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Sistema Digestório - Fisiologia

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�siologi� d� Sistem� Digestóri�
1. Função:
- Tem como principal função abastecer o organismo com água, eletrólitos, vitaminas e
nutrientes continuamente, por isso, é necessária a movimentação do alimento pelo
TGI, a secreção de soluções digestivas, a digestão dos alimentos, a absorção de água,
eletrólitos, vitaminas e a circulação sanguínea para o transporte das substâncias
absorvidas
2. Anatomia fisiológica
- As camadas, da mais externa para a mais interna são: a serosa, a muscular lisa
longitudinal, a muscular lisa, a submucosa e a mucosa
3. Controle Neuronal
- O TGI tem um sistema nervoso próprio, o sistema nervoso entérico, localizado
inteiramente na parede intestinal, desde o esôfago até o ânus, com
aproximadamente 100 milhões de neurônios
- É composto por dois plexos:
- O plexo mioentérico ou de Auerbach, responsável pelo controle de quase
todos os movimentos gastrointestinais, estende-se por toda a parede
intestinal entre as camadas longitudinal e circular do músculo liso. Quando
estimulado, causa tônus da parede intestinal, o aumento na intensidade das
contrações, aumento no ritmo das contrações e na velocidade de condução
das ondas excitatórias. Não é totalmente excitatório, pois alguns neurônios
são inibitórios (esfíncteres pilórico e da valva ileocecal)
- O plexo submucoso, ou de Meissner, responsável pela secreção
gastrointestinal e pelo fluxo sanguíneo. Sua função é de controle local na
parede interna de cada região do intestino. Os sinais sensoriais do epitélio
gastrointestinal são integrados no plexo submucoso para o controle da
secreção, absorção e contração local do músculo submucoso.
- Os neurônios entéricos secretam acetilcolina, norepinefrina, trifosfato de adenosina,
serotonina, dopamina, colecistocinina, substância P, polipeptídeo intestinal
vasoativo, somatostatina, leuencefalina, metencefalina e bombesina.
- A inervação parassimpática estimula a atividade gastrointestinal, e a simpática inibe
a atividade -> em geral
- As fibras nervosas sensoriais aferentes que se originam no intestino sofrem
estimulação pela irritação da mucosa, pela distensão exacerbada do intestino e pela
presença de determinadas substâncias químicas, que pode causar a estimulação ou
a inibição de secreção e da motilidade
- Reflexos gastrointestinais:
- Reflexos completamente integrados na parede intestinal, que controlam a
maior parte da secreção gastrointestinal, do peristaltismo, das contações de
mistura e dos efeitos inibidores locais
- Reflexos do intestino para os gânglios, que retornam ao intestino
- Reflexo gastrocólico, do estômago, que causa a evacuação do cólon
- Reflexo enterogástrico, do estômago e do duodeno para a inibição
da secreção e da motilidade do estômago
- Reflexo colonoileal, do conlon, que inibe o esvaziamento do íleo no
cólon
- Reflexos do intestino para a medula ou para o tronco cerebral
- do estômago e do duodeno, que controlam as atividades secretoras
e motoras gástricas
- reflexos de dor, que causam a inibição geral do TGI
- reflexos de defecação, que vão do cólon e do reto até a medula
espinal e retornam, produzindo as contrações necessárias para a
defecação
4. Controle Hormonal:
- Os hormônios gástricos são liberados na circulação porta e tem seu efeito produzido
através da ligação com células alvo.
- A gastrina é secretada no antro do estômago pelas células G, estimuladas pela
refeição, distensão estomacal e pela digestão de proteínas. Ela é responsável pela
estimulação da secreção de ácido gástrico e pelo crescimento da mucosa gástrica
- A colecistoquinina é secretada pelas células I do intestino, estimulada pela digestão
de gorduras, ácidos graxos e monoglicerídeos no intestino. É responsável pelo
esvaziamento da vesícula biliar e pelo retardamento da saída de alimentos do
estômago.
