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Trabalho Constituições brasileiras

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UNIVERISADE CEUMA 
CURSO DE DIREITO 
 
 
 
 
 
ALDAYANE RODRIGUES DE CASTRO DOS SANTOS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
A HISTÓRIA DAS CONSTITUIÇÕES BRASILEIRAS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
São Luís 
2015 
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ALDAYANE RODRIGUES DE CASTRO DOS SANTOS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
A HISTÓRIA DAS CONSTITUIÇÕES BRASILEIRAS 
 
Trabalho apresentado à disciplina Direito Constitucional 
I, do 3º Período, do Curso de Direito, da Universidade 
Ceuma, como requisito parcial para obtenção da 
segunda nota. 
 
Professor: Wemerson Pinheiro Barbosa 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
São Luís 
2015 
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SUMÁRIO 
 
1 INTRODUÇÃO ............................................................... Erro! Indicador não definido. 
2 CONSTITUIÇÃO ............................................................ Erro! Indicador não definido. 
3 CONSTITUIÇÃO DO IMPÉRIO - 1824 ........................ Erro! Indicador não definido. 
4 CONSTITUIÇÃO REPUBLICANA - 1891 .................... Erro! Indicador não definido. 
5 CONSTITUIÇÃO DE 1934 ............................................. Erro! Indicador não definido. 
6 CONSTITUIÇÃO DE 1937 ............................................. Erro! Indicador não definido. 
7 CONSTITUIÇÃO DE 1946 ............................................. Erro! Indicador não definido. 
9 CONSTITUIÇÃO MILITAR - 1967 ............................... Erro! Indicador não definido. 
10 CONSTITUIÇÃO DE 1969 ............................................. Erro! Indicador não definido. 
11 CONSTITUIÇÃO CIDADÃ - 1988 ................................. Erro! Indicador não definido. 
12 CONCLUSÃO .................................................................. Erro! Indicador não definido. 
__ REFERÊNCIAS ................................................................. Erro! Indicador não definido. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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1 INTRODUÇÃO 
 
A Constituição é o mais importante instrumento do Direito para preservação da 
ordem e conservação da hierarquia entre as normas de um ordenamento jurídico. A 
possibilidade de haver um texto legal com essas características surge após as revoluções 
liberais dos séculos XVIII que ocorreram nas grandes metrópoles da época. A França 
disseminou pelo mundo que o Estado deveria garantir a todos a liberdade, igualdade e a 
fraternidade, o pensamento foi adotado por grupos revolucionários de todo mundo, que 
começaram a abandonar aos poucos os modelos políticos que ainda regiam seus países, a 
adotar uma postura voltada para o fortalecimento das constituições e minimizar o poder dos 
governantes. 
No Brasil, essas experiências chegaram a imensa colônia portuguesa, que meio às 
avessas, por não haver um movimento popular intenso, ainda assim o país tornou-se 
independente e outorgou sua primeira Carta Política e, depois dessas, outras a sucederam. 
Diante do exposto, o presente estudo tem como objetivo principal abordar as 
Constituições que fizeram parte do ordenamento jurídico brasileiro, desde o império aos dias 
atuais, relacionando-as aos respectivos momentos históricos. Ademais, apresentar-se-á a 
forma, sistema e regime de governo, predominante em cada época, bem como a classificação 
de cada Carta Magna brasileira. 
A partir dessa ótica vislumbrar-se-á a eficácia da norma de acordo com cada 
sociedade, a relação entre as leis no espaço-tempo, além de permitir a construção de um 
conhecimento acerca das formas e origens das Constituições. 
Para melhor entendimento do trabalho, o estudo inicia-se a partir do conceito de 
constituição e suas classificações. Cada Carta Política mereceu um capítulo próprio. Tivemos 
ao todo oito Constituições, uma no Império (1824) e seis na República (1891, 1934, 1937, 
1946, 1967 e 1988). A essa lista será acrescentada a Emenda Constitucional de 1969, tendo 
em vista as várias alterações da Carta de 1967, sendo por isso aqui tratada como uma 
Constituição própria. 
Por fim, fazem-se as derradeiras considerações do trabalho e apresentam-se os 
autores que foram utilizados como base, para que este trabalho pudesse ser desenvolvido. 
 
 
 
 
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2 A CONSTITUIÇÃO E SUAS CLASSIFICAÇÕES 
 
O cerne do direito constitucional é o seu objeto, a Constituição é um elemento 
vivo segundo defende Bulos (2012), e esse organismo representa a concentração do poder que 
antes estava contido nas mãos do déspota, mas hoje a humanidade imita a premissa grega 
dizendo que o governo deixa de ser dos homens e passa ser das leis. 
Essa vertente só passa a ser possível depois das Revoluções Liberais do Século 
XVIII, que dissemina a ideia de limitação do poder do governante, a garantia de direito 
universais e a criação de um Estado Liberal. 
Os movimentos ganharam força e influenciaram boa parte do mundo, o 
constitucionalismo deu aos movimentos fundamento lógico para a ruptura com o modelo 
imposto. Um reflexo positivo foi o surgimento da primeira Constituição escrita e solene nos 
Estados Unidos. 
Ao falar em Constituição, uma tarefa difícil para aqueles que se debruçam ao seu 
estudo é, sem dúvida, conceituá-la. Do ponto de vista material Bonavides (2004, p.80-81) 
define a Constituição como sendo “o conjunto de normas pertinentes a organização do poder, 
a distribuição da competência, ao exercício da autoridade, a forma de governo, aos direitos da 
pessoa humana, tanto individuais como sociais”. 
O conceito está puramente relacionado ao seu conteúdo, sendo ele: as normas 
orgânicas, as normas limitadoras, os elementos sócio-idelógicos, as normas de estabilização 
constitucional e as normas formais de aplicabilidade. 
Cabe ainda trazer para a discussão o conceito político defendido pelo Ministro 
Luís Roberto Barroso (2009, p.74, apud COELHO, NETO, 2013, p.61) como “o conjunto de 
decisões do poder constituinte ao criar ou reconstruir o Estado, instituindo os órgãos de poder 
e disciplinando as relações que manterão entre si e com a sociedade”. O nobre Ministro 
esclarece bem como se dá as relações de poder dentro do estado. 
Vistas as acepções acerca do conceito, parte-se para entender como a doutrina se 
ocupa ainda de dividir a constituição seguindo vários critérios, seguindo esse entendimento a 
Constituição pode ser dividida segundo: a forma, a extensão, o conteúdo, modo de alteração, 
alterabilidade, a sistemática, a dogmática, a correspondência com a realidade, o sistema, a 
função e a origem de sua decretação. Tais critérios classificatórios permitem o estudo 
aprofundado do texto normativo. 
 
