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ApostilaPraticaBioGeral_I_

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Aulas Práticas 
de 
Biologia Geral I 
 
 
 
 
 
 
 
Professora: Anna Borges 
Prática A - Processos de Limpeza e de Assepsia das Mãos 
 As mãos são o principal veículo de transmissão dos microrganismos de um 
indivíduo para outro. Neste contexto, a pele das mãos tem flora microbiana 
transitória e flora microbiana residente. A flora residente existe normalmente na 
epiderme e é constituída principalmente por bacilos e cocos Gram positivos e 
anaeróbios, que raramente causam doenças, a não ser quando introduzida 
traumaticamente nos tecidos ultrapassando as barreiras naturais. Estes 
microorganismos não são facilmente removidos pela ação mecânica da lavagem das 
mãos, sendo necessário recorrer à ação química de um anti-séptico associado ou 
não ao agente de lavagem. Contudo sua presença é importante na prevenção da 
colonização com a flora transitória. Esta última fica localizada na superfície da pele e 
é formada por microrganismos que adquirimos no contacto com o ambiente quer 
seja animado ou inanimado. Assim, qualquer tipo de microrganismo pode ser 
encontrado transitoriamente nas mãos, apesar de ser mais comum encontrar bacilos 
Gram negativo (p.ex. Escherichia coli e Pseudomonas) e cocos Gram positivo (p.ex. 
Staphylococcus) – os agentes bacterianos mais frequentemente causadores de 
infecção hospitalar. Entretanto, apesar de apresentarem um elevado potencial 
patogênico e serem facilmente transmitidos por contacto, estes microorganismos 
apresentam um curto tempo de sobrevivência. Desta forma, uma lavagem das mãos 
com sabão simples geralmente remove-os com facilidade. 
 Além da sua importância rotineira, o ato de lavagens das mãos também tem 
uma grande importância em determinadas situações e ambientes. Uma situação cuja 
sua importância é evidente consiste na lavagem das mãos antes e após diversos 
procedimentos laboratoriais. Neste caso, a lavagem das mãos protege não somente 
o indivíduo e outras pessoas que entrem em contato com objetos manuseados pelo 
mesmo, como também pode proteger o próprio experimento, evitando a 
contaminação do mesmo com microorganismos ou outros elementos indesejáveis. 
Um bom exemplo da importância da lavagem das mãos é representado quando 
inoculamos microorganismos em culturas líquidas ou sólidas para promover seu 
crescimento. http://www.chln.min-saude.pt/contents/pdfs/CCIH/Maos.pdf. Neste caso, algumas 
vezes fazemos uso de métodos de assepsia mais rigorosos, como o uso de 
elementos químicos que possam eliminar a maioria dos microorganismos de uma 
maneira mais eficiente, ou utilizamos luvas descartáveis. Vale dizer que, a assepsia 
é o conjunto de medidas que permitem manter um ser vivo ou um meio inerte isento 
de bactérias. Dentre os processos aplicados na assepsia da pele, podemos citar: o 
álcool etílico (70%), peróxido de hidrogênio (10 volumes), permanganato de potássio 
e iodopovidona. Contudo o processo de assepsia mais comum das mãos geralmente 
envolve a lavagem criteriosa das mãos com sabão apropriado e seubsequentente 
rinsagem com álcool etílico (70%). 
A seguir, está descrito uma metodologia de lavagem e assepsia das mãos: 
Lavagem das Mãos (Remoção de Sujidade e Flora Transitória) 
⇒ Utilizar sabão líquido com pH próximo ao da pele (sabão sólido é mais fácil de ser 
contaminado); 
⇒ Aplicar um pouco de água e sabão 
⇒ Friccionar durante 10 a 15 segundos abrangendo todas as áreas das mãos; 
⇒ Enxaguar com água até retirar toda a espuma; 
⇒ Secar bem em papéis de utilização única. 
OBS. Contudo, foi comprovado que os solutos alcoólicos com emolientes apropriados são melhor 
tolerados pela pele do que as lavagens frequentes das mãos. A eficácia na redução da flora 
transitória é idêntica ou superior. 
 
Antissepsia de Mãos – Remoção e Destruição de Flora Transitória 
⇒ Utilizando um soluto alcoólico durante 30 segundos nas mãos limpas ou após 
lavagem com sabão líquido simples. 
OBS. O método empregado é o proceder como descrito para a lavagem das mãos utilizando um 
anti-séptico associado ao sabão (agente de lavagem) como por exemplo clorohexidina a 4%. 
As técnicas descritas acima foram retiradas do site: http://www.chln.min-
saude.pt/contents/pdfs/CCIH/Maos.pdf. 
 