- A secretina é secretada pelas células S da mucosa duodenal, estimulada pelo
esvaziamento do estômago no duodeno. Tem um efeito pequeno na motilidade, e é
responsável pela secreção pancreática de bicarbonato, que neutraliza o ácido no
intestino delgado
- O peptídeo inibidor gástrico (GIP) é secretado pelas células K na mucosa do intestino
delgado superior estimulado pelos ácidos graxos, aminoácidos, e pelos carboidratos
(em menor extensão). É responsável pela secreção insulínica e pela inibição da
motilidade gástrica.
- A motilina é secretada pelas células M de maneira cíclica, e é responsável pela
estimulação da motilidade durante o jejum, sendo inibida após a ingestão de
alimentos.
5. Movimentos do TGI
- Peristaltismo - movimentos propulsivos:
- é a prioridade inerente a muitos tubos de músculo liso sincicial.
- é estimulado pela distensão abdominal, ou seja, quando há acúmulo de
alimento em qualquer parte do intestino, a distensão da parede estimula o
sistema nervoso entérico, que contrai a parede 2 ou 3 centímetros atrás do
ponto onde o alimento se encontra, empurrando-o a diante. O estímulo
também pode partir de irritações físicas ou químicas às paredes intestinais,
além de sinais parassimpáticos.
- onde não há plexo mioentérico (ausência congênita), o peristaltismo é fraco
ou não ocorre, assim como em pacientes tratados com atropina (bloqueio
da ação dos terminais colinérgicos do plexo mioentérico)
- o movimento das ondas peristálticas é unidirecional, a partir da boca, em
direção ao ânus
- o reflexo mioentérico ou peristáltico é considerado a lei do intestino, que
consiste no relaxamento receptivo, que permite a facilidade do
impulsionamento do alimento na direção anal
- Movimentos de mistura:
- podem ser causados pelas ondas peristálticas ou por contrações
constritivas intermitentes, dependendo da região em que a mistura ocorrerá
6. Fluxo sanguíneo gastrointestinal - circulação esplâncnica
- essa circulação inclui o fluxo sanguíneo do intestino, do baço, do pâncreas e do
fígado, no qual todo esse fluxo passa pelo fígado através da veia porta.
- no fígado, esse sangue passa pelos sinusóides hepáticos e deixa o órgão por meio
das veias hepáticas
- os nutrientes não lipídicos e hidrossolúveis são absorvidos no intestino e são
transportados para o fígado, cujas células hepáticas armazenam de ½ a ¾ dos
nutrientes e são responsáveis pelo processamento químico intermediário dos
mesmos.
- em condições normais, o fluxo sanguíneo está associado à atividade, como após a
refeição, em que o fluxo sanguíneo aumenta por conta da grande atividade motora,
secretora e absortiva no local.
- esse fluxo também é aumentado pela ação de várias substâncias vasoativas, como
hormônios peptídicos, calidina, bradicinina e adenosina (devido à menor quantidade
de oxigênio)
7. Mastigação
- a mastigação é o processo de trituração do alimento pelos dentes (os incisivos
cortam e os molares trituram), ocorre na boca, onde os alimentos sofrem ação da
ptialina ou amilase salivar, que inicia a digestão do glicogênio
- os músculos da mastigação são inervados pelo ramo motor do quinto nervo cefálico,
e a mastigação é controlada por núcleos no tronco encefálico.
- os movimentos rítmicos da mastigação são causados pela estimulação de áreas
específicas nos centros de paladar do tronco cerebral, assim como áreas no
hipotálamo,na amígdala e no córtex
- o processo de mastigação é causado pelo reflexo da mastigação, que ocorre a partir
da presença do bolo alimentar na boca, que desencadeia uma inibição reflexa dos
músculos da mastigaçÃo, abaixando a mandíbula inferior, que inicia o reflexo de
estiramento da musculatura mandibular, levando a mandíbula e fazendo com que
os dentes se cerrem.
