Faringe e esôfago: tubos para passagem - Estômago: armazenamento, digestão. - Intestino delgado: digestão e absorção dos produtos finais - Intestino grosso: - Cólon ascendente: absorção de água, eletrólitos. - Cólon transverso - Cólon descendente: sigmóide, reto e ânus. princípios gerais da motilidade gastrintestinal 2.1 – camadas da parede gastrintestinal 1ª - Serosa 2ª- Camada muscular longitudinal 3ª- Camada muscular circular 4ª- Submucosa 5ª- Mucosa 6ª- Muscular da mucosa: Camada difusa de fibras musculares Localizada nas camadas mais profundas da mucosa. 2.2 - atividade elétrica do músculo liso gastrintestinal 2.2.1- Tipos de ondas: o músculo liso do trato gi apresenta: Atividade elétrica quase contínua, porém lenta. Essa atividade tende a exibir 2 tipos básicos de ondas elétricas: - Ondas lentas e potenciais em ponta Ondas lentas: Não são potenciais de ação Trata-se de alterações lentas e ondulantes no potencial de membrana em repouso Em geral, as ondas lentas em si não produzem contração muscular na maior parte do tgi, à exceção do estômago. c- Potenciais em ponta: São verdadeiros potenciais de ação Toda vez que os picos das ondas lentas se elevam temporariamente acima do nível de - 40 mv: - Surgem potenciais em ponta sobre estes picos. 2.2.2- Alterações na voltagem do potencial de membrana em repouso 1º- Fatores que despolarizam a membrana: - Estiramento (distensão) - Acetilcolina - Estimulação pelos nervos parassimpáticos - Estimulação por vários hormônios 2º- Fatores que hiperpolarizam a membrana: - Noradrenalina, adrenalina - Estimulação pelas fibras simpáticas: noradrenalina. 2.3- controle neural da função gastrintestinal - O sistema digestivo apresenta 2 controles nervosos: - Sistema nervoso entérico - Sistema nervoso autonômico 2.3.1- sistema nervoso entérico o tgi possui um sistema nervoso próprio: - Denominado sistema nervoso entérico Esse sistema situa-se totalmente na parede intestinal: - Começa no esôfago e estende-se até o ânus. Função: Controla essencialmente: - Os movimentos (atividade motora) - As secreções gastrintestinais O sistema nervoso entérico é formado de 2 plexos: 1º- Plexo MIOENTÉRICO ou de Auerbach É o mais externo Situado entre as camadas musculares: longitudinal e circular Controla os movimentos gastrintestinais - atividade motora. 2º- Plexo SUBMUCOSO ou plexo de Meissner Localizado na camada submucosa Controla, sobretudo, a secreção gastrintestinal e o fluxo sanguíneo. 2.3.2- controle autonômico do trato gastrintestinal a - INERVAÇÃO PARASSIMPÁTICA: - No sistema digestivo se divide em: - Craniana e sacra 1º - Craniana: As fibras ps cranianas são transmitidas quase inteiramente pelos nervos vagos. Fornecem extensa inervação para o esôfago, estômago e pâncreas. 2º- Sacra: As regiões sigmóide, retal e anal do intestino grosso: - São consideravelmente mais supridas por fibras ps do que outras porções do intestino. - Estas fibras funcionam especialmente nos reflexos de defecação. - A estimulação dos nervos parassimpáticos: - Produz aumento geral da atividade de todo o sn entérico - O que intensifica a atividade da maioria das funções gi. INERVAÇÃO SIMPÁTICA 1º- O sistema simpático inerva principalmente todas as porções do tgi: - As terminações nervosas simpáticas secretam noradrenalina. 