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CAPITALISMO E GLOBALIZAÇÃO

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	SUMÁRIO	
31 INTRODUÇÃO	�
2 DESENVOLVIMENTO..............................................................................................5
2.1 CAPITALISMO E GLOBALIZAÇÃO: ONTEM E HOJE..........................................5
2.1.1 Capitalismo e Neoliberalismo..............................................................................8
2.1.1.1 As Várias Formas da Desigualdade...............................................................10
73 CONCLUSÃO	1�
8REFERÊNCIAS	1�
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INTRODUÇÃO
Durante o Império Romano, surgiram grandes problemas sociais, que por ventura, o imperador não conseguia combater, assim então se deu a queda do Império e o surgimento do feudalismo, que por volta dos séculos XIV e XV, passou por uma forte crise, perdendo sua força, dando a oportunidade a expansão da Burguesia, onde entre as forças produtivas e as relações feudais, surge o capitalismo, constituindo-se um mercado no qual se dava valor a trocas. Porém com o passar o tempo, o capitalismo foi se desenvolvendo e inovando, com o surgimento de mão de obra assalariada.
Dentro da Revolução Industrial, se era dividido a sociedade em duas classes sociais: a burguesia e o proletariado. No início do século XX, foram aplicadas novas inovações tecnológicas, uma nova forma de trabalho. 
Devido à vulnerabilidade, péssimas condições de trabalho, os trabalhadores começam a reivindicar os seus direitos, e no final do século XVIII, começaram os primeiros movimentos, exigindo novas condições de trabalho. Com o decorrer do tempo, a pobreza, passa a ser vista de várias formas, uma delas como um problema social, onde se procurava resolver, e como lidar.
 A questão social passa a ser observada, e se procura ser entendida, e vista como um ponto de interrogação perante a sociedade. O homem se ver diante do trabalho humano, onde cria uma rotina, onde se depara com a necessidade de comer, beber, ter saúde, assim para isto o mesmo precisa do capital para suprir suas necessidades. 
O Capitalismo passou por grandes mudanças com o passar do tempo, devido as mudanças sociais. Podemos compreender como foi o surgimento do capitalismo resumindo em explicações como tese, antítese e síntese. E explicar a sociedade utilizando o materialismo, histórico, dialético, segundo Marx e Engels. 
Podendo o indivíduo possuir aptidões e talentos naturais, permite ao mesmo escolher o sentido de sua vida perante a sociedade.
A palavra globalização é frequentemente utilizada para indicar a interligação comercial e cultural que ocorre entre os diversos países do mundo, determinada pela “terceira revolução tecnológica”. Em outras palavras, a globalização é o atual momento da expansão capitalista, principalmente, com o uso da informática que agiliza o processo de transmissão de informação. 
A continuidade da expansão capitalista na forma de um capitalismo financeiro passou a ser chamado de globalização. No decorrer da crise capitalista dos anos setenta, em razão da alta dos preços do petróleo, as ideias neoliberais ganharam força, sendo uma ideologia que serve de suporte ao desenvolvimento da globalização capitalista com maior liberdade de comercio entre as nações.
Nesse novo cenário surgem as desigualdades sociais, realidades vividas por milhões de brasileiros. Com essa expansão capitalista, as riquezas foram conquistadas por muitos e a pobreza vivenciada por muitos, e com o desenvolvimento globalizado e os meios de comunicação, surge um novo modo de interligação, onde as pessoas se aproximam cada vez e, ao mesmo tempo se distanciam pelo fato da exclusão social, que é vista nas várias formas de desigualdades sociais: Desigualdade de renda, educacional, racial e de gênero. 
A exclusão social precisa ser estudada de maneira aprofundada e especializada em cada forma de desigualdade, para que se possa planejar e estabelecer políticas públicas que defendam a promoção de vida de todos, especialmente, dos grupos sociais mais pobres e marginalizados que vivem à margem da sociedade em busca de uma vida digna de cidadania plena.
DESENVOLVIMENTO
 Capitalismo
O histórico social da humanidade está diretamente ligado ao surgimento do capitalismo e as contradições geradas pelos meios de produção.