Para que possamos perceber a importância da lavagem e assepsia das mãos, 
vamos comparar alguns procedimentos, através da análise do crescimento de 
micoorganismos em meio de cultura sólido, nas regiões que foram tocadas com as 
mãos após as mesmas terem sofrido diferentes procedimentos de lavagem e/ou 
assepsia. 
 Para tal, será oferecido a cada grupo 1 placa de petri contendo meio sólido LB 
(Luria-Bertani, utilizado para crescimento de bactérias). 
Cada grupo deve: 
Dividir a placa de petri contendo o meio de cultura sólido em 6 regiões, com 
ajuda de caneta marcadora. Abrir a placa, próximo a lamparina (ou bico de bunsen), 
de forma que o meio de cultura fique voltado para o chão, diminuído a possibilidade 
de contaminação aérea. Em cada região, tocar levemente o meio com o dedo após o 
mesmo ter sido submetido as seguintes condições: 
1 – Rinsar com etanol 100% e deixar secar 
2 - Rinsar com etanol 70% e deixar secar 
3 - Lavar com sabão de coco e água estéril e deixar secar 
4 - Lavar as mãos com sabão de coco e água estéril, seguido de etanol 70% 
5 - Passar o dedo nos cabelos 
6 - Passar o dedo no chão 
Fechar a placa e incubar a 37°C. Após este período, analisar a ocorrência de 
colônias de bactérias em cada situação. 
 
Material para 10 grupos: 
- Canetas marcadoras 
- 2 barra de Sabão de coco 
- 2 pissete com etanol 100% 
- 2 pissete com solução de etanol 70% 
- Papel toalha 
- 10 placas de Meio LB (250 ml) - Sambrook and Russel 3.ed., Volume 3 
Triptona - 2,5g 
Extrato de Levedura - 1,25g 
NaCl – 2,5g 
1) Adicionar 125 ml de água destilada e agitar até dissolver; 
2) Ajustar o pH para 7,0 com NaOH 5N; 
3) Ajustar o volume da solução para 250 ml; 
5) Adicionar 3,75 g de agar 
6) Autoclavar. 
 Distribuir 25 mL por placa em ambiente estéril 
 
 
 
 
Prática B - Uso do Microscópio e da Lupa 
A vista humana só consegue perceber objetos com diâmetros superiores a 
200µm (um décimo do milímetro). Assim, tanto a lupa quanto o microscópio são 
utilizados para auxiliar na observação de estruturas que possuam dimensões 
menores, como pequenas estruturas dos seres vivos. Para tal, são utilizados 
diferentes tipos de lupas e microscópios. As lupas não possuem grande poder de 
aumento, mas são muito úteis para observação e caracterização de pequenas 
estruturas presentes na superfície de diversos seres vivos, pois a luz normalmente 
não atravessa o objeto. 
LUPA 
Por outro lado, as células, organelas e até moléculas podem ser observadas 
com a utilização de microscópios. Dentre os microscópios, destacamos o óptico, 
qual apesar de possuir uma limitação de aumento de imagem, comparado à 
microscopia eletrônica, é utilizado de forma mais rotineira para a observação de 
células vivas ou mortas (geralmente após fixação e coloração) dimensionadas 
abaixo de 100µm (eucariotos, bactérias, os ovos de vermes e muitas estruturas dos 
seres vivos), mas que não sejam menores que l200nm. 
 
 
Escala entre células vivas e átomos 
 
 
 
 
 
Obs. A lupa terá suas partes descritas durante a Aula. 
 Esta aula tem como objetivo apresentar aos alunos as diferentes partes do 
microscópio e suas funções. Além disso, os alunos serão treinados quanto aos 
procedimentos básicos para manipulação do microscópio e da lupa, visando ensinar 
os procedimentos corretos para observação microscópica de uma preparação, assim 
como para preservação do aparelho e das lâminas. 
 O manuseio correto da lupa será descrito e treinado em aula durante a 
observação de estruturas foliares e de animais. 
 