2º- Em geral, a estimulação do sistema nervoso simpático: - Inibe a atividade no tgi - Produzindo muitos efeitos opostos aos do snp. - Por conseguinte, a forte estimulação do sns pode bloquear o trânsito do alimento pelo tgi. 2.4-tipos funcionais de movimentos no tracto gastrintestinal - Ocorrem 2 tipos de movimentos no tgi 1º - Movimentos propulsivos: Que impelem o alimento ao longo do tubo digestivo Numa velocidade apropriada para que ocorram digestão e absorção. 2º- Movimentos de mistura: Mantém o conteúdo intestinal sempre misturado. 2.4.1 - movimentos propulsivos - peristaltismo a- Peristaltismo é o movimento propulsivo básico no tgi: É um anel contrátil aparece em torno do intestino e, A seguir, move-se para diante. b- O estímulo habitual para o peristaltismo é a distensão do intestino. Movimentos de mistura Os movimentos de mistura são muitos diferentes nas várias partes do tubo alimentar. Em algumas áreas, as próprias contrações peristálticas provocam a maior parte da mistura. 2ª PARTE - MOTILIDADE E MISTURA DO ALIMENTO NO TUBO ALIMENTAR 1- PROCESSSAMENTO ÓTIMO DO ALIMENTO Para que ocorra o processamento ótimo do alimento no tubo digestivo: O tempo em que deverá permanecer em cada segmento do tubo digestivo É de suma importância. Além disso, é preciso que ocorra uma mistura apropriada. 2-MASTIGAÇÃO 2.1- IMPORTÂNCIA A mastigação é importante por que: 1º- Ajuda a digestão dos alimentos: Uma vez que as ENZIMAS DIGESTIVAS só atuam na superfície das partículas alimentares. 2º- A maioria das frutas e vegetais crus, possuem membranas de CELULOSE não - digerível: Em torno de suas porções nutritivas e que devem ser desintegradas Para que o alimento possa ser utilizado. 3- DEGLUTIÇÃO 3.1-CONCEITO Deglutição é o ato de engolir. b- Mecanismo complicado na faringe: Onde cruzam os sistema digestivo e o sistema respiratório. 3.2- FASES 1ª- FASE ORAL Inicia o processo de deglutição Nessa fase a deglutição é voluntária. 2ª- FASE FARÍNGEA - Fase involuntária Consiste na passagem do alimento pela faringe até o esôfago. 3ª- FASE ESOFÁGICA DA DEGLUTIÇÃO Fase involuntária A principal função do esôfago consiste em conduzir o alimento da faringe para o estômago. Em condições normais, o esôfago exibe 2 tipos de movimentos peristálticos: 1º- O PERISTALTISMO PRIMÁRIO - Refere-se à continuação da onda peristáltica que começa na faringe - E se propaga para o esôfago durante a fase faríngea da deglutição. 2º- O PERISTALTISMO SECUNDÁRIO - Ondas peristálticas secundárias que resultam da distensão do esôfago pelo alimento retido. - Quando a onda peristáltica primária é insuficiente para movimentar todo o alimento que penetrou no esôfago, em direção ao estômago. 4- FUNÇÃO DO ESFÍNCTER INFERIOR - (ESFÍNCTER GASTROESOFÁGICO) Na porção inferior do esôfago, na junção com o estômago: A musculatura circular esofágica Atua como esfíncter esofágico inferior ou esfíncter gastresofágico. A constrição tônicadesse esfíncter: - Ajuda a impedir a ocorrência de refluxo significativo do conteúdo gástrico para o esôfago O que é importante já que o conteúdo gástrico é altamente ácido e contém muitas enzimas proteolíticas. 5- FUNÇÕES MOTORAS DO ESTÔMAGO As funções motoras do estômago são 3: 1ª- ARMAZENAMENTO Armazenagem de grandes quantidades de alimento até que possam ser processados no duodeno. 2ª- MISTURA - Mistura do alimento com as secreções gástricas até formar uma mistura semilíquida denominada QUIMO. 