- a mastigação é muito importante para prevenir escoriações no TGI, facilitar o
transporte e digerir, principalmente, frutas e vegetais crus
8. Deglutição
- é dividida em 3 estágios
1. Fase voluntária: Quando o alimento está pronto para a deglutição,
ele é voluntariamente comprimido e empurrado para trás, em
direção à faringe, empurrado para cima pela pressão da língua e
contra o palato para trás. A partir disso, o processo passa a ser
involuntário
2. Fase faríngea: Ao chegar naparte posterior da cavidade bucal, a
faringe estimula os receptores epiteliais da deglutição (situados ao
redor da abertura faríngea), fazendo com que o palato seja
empurrado para cima fechando a parte posterior da cavidade nasal,
as pregas palatofaríngeas aproximam-se medialmente formando a
fenda sagital por onde o alimento passa até a faringe posterior, as
cordas vocais se aproximam e a laringe vai para cima e para frente
pela musculatura do pescoço, que fazem com que a epiglote vá para
trás em direção à abertura da laringe, a movimentação da laringe
dilata a abertura do esôfago e relaxam a musculatura do esfíncter
esofágico superior, para que o alimento se mova livremente da
faringe para o esôfago. Entre as deglutições, esse esfíncter
permanece fechado para que não entre ar no esôfago. Na elevação
da laringe e no relaxamento do esfíncter esofágico, a parede
muscular da faringe se contrai de cima a baixo, impulsionando o
alimento por peristalse.
3. Fase esofágica: O esôfago tem como função levar, rapidamente, o
alimento da faringe até o estômago, através das ondas peristálticas
primárias (reflexo da faringe), e se não derem conta, através das
secundárias, provenientes da dilatação esofágica pelo próprio
alimento. Quando as ondas peristálticas chegam no estômago, o
sistema nervoso mioentérico transmite ondas de relaxamento,
provocando o relaxamento da musculatura estomacal para o
recebimento do bolo alimentar. O esfíncter gastroesofágico impede
o refluxo do bolo alimentar e das secreções gástricas, exceto em
condições anormais.
9. Funções do estômago
- O estômago armazena os alimentos ingeridos até que sejam processados pelos
órgãos do TGI. Tem a capacidade de armazenar até 0,8 - 1,5L em seu relaxamento
completo
- Ao chegar no estômago, o alimento sofre a ação dos sucos digestivos, secretados
pelas glândulas gástricas, e entram em contato diretamente com o alimento
próximo à mucosa. Enquanto tiver alimento no estômago, são iniciadas as ondas de
mistura, iniciadas pelo ritmo elétrico básico da parede, nas porções média e
superior da parede do estômago, e se deslocam em direção ao antro. Os anéis de
constrição são importantes para a mistura do conteúdo gástrico, pois quando uma
onda peristáltica se aproxima do piloro, o músculo pilórico se contrai, impedindo que
haja o esvaziamento, lançando grande parte do conteúdo gástrico na direção do
corpo do estômago, causando a retropulsão.
- O quimo é como o bolo alimentar é chamado após sofrer a digestão gástrica, ou
seja, o quimo passa para o intestino delgado. Tem textura geralmente semi líquida e
pastosa, dependendo da quantidade e tipo de alimentos, quantidade de água,
secreções gástricas e do grau de digestão.
- O estômago também produz contrações de fome, que são mais intensas em
pessoas mais jovens, saudáveis, com tônus gi elevados e quando a pessoa tem
glicose sanguínea abaixo do normal. Ocorre quando o estômago fica vazio por
muitas horas, e pode ser acompanhada por brandas dores epigástricas, as pontadas
de fome.