[...] O capitalismo é sistema de produção de mercadoria que toma a própria força de trabalho como uma mercadoria, ou seja, um objeto de troca com outro. Conforme um tipo de organização social em que a mercadoria atravessa a sociabilidade, dada a preeminência do valor de troca e por consequência do trabalho alienado, uma vez que estes são os elementos que lhe servem de fundamento e finalidade. (FORTI E BRITES, 2013, p.36)
Com a queda do império romano oriental no final do século V, onde já era notório os problemas sociais devido ao grande número de desempregados doente e escravizados. Surge então o feudalismo e os senhores feudais que tinham a terra como sua fonte de sobrevivência, o sistema feudal marcou a história medieval por mais de mil anos e foi lembrada pela sua forma servil de produção.
Por volta do século xiv e xv quando surgi a crise no feudalismo devido as transações monetárias em seu interior que desenvolveu o capitalismo mercantil. Que tinha como objetivo trocas e transações comerciais, o objetivo passa a ser o acumulo de riquezas e lucros.
Nessa época as pessoas que conseguiam acumular capital, conseguiam também um espaço diferente para a vida social, com a forte expansão dessa nova classe social política e economicamente forte chamada: burguesia. Comercialização da terra e a chamada força de trabalho livre.
Com tudo podemos observar que o surgimento do capitalismo se deu entre conflitos das forças produtivas e as relações feudais.
[...] Fortalecida em seu poder, por ser a detentora do capital e dos meios de produção a burguesia unia-se na busca da consolidação da ordem burguesa do regime capitalista. Seu interesse pelo proletariado era inteiramente esvaziado de qualquer sentido humano, pois aos seus olhos era apenas e tão somente força de trabalho, uma mercadoria como qualquer outra da qual necessitava para expandir seu capital. (MARTINELLI, 2007,p.33)
CAPITALISMO E GLOBALIZACÂO: ontem e hoje
Na sociedade, sempre é tempo de mudanças ou adequações do capital para manter a sua lógica de acumulação, na qual a riqueza ainda é produzida socialmente, porém, não socializada no momento do consumo. 
O mundo todo participa da mercantilização, em todos os cantos do planeta as informações dão conta, em segundos, de lançamentos de produtos ou de serviços. O processo de produção no capitalismo tem passado por várias mudanças durante a história para manter o padrão de acumulação, que é o seu fim maior.
Em um dos modelos mais recentes de gestão, encontramos a mudança nas bases da produção, que surgiu no período pós-guerra até os anos 70, sob influência dos chamados modelos Taylorista e Fordista. O Fordismo surge a partir das ideias de Henry Ford, americano, dono de uma indústria automobilística (pioneiro), desenvolveu seu procedimento industrial baseado na linha de montagem para gerar uma grande produção que deveria ser consumida em massa.
Já o Toyotismo é o modelo japonês Taiichi Ohno e implantado nas fábricas de automóveis Toyota, após o fim da Segunda Guerra Mundial. A ideia principal era produzir somente o necessário, reduzindo os estoques (flexibilização da produção), produzindo em pequenos lotes, com a máxima qualidade, trocando a padronização pela diversificação e produtividade. Enquanto o primeiro necessitava de um exército nas fábricas, o segundo, devido às dificuldades da guerra, exigia um funcionário mais polivalente.
Dentre as estratégias de manutenção do capitalismo está a criação da União Europeia, NAFTA (North American Free Trade Agreement ou tratado Norte-Americano de Livre Comércio), MERCOSUL e Tigres Asiáticos. Todos esses blocos hegemônicospartilham do mesmo objetivo: se fortalecerem economicamente. A divisão entre países desenvolvidos e subdesenvolvidos também se configura em estratégia de manutenção do capitalismo. Essa divisão separa os países com base em indicadores e índices sociais, como: taxa de mortalidade infantil, constastes na distribuição de indicadores demográficos e outros, que revelam uma intenção de separar espaços geográficos ao mesmo tempo em que promovem o fortalecimento para conquista de mercado no cenário mundial, fazendo dos blocos uma plataforma de integração entre as economias. 