3ª- ESVAZIAMENTO GÁSTRICO - Esvaziamento lento do alimento do estômago para o intestino delgado. - Numa velocidade adequada para a digestão e absorção eficientes pelo intestino delgado. REGULAÇÃO DO ESVAZIAMENTO GÁSTRICO a- A velocidade com que o estômago se esvazia é regulada por sinais provenientes do estômago e do duodeno. b- Entretanto, o duodeno fornece sem dúvida alguma: O mais potente dos sinais, Controlando sempre o esvaziamento do quimo no duodeno Numa velocidade que não ultrapassa o que pode ser digerido e absorvido. c- FATORES GÁSTRICOS QUE PROMOVEM O ESVAZIAMENTO GÁSTRICO 1º- Efeito do VOLUME DE ALIMENTO GÁSTRICO sobre o esvaziamento gástrico O aumento do volume de alimento no estômago promove maior esvaziamento Gástrico. 2º- Efeito do HORMÔNIO GASTRINA: - A gastrina liberada pela porção pilórica do estômago exerce: - Efeitos leves a moderados sobre as funções motoras do estômago. - Promove aumento na atividade da bomba pilórica. - Ajudando, na estimulação do esvaziamento gástrico. d- FATORES DUODENAIS QUE INIBEM O ESVAZIAMENTO GÁSTRICO: -FATORES QUE PODEM ESTIMULAR OS REFLEXOS ENTEROGÁSTRICOS: O grau de distensão do duodeno. A presença de qualquer grau de irritação da mucosa duodenal. O grau de acidez do quimo duodenal. O grau de osmolalidade do quimo. A presença de certos produtos de degradação no quimo: Sobretudo produtos de degradação das proteínas e, talvez em menor grau, da gordura. 6- FUNÇÃO DA VÁLVULA ILEOCECAL EVITAR O FLUXO RETRÓGRADO DO CONTEÚDO FECAL DO CÓLON para o intestino delgado. Esfíncter ileocecal: A parede do íleo, nos vários centímetros que precedem a válvula ileocecal. Apresenta uma camada muscular espessa, denominada esfíncter ileocecal. 7- PRINCIPAIS FUNÇÕES DO CÓLON 1º- Absorção de água e eletrólitos do quimo. 2º- Armazenamento da matéria fecal até que possa ser expelida. - 3ª PARTE- FUNÇÕES SECRETORAS DO SISTEMA DIGESTÓRIO 1- IMPORTÂNCIA DAS GLÂNDULAS SECRETORAS Desempenham em todo o trato gastrintestinal duas funções principais: 1ª- enzimas digestivas - Secretadas na maioria das áreas - Desde a boca até a extremidade distal do íleo 2ª- glândulas mucosas - Presentes desde a boca até o ânus - Produzem muco para a lubrificação - Proteção das partes do tubo digestivo. 2- REGULAÇÃO NERVOSA DAS SECREÇÕES 2.2.1- ESTIMULAÇÃO PARASSIMPÁTICA Estimulação colinérgica, vasodilatadora. Bloqueada pela atropina. 2.2.2-ESTIMULAÇÃO SIMPÁTICA Adrenérgica, vasoconstritora. SECREÇÃO SALIVAR 3.1- TIPOS DE GLÂNDULAS SALIVARES E DUTOS EXCRETORES a- PARÓTIDAS - Duto de Stenon b- SUBMANDIBULARES - Duto de Wharton c- SUBLINGUAIS - Duto de Rivinus 3.1.2- Orais - a- Pequenas e numerosas glândulas mucosas. CARACTERÍSTICAS DA SALIVA a – Composição : água, eletrólitos, enzimas b - pH entre 6,0 e 7,0 - faixa que favorece a ação da ptialina c- Proteínas: ptialina - digestão dos amidos : lisozima - ação bactericida : calicreína - ação vasodilatadora 3.3- FUNÇÕES DA SALIVA DIGESTIVA LUBRIFICANTE SOLVENTE LIMPEZA BACTERICIDA EXCRETORA SECREÇÃO ESOFÁGICA a- Caráter totalmente mucóide b- Proporcionam lubrificação para o processo de deglutição c- O muco secretado na porção superior do esôfago - Evita a escoriação da mucosa pelos alimentos. d- As glândulas compostas próximas à junção gastresofágica: Protegem a parede do esôfago da digestão pelos sucos gástricos De possíveis refluxos do estômago para o esôfago inferior. 