- O esvaziamento do estômago é promovido por intensas contrações peristálticas no
antro gástrico, e, ao mesmo tempo, é reduzido pela resistência do piloro. As
contrações são mais intensas na porção média do estômago e progridem no sentido
caudal. Essas contrações se tornam mais fortes, formando os anéis de contriçÃo,
que causam o esvaziamento estomacal, e, conforme o estômago é esvaziado, essas
ondas vão mais proximalmente, levando o alimento que está no corpo do estômago
para se misturar com o quimo no antro estomacal. O piloro é a abertura distal do
estômago, na qual o esfíncter pilórico relaxa ou contrai, regulando a passagem para
o duodeno. Os sinais do duodeno para o controle do esvaziamento são mais fortes
que os do estômago. Quanto maior o volume de alimentos, maior será o
esvaziamento por conta da dilatação da parede gástrica que desencadeia reflexos
mioentéricos locais que acentuam a atividade da bomba pilórica e, ao mesmo
tempo, inibem o piloro. A gastrina, liberada pela mucosa gástrica, tem efeito sobre o
suco gástrico, sobre as funções motoras e intensifica a atividade da bomba pilórica,
e consequentemente, do esvaziamento gástrico. Quando o quimo entra no duodeno,
diversos reflexos nervosos são desencadeados e voltam para o estômago,
retardando ou interrompendo o esvaziamento gástrico, seja diretamente da parede
do duodeno para a do estômago através do sistema nervoso entérico ou através dos
nervos extrínsecos ou pelos nervos vagos. Podem desencadear reflexos inibitórios o
grau de distensão do duodeno, a irritação da mucosa, o grau de acidez e de
osmolaridade do quimo e a presença de produtos da degradação proteica e
gordurosa. Os reflexos inibitórios são especialmente sensíveis à presença de ácidos
e de irritantes, ativados em menos de 30 segundos. Líquidos hipertônicos e
hipotônicos também provocam reflexos enterogástricos inibitórios, evitando o f;uxo
rápido de líquidos não isotônicos para o intestino delgado. Os hormônios inibitórios
são estimulados, basicamente, pela entrada de gordura no duodeno. Esses
hormônios são transportados para o estômago pela corrente sanguínea, inibindo a
bomba pilórica e aumentando a força de contração do esfíncter pilórico. O hormônio
aparentemente mais potente na inibição do estômago, pois bloqueia o aumento da
motilidade gástrica causado pela gastrina.
10. Movimentos do intestino delgado
- Quando a parede do intestino delgado é distendida pela presença do quimo, o
estiramento da parede intestinal provoca contrações localizadas, as contrações de
mistura, que segmenta o intestino delgado. Essas contrações segmentadas
misturam o quimo de duas a três vezes com as secreções. A frequência dessas
contrações é determinada pela frequência das ondas elétricas lentas na parede
intestinal. As contrações ficam extremamente fracas quando a atividade excitatória
do sistema nervoso entérico é bloqueado pela atropina.
- O quimo é impulsionado ao longo do intestino delgado, em direção ao ânus, através
das ondas peristálticas. A peristalse é causada pela distensão da parede intestinal e
pelo reflexo gastroentérico. A gastrina, a CCK, a insulina, a motilina e a serotonina
são hormônios que intensificam a motilidade intestinal, enquanto a secretina e o
glucagon inibem a motilidade. A peristalse também tem como função a distribuição
do quimo por todo o intestino, intensificando a entrada de mais quimo no duodeno.
Quando o quimo chega na válvula ileocecal, é retido lá por várias horas, até que seja
feita outra refeição, quando o quimo será impulsionado para o intestino grosso.
- Os movimentos de segmentação servem para impulsionar o alimento ao longo do
intestino.
- O surto peristáltico ocorre em situações anormais, como na diarréia infecciosa,
fazendo com que a peristalse fraca se transforme em um movimento intenso e
rápido, com o intuito de aliviar a irritação e a distensão. É desencadeado por reflexos
no plexo mioentérico da parede do trato intestinal e por reflexos do sistema nervoso
autônomo e do tronco cerebral.