 
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3 CONSTITUIÇÃO DO IMPÉRIO - 1824 
 
A primeira Constituição brasileira, também conhecida como Constituição 
Imperial nasceu no período da história marcado pela transição do Estado absolutista para o 
Estado liberal. Teve fortes influências da Revolução Francesa, de onde vieram os ideais 
liberais e, também da experiência de independência norte-americana, que demonstrou a 
possibilidade de se organizar um Estado de direito e soberano, levando a independência da 
maioria das colônias nas Américas. 
Nesse período, o cenário político estava complicado, a colônia (Brasil) tinha 
suplantado economicamente a metrópole (Portugal), havia uma série de problemas com os 
interesses brasileiros e, Dom Pedro I, resolveu permanecer no Brasil (Dia do fico-
09/01/1822), recusando-se a atenderà ordem das Cortes de regresso a Portugal. A 
independência do país ficou ainda mais próxima. 
Logo após o Dia do Fico, Dom Pedro I tomou uma série de medidas que 
prepararam o país para o processo de independência, dentre elas, a de convocar uma 
Assembleia Constituinte. Contudo, não estava claro quais eram as suas atribuições, tendo em 
vista que, em Portugal estava em processamento a redação de uma Carta Política, no dizer de 
Carl Schmitt, que serviria para todo o Império, incluindo por óbvio a ainda colônia – Brasil. 
Com a independência em 07/09/1822, a Assembleia se tornou a fundadora da vida 
legal brasileira e sua primeira tarefa era a de redigir a Constituição. O Imperador garantiu que 
a defenderia com a sua espada se fosse digna dele. Dessa afirmação nasceu uma descrença na 
soberania da Assembleia, alastrando-se entre os Constituintes uma revolta contra a vontade do 
imperador. A fala de D. Pedro I ecoou assim: “Façam a Constituição à minha moda, para que 
não a tenha de fazer eu” (RAMOS, 1987, p.79). 
Deste modo, estabeleceu-se o conflito, os debates tornaram-se violentos e, mais 
uma vez, falou alto o despotismo. Em 12 de novembro de 1823, D. Pedro I, em ato afrontoso 
à soberania nacional, dissolveu a Assembleia, criando um Conselho de Estado, composto de 
10 membros, para elaborar um projeto de Carta Magna. Em 11 de dezembro de 1823 foi 
entregue ao Imperador o projeto escrito e codificado, elaborado de acordo com sua vontade, 
que foi submetido à aprovação das Câmaras Municipais e outorgada, pois foi imposta por 
Dom Pedro em 25 de março de 1824, sendo marcada por antagonismos, o que levou alguns 
autores como Paulo Bonavides (1991) a afirmar que essa Constituição era ao mesmo tempo 
antiga e moderna. Apesar disso, foi o caminho, ou ainda, o primeiro passo, para a implantação 
do Estado Liberal no país. 
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A orientação liberal manifestava-se claramente, principalmente no título “Das 
Disposições Gerais e Garantias dos Direitos Civis e Políticos dos Cidadãos Brasileiros” por 
enumerar os direitos individuais de primeira dimensão, tendo como núcleo o direito de 
liberdade em sua acepção mais ampla, visando a resguardar, da atuação do Estado, a esfera 
individual e na adoção da separação de poderes. 
Outra característica importante trazida por essa carta foi a separação de poderes, 
instituição primeira de um governo livre. Além dos poderes defendidos por Montesquieu – 
Legislativo, Executivo e Judiciário – foi acrescentado o Poder Moderador. 
Montesquieu e Benjamin Constant pregavam a independência harmônica dos 
Poderes e, por não haver aqui essa independência, havia uma contradição entre a norma e os 
fatos, principalmente no que se refere ao Poder Judiciário. Acredita-se que esse Poder tenha 
sido o mais deficiente de todo o texto outorgado pelo Imperador, se examinado à luz da 
moderna doutrina constitucional de separação dos poderes. 
Se todos esses precedentes deixam claro que, não dispondo de garantias, a 
Magistratura que constituía o Judiciário não configurava um poder verdadeiramente 
independente ante os demais, há na Constituição outra prescrição que, mais claramente ainda, 
tirava ao Judiciário a sua condição de Poder. Trata-se do art. 15, que cuidava das atribuições 
do Legislativo, concedendo à Assembleia Geral, constituída da Câmara e do Senado, a 
faculdade inscrita no item 80 de “fazer leis, interpretá-las, suspendê-las e revogá-las”. 
A lei que criou o Supremo Tribunal de Justiça – STJ, não lhe forneceu a mesma 
autonomia e, por conta disto, não houve um Tribunal que unificasse a jurisprudência enquanto 
vigorou esta Constituição. Como a hermenêutica legal não foi exercida pelo Poder 
Legislativo, essa tarefa acabou sendo executada pelo Imperador que exercia o Poder 
Moderador. Isto porque o art. 98 daquela Carta fazia o imperador todo-poderoso, pois 
considerava o referido Poder “a chave de toda organização política”, delegando-lhe 
privativamente a função moderadora, cujo fim era velar pela manutenção da independência, 
equilíbrio e harmonia dos demais Poderes políticos. Marcelo Alexandrino e Vicente Paulo 
(2009, p.25) dizem que: 
 
Embora a Constituição, na época, se pretendesse democrática, o Poder Moderador, 
"se utilizado por um monarca com inclinações autoritárias, levaria a um poder quase 
absoluto". Essa característica de nossa Constituição imperial consubstancia um 
conflito com a noção de soberania popular, com a ideia de titularidade do poder pelo 
povo, tão cara ao Liberalismo inspirador dos primeiros Estados. 
 