 
Procedimentos Básicos Observação Microscópica de uma Preparação:1. Girar o parafuso macrométrico de forma a afastar ao máximo as lentes objetivas 
da platina 
2. Girar o tambor colocando a objetiva de menor aumento 4x ou 5x 
3. Colocar a lâmina com a preparação sobre a platina, prendendo-a com a presilha. 
4. Diminuir o potenciômetro para o menor valor antes de ligar a fonte luminosa. 
5. Ligar a fonte luminosa 
6. Com o auxílio do potenciômetro, condensador e do diafragma obter uma boa 
iluminação. 
7. Olhando pelo lado externo, girar o charriot, movendo a lâmina para frente e para 
os lados, até que o objeto esteja devidamente iluminado. 
8. Se necessário, aproximar ou afastar a lente ocular, permitindo que seja observado 
somente um campo. 
9. Olhando pelo lado externo, girar o parafuso macrométrico de forma a aproximar a 
objetiva de 4x ou 5x o mais perto possível do objeto. 
10. Olhando pela ocular, girar o mesmo parafuso no sentido inverso até obter uma 
imagem da preparação e focalizar girar o parafuso micrométrico até obter uma 
imagem nítida do objeto. 
11. Para uma ampliação maior, girar cuidadosamente o tambor até encaixar a 
objetiva de maior aumento (10x). A seguir, fazer o foco girando o parafuso 
micrométrico. 
12. Para uma ampliação maior (objetiva de 40x), repetir o procedimento 11. 
13. Para uma ampliação com a objetiva de 100x, deve-se colocar uma gota de óleo 
de imersão sobre a preparação citológica e girar o tambor de forma que a objetiva de 
100x fique posicionada sobre a preparação, repetindo o procedimento 11. 
 
Evitar o contato do óleo de imersão com as objetivas de 5, 10 e 40x para 
evitar danificá-las. Do mesmo modo, limpar o óleo da lente de 100x assim que 
terminar a observação para que este não seque e danifique a lente. 
Após a observação de cada lâmina, guardar a lâmina cuidadosamene na 
respectiva caixa, para evitar acidentes. 
 
Preparando Letras para Serem Observadas ao Microscópio 
1. Cortar um pedaço escrito de um jornal de aproximadamente 1 cm x 1 cm. 
2. Limpar bem uma lâmina e, com um conta-gotas pingar, sobre ela, uma gota de 
água; 
3. Sobre a gota colocar o pedaço de jornal e esperar alguns segundos; 
4. Sobre o jornal colocar uma lamínula limpa; 
5. Se houver bolhas de ar pressionar levemente a lamínula com uma pinça; 
6. Levar a lâmina com a preparação ao microscópio 
7. Observar em menor aumento total (50x ou 100x), desenhar o resultado e analisar. 
 
Material para 10 grupos 
10 lâminas preparadas no dia, ou lâminas permanentes 
Óleo de imersão 
10 microscópios/ 10 lupas 
1 Jornal 
5 Tesouras 
10 Réguas 
5 Pissetes de água (ou conta gotas com água) 
Prática C - Uso da Vidraria de Laboratório no Preparo de Soluções 
 Solução é uma mistura homogenia (a olho nu e ao microscópio), onde os solutos 
(com tamanho menores que 1 nanometro) são dispersos no solvente (agente dispersante). 
As soluções são compostas por moléculas ou íons comuns. Podem envolver sólidos, 
líquidos ou gases como solventes (existentes em maior quantidade na solução) e como 
solutos. 
As soluções podem ser classificadas de acordo com as quantidades proporcionais de 
soluto e solvente: solução saturada concentrada e solução diluída. 
O Coeficiente de solubilidade é definido como a máxima quantidade de soluto que é 
possível dissolver de uma quantidade fixa de solvente, a uma determinada temperatura. 
Neste contexto, a saturação é uma propriedade das soluções relacionada com a capacidade 
das mesmas em suportar quantidades crescentes de solutos, mantendo-se homogêneas. 
Assim, uma solução é dita insaturada se ainda tem capacidade de diluir soluto. Contudo, em 
uma solução saturada o soluto chegou à quantidade máxima e qualquer adição de soluto vai 
ser precipitada, não-dissolvida. Porém, em algumas condições é possivel produzir uma 
solução saturada (supersaturada) onde o solvente e soluto estão em uma temperatura em 
que seu coeficiente de solubilidade (solvente) é maior. Entretanto, depois a solução é 
resfriada ou aquecida cuidadosamente, de modo a reduzir o coeficiente de solubilidade, o 
soluto permanece dissolvido, mas a solução se torna extremamente instável e qualquer 
vibração faz precipitar a quantidade de soluto em excesso dissolvida. 
 Por outro lado, na solução concentrada a quantidade de soluto está relativamente 
próxima do limite de solubilidade, porém, o solvente (ou dispersante) é capaz de dissolver 
toda a quantidade possível de soluto (ou disperso), não ocorrendo preciptação. Em 
contrapartida, a Solução diluída corresponde a solução em que a quantidade de soluto 
usado está relativamente distante do limite de solubilidade, ou seja, a quantidade adicionada 
é bem inferior ao coeficiente de solubilidade. 
 Na rotina de um laboratório torna-se muito importante o preparo preciso de inúmeras 
soluções. Portanto, as quantidade de soluto e solvente devem ser precisamente aferidas 
durante o preparo. Para tal, são utilizadas balanças e vidrarias de precisão. Além disso, para 
poupar esforços e para uma maior concervação, muitas vezes, são preparadas soluções 
estoques de maior comncentração do que a soluções de uso. Além disso, eventualmente é 
necessário aferir o pH e esterilizar a solução por filtração ou autoclavação. 
 O objetivo desta prática é familiarzar o aluno as vidrarias de laboratório e com os 
procedimentos básicos para produção de soluções simples. 
1 - Preparar 50mL de uma solução estoque de NaCl 1%. Descreva o procedimento. 
 