- A válvula ileocecal evita o refluxo do conteúdo fecal do cólon para o intestino
delgado, assim como o esfíncter ileocecal, que faz com que o quimo permaneça
mais tempo no intestino delgado facilitando a absorção. Imediatamente após a
refeição, o reflexo gastroileal intensifica o peristaltismo no íleo lançando o conteúdo
no ceco. O grau de contração do esfíncter ileocecal e a intensidade do peristaltismo
no íleo terminal são controlados por reflexos originados no ceco. Na distensão cecal
e na contração do esfíncter intensa, o peristaltismo ileal é inibido, retardando o
esvaziamento de mais quimo no ceco. Qualquer tipo de irritação no ceco causa o
retardo do esvaziamento, como a apendicite. O reflexo cecal é mediado pelo plexo
mioentérico e pelos nervos autônomos extrínsecos.
11. Movimentos do cólon
- O cólon tem como principal função a absorção de água e eletrólitos para a formação
das fezes e o armazenamento das fezes.
- Os movimentos de mistura do cólon são movimentosde segmentação, que formam
as tênias cólicas (contraído) e as haustrações (relaxado). Essa movimentação é
importante para que todo o material fecal entre em contato com a mucosa
intestinal, para que haja a estimulação da dissolução progressiva de líquidos e
substâncias para a formação das fezes.
- As contrações haustrais lentas fazem com que o quimo leve de 8 a 15h para se
mover da válvula ileocecal pelo cólon, transformando o material semilíquido em
semissólido. Os movimentos de massa são um tipo de peristalse modificada, e
fazem propulsão em surtos, que ocorre três vezes ao dia. O movimento de massa é
facilitado pelos reflexos gastrocólicos e duodenocólicos, resultantes da distensão do
estômago e do duodeno, também podendo ser causados pela irritação do cólon,
como na colite ulcerativa. Esses movimentos só não ou raramente ocorrem se há
uma remoção dos nervos autônomos extrínsecos ao cólon.
- Na maior parte do tempo, o reto fica vazio, e quando o movimento de massa leva o
conteúdo fecal até o reto, ocorre a vontade de defecar, ocorrendo a contração
reflexa do reto e o relaxamento dos esfíncteres anais. Existem dois esfíncteres, o
anal interno e o anal externo, que é controlado voluntáriamente. A defecação é
iniciada pelos reflexos de defecação. Um deles é o reflexo intrínseco, mediado pelo
sistema nervoso entérico, quando as fezes entram no reto, a distensão da parede
retal desencadeia sinais aferentes, que se propagam pelo plexo mioentérico,
estimulando a peristalse no cólon, sigmóide e reto. Quando as fezes se aproximam
do ânus, os esfíncter anal interno se relaxa, e o externo é relaxado voluntariamente.
O reflexo de defecação parassimpático, originado nos nervos pélvicos, também
intensificam os movimentos de massa, que relaxam o esfíncter anal interno. Os
sinais que entram na medula espinhal causam diversos efeitos, como a inspiração
profunda, o fechamento da glote, a contração abdominal e o relaxamento e a
projeção para baixo do assoalho pélvico.
12. Funções secretoras do TGI
- As secreções do TGI tem como função a digestão, através das enzimas digestivas e a
lubrificação dos órgãos, através do muco.
- A presença de alimento nas regiões do TGI fazem com que as glândulas ali
presentes produzam sucos. Esse efeito também é resultante da estimulação
nervosa das glândulas, pelo sistema nervoso entérico, a partir da distensão da
parede, da irritação química e da estimulação tátil. A estimulação dos nervos
parassimpáticos também aumentam a secreção das glândulas gástricas, salivares,
esofágicas, de Brunner e do pâncreas, além de algumas glândulas distais do
intestino grosso.
- A estimulação simpática das glândulas causa a estimulação da produção de muco,
mas, se já estiver produzindo muco suficiente a partir de outros estímulos, a
vasoconstrição causada pelos estímulos simpáticos reduz a secreção.
- A secreção glandular também é regulada por hormônios, que são liberados em
resposta à presença de alimentos, e são reabsorvidos e mandados para as glândulas
através da corrente sanguínea, estimulando a secreção dos sucos.