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Inspirados nos princípios do constitucionalismo inglês, segundo o qual é 
constitucional apenas aquilo que diz respeito aos poderes do Estado e aos direitos e garantias 
individuais, os autores do texto constitucional transplantaram para o art. 178 o que 
seguramente constitui a chave do êxito e da duração da Constituição. Haja vista que, este 
artigo só exigia um processo especial para modificação da parte do seu texto que tivesse 
disposições substancialmente constitucionais. A modificação de todas as outras disposições, 
só formalmente constitucionais, podia se dar mediante processo legislativo simples, igual ao 
de elaboração das demais leis. Por conta disto, é a única constituição brasileira que se 
classifica quanto aos procedimentos de modificação como semi-rígida. 
 A Constituição de 1824 deu ainda ao Brasil a forma de Estado unitário, dividido 
em Províncias, com forte centralização político-administrativa. Em razão dessa característica, 
evitou a fragmentação de nosso território. Quando o poder Legislativo se instalou, em maio 
de 1826, quatro anos, depois de proclamada a Independência, é que, na verdade, teve início a 
prática constitucional. A Câmara dos Deputados submetia-se ao regime representativo, eletivo 
e temporário, na Câmara dos Deputados (art. 35 da CF/1824), mas, no Senado, os integrantes 
eram membros vitalícios, eleitos pelas Províncias, escolhidos de lista tríplice pelo Imperador 
(arts. 40 e 43 da CF/1824). 
A forma de Governo era a monarquia hereditária constitucional 
representativa (art, 3º da CF/1824). Consignou ainda, em seu art. 5º, que a Religião Católica 
Apostólica Romana continuaria a ser a religião do Império. Todas as outras religiões seriam 
permitidas com seu culto doméstico ou particular, em casas para isto destinadas, sem forma 
alguma exterior de templo. 
Destaca-se que sob o ponto de vista material, a Constituição de 1824 se completa 
por uma série de leis ordinárias que são substantivamente constitucionais. Sua única emenda, 
porém, é o Ato Adicional, a única reforma de seu texto, adotada pela Lei de 12 de Agosto de 
1834. Entre essas leis complementares, as mais importantes por sua implicação constitucional, 
são: 
 
a) Lei de 15/10/1827, que definiu os crimes e regulou os processos de 
responsabilidade dos ministros e conselheiros de Estado; b) a de 18/09/1828, criando 
o Supremo Tribunal de Justiça e dispondo sobre suas atribuições; c) a de 
01/10/182 criando atribuições administrativas e retirando-lhes a jurisdição 
contenciosa que tiveram durante o período colonial; d) a de 16/12/1830 (Código 
Criminal); e) a de 20/11/1832 (Código de Processo Criminal); f) a de nº 105, de 
12/05/1840 (Lei de interpretação do Ato Adicional); g) a de nº 234, de 23/11/1841 
(criação do segundo Conselho de Estado); h) a de no 261, de 3/12/1841 (reforma do 
Código de Processo Criminal); i) a de no 556, de 25/06/1850 (Código Comercial); 
j) a de no 601, de 18/09/1850 (Lei de Terras), que pôs fim ao regime dominial, que 
vinha da Colônia; e, claro que, sob o ponto de vista social e econômico, nenhuma 
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outra lei teve maior importância jurídica, na configuração do regime, do que a LeiÁurea, que coroou a obra de construção do Estado nacional, muito embora, já no 
fim do Império (RAMOS, 1987, p.80, GRIFO NOSSO). 
 
Essa Constituição serviu tanto às monarquias de D. Pedro I e de seu filho e 
sucessor D. Pedro II quanto à chamada “experiência republicana”, representada pelo período 
regencial que se estende do Sete de Abril, em 1831, à Maioridade do Imperador, em 1840. 
Sem que fosse necessário tocar em qualquer de seus artigos, instituiu-se, embora nela não 
estivesse prevista, a praxe do governo parlamentar, a partir da criação do cargo de Presidente 
do Conselho de Ministros, em 1847, por simples decreto do Executivo. 
As eleições eram indiretas e censitárias. Experimentou-se o sistema distrital, 
alterou-se sensivelmente a legislação eleitoral e, mantendo intocada a Constituição, realizou-
se, em suma, virtualmente, todas as mudanças que o País conheceu nesse período, sem que 
ninguém pensasse ou sentisse necessidade de reformá-la. 
A maior virtude da Carta Magna de 1824 foi a de permitir que o sistema político 
nele não previsto fosse sendo paulatina e progressivamente adotado, à medida que se 
cristalizavam os usos parlamentares, e na proporção em que os costumes políticos se 
aprimoravam, enquanto o País se civilizava. 
Por tudo isso foi o texto constitucional de maior longevidade em nossa história. 
Ao ser revogada pelo Governo Republicano, em 1889, depois de 65 anos, era a segunda 
Constituição escrita mais antiga do mundo, superada, apenas, pela dos Estados Unidos. Não 
obstante isso, segundo Nogueira (2012) foi uma Constituição que se poderia classificar de 
nominativa, porque não conseguiu fazer com que as práticas constitucionais adotadas na 
realidade correspondessem às previstas em seu texto. 
 
 
4 CONSTITUIÇÃO REPUBLICANA - 1891 
 
A primeira Constituição Republicana do Brasil foi promulgada em 24 de 
fevereiro de 1891 depois de aprovada pelos membros da Assembleia Constituinte formada por 
homens que tinham experiência parlamentar, conforme retrata Aliomar Baleeiro (2012, p.25): 
 
Eram eles, em geral, como na Constituinte de 1824, homens de profissões liberais e 
classes médias: juristas formados em São Paulo e Pernambuco; médicos diplomados 
na Bahia e no Rio; engenheiros civis e militares; jornalistas e homens de letras, 
oficiais do Exército e da Marinha. Vários eram funcionários públicos. 
 
