Buscar

5- INTERVENÇÃO DE TERCEIRO - NOMEAÇÃO À AUTORIA

Prévia do material em texto

INTERVENÇÃO DE TERCEIRO
Arts.56 a 80 CPC
Regra é que a sentença é lei entre as partes, não prejudicando nem beneficiando terceiros que não fizeram parte da demanda.
Não obstante afastados da órbita da sentença, é possível que os efeitos dela, dada a complexidade da relação jurídica decidida, venham a recair indiretamente sobre terceiros, estranhos ao processo.
A fim de reduzir os perigo da extensão dos efeitos da sentença a terceiros alheios à relação processual, o direito os admite, em certos casos, intervir no processo em que não sejam partes, de modo que do processo se valham para defesa de seus direitos ou interesses, sujeitando-se, assim, à sentença a ser proferida. 
É admissível no processo de conhecimento, execução ou cautelar.
Terceiras pessoas podem, em razão de interesse que tenham na causa entre duas pessoas outras, nela intervir.
Não são sujeitos da relação jurídica deduzida em juízo pelas partes, mas de outra que àquela se prende, de modo que a decisão de uma influirá sobre outra.
Não são partes na relação jurídica originária.
Intervém por provocação de uma delas, em alguns casos, e em outros voluntariamente.
Defende interesse próprio.
MODALIDADES
Intervenção provocada ou coacta:
Nomeação à autoria. (art.62 a 69)
Denunciação à lide (art.70 a 76).
Chamamento ao processo (art.77 a 80). 
Intervenção voluntária ou espontânea.
Assistência. (art.50 a 55)
Oposição. (art.56 a 61).
NOMEAÇÃO Á AUTORIA
art.62. Aquele que detiver a coisa em nome alheio, sendo-lhe demandada em nome próprio, deverá nomear à autoria o proprietário ou o possuidor.
Modelo clássico. Cabível em ação real. Compete ao detentor da coisa em nome alheio. Ex: compromissário-comprador, o locatário, o rendeiro, o caseiro, etc.
É o ato pelo qual o possuidor ou o detentor da coisa demandada nomeia ao autor o proprietário ou o possuidor indireto da mesma, a fim de afastar de si as consequências da demanda.
Ação pela qual se pede uma coisa, móvel ou imóvel, o réu nomeia seu proprietário, para que o cite para os termos da ação, assim, se livrando de uma demanda que não é sua, mas do nomeado.
Partes: nomeante x nomeado
Ex: ação reivindicatória proposta contra o detentor da coisa ou seu possuidor direto. Ex: inquilino. 
Art.63. Aplica-se também o disposto no artigo antecedente à ação de indenização, intentada pelo proprietário ou pelo titular de um direito sobre a coisa, toda vez que o responsável pelos prejuízos alegar que praticou o ato por ordem, ou em cumprimento de instruções de terceiro. 
 
Modelo extraído por analogia. Cabível em ação de indenização.Ex. Caseiro, empregado, acionado pelos proprietários dos imóveis vizinhos, por danos que o imóvel causou aos seus imóveis. 
é ato exclusivo do réu.
É ato obrigatório (deverá nomear o proprietário ou possuidor indireto), porque propicia o prosseguimento de um processo inútil. - Art.69. responderá por perdas e danos.
Procedimento
1-O réu, no prazo para defesa, justificando, requererá a nomeação à autoria.
2-Juiz: (art.64)
a) ouvir o autor em 5 dias; 
b) suspender o processo. 
3-Autor: 
1.aceitando, manda promover a citação do nomeado. Art.65. Art.267, III CPC
2. Recusando, prossegue a ação.
3.Silenciando, presume-se aceita a nomeação. Art.68. 
4-Aceita/presumida como aceita a nomeação e citado o nomeado:
Art.66. o nomeado, citado, pode:
Reconhecer a qualidade, caso em que contra ele correrá o processo.
Negar, quando o processo continuará contra o nomeante.
O reconhecimento pode ser expresso ou tácito.
Art.67. novo prazo para o nomeante contestar. 
Quando o autor recusar o nomeado, ou quando o nomeado negar a qualidade que lhe é atribuída, assinar-se-á ao nomeante novo prazo para contestar

Continue navegando