A Globalização é o atual momento da expansão capitalista” e tem conseguido realmente deixar o mundo cada vez mais interligado, principalmente com a atualização da capacidade e agilidade de transmissão de informação promovida pela informática. 
Hoje, é possível fazer pela internet até mesmo sem sair de casa, desde a loja de esquina até e lojas do exterior. Basta ter um cartão de crédito. Após alguns dias, a mercadoria estará na porta da casa do consumidor. A globalização tem uma forte influência sobe o cotidiano das pessoas e que, certamente, a busca pelo lucro não tem fronteiras. 
A globalização é uma ferramenta do capitalismo que, ao mesmo tempo em que aproxima as pessoas com as inovações tecnológicas, também cria lacunas que separam sob a forma de concentração de renda à medida que não consegue romper com a produção socializada e a apropriação desigual. 
Na realidade, estes e outros fatos oriundos ao avanço da globalização denotam o quanto a população em geral vem sendo prejudicada por conta de um sistema cujo modo de produzir tem gerado injustiça social, desigualdade, problemas ambientais, entre outras sequelas.
A marginalização socioeconômica de certas populações desencadeia vários movimentos migratórios em que estas seguem em busca de trabalhos em territórios, por vezes internacionais. Em suas consequências sócias adversas, o modelo de desenvolvimento econômico que se firmou no mundo contemporâneo leva simultaneamente a extremos de progresso tecnológico e de bem-estar para setores limitados da sociedade e a extremos de privação, pobreza e marginalização social para outros setores da população. Na medida em que hoje o objetivo de desenvolvimento econômico é a própria economia, podemos defini-lo como um modelo de antidesenvolvimento: o desenvolvimento econômico descaracterizado e bloqueado nos problemas sociais graves que gera, mais do que legitimo do nos benefícios socialmente exíguos que cria e distribui.
A globalização, portanto, não é exatamente o que promete no sentido de e sim mais um resultado da metamorfose do capitalismo para atingir sua estratégia aproximação de acumulação. (MALVEZZI, 2015)
Capitalismo e Neoliberalismo
Capitalismo 
Capitalismo Comercial ou Pré-Capitalismo 
Este período estende-se do século XVI ao XVIII. Inicia-se com as Grandes Navegações e Expansões Marítimas Européias, fase em que a burguesia mercante começa a buscar riquezas em outras terras fora da Europa. 
Capitalismo Industrial 
No século XVIII, a Europa passa por uma mudança significativa no que se refere ao sistema de produção. A Revolução Industrial, iniciada na Inglaterra, fortalece o sistema capitalista e solidifica suas raízes na Europa e em outras regiões do mundo. 
Capitalismo Monopolista-Financeiro 
Iniciada no século XX, esta fase vai ter no sistema bancário, nas grandes corporações financeiras e no mercado globalizado as molas mestras de desenvolvimento. Podemos dizer que este período está em pleno funcionamento até os dias de hoje.
Neoliberalismo é uma redefinição do liberalismo clássico, influenciado pelas teorias econômicas neoclássicas e é entendido como um produto do liberalismo econômico clássico.
Neoliberalismo
O neoliberalismo pode ser uma corrente de pensamento e uma ideologia, ou seja, uma forma de ver e julgar o mundo social ou um movimento intelectual organizado, que realiza reuniões, conferências e congressos.
Esta teoria, que foi baseada no liberalismo, nasceu nos Estados Unidos da América e teve como alguns dos seus principais defensores Friedrich A. Hayeck e Milton Friedman.
Na política, neoliberalismo é um conjunto de ideias políticas e econômicas capitalistas que defende a não participação do estado na economia, onde deve haver total liberdade de comércio, para garantir o crescimento econômico e o desenvolvimento social de um país. Os autores neoliberalistas afirmam que o estado é o principal responsável por anomalias no funcionamento do mercado livre, porque o seu grande tamanho e atividade constrangem os agentes econômicos privados.