9 
 
Após o fim da monarquia, o Brasil passou a viver uma fase de novas expectativas 
jurídicas e econômicas com a formulação de uma nova constituição. Dois dos maiores 
responsáveis por esse acontecimento foram Rui Barbosa e Prudente de Morais. 
Com o objetivo da concentração de poder nas mãos do Imperador, onde somente o 
mesmo poderia fazer uso do Poder Moderador, este, imposto por meio da força da monarquia 
era um quarto poder onde o Imperador poderia interver nos outros poderes: Executivo, 
Legislativo e Judiciário. 
Sob forte influência do regime vigente nos Estados Unidos, Rui Barbosa e 
Prudente de Morais elaboraram uma Constituição com base no Federalismo, onde os estados 
tinham autonomia para criar leis (desde que não fosse inconstitucional), ter suas próprias 
forças policiais, fazer empréstimos internacionais sem a necessidade da aprovação do 
Governo Federal. Dessa forma, a República Velha se caracterizava como um governo 
descentralizado e com apenas os Três Poderes vigentes: O Legislativo, responsável por 
elaborar as leis; o Judiciário, responsável por aplicar as leis; O Executivo para administrar, 
abolindo, assim, o Poder Moderador. 
A Constituição Republicana, estabeleceu que os governantes seriam eleitos por 
votação popular direta, por meio de voto aberto, onde era possível saber quem votou em 
quem. Ficando isento desse direito todos os analfabetos, mendigos, religiosos, mulheres, 
menores de 21 anos e soldados de baixa patente. Homens maiores de 21 anos tinham que 
comprovar ser alfabetizado, conforme art. 70, CF vigente naquela época. Diferente da 
monarquia onde o voto era permitido somente para quem tinha uma renda comprovada. Dessa 
forma, foi notório o mínimo de brasileiros participando das votações comparado a época da 
monarquia, visto que, haviam mais analfabetos do que pobres. 
Vale relembrar ainda a importante relação entre Estado e Igreja. Na época do 
Império havia uma relação muito íntima entre esses dois membros, relação essa que 
caracterizava o Brasil um país com uma religião oficial, o catolicismo. Porém, o novo texto 
constitucional também surpreendeu nessa decisão, rompendo essa relação e declarando-se 
como um país laico. As escolas e cemitérios que eram de domínio administrativo da igreja 
católica passaram a ser responsabilidade do Estado. 
O casamento civil também foi uma das inovações da nova reformulação, uma vez 
que no Brasil Império o casamento era somente na igreja, visto que isso não tinha muita 
importância jurídica. A partir de então o casamento civil por si só já era reconhecido 
oficialmente. 
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Não há como negar que o novo texto constitucional foi um grande avanço 
político-econômico para a história do Brasil. A adoção do regime Presidencialista, da 
democracia, a descentralização do poder, a abolição do Poder Moderador, o rompimento com 
a igreja católica, a reforma do código penal, com a extinção da pena de morte, o casamento 
civil, a criação do atestado de óbito, da certidão de nascimento, entre outros benefícios 
trazidos por essa reforma. Também há que se falar dos pontos negativos: a permanência da 
exclusão da mulher na vida política, a não reeleição fazendo com que os governantes não se 
preocupassem muito em atender os anseios populares, já que não poderiam permanecer no 
cargo além do tempo previsto, a influência dos latifundiários na elaboração do texto 
constitucional, o voto não ser secreto. Mas, posteriormente essas demandas foram atendidas 
com a Emenda Constitucional de 1926. 
Classificada como uma Constituição promulgada, pois foi elaborada por uma 
assembleia constituinte e eleita pelo povo, porém não foi totalmente democrática, pois a 
influência das oligarquias era maior que a vontade soberana do povo; escrita, pois as leis 
foram devidamente sistematizadas e organizadas em um único documento que hoje está 
guardado no arquivo do Senado, em Brasília; material, visto que todo conteúdo tratava 
exclusivamente de assuntos constitucionais referentes à composição e o bom funcionamento 
político; rígida, pois sua alteração teria que passar por um processo solene e dificultoso, 
obedecendo todos os requisitos do artigo 90 da Constituição; dogmática, visto que foi 
elaborada por uma assembleia constituinte levando em seu texto as regras fundamentais 
estabelecidas; sintética, ao passo que esta estava voltada exclusivamente à estrutura do 
Estado, direitos e garantias fundamentais e limite estatal. 
 
 
5 CONSTITUIÇÃO DE 1934 
Foi a partir da Constituição de 1934 – e nas que a ela se sucederam em 1937, 1946 
e 1967 – que um título próprio foi dedicado à Ordem Econômica e Social, inclusive 
com o enunciado dos princípios básicos do direito do trabalho. 
A partir da Constituição de 1934 uma 
nova perspectiva se inaugura: a par da continuidade dos direitos individuais e das 
liberdades públicas, a tendência de abertura para as questões sociais transporta para 
o âmbito das Constituições o direito à Educação e à difusão da Cultura, que passa a 
ser regulado em capítulos especiais 
6 CONSTITUIÇÃO POLACA 1937 
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7 QUARTA CONSTITUIÇÃO REPUBLICANA- 1946 
 
Com o fim da Segunda Guerra Mundial, em que a vitória dos aliados pôs fim ao 
autoritarismo alemão, as demais ditaduras do mundo ficaram ressentidas. Junta-se a isso a 
insatisfação dos brasileiros,bem como a luta dos políticos por uma nova ordem político-
jurídico. 
Havia, também, no mundo do pós-guerra, extraordinária recomposição dos 
princípios constitucionais, com reformulação de constituições existentes, ou 
promulgação de outras (Itália, França, Alemanha, Iugoslávia, Polônia, e tantas 
outras), que influenciaram a reconstitucionalização do Brasil (SILVA, 2005, p.83). 
 
Diante deste cenário, foram organizados movimentos e manifestos, dentre eles 
destaca-se o “Manifesto dos Mineiros”, que defendia a redemocratização do país, pelas 
eleições livres, por uma constituição condizente com tradições liberais, reivindicava o fim do 
Estado Novo liderado por Vargas, que foi destituído do cargo pelas forças armadas em 29 de 
outubro de 1945. As eleições então propostas foram vencidas por Eurico Gaspar Dutra, por 
maioria absoluta de votos, que tão logo empossado convocou a Assembleia Constituinte em 2 
de fevereiro de 1946, com vistas a promulgar a Constituição dos Estados Unidos do Brasil e 
o Ato das Disposições Constitucionais Transitórias. Acerca da composição da Assembleia 
Constituinte, Vila (2011, p.55) informa: 
 
A maior bancada continuou a ser a mineira, com 36 representantes, seguida por São 
Paulo, com 23, e depois por Pernambuco, Distrito Federal, Rio de Janeiro, com 19 
cada uma. Diferentemente de 1891 e 1934, não havia anteprojeto governamental. 
Também em relação às Constituintes anteriores, dessa vez o número de militares era 
muito pequeno. Mas durante os trabalhos o clima político da Capital Federal esteve 
bem pesado. Passeatas foram reprimidas; sedes do Partido Comunista, invadidas e 
depredadas pela polícia; e militantes de esquerda, presos. 
 
Depois período turbulento, e com o fim da Segunda Grande Guerra, finalmente foi 
publicada em 18 de setembro de 1946 a quinta Constituição brasileira e a quarta republicana. 
Essa Carta pegou o país numa fase mais madura, buscando subsídios para sua elaboração nas 
ideologias das constituições de 1891 que possuía influência socialista da Constituição e de 
Weimar e da Constituição de 1934 que por seu turno foi inspirada no liberalismo das 
Constituições Francesa e Norte-Americana, daí ser classificada por Ramos (1987) como 
constituição eclética. Assim sendo, pode-se dizer que esta Carta escrita e codificada não foi 
nem socialista, nem individualista. Foi um equilíbrio até onde não fosse anti-social dos 
princípios do Estado Liberal e Estado Social. 
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De acordo com Silva (2007, apud PAULO, ALEXANDRINO, 2009, p.28): 
“embora essa ‘volta ao passado’ tenha sido um erro, e a Constituição de 1946 não tenha 
conseguido realizar-se plenamente, ela cumpriu sua tarefa de redemocratização e 
proporcionou condições para o desenvolvimento do país, durante sua vigência”. 
Esta Constituição adotou a república como forma de governo, a federação como 
forma de estado, dando autonomia política para os estados e o presidencialismo como 
sistema de governo, e a forma de Estado foi reforçada como federativa, uma vez que vinha 
enfraquecida pelo Estado Novo e o sistema de governo presidencialista foi mantido. Houve 
ainda a inserção das eleições diretas, com voto secreto, para presidente, governador e 
assembleia legislativa, consolidando a democracia como regime de governo após 8 anos de 
ditadura do Estado Novo. Contou com 218 artigos e dentre as principais características 
trazidas por ela cita se as seguintes: 
 