2 – Usando a solução estoque NaCl 1%, preparar 50mL de uma solução estoque de NaCl 
0,2%. Descreva o procedimento: 
 
 
Material para 10 grupos 
Balança digital 
10 becker de 50 mL 
10 balões de 50mL 
10 provetas de 50 mL 
10 bastões de vidro 
10 pipetas de 10 mL 
10 peras 
NaCl 
Prática D - Detecção de Amido e Proteínas 
 
 Os seres vivos são compostos de diferentes tipos de moléculas. Dentre as 
quais, destacamos as proteínas, carboidratos, lipídios e ácidos nucléicos. O objetivo 
desta aula é oferecer ao aluno métodos básicos para detecção de moléculas 
orgânicas. 
Detecção de Amido 
 O Amido é uma molécula produzida e armazenada pelos vegetais. Esta 
molécula é um polissacarídeo formado pela união de inúmeras moléculas de glicose, 
formando longas cadeias não ramificadas (amilose) ou altamente ramificadas 
(amilopectina). A amilose reage com iodo produzindo uma solução de coloração 
roxo-azulada, enquanto a amilopectina reage com iodo produzindo uma solução de 
coloração marrom-avermelhada. 
Procedimento: 
1 – Verificar a presença de amido em soluções de maisena com diferentes 
concentrações 
- Pipetar 0,5 mL das soluções de maisena em diferentes tubos 
- Pingar gotas de lugol em cada solução 
2 – Investigar a presença de amido em mel de diferentes procedências. 
- Pipetar 0,5 mL das soluções de mel em diferentes tubos 
- Pingar gotas de lugol em cada solução 
 
Material para 10 grupos 
20 tubos de ensaio 
10 Pinga gotas 
Mel 
Mel + maisena 
2 soluções de maisena (muito diluída e concentrada). 
Lugol (ou outra solução de iodo) 
 
 
Detecção de Proteína 
A clara de ovo é composta por albumina, uma das mais conhecidas proteínas. 
Assim, podemos detectar a presença desta molécula através do uso de reação 
biureto. Nesta reação, o sulfato de cobre (CuSO4), em meio alcalino, reage com 
compostos contendo duas ou mais ligações peptídicas, resultando em um complexo 
de coloração violeta. Neste caso, quanto mais ligações peptídicas existentes, maior 
será a intensidade da cor. 
Procedimento: 
1 - Pipetar 0,5 mL das solução de albumina em diferentes tubos 
2 - Pipetar 0,5 mL água em outro tubo 
3 - Adicionar 5 gotas de CuSO4 e 5 gotas de NaOH 2,5N em cada tubo, 
misturar e observar a alteração na coloração 
Material para 10 grupos 
20 tubos de ensaio 
10 Pinga gotas 
2 soluções de albumina (muito diluída e concentrada). 
Solução de CuSO4 
 