O neoliberalismo defende a pouca intervenção do governo no mercado de trabalho, a política de privatização de empresas estatais, a livre circulação de capitais internacionais e ênfase na globalização, a abertura da economia para a entrada de multinacionais, a adoção de medidas contra o protecionismo econômico, a diminuição dos impostos e tributos excessivos etc. Esta teoria econômica propunha a utilização de a implementação de políticas de oferta para aumentar a produtividade. Também indicavam uma forma essencial para melhorar a economia local e global era reduzir os preços e os salários.
2.1.1.1 As Várias Formas da Desigualdade
Na atualidade, com frequência nos deparamos com expressões e comportamentos que remetem as mais variadas formas de exclusão.
[...] Não há como se concretizar o direito à vida digna se o homem não for livre e tiver acesso ao direito fundamental ao trabalho também digno. Da mesma forma, não há possibilidade real do exercício do trabalho digno se não houver verdadeira preservação do direito fundamental a vida humana digna. (DELGADO, 2006, p. 207)
Sabe-se que a pobreza e as desigualdades sociais são frutos do que Marx chamava de exploração dos trabalhadores na sociedade capitalista por parte dos proprietários dos meios de produção. Ou seja, são as estruturas exploradoras de poder. O que significa a presença de alguém lucrando em cima da pobreza.
Pudemos verificar as transformações ocorridas na sociedade com o surgimento do capitalismo. As vidas das pessoas foram alteradas consideravelmente e com isso ocorre um processo de separação sociedade, no qual os homens ficam divididos entre os que têm e os que não têm. Essas transformações vão gradativamente ampliando o seu poder hegemônico, alterando consideravelmente toda uma forma de enxergar o mundo. As evoluções tecnológicas permitem avanços na sociedade, entretanto da mesma forma que liberta o homem também o escraviza. (MALVEZZI, 2015)
Para Karl Marx, a desigualdade social era um fenômeno causado pela divisão de classes e por terem, nessas divisões, classes dominantes, estas se utilizavam da miséria gerada pela desigualdade social como instrumento de manter o domínio estabelecido sobre as classes dominadas, numa espécie de ciclo.
 A Desigualdade de Renda
Antigamente a pobreza era encarada como um evento natural e a pobreza era vista como um problema de caráter e o indivíduo que apresentava algum tipo de insatisfação em relação a isso deveria ser tratado para um ajustamento da sociedade, que era tida como perfeita. Era o indivíduo que tinha que se adaptar a ela.
A riqueza produzida no Brasil é imensa, o Brasil é um dos grandes exportadores de grãos do mundo.
Segundo o Ministério das Relações Exteriores, o Brasil passou a ocupar o 6º lugar na economia mundial. É o terceiro maior produtor de frutas e o segundo produtor em alimentos orgânicos. É um dos maiores produtores de alimento do mundo. Possui também os grandes depósitos de minério como manganês, estanho e ouro. Ocupa o 17º lugar no ranking mundial de reservas de petróleo e aparece entre os maiores produtores do planeta. Aliada a toda essa produção, possui um sistema de comunicação moderno e eficiente.
Assim observamos que é um país extremamente rico, só que essa riqueza e mal distribuída. (MALVEZZI, 2015)
A desigualdade de renda continua sendo muito alta no Brasil. Na média, os 10%mais ricos ganham 40 vezes mais que os 10% mais pobres. Essa diferença ainda é muito alta se compararmos com outros países.
É fato que a medida de desigualdade está diminuindo de forma constante, nos últimos 10 ou 15 anos, no Brasil. Nos anos 90, para se ter uma ideia, os ricos ganhavam até 70 vezes mais que os menos favorecidos.  A redução na desigualdade se deu por diferentes motivos, entre eles o Bolsa Família. O programa, que veio para apoiar famílias brasileiras extremamente pobres, aumentou efetivamente a renda dos mais necessitados e contribuiu muito na diminuição da desigualdade. Além disso, aumentou a frequência escolar nas famílias mais pobres.
Pais rico x escassez de recursos: uma contradição a ser desvelada.
Então para avaliar a importância da escassez de recursos na determinação da pobreza no pais, vamos analisá-la sob duas perspectivas:
Baseada numa comparação do Brasil com outros países.
Uma análise da composição da renda média do país, a pobreza relativa e a riqueza relativa.