O Mandato presidencial é reduzido para cinco anos (art. 82); Estabelece a 
competência do Tribunal Federal de Recursos, criado anteriormente, porém sem 
funções delimitadas (art. 104); Aperfeiçoa a Justiça Eleitoral (art. 109 a 121); 
Considera o trabalho uma obrigação social, assegurando a todos um trabalho que 
possibilite existência digna (parágrafo único, art. 145); 5- institui no país a crença no 
uso social da propriedade (art. 147); Proíbe o abuso do poder econômico, seja qual 
for o pretexto (art. 148); Reconhece o direito de greve (art. 158); Aperfeiçoa o 
mandado de segurança (art. 141, §24); Proíbe expressamente a retroatividade da lei 
(art. 141, §3º) (RAMOS, 1987, p. 90-91) 
 
Essa Constituição ampliou também o rol de direitos fundamentais que existia na 
Carta de 1934, dentre eles vale mencionar o princípio da inafastabilidade de jurisdição, 
exclusão da pena de morte, do banimento e do confisco, acrescentou o direito de greve, 
instituiu o princípio da liberdade e criação e organização partidária. 
Com o objetivo maior de restaurar a democracia no país, observa-se que a 
Constituição de 1946, retomou o desenvolvimento do controle judicial de constitucionalidade, 
devido a necessidade de se analisar de maneira mais eficaz e célere dos dispositivos 
infraconstitucionais, tal controle foi anteriormente interrompido pelo regime ditatorial. 
Nesse sentido, a Emenda Constitucional nº 16, de 26 de novembro de 1965, 
conferiu ao Supremo Tribunal Federal cada vez mais relevância como guardião da 
Constituição, exercendo seu papel de instancia final. 
Sua vigência correspondeu ao período de 1946 até 1964, sua interrupção deu-se 
com o Golpe Militar, que derrubou do poder João Goulart, que era o então presidente. 
 
 
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8 CONSTITUIÇÃO – GOLPE MILITAR 1964 
 
9 CONSTITUIÇÃO MILITAR - 1967 
 
Apenas três anos após o golpe de 1964, o regime militar enterrou as previsões 
democráticas da Carta de 1946 em vigor, outorgando uma Nova Constituição em 24 de 
janeiro de 1967. A Carta Magna de 67 concentrava o poder no âmbito do Executivo, 
restringindo incisivamente a organização dos partidos políticos e impondo a eleição indireta 
(art.76) do Presidente da República. Os 13 atos institucionais, hoje inadmissíveis, que 
sustentavam nosso ordenamento jurídico, juntamente com os 67 atos complementares e 27 
emendas ajudaram a manter o regime ditatorial no Brasil enquanto vigorou, pelos dez anos 
seguintes. 
A premissa maior do discurso militarista se baseava no apelo à Segurança 
Nacional, e sob essa linha argumentativa a Constituição de 67 conferia amplos poderes ao 
Chefe do Executivo Federal (arts. 74 a 83), absorvendo competências antes delegadas aos 
Estados e Municípios, enfraquecendo-os, à medida que o poderio da União e a possibilidade 
de manipular as decisões sob qualquer pretexto, se expandiam. Segundo Cavalcanti, et al., 
(2012, p.68) fortalecimento do Executivo se deu da seguinte forma: 
 
 [...] proveio da ampliação de seu poder de iniciativa das leis, da limitação de tempo 
para aprovação, pelo Congresso, dos projetos do Governo, na delegação legislativa, 
na restrição a emendas aos projetos governamentais, e na faculdade, dada ao 
Presidente, de expedir decretos-leis. 
 
O totalitarismo imposto no país pelo regime militar não aderiu muitos 
simpatizantes, logo o clima de instabilidade se instalou pelo país, fomentando manifestações 
de vários setores da sociedade, principalmente entidades estudantis. 
A resposta do governo militar à insatisfação civil não tardou, em 13 de dezembro 
de 1968, o Ato Institucional Nº 05 determinou um autoritarismo nunca visto no Brasil. O 
tosco AI-5 possibilitava ao Presidente da República fechar as Casas Legislativas em qualquer 
nível da Federação. Qualquer parlamentar que se opusesse ao regime militar poderia ter seu 
mandato cassado, nem mesmo o Poder Judiciário esteve isento das perseguições, visto que o 
Ato previa a suspensão das garantias de seus membros. 
Não havia espaço para os ensinamentos, hoje incontestáveis, do Professor Celso 
Ribeiro Bastos (2005, p.401) que afirma: 
14 
 
 
(...) qualquer ato normativo, federal ou estadual, é suscetível de contraste 
constitucional. O julgamento da norma em tese, istoé, desprendida de um caso 
concreto, e, o que é muito importante, sem outra finalidade senão a de preservar o 
ordenamento jurídico da intromissão de leis com ele inconiventes torna-se então 
possível. A proteção dos direitos individuais já era, e continua sendo, assegurada 
pela via de defesa. Uma ação cujo único objeto é a perquirição do ajustamento da lei 
às disposições constitucionais repousa sobre fundamentos outros daqueles 
justificadores do controle constitucional pela via de exceção. Na verdade, é a 
preocupação da defesa do sistema jurídico, do direito objetivo, enfim, que se 
concentra na base de tal instituto. 
 
A arbitrariedade imposta pelo regime militar era tão intensa, que a existência de 
uma Constituição era meramente figurativa, servindo apenas para emprestar aos Atos do 
Poder Executivo, uma legitimidade aparente. 
A Constituição “Militar”, como ficou conhecida, era fortemente influenciada pelo 
texto da Constituição de 1937 só começou a produzir seus efeitos em março, depois de ter 
tomado posse no poder o então Presidente, Marechal Arthur da Costa e Silva. Houve 
mudanças também, na nomenclatura do País que deixou de chamar-se “Estados Unidos do 
Brasil” e passou a se chamar apenas, Brasil, não afetando, porém a forma federativa de 
Estado e a forma Republicana de Governo. 
Apesar de ter vigorado durante esse período o Sistema de Governo 
presidencialista, as eleições, porém, não eram diretas e sim, indiretas, realizadas por um 
Colégio Eleitoral especialmente constituído para esse fim. Não havia previsão constitucional 
de Plebiscito ou de Referendo, nem tão pouco de proposta de criação de lei por iniciativa 
popular. 
As professoras Alessandra Maria Sabatine Zambone e Maria Cristina Teixeira 
(2012, p.53) ao abordarem o tema “Os Direitos Fundamentais nas Constituições brasileiras” 
nos ensinam que: 
 