- A saliva é produzida pelas glândulas parótidas, submandibulares e sublinguais, e
tem como função a secreção de ptialina, que digere o amido e a secreção de
mucina, que serve para a lubrificação e proteção das superfícies. A saliva contém
íons de potássio e bicarbonato. Os ácinos produzem a secreção primária que contém
ptialina e/ou mucina numa solução de íons. Quando essa secreção flui para os
ductos, os íons de sódio são reabsorvidos, os íons de potássio são secretados e os
íons de bicarbonato secretados pelo epitélio vão para o lúmen do ducto, causado
pela troca de bicarbonato por íons cloreto. A saliva também tem uma função muito
importante na higiene oral, pois lava a boca das bactérias patogênicas, destrói
bactérias e contém anticorpos.
- O estômago secreta ácido clorídrico, fato intrínseco, pepsinogênio e muco através
das células oxínticas ou gástricas,e secreta muco e gastrina pelas células pépticas.
- O pâncreas é responsável pela secreção de diversas enzimas digestivas através dos
àcinos pancreáticos. A tripsina e a quimotripsina são responsáveis pela hidrólise de
proteínas e peptídeos, e a carboxipolipeptidase cliva alguns peptídeos e aminoácidos
essenciais. A amilase pancreática hidrolisa amidos, glicogênios e carboidratos
(exceto a celulose), para a formação de dissacarídeos e trissacarídeos. A lipase
pancreática hidrolisa gorduras neutras, ácido graxos e monoglicerídeos, a colesterol
esterase hidrolisa ésteres de colesterol e a fosfolipase cliva os ácidos graxos dos
fosfolipídeos.
- A bile é responsável pela absorção e digestão de gorduras, pois emulsifica a gordura
ingerida e ajuda na absorção dos produtos finais da digestão de gorduras através da
mucosa intestinal.É secretada pelo fígado. Tem início nos hepatócitos e depois é
levada para os canalículos biliares, depois para os ductos terminais, ducto hepático e
ducto biliar comum, onde vai para o duodeno ou fica armazenada na vesícula biliar.
- No duodeno, as glândulas de Brunner secretam muco alcalino em resposta à
estímulos táteis ou irritativos, à estimulação vagal e à hormônios, especialmente a
secretina. Esse muco é responsável pela proteção da parede duodenal contra o suco
gástrico. As criptas de Lieberkün, entre as vilosidades, tem células caliciformes
responsáveis pela secreção de muco, e os enterócitos, que secretam água e
eletrólitos. Os enterócitos da mucosa contém as enzimas digestivas, as peptidases
que hidrolisam pequenos peptídeos e aminoácidos, sucrase, maltase, isomaltase e
lactase que hidrolisam dissacarídeos e monossacarídeos e pequenas quantidades
de lipase intestinal responsável pela clivagem de gorduras neutras em glicerol e
ácidos graxos. Os reflexos nervosos entéricos locais, desencadeados pelos estímulos
táteis ou irritantes do quimo são os principais responsáveis pela regulação
secretória.
- Nas criptas de Lieberkün do intestino grosso é secretado apenas muco, e sua
liberação é regulada pela estimulação tátil direta das células epiteliais e por reflexos
nervosos locais que estimulam as células mucosas. A diarréia é causada, quando há
irritação do intestino, pela liberaçÃo de água e eletrólitos além do muco normal,
fazendo com que haja um maior movimento das fezes em direção ao ânus, para a
eliminação dos fatores irritativos e recuperação rápida.
13. Digestão e absorção de macronutrientes
- Metade das calorias da ingestão alimentar é proveniente de carboidratos, os
principais são amido e sacarose, mas tem o glicogênio, a celulose, a lactose, a
maltose, a glicose e a frutose. Os carboidrato são digeridos em monossacarídeos, e o
glicogênio geralmente é degradado no cozimento. No intestino delgado, os
polissacarídeos e dissacarídeos são convertidos em monossacarídeos.A amilase da
saliva e do pâncreas digere a maltose. Para sua absorção, a glicose e a galactose
usam uma proteína de transporte apical Na+glicose e o transportador de difusão
facilitada basolateral GLUT-2, e a frutose é absorvida por difusão facilitado com o
GLUT-5. Na boca, a digestão dos carboidratos tem início pela amilase, que digere
maltose e pequenos polímeros de glicose. No estômago, continua por uma hora e o
pH ácido inibe a amilase salivar. A amilase do pâncreas digere maltose e pequenos
polímeros.