5- SECREÇÃO GÁSTRICA 5.1 – CARACTERÍSTICAS DAS SECREÇÕES GÁSTRICAS 5.1.1- GLÂNDULAS DA MUCOSA GÁSTRICA A mucosa gástrica possui 3 tipos importantes de glândulas: - GLÂNDULAS MUCOSAS glândulas TUBULARES glândulas pilóricas SECREÇÕES DAS GLÂNDULAS TUBULARES 5.2.1- TIPOS DE CÉLULAS a- Esta glândula é composta de 3 tipos distintos de células 1º- Células Cervicais Mucosas Secretam principalmente muco 2º- Células Pépticas (ou Principais) Secretam grandes quantidades de pepsinogênio 3º- Células Parietais (ou Oxínticas) Secreta HCl 5.3- PEPSINA a- É uma enzima proteolítica, em meio altamente ácido pH ótimo entre 1,8 a 3,5 pH acima de 5,0 - torna totalmente inativada a pepsina. b-Assim: O HCl é tão necessário - Quanto a pepsina para a digestão proteica do estômago. 5.4- GLÂNDULAS PILÓRICAS 5.4.1- SECREÇÃO DE MUCO a- As glândulas pilóricas Secretam grandes quantidades de MUCO FINO. b- Células Mucosas Superficiais Muco muito mais VISCOSO Reveste a mucosa com uma camada de MUCO GELATINOSO Este muco apresenta uma ALCALINIDADE - Que protege a parede gástrica fique exposta diretamente - À secreção gástrica, altamente ácida. 5.4.2- SECREÇÃO DE GASTRINA As glândulas pilóricas também secretam o hormônio gastrina Importante papel no controle da secreção gástrica. SECREÇÃO PANCREÁTICA 6.1- CARACTERÍSTICAS DO PÂNCREAS a- Situado paralelamente e abaixo do estômago. b- O suco pancreático É secretado em resposta à presença de quimo no duodeno. As características são determinadas pelos tipos de alimentos contidos no quimo. 6.2- COMPONENTES DO SUCO PANCREÁTICO O suco pancreático contém: 6.2.1- ENZIMAS DIGESTIVAS - Para a digestão carboidratos, gorduras e proteínas. - Junto com a bile, elas são em grande parte - Responsáveis pela digestão luminal. 6.2.2- SOLUÇÃO DE ÍONS BICARBONATO (HCO-3) - Importante na neutralização do quimo ácido no duodeno - Na manutenção do pH apropriado para a digestão enzimática. 6.3- SECREÇÃO DAS ENZIMAS PANCREÁTICAS 6.3.1- ENZIMAS PROTEOLÍTICAS a- As mais importantes são: - tripsina - quimiotripsina - carboxipeptidase. 6.3.2- AMILASE PANCREÁTICA a- A enzima digestiva pancreática para os carboidratos hidrolisa: Os amidos, o glicogênio e a maioria dos outros carboidratos (à exceção de celulose) - Para formar dissacarídeos e alguns trissacarídeos. 6.3.3- ENZIMAS PANCREÁTICAS LIPOLÍTICAS a- Lipase Pancreática - Hidrolisa a gordura neutra em ácidos graxos e monoglicerídeos. 7- secreções do intestino delgado 7.1- secreção de muco pelas glândulas de brünner a- Glândulas mucosas compostas b- Localizadas nas primeiras porções do duodeno. 7.2- função do muco das glândulas de brUnner Proteger a parede duodenal do quimo gástrico Neutralizar o quimo ácido do estômago. 7.3- enzimas das secreções do intestino delgado 7.3.1- PEPTIDASES Para clivagem de pequenos peptídeos em aminoácidos 7.3.2- ENZIMAS PARA O DESDOBRAMENTO DOS DISSACARÍDEOS Sacarase, Maltase, Isomaltose, Lactase. 7.3.3- LIPASE INTESTINAL Clivagem das gorduras neutrasem: - Ácidos graxos e glicerol. 8- secreções do intestino grosso 8.1- SECREÇÃO MUCOSA Predominantemente mucosa. O muco contém grandes quantidades de íons hco-3. 8.2-papel do muco do intestino grosso Protege a parede contra escoriações Proporciona meio aderente para manter a matéria fecal Protege a parede do grande número de bactérias das fezes. A alcalinidade da secreção protege a parede: - Formando uma barreira para manter os ácidos formados no interior das fezes - Impedindo o ataque à parede intestinal.
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