Em relação à sua previsão no Texto Constitucional, podemos identificar esses 
direitos como direitos fundamentais formais, quando indicados expressamente na 
Constituição e direitos fundamentais materiais, como aqueles sem os quais o homem 
não vive, ou vive sem dignidade. O que caracteriza o direito sob o aspecto material é 
a sua vinculação com a realização do princípio da dignidade da pessoa humana, 
previsto na Constituição, no art. 1º., inciso III. Podem estar positivados ou não no 
Texto Constitucional. De acordo com José Afonso da Silva2 (2005:184), a 
Constituição classificou esses direitos “com base no critério de seu conteúdo, que, 
ao mesmo tempo, se refere à natureza do bem protegido e objeto que tutela”. Nessa 
medida pode-se classificá-los em cinco grupos: • direitos individuais • direitos 
coletivos • direitos sociais • direitos à nacionalidade • direitos políticos. 
 
15 
 
Não restam dúvidas de que não havia espaço na Constituição de 67 para Direitos e 
Garantias Fundamentais. Em comparação com sua antecessora, a “Constituição Militar” 
retrocedeu no quesito de direitos expressamente garantidos como, o direito à vida, à liberdade, 
à propriedade, à igualdade. Foram vários e absurdos cerceamentos, à liberdade de 
manifestação e expressão do pensamento, censura ao exercício de atividades artísticas e 
culturais, abuso de poder político, subversão do regime democrático, limitação do direito à 
propriedade, estendeu o foro militar aos civis, nos casos de crimes contra a segurança interna 
ou as instituições militares, com recurso ordinário para o STF (art.122, §1º) 
Em relação aos direitos sociais inovou, mas não de uma forma que pudesse ser 
contabilizada como ganho, em relação aos direitos dos trabalhadores por exemplo, houve 
supressão da estabilidade e da proibição de diferenciação salarial por motivo de idade ou 
nacionalidade, restrição do direito de greve, redução para 12 anos da idade mínima permitida 
para o trabalho. Apesar de tantos retrocessos, pequenas vantagens reais foram introduzidas na 
tentativa, talvez, de amenizar os desfavores oferecidos. Houve a previsibilidade de 
aposentadoria da mulher que contasse com 30 anos de serviço com integralidade de salário, a 
instituição do salário-família em favor dos dependentes do trabalhador e eventual participação 
do trabalhador na gestão da empresa. 
Diante de tudo quanto foi exposto, vale lembrar as palavras de Ramos (1987) que 
a cada passo que se dava um casuísmo transformava uma revolução – redenção numa 
revolução – arbítrio, que em nada engrandecia a ordem jurídica nacional. Como só acontecer 
História pátria, a revolução engolia seus verdadeiros valores e líderes, ocasionando um hiato 
nas nossas lides políticas, impedindo o surgimento de lideranças raras, de que tanto o país 
estava a necessitar. 
 
 
10 “CONSTITUIÇÃO” DE 1969 – EC n.1, de 17.10.1969 
 
Em 1969, com as perspectivas democráticas sucumbidas, o povo brasileiro 
continuava vivendo em meio ao medo e a pressão imposta pelo o autoritarismo do Regime 
Militar, e a Constituição de 1967 havia sofrido grande modificações em virtude dos atos 
Institucionais impostos pelos presidentes militares. 
Com o afastamento do Presidente Costa e Silva, o poder ficou com a junta militar 
composta de representantes das forças armadas, o Ato Institucional – AI 12 concedeu aos 
16 
 
ministros da Marinha, Exército e Aeronáutica os poderes exercidos pelo Presidente da 
República. 
No fim do governo provisório exercido pela junta militar fora outorgada a 
Emenda Constitucional nº 1 que fez modificações radicais no texto da Constituição de 1967, 
em virtude disso criou-se uma grande discussão quanto à existência de uma Constituição 
Nova (1969). 
Para alguns autores expõe que se trata de nova Constituição, em virtude das várias 
modificações e, inclusive, pelo Brasil passar a se chamar: “República Federativa do Brasil”. O 
professor Marco Antônio Villa (2011 p.65) ensina que “paradoxalmente, era um momento de 
enorme centralização política e o que menos havia era “federalismo”, que pressupõe relativa 
autonomia dos entes federados”. 
Partindo do ponto de vista que o texto constitucional tem origens diversas, 
verifica-se que a Emenda nº 1 serviu como instrumento de outorga, haja vista que não houve 
promulgação. A nova Constituição Instituiu o Brasil como federação, mesmo que camuflada, 
essa noção expressa que os estados-membros devem ter autonomia, o que não acontecia com 
o Brasil da época. 
Não se pode deixar de destacar que com a outorga do novo texto houve um 
reforço ao AI-5, uma vez que o Legislativo era totalmente passivo em face do Executivo. O 
poder se concentrava com os militares e quem discordasse sofreria consequências sem direito 
à ampla defesa e o contraditório, hoje existentes no ordenamento jurídico. 
Por outro lado, Alexandrino e Paulo (2009 p. 29) expõem as mudanças positivas 
fornecidas pela Constituição de 1969: 
 
A EC nº 1/1969 aperfeiçoou, porém, algumas instituições, como o processo de 
elaboração da lei orçamentária, a fiscalização financeira e orçamentária dos 
municípios, modificou o sistema tributário, previu a criação do contencioso 
administrativo tributário, vedou a reeleição para o Poder Executivo, etc. 
 
No que tange a sua classificação a Constituição de foi outorgada, por não haver 
uma participação popular, de conteúdo formal e escrito com características analíticas, pois 
inovou ao abordar vários temas. 
O art. 47 da referida constituição mostra os ritos para a modificação do texto 
constitucional, diante disso conclui-se que quanto a alterabilidade a Constituição de 1969 é 
rígida. 
 
17 
 
Por fim, a Constituição de 1969 teve várias emendas até que na data de 27 de 
novembro de 1985 foi convocada a Assembleia Nacional Constituinte, cujos frutos 
desencadearam navigente Constituição de 1988. 
 