Iniciando a discussão, ao compararmos o Brasil com os outros países do mundo, nos permite verificar se o grau de pobreza no Brasil é mais elevado do que em países com renda per capita similar. 
Assim, podemos dividir o grau de pobreza em duas grandezas:
A baixa renda per capita brasileira;
O elevado grau de desigualdade na distribuição de recursos existente no Brasil.
A primeira grandeza, dada pelo grau de pobreza médio dos países com renda similar à brasileira, está associada ao baixo valor da renda per capita em relação aos países mais ricos no mundo. A segunda grandeza resulta da diferença entre o grau de pobreza brasileiro e os demais países com renda similar à brasileira.
Para essa análise é importante ponderar sobre a posição que o Brasil ocupa no ranking mundial. É observando que 64% dos países do mundo tem renda per capita inferior do que a do Brasil. Alguns países populosos encontram-se abaixo do Brasil nessa estrutura de distribuição de renda, observamos que 77% da população mundial vive em países com renda menor à brasileira.
Dessa forma, podemos observar que essa distribuição de renda mundial, como relata o Relatório Mundial de Desenvolvimento Humano de 1999, revela que, apesar de o Brasil ser um país com alto índice de pobres, a sua população não está entre as mais pobres do mundo. A comparação internacional quanto à rende per capita direciona o Brasil entre o terço mais rico do mundo, assim não podemos considera-lo um pais pobre.
O grau de pobreza no Brasil é superior à média dos países com renda per capita similar a brasileira. No Brasil 30% representa a fatia pobre, enquanto outros países que possui renda similar à nossa, esse valor corresponde a 10%.
De acordo com o PNAD de 1999 (SÍNTESE...,2010), a renda familiar per capita e o PIB per capita representam hoje valores cinco vezes superiores a linha da indigência e quatro vezes a linha da pobreza. Isso significa que não existe escassez de recursos na medida em que uma distribuição equitativa dos recursos existentes seria muito mais que suficiente para acabar com a pobreza do Brasil.
Obviamente, temos que refletir sobre um Estado ideal e não real. Indivíduos economicamente iguais, idênticos em relação à renda, se mostra impossível numa sociedade capitalista que é marcada pela desigualdade. (MALVEZZI, 2015)
Desigualdade educacional
				[...] Estes direitos são uma via, um método a ser desenvolvido por toda a humanidade em direção à realização da dignidade humana, fim de todos os governos e povos. Assegurado o respeito à pessoa humana, assegura-se, por conseguinte, sua existência digna, capaz de propiciar-lhe o desenvolvimento de sua personalidade e de seus potenciais, para que possa alcançar o sentido da sua própria existência. Isso significa conferir liberdade no desenvolvimento da própria personalidade. (JAYME, 2005, p. 2)
A educação é um direito humano e é essencial para a aquisição e exercício de todos os outros direitos. A construção de uma educação que reconheça a diversidade de suas dimensões e níveis de segmentos que compõem a sociedade brasileira, demanda estratégias políticas que vivem suas necessidades especificas de aprendizagem para que estas sejam atendidas de forma efetiva.
É preciso garantir mais do que o acesso á escola. São necessários avanços para a expansão do ensino, seguindo padrões de qualidade adequados para as diferentes populações no Brasil, sabendo-se que esses avanços devem ser construtivos para o estudante e para a sociedade.
A escolarização é um fator capaz de desenvolver nos indivíduos suas capacidades ao permitir o “pleno desenvolvimento da pessoa, seu preparo para a cidadania e sua qualificação para o trabalho” como previsto na constituição de 1988. Estudos do IBGE apontam que o Brasil obteve um crescimento substancial em relação ao acesso á escola, nas últimas décadas, especialmente no que se refere a educação infantil. Em 1999 a taxa de escolarização era de 23,3%, contudo, houve um crescimento para 38,1% em 2009. Lembrando-se que a partir de 2009 as crianças de seis anos foram incorporadas á faixa de ensino obrigatória, que antes compreendia de sete a quatorze anos de idade.