- O organismo é incapaz de digerir a celulose, por isso, ela se torna a fibra.
- As proteínas são digeridas como pequenos peptídeos ou aminoácidos e são
digeridas igualmente. As enzimas para a digestão proteica são divididas em dois
tipos: as endopeptidases e as exopeptidases. O pepsinogênio presente no suco
gástrico se transforma em pepsina, e o tripsinogênio e o quimiotripsinogênio são
sintetizados no pâncreas e no intestino se transformam em tripsina e
quimiotripsina.
- A maioria dos aa livres são carregados por proteínas co-transportadoras
Na+dependentes. Os di e tripeptídeos são carregados por co-transportadores
H+dependentes. No duodeno e no jejuno, a absorção proteica é rápida, já no íleo élenta.
- Os ácidos nucleicos não tem papel significativo na dieta, e são digeridos por enzimas
pancreáticas e intestinais.
- As gorduras encontradas na dieta são os triglicerídeos (responsáveis por 90% das
calorias ingeridas), o colesterol, os fosfolipídeos, os ácidos graxos de cadeia longa e
as vitaminas lipossolúveis. A digestão enzimática das gorduras é feita pelas lipases
salivar, gástrica e pancreática. No intestino delgado, as gorduras entram em forma
de emulsão (gotas suspensas num líquido), que é encoberta de sais biliares para a
estabilização. A lipase pancreática é responsável pela digestão dos TAG na emulsão
em monoglicerídeos e ácidos graxos livres, que formam pequenas micelas ao longo
da digestão. As gorduras são absorvidas através da difusão simples na membrana
apical das células intestinais. O colesterol tem um transportador dependente de
energia. Os ácidos graxos com menos de 10 átomos de carbono (ácidos graxos livres
não esterificados) transitam até alcançarem a membrana basolateral e cair no
interstício do sangue portal. Os ácidos graxos com mais de 10 átomos de carbono
são reesterificados a TAG no retículo endoplasmático liso. A maioria do colesterol é
esterificada em éster de colesterol. TAG + colesterol + proteína formam os
quilomícrons presentes na linfa.Os ácidos graxos de cadeia curta (acetato,propionato
e butirato) são sintetizados no cólon pelas bactérias.
14. Digestão e absorção de micronutrientes
- A vitaminas lipossolúveis (A, D, E e K) são absorvidas junto com a gordura, as
hidrossolúveis são absorvidas pelo transporte mediado e a vitamina B12 é absorvida
no íleo ligada ao fator intrínseco.
- No intestino, 5,5 L de fluidos e alimentos e 3,5 L de secreções entram diariamente,
dos quais 7,5 L são reabsorvidos no jejuno. A absorção dos nutrientes orgânicos cria
um gradiente osmótico para a absorção da água. No intestino, as vias transcelular e
paracelular são as principais para a absorção passiva da água, que depende da
absorção dos íons de Na+ e Cl-. A fluidez do conteúdo intestinal é importante para a
propulsão, a digestão e a absorção. O sódio é ativamente transportado na
membrana intestinal, a aldosterona aumenta a absorção de sódio.
- Cloreto: difusão na parte superior do TGI e por trocador de cloreto-bicarbonato na
borda em escova dos epitélios do íleo e intestino grosso
- Bicarbonato: indireto (duodeno e jejuno)-íons sódio absorvidos e íons hidrogênio
secretado, estes se combinam com os íons bicarbonato formando ácido carbônico
que se dissocia em água e dióxido de carbono que é rapidamente absorvido.
Secreção de íons bicarbonato pela troca na absorção de íons cloro
- Ferro, Cálcio, Potássio, Magnésio e Fosfato: transporte ativo