 
11 CONSTITUIÇÃO CIDADÃ - 1988 
 
Após a transição do período de ditadura militar, que percorreu em meados de 
1964 a 1985, houve a necessidade de um novo panorama na sociedade brasileira, o país 
buscava um processo de redemocratização, onde o povo brasileiro pudesse sair do estado de 
opressão, da falta de democracia, da censura, da supressão de direitos constitucionais e 
perseguição política. Corroborando Paulo e Alexandrino (2009, p. 30) dispõem que: “com o 
fim dos governos militares e a redemocratização do país, mostrou-se evidente a necessidade 
de dotar o país de uma nova Constituição”. 
Assim, através da ampliação do pluripartidarismo durante o governo Sarney, das 
legalizações dos partidos como o PCB e o PC do B, começaram a surgir outros novos partidos 
como o PSDB e o PL. Dessa forma, geraram-se assim novos ideais neoliberais, destaca-se 
também, o combate a erradicação da censura à imprensa, que aterrorizou o País durante o 
governo militar e a consolidação dos sindicatos e das grandes centrais (CUT e CGT). 
Desde 1960 o presidente não era eleito de forma direta, e, para mudar tal contexto, 
uma emenda constitucional havia sido proposta pelo deputado Dante de Oliveira (PMDB). 
Nesse sentido, ocorre um dos maiores movimentos de participação popular da história 
brasileira: as Diretas Já. 
Tal movimento ganhou proporções de caráter em massa através de apoio de 
partidos como PMDB e PDS, assim como o da sociedade. Contudo, apesar de todas as 
manifestações públicas, a emenda não chegou nem a ser aprovada pela Câmara, faltando 22 
dos 320 votos necessários. Assim, restou a eleição indireta, onde Tancredo Neves (PMDB) se 
elegeu em 15 de janeiro de 1985. No entanto, às vésperas de tomar posse Tancredo veio a 
falecer e José Sarney assumiu a presidência. 
 
José Sarney, o primeiro presidente da fase iniciada com o ocaso do ciclo militar, 
denominada “Nova República”, encaminhou ao Congresso Nacional a proposta de 
emenda à Constituição que resultou na EC nº 26, de 27 de novembro de 1985. Essa 
emenda convocava uma Assembleia Nacional Constituinte, composta, na verdade, 
pelos próprios deputados federais e senadores de então (ALEXANDRINO; PAULO, 
2009, p.30) 
18 
 
 
Dessa forma, no dia 05 de outubro de 1988, marco teórico que definiu o Brasil 
como um país democrático, foi promulgada uma Constituição Federal dogmática, por 
expressar os valores sociais desejados pelos brasileiros, escrita e codificada através da 
Assembléia Constituinte eleita pelo povo. Estabelece que o poder emana do povo e que este 
exerce a sua soberania de forma direta, através do plebiscito, referendo, ação popular, 
iniciativa popular (art. 14) e, indiretamente por meio dos seus representantes, feita por meio 
do voto direto, secreto e com o mesmo valor para todos. A Carta Constitucional, lei 
fundamental e suprema do Brasil, situada no topo do ordenamento jurídico serve de parâmetro 
de validade a todas as demais normas. Nesse sentido Villa destaca (2011, p. 76) que: 
 
O texto final da Constituição foi aprovado na sessão de 22 de setembro de 1988. 
Recebeu 474 votos favoráveis e apenas 15 contrários. [...] Duas semanas depois, em 
5 de outubro, após longos 20 meses de trabalho – período em que foram apreciados 
65.809 emendas, 21 mil discursos e nove projetos -, foi promulgada a Constituição, 
com cerimônia transmitida por rádio e por televisão. 
 
A constituição de 1988 é conhecida como a constituição cidadã, trazendo em seu 
texto possibilidades para a construção de uma esfera pública e democrática no país. Como 
Tácito (2010, p. 47) leciona: “é marcante, na nova Constituição, a presença do povo e a 
valorização da cidadania e da soberania popular”. E tem como objetivos garantir os direitos 
sociais, econômicos, políticos e culturais. 
Vale destacar que essa é a Carta Política é prolixa e analítica, por ser a mais 
longa da história das constituições brasileiras – 250 artigos, pois exagera no regramento 
detalhado de determinadas matérias e é também formal, pois o seu conteúdo não é são 
substancialmente constitucional, exemplo disso é o art. 242, § 2º que informa que o colégio 
Dom Pedro será mantido na órbita federal. Isto faz com que a Constituição receba uma série 
de emendas, que atualmente mais de 88. 
Ressalta-se ainda que num país marcado pelo autoritarismo, a constituição de 
1988 garante amplas liberdades. Além disso, traz em seu texto o fundamento da ordem 
jurídica, o princípio da legalidade, a fonte de direitos e deveres e limite ao poder do Estado 
democrático e à autonomia da vontade. Assim, para Uadi Lammêngo Bulos (2014, p.114): 
 
As constituições democráticas, também chamadas de populares, promulgadas ou 
votadas, são aquelas que se originam da participação popular. O povo, galgando o 
status de eleitor, escolhe livremente, por meio do voto, os representantes que irão 
integrar a Assembleia Constituinte, destinada a elaborar e estabelecer as normas 
constitucionais. 
19 
 
 
Portanto, através da nova constituição o direito do cidadão, que integra a 
democracia representativa, foi conquistado, determinando-se as eleições diretas para os 
cargos de presidente da república, governador do Estado e do Distrito federal, prefeito, 
deputado estadual, federal e distrital, senador e vereador. 
Essa Carta reconhece que as alterações do texto constitucional são necessárias, 
para que acompanhem a evolução da sociedade e, deste modo trazem os princípios que são 
analisados a partir da hermenêutica e também as chamadas cláusulas pétreas que compõe o 
núcleo inalterado da Constituição, assim pode se dizer que se caracteriza como rígida, pois 
apesar de permitir a alterações exige um processo mais dificultoso e solene conforme se 
observa no seu artigo 60. 
No que se refere a forma de Estado o art. 1º estabeleceu in verbis: “a República 
Federativa do Brasil, formada pela união indissolúvel dos Estados e Municípios e do Distrito 
Federal, constitui-se em Estado Democrático de Direito”. Tanto a forma como também o 
sistema de governo foram instituídos a partir do plebiscito do art. 2º do Ato das Disposições 
Constitucionais Transitórias (ADCT): “no dia 7 de setembro de 1993 o eleitorado definirá, 
através de plebiscito, a forma (república ou monarquia constitucional) e o sistema de governo 
(parlamentarismo ou presidencialismo) que devem vigorar no País”. (Vide EC 2/1992). 
Apesar de marcada para o dia 7 de setembro de 1993, o plebiscito foi adiantado 
para o dia 21 de abril de 1993 através de Emenda Constitucional de número 2, de 25 de agosto 
de 1993, onde foram escolhidos a forma de governo republicana e o sistema de governo sob 
regime presidencialista. 
No que tange aos direitos fundamentais, estes foram abordados em título separado 
composto por capítulos que versam sobre os direitos e deveres individuais e coletivos, aos 
direitos sociais e direitos políticos. 
As principais mudanças que ocorreram a partir da Constituição de 1988 em 
relação às anteriores estão discriminadas, no Quadro 01, e divididas nas áreas: indivíduos e 
família; economia; política; judiciário e ministério público; direitos sociais e por fim 
seguridade, saúde e ecologia. 
 