Essas mudanças podem ser observadas no aumento da frequência escolar nos três níveis de ensino, decréscimo atual gradual da taxa de analfabetismo (verificando que houve uma redução de 1999 para 2009, entre as pessoas de até 39 anos de idade) e, índices de qualidade de conhecimento adquirido nos ensinos fundamental e médio, no qual se atingiram medias melhores.
Apesar dos avanços na educação brasileira, ainda há muito o que melhorar, ainda presenciamos uma realidade desigual no âmbito social e econômico da nossa sociedade. Observa-se o descaso do poder público.
As consequências imediatas da crise econômica atingem diretamente as crianças, tendo seus direitos fundamentais violados. O trabalho infantil prejudica o desenvolvimento escolar, reduzindo em aproximadamente 17,2% a aprovação e aumentando em 22,6% a evasão escolar, segundo dados do programa Internacional para a Eliminação do Trabalho Infantil (IPEC sigla em inglês) É fundamental o planejamento e implantações de políticas públicas que voltem o olhar para os grupos sociais mais carentes de recursos necessários para a sua existência, grupos estes que sobrevivem com a pobreza, pois sem este olhar, é praticamente impossível a existência de uma sociedade mais justa para todos, sem distinção de pessoas.
Desigualdade racial
O Brasil é um país de uma mistura muito grande de raças, religiões e etnias. A discriminação racial, por sua vez, é um tema alvo de muitos debates, e que em pleno século XXI, constitui uma preocupante realidade, vivenciada por milhões de pessoas. Constata-se, historicamente, que os negros e índios sofreram explorações de toda sorte, foram mais de 11 milhões de escravos trazidos a América do século XVI até a metade do século XX (época da interrupção do tráfico negreiro), sendo que a sociedade da época usava da mão de obra escrava para o trabalho, com vista na obtenção do lucro para gerar suas riquezas. No século XIX já havia movimentos que defendiam o fim da escravidão. A partir da década de 1850 o movimento abolicionista no Brasil começou a ter maior visibilidade.
No Brasil, a história de conflitos envolveu muito mais do que a formação de classe sociais distintas por sua condição material. A história brasileira ficou marcada pela questão do racismo e, mais que uma simples herança do passado, essa questão racial ainda é vivida em nossa realidade atual. O conceito de raça é inconsistente, já que não é uma teoria científica, mas um conjunto de opiniões preconceituosas que desvalorizam as diferenças biológicas entre os seres humanos, sendo que alguns acreditam usufruir de uma raça superior a outra de acordo com sua matriz racial.
O racismo é uma questão histórica que apesar de possuir todos os aspectos da sociedade burguesa, está ligado a determinações do modo de produção capitalista. O brasil possui uma grande populaçãocomposta por negros e pardos. A Constituição de 1988 propôs um Estado democrático pluralista, multicultural, sem discriminação de gênero e racial. 
Porém, não é isso que se observa, por isso, conjuntos de medidas especiais e temporárias foram propostas por iniciativa privada pelo Estado brasileiro. Essas ações recebem o nome de Políticas sociais afirmativas.
Em outras palavras, as ações afirmativas são políticas de correção de desigualdade e de efetivação de direitos. Pode-se afirmar que estas políticas são voltadas para o apoio e promoção dos grupos sociais marginalizados e excluídos. Dentre os quais, estão as mulheres, jovens, deficientes e negros. As questões das desigualdades tão comum na nossa sociedade, não podem ser resolvidas de uma hora para a outra como se dependessem apenas de equações matemáticas, é preciso saber que este é um problema histórico decorrente do sistema econômico capitalista no qual estamos inseridos. É fundamental o acesso a uma educação de qualidade que atenda a realidade vivida pelas envolvidas. 
A educação não pode ser vista apenas como um caminho para a formação de mão de obra para o mercado de trabalho, mas sim, essencialmente, como formação da cidadania plena com seus direitos e deveres.
Desigualdade de gênero
 
O direito ao voto feminino que foi concedido no dia 24 de fevereiro de 1932 se configura numa das vitorias conquistadas pelas mulheres no século XX, pois depois de muitos anos de reivindicações e discussões, o direito de votar e serem eleitas para cargos no executivo e legislativo foi conquistado, entretanto, não conseguem ultrapassar a faixa de 10% de deputadas federais. 