Anotar os resultados: 
Prática E - Extração de DNA deMorango 
 
 Os ácidos nucléicos possuem uma grande importância biológica, pois juntos 
comandam a biologia da célula. Estas moléculas são polímeros de nucleotídeos são 
altamente solúveis em água. O objetivo desta aula é oferecer ao aluno um método 
básico de extração de DNA, e discutir o papel de cada etapa e elemento empregado, 
facilitando a compreensão da organização celular e das propriedades químicas de 
seus constituintes. 
1 - Em um becker misturar 100 ml de água e uma colher (chá) de sal de cozinha 
(3g). Após solubilizar o sal, adicionar uma colher (sopa) de detergente (10 mL) e 
misturar. 
2 - Colocar 1morango sem cabinho dentro de um saco plástico e pressionar os 
morangos com os dedos até obter uma pasta quase homogênea. Transferir esta 
pasta para o Becker contendo a solução de sal e detergente. Mexer bem com o 
bastão de vidro, porém devagar para não fazer espuma. 
3 - Incubar em temperatura ambiente por 30 minutos, agitando em intervalos de 5 
min com o bastão. 
4 – Filtrar o extrato, passando pelo filtro melita associado ao funil, coletando-o em 
um recipiente. 
5 - Despejar delicadamente dois volumes de álcool comum (etílico 95-100%) gelado 
no tubo (pela parede do mesmo ou pelo bastão). 
6 - Aguardar cerca de 3 minutos para o DNA começar a precipitar na interfase 
7 - Usar um palito de madeira para enrolar as moléculas de DNA. 
8 – Observe e anote as explicações referentes à importância de cada etapa. 
 
 
 
Organização: Eliana Maria Beluzzo Dessen e Jorge Oyakawa/ Diagramação: Regina de Siqueira 
Bueno 
 
 
 
 
Material para 10 grupos 
10 morangos sem cabos 
30 g de NaCl 
100 mL de detergente 
1 Litro de etanol 95-100% 
10 coadores de café (tipo Melita) 
10 funis 
20 beckers de 200 mL 
10 bastões de vidro ou palitos de unha 
10 provetas de 10 mL 
Colher de chá e colher de sopa 
Água 
Pissete de águas 
Sacos zíper ou outro tipo de plástico resistente (parafilme). 
10 Palitos de dente 
 
 
 
 
Prática D - Observação de Células e Tecidos Através de Microscópio 
 
 O objetivo desta prática é familiarizar o aluno com alguns procedimentos 
importantes para o preparo de lâminas para observação em microscopia, além de 
permitir que o mesmo possa comparar diferentes tipos celulares. 
 
Observação de Células de Cebola 
 As Células da epiderme da cebola são de fácil observação por serem células 
de grande dimensão e sem o excesso de pigmentos observados em outros tecidos 
vegetais. 
Procedimento: 
1 – Adicionar uma gota de azul de metileno na região central de uma lâmina. 
2 - Recortar um pedaço da parte interna do catafilo de cebola, com cerca de 1 
centímetro de largura, usando um bisturi (ou lâmina de barbear). 
3 - Retirar a epiderme inferior do corte, com uma pinça de ponta fina e colocá-la 
sobre a gota de azul de metileno. 
4 - Adicionar uma gota de azul de metileno sobre o corte de cebola e aguardar 2 
minutos. 
5 - Cobrir a preparação com a lamínula, pressionando-a levemente com a pinça para 
retirar as bolhas de ar. 
6 - Envolver a lâmina com um pedaço de papel de filtro dobrado e pressionar 
levemente para retirar o excesso de corante. 
7 - Observar a microscópio, focalizando na objetiva de 5x, seguida da objetiva de 
10x e 40x. 
8 - Fazer um desenho das células observadas. 
 