Quadro 01 – Inovações trazidas pela nova Carta de 1988. 
ÁREA INOVAÇÃO 
 
 
 
-Igualou direito e deveres de homens e 
mulheres; 
-Reconheceu as uniões estáveis e os filhos 
20 
 
 
INDIVIDUOS E FAMÍLIA 
 
ilegítimos; 
-Transformou a casa em asilo inviolável do 
indivíduo; 
-Tornou o racismo crime inafiançável e 
imprescritível; 
- Eliminou a censura; 
 
 
 
 
ECONOMIA 
-Determinou que a propriedade tivesse 
função social;-Reformulou o Sistema Tributário Nacional; 
-Instituiu a política agrícola e fundiária; 
-Estabeleceu as diretrizes da política urbana; 
-Definiu regras para o sistema financeiro; 
 
POLÍTICA 
-Deu direito de voto a analfabetos e jovens 
de 16 e 17 anos; 
-Criou as eleições majoritárias em dois 
turnos; 
-Reconheceu o município como ente 
federativo; 
-Ampliou os instrumentos de democracia 
direta; 
-Concedeu autonomia aos partidos; 
 
 
JUDICIÁRIO E 
MINISTÉRIO PÚBLICO 
-Criação do STJ; 
-Concedeu independência ao Ministério 
Público; 
-Criou a Medida Provisória; 
-Criou o mandado de segurança coletivo; 
-Criou a ADI; 
 
 
 
 
 
DIREITOS SOCIAIS 
- Reduziu a jornada de trabalho de 48 para 44 
horas; 
-Criou o seguro desemprego; 
-Ampliou a licença-maternidade e criou a 
licença paternidade; 
-Férias remuneradas acrescidas de 1/3 do 
salário; 
-Concedeu direitos trabalhistas aos 
empregados domésticos; 
SEGURIDADE, SAÚDE E 
 ECOLOGIA 
-Criou o Sistema Único de Saúde –SUS; 
-Ampliou os benefícios da Previdência 
Social; 
-Definiu os direitos das crianças e 
adolescentes; 
-Definiu o meio ambiente como um bem 
público; 
-Reconheceu o direito dos índios e suas 
terras; 
Adaptado de: Kanno e Puls, 2013. 
 
21 
 
Diante de tudo quanto foi exposto diz-se que a Constituição de 1988 é 
considerada a mais completa entre as existentes no país, uma vez que inovou e buscou uma 
maior abrangência do exercício das instituições estatais. Assim como, ampliou e elucidou os 
direitos e garantias fundamentais de forma a proteger o cidadão do Poder Estatal e assegurá-lo 
nas principais áreas para uma vida digna e segura. 
 
 
12 CONCLUSÃO 
 
Na História pátria, podemos registrar que cada constituição “vestiu a roupa” de 
sua época, tanto mais democrática quanto democráticos e liberais eram os movimentos que as 
antecederam. Assim, a Constituição de 1824, de cunho monárquico, pela sua própria 
natureza, foi outorgada com vícios e desacertos, expressando a mentalidade da elite imperial, 
além de totalmente divorciada dos costumes nacionais. 
A Constituição de 1891, sintetizando os ideais acalentados pelos republicanos, 
cuidou de apagar a lembrança do regime findo. Aqui, os ideais democráticos, tão apregoados 
a partir da Constituição norte-americana, foram absorvidos. Combateram-se os desníveis 
sociais, a dependência econômica, a politicagem, a miséria do povo e o personalismo. 
1934, início de uma nova Constituição, cujo conteúdo era ainda mais liberal, 
resultante de uma época da “grande depressão americana”, prolongando-se até a Revolução de 
1930. Pena não ter sido duradoura, pois introduziu grandes avanços como: Justiça Eleitoral, 
Justiça do Trabalho, regulamentação dos direitos dos trabalhadores, o mandado de segurança 
contra os abusivos e ilegítimos dos agentes do Poder. 
A Constituição de 1937, inspirada na Constituição polonesa, enveredou-se pelo 
autoritarismo, onde a centralização do poder imperou, constituindo-se o Chefe de Governo no 
juiz de direitos individuais. 
Em 1946, sem inspiração de um texto dominador, conjugaram-se ideias liberais e 
sociais. Na elaboração de 1967, se houve inovações, prevaleceu a tendência do poder 
discricionário. Em todas as Constituições foi presente a realidade nacional, em dimensão 
variável. 
Diante de todo o arcabouço intelectual exposto neste trabalho, parte-se para o 
exame das contribuições que os conhecimentos aferidos com o estudo detalhado das 
constituições brasileiras pode oferecer ao leitor que se debruçou lendo este trabalho. 
22 
 
Em resumo, afirma-se as mutações sociais são as mais importantes forças 
propulsoras da legislação constitucional, na introdução desse trabalho falou-se sobre a 
expansão de um pensamento contagiou o mundo em processo demorado e eficiente. 
Ainda na contemporaneidade é perceptível que alguns regimes autoritários ainda 
jazem no mundo moderno, porém outros movimentos com ideais similares buscam a ruptura 
desse paradigma, a Primavera Árabe é o mais recente movimento em prol do estabelecimento 
de um governo voltado para os interesses sociais coexistindo com uma Constituição que dê ao 
povo a titularidade do poder absoluto. 
No entanto algumas constituições não representa a vontade do povo, a exemplo a 
Constituição Imperial que foi outorgada por D. Pedro I e as constituições do período do 
Regime Militar. Todas estão rompem com ideal de legalista e assume uma característica 
personalíssima em virtude de atribuir mais poder ao governante que ao povo. 
Os fatos históricos narrados no presente trabalho expressam que o modelo 
jurídico-político atual é fruto das revoltas populares dos séculos passados que começaram 
desde a coluna preste no fim do coronelismo até o movimento das diretas já, todos estes antes 
da promulgação da constituição de 1988 que trouxe no seu bojo o princípio da dignidade da 
pessoal humana como a luz suprema no texto normativo. 
Portanto as informações escritas traduzem uma narrativa de acontecimentos 
pertinentes as transformações ocorridas no cenário jurídico nacional, trazendo o perfil das 
constituições, os anseios sociais e as mudanças ocasionadas em virtude da promulgação ou 
outorga das mesmas, sendo crucial para o valor intelectual proporcionado a partir da leitura do 
presente trabalho. 
 
 
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