O Brasil é o maior país da América Latina, que passou por uma grande mudança na sua estrutura econômica, evoluindo de uma economia primário-exportadora, para uma economia urbana, sendo construída por uma base de serviços e produção industrial. Esse novo modelo de economia e vida econômica reforçou as transformações sociais, que obteve uma transição de uma sociedade patriarcal para pós-patriarcal, vivenciada por mudanças significativas nas relações de gênero, sendo que as mulheres conquistaram mais autonomia e socialização.
A partir da Constituição de 1988, foi consagrada igualdade entre os gêneros como direito fundamental. Houve a confirmação de que as mulheres também poderiam usufruir dos mesmos direitos e deveres referentes à sociedade conjugal. Contudo, as mulheres ainda são vítimas da segregação e do preconceito.
CONCLUSÃO
Dessa forma, vemos que nos dias de hoje o capitalismo não acabou, está incorporado no sistema e mais forte do que nunca, apenas diferencia-se por não ser o mesmo modelo observado e praticado como nas épocas dos impérios e da revolução industrial, esse sistema apenas mudou, evoluiu ao passo que o mundo também não é mais o mesmo.
Assim, observamos que a globalização é consequência do capitalismo pois as grandes empresas se instalam onde o custo do produto é menor podendo até se mudar de acordo com o que lhes for mais lucrativo, montando também filiais em outros países tornando-se grandes multinacionais.
Esse sistema atual traz consigo aspectos positivos e negativos que variam de acordo com a realidade de cada país, esse grupo de indivíduos, “neoliberalismo” seguem apenas seus próprios interesses formando estruturas comunais por um capitalismo de mercado.
Avaliando, esta não conhece a dignidade da pessoa e busca concomitante o aumento de produção e o lucro do produto nacional, impedindo assim a ação do estado, o que leva a graves e permanentes desigualdades e injustiça, estas desigualdades que trazem tanto mal a nossa sociedade são causadas diretamente pela forma de demasia no crescimento econômico e em sua má distribuição, ou seja praticamente toda riqueza na mão de uma minoria, causando as diversas formas de desigualdades que assolam nosso país atualmente, sejam elas de caráter cultural, social ou moral.
“A desvalorização do mundo humano aumenta em proporção direta com a valorização do mundo das coisas”. 
Kal Marx
REFERÊNCIAS
MALVEZZI, Rosane Aparecida Belieiro. Acumulação Capitalista e Desigualdade Social. 2ª. Londrina: Editora e Distribuidora Educacional S. A., 2015.
https://br.answers.yahoo.com/question/index?qid=20120813094546AAXTEBr
http://www.significados.com.br/neoliberalismo/
http://desigualdade-social.info/contexto-historico.html
http://www.insper.edu.br/blogdocpp/desigualdade-de-renda-no-brasil-e-preciso-fazer-mais-naercio-meneze/
http://raismo-no-brasil.info/discriminacao-racial.html 
Sistema de Ensino Presencial Conectado
SERVIÇO SOCIAL
AINOÂN GOMES DE ARAUJO FARIAS
AGUEDA PATRÍCIA ALVES DE OLIVEIRA
MARIA LUANA PEREIRA DA SILVA
MARIA ROSICLEIDE BEZERRA DE ARAUJO
VALERIA VIANA DA SILVA
CAPITALISMO E GLOBALIZAçÂO
Garanhuns
2016
AINOâN GOMES DE ARAUJO FARIAS
AGUEDA PATRÍCIA ALVES DE OLIVEIRA
MARIA LUANA PEREIRA DA SILVA
MARIA ROSICLEIDE BEZERRA DE ARAUJO
VALERIA VIANA DA SILVA
CAPITALISMO E GLOBALIZAçÃO
Trabalho de Serviço Social apresentado à Universidade Norte do Paraná - UNOPAR, como requisito parcial para a obtenção de média bimestral na disciplina de Acumulação Capitalista e Desigualdade Social.
Orientador: Prof. Lariza Pollyana Morais Ferreira
Garanhuns
2016

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