Material 10 grupos: 
1 cebola sem casca cortada em 10 pedaços 
10 frascos com lâminas de vidro para microscopia 
1 frasco para o descarte das lâminas e lamínulas de vidro usadas 
10 frascos contendo lamínulas 
10 pinças de ponta fina 
1 rolo de papel higiênico fino e macio 
10 frascos conta-gotas contendo azul de metileno 0,5% 
10 bisturis ou pedaços de lâmina de barbear 
1 papel de filtro cortado em tiras de aproximadamente 7 x 25 cm (30 pedaços). 
Pissetes de água 
10 microscópios 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Observação de Células Humanas em Esfregaço de Mucosa Bucal 
 As células da mucosa bucal são facialmente obtidas sem causar lesões ao 
indivíduo doador. Portanto, estas células geralmente são utilizadas no preparo de 
lâminas a partir de tecido animal. 
Procedimento: 
1 - Raspar, levemente, a parte interna da bochecha com um palito de sorvete ou um 
palito de dente. 
2 - Fazer um esfregaço espalhando sobre uma lâmina de vidro o material raspado da 
bochecha. 
3 - Fixar o material mergulhando a lâmina com o esfregaço em álcool 70% por 2 min. 
4 - Escorrer o excesso de líquido, encostando a lateral da lâmina em um pedaço de 
papel filtro. 
5 - Colocar a lâmina sobre a bancada e pingar, sobre a região do esfregaço, uma 
gota de azul de metileno e incubar por 2 minutos. 
6 - Remover o excesso de azul de metileno, rinsando a lâmina com água. 
7 - Adicionar uma gota de água sobre a região do esfregaço 
5 - Cobrir a preparação com a lamínula, pressionando-a levemente com a pinça para 
retirar as bolhas de ar. 
6 - Envolver a lâmina com um pedaço de papel de filtro dobrado e pressionar 
levemente para retirar o excesso de água. 
7 - Observar a microscópio, focalizando na objetiva de 5x, seguida da objetiva de 
10x e 40x. 
8 - Fazer um desenho das células observadas. 
 
OBS 1. Para observar os microrganismos (de 1 µm de diâmetro) que existe na mucosa bucal 
temos que usar a objetiva de 100x (objetiva de imersão) usando o óleo de imersão. 
 
 
Material 10 grupos: 
10 frascos com lâminas de vidro para microscopia 
1 frasco para o descarte das lâminas e lamínulas de vidro usadas 
1 frasco para o descarte de palitos usados 
10 frascos contendo lamínulas 
1 - Recipiente contendo palitos de dente 
10 pinças de ponta fina 
1 rolo de papel higiênico fino e macio 
10 frascos conta-gotas contendo azul de metileno 0,5% 
Pissetes de água 
2 recipientes com álcool 70% (para a lâmina mergulhada em pé) 
1 papel de filtro cortado em tiras de aproximadamente 7 x 25 cm (30 pedaços). 
10 microscópios 
 
OBS 2. O azul de metileno é um composto aromático heterocíclico solúvel em água, com a fórmula 
molecular C16H18CIN3S. Usado como corante e indicador, é um remédio de cor azul, vendido em 
farmácias comuns. 
 
 
 
 
 
Observação de Células de Levedo 
 A partir desta prática o aluno pode observar uma espécie de eucarionte 
unicelular, representada pelo levedo. 
Procedimento: 
1 - Usar uma porção de fermento de pão, dissolvida em água morna 
2 – Juntar uma porção de açúcar e deixe descansar por 15-20 min. 
3 – Adicionar uma porção desta suspensão sobre a lâmina 
4 - Cobrir a preparação com a lamínula, pressionando-a levemente com a pinça para 
retirar as bolhas de ar. 
5 - Envolver a lâmina com um pedaço de papel de filtro dobrado e pressionar 
levemente para retirar o excesso de água. 
7 - Observar a microscópio, focalizando na objetiva de 5x, seguida da objetiva de 
10x e 40x. 
8 – Refazer as etapas 1-3 
9 – Segurar a lâmina sobre a chama de um bico de bunsen ou lamparina, a 5 cm de 
distância, por cerca de 3 segundos. 
10 - Repetir a etapa 4 por mais 3 vezes, a cada 3 segundos. 
11 – Adicionar uma gota de violeta genciana e incubar 5 min 
12 - Remover o excesso de violeta genciana, rinsando a lâmina com água. 
13 - Adicionar uma gota de água sobre a região do esfregaço 
14 - Cobrir a preparação com a lamínula, pressionando-a levemente com a pinça 
para retirar as bolhas de ar. 
15 - Envolver a lâmina com um pedaço de papel de filtro dobrado e pressionar 
levemente para retirar o excesso de água. 
16 - Observar a microscópio, focalizando na objetiva de 5x, seguida da objetiva de 
10x e 40x. 
17 - Fazer um desenho das células observadas. 
 
Material para 10 grupos 
Um frasco contendo uma porção de fermento de pão e açúcar dissolvidos em água 
10 frascos com lâminas de vidro para microscopia 
1 frasco para o descarte das lâminas e lamínulas de vidro usadas 
10 frascos contendo lamínulas 
1 rolo de papel higiênico fino e macio 
10 frascos conta-gotas contendo violeta genciana 
Pissetes deágua 
Lamparina 
1 papel de filtro cortado em tiras de aproximadamente 7 x 25 cm (30 pedaços). 
10 microscópios

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