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Questionário sobre metrologia Introdução 1- Com a adoção da lei 5966 de 12 de dezembro de 1973 foi criado o SINMETRO (Sistema Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial), um órgão que tinha por objetivo associar a metrologia ao projeto de política industrial e tecnológica do Estado brasileiro. Qual era a missão do SINMETRO após a sua criação? Quais foram os outros dois órgãos criados por essa legislação? Resposta: A missão do SINMETRO era a de formular e executar a política nacional de metrologia, qualidade e normalização. Essa mesma lei criou outros dois órgãos, um normativo e outro executivo, quais sejam o CONMETRO – Conselho Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial e o INMETRO – Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial, ambos compõem o SINMETRO. 2- Caracterize o cenário nacional após a legislação de 1973? Resposta: A partir da legislação de 1973 inicia-se a implementação de um modelo de fomento autárquico e centralizador, marcado por fortes investimentos governamentais em infra-estrutura e formação de recursos humanos, em 1980 passa-se por um momento de dificuldades e de redefinições e na década de 1990 prossegue com a adaptação das políticas governamentais à abertura comercial e às novas demandas do consumidor. Normalização e qualidade 3- Segundo o autor o estabelecimento da normalização como uma linguagem comum para a sociedade é um processo complexo e envolve vários aspectos da vida econômica. Cite 4 desses aspectos. Resposta: Fixação de condições para cálculos ou projetos; Condições básicas para aceitação ou recebimento de matérias-primas; Método de ensaio; Padronização e uniformização de características de elementos de construção. 4- O que favoreceu a rápida padronização dos produtos e serviços nos países industrializados? Resposta: A uniformização de pesos e medidas alcançada no fim do século XIX e do impacto continuado da tecnologia sobre o processo produtivo. Também teve importância a participação ativa do Estado na elaboração de normas compulsórias para produtos e atividades que envolviam riscos para o cidadão ou consumidor. 5- De acordo com o autor pode-se dizer que o processo de normatização entre os principais países industrializados se deu de maneira igual? Resposta: Não, o processo de normatização se deu de maneira diversificada, e era determinada pelas relações estabelecidas entre o Estado (país) e a indústria e pelo papel que o Estado iria assumir na defesa do consumidor e do cidadão em cada situação nacional (em cada país). 6- Explique como se deu o processo de normatização em cada um dos países abaixo: a) Estados Unidos. Resposta: A normalização nos EUA é provida de maneira voluntária pela American National Standards Institute (ANSI) que administra e coordena o sistema de normalização voluntária dos Estados Unidos desde 1918. A ANSI é uma organização privada, sediada em Nova York, sustentada exclusivamente pelos 1400 sócios, provenientes da esfera pública e privada. b) Inglaterra Resposta: As associações profissionais e industriais tiveram papel dominante no estabelecimento e implementação da normalização, o que contribuiu para a existência de vários conjuntos de normas, patrocinadas e organizadas por várias entidades. c) Alemanha Resposta: Na Alemanha foi criada a Deutsch Institut fur Normung (DIN), uma organização privada e centralizada que consolidou e difundiram as normas, a DIN é responsável por articular interesses da indústria, comércio e organizações técnico-científicas e de consumidores para produção de normas técnicas voluntárias. d) França Resposta: Na França o processo ficou centrado nas mãos do Estado. Em 1901 é criada a Association Française de Normalisation (AFNOR), uma instituição privada responsável pela padronização das normas, é o membro francês da ISSO. Em 1918 o governo cria a Comissão Permanente de Padronização um órgão ligado ao Ministério do Comércio e Indústria, esse órgão seria extinto em 1930 quando o governo decide criar o Comitê Superior de Normalização que ficaria responsável pelas decisões da AFNOR, bem como iria arbitrar os conflitos entre os órgãos de normalização. Por meio de uma instrução ministério tomada em 23 de maio de 1930 a AFNOR passa a centralizar todas as atividades que se relacionassem à normalização na França. A partir de 1938 a participação do Estado na normalização iria ampliar com a promulgação de um decreto-lei que fixava as condições para financiamento oficial dos organismos de normalização e dos mecanismos de supervisão pública sobre sua atuação. Um novo decreto sancionado em janeiro de 1939, instituía a Comissão de Controle dos Trabalhos de Normalização que tinham por função entrar em cena quando os Bureaux de Normalisation não funcionassem e a normalização do setor em questão interessasse diretamente ao Estado, nesse caso uma comissão técnica da AFNOR subordinada a Comissão entraria em funcionamento. e) Brasil Resposta: No Brasil, apenas no final da década de 30 as atividades de normalização mereceriam a atenção das autoridades brasileiras, sendo incorporadas, em parte, à legislação adotada em 1938. Desta nova percepção, viriam a nascer os esforços para a padronização das compras governamentais e a própria criação da Associação Brasileira de Normas Técnicas/ABNT, em 1940. 7- Qual foi a primeira experiência de implantação de um sistema internacional de normalização? Resposta: Foi com o setor elétrico que surgiram as primeiras iniciativas para a implantação de um sistema internacional de normalização com o estabelecimento em Londres da International Eletrotechical Comission – IEC, uma organização que ficaria responsável pela normalização do campo da indústria de eletricidade. A partir daí, em 1926 cria-se a International Federation of the Standardization Associations – ISA, com o propósito de promover o intercâmbio internacional de informações para todos os campos da normalização, entretanto, a sua existência durou pouco, sendo posteriormente encerrada em virtude de pressões políticas. 8- Segundo o autor foi somente durante a Segundo Guerra Mundial que se lançaram as bases para a normalização internacional como parte do esforço de uniformização de equipamentos militares e suprimentos. Cite as duas primeiras instituições que surgiram desse processo? Resposta: A primeira instituição internacional de normatização foi a United Nations Standards Coordinating Committe – UNSCC e a segunda foi a International Organization for Standadization – ISO, ambas as instituições visavam facilitar a coordenação internacional e harmonizar as normas industriais. Com a criação da ISO, a IEC passou a ser a sua divisão de eletricidade. 9- Quando iniciou as primeiras idéias de normalização no Brasil? Resposta: No final da década de 30, sendo incorporadas, em parte, à legislação adotada em 1938. A partir daí nasceram os esforços para a padronização das compras governamentais e a própria criação da ABNT. 10- Cite os motivos que dificultaram a consolidação da normalização no Brasil entre os períodos do fim do Estado Novo e o inicio da década de 50? Resposta: A administração pública ainda era muito dependente do clientelismo (subsistema de relação política, com uma pessoa recebendo de outra proteção em troca do apoio político), não havia espaço para a elaboração e implementação de regulamentos técnicos pelo governo, a economia nacional era fechada, voltada para a substituição das importações, as empresas brasileiras não tinham interesse nos possíveis retornos da implantaçãodo processo de normalização, as maiores empresas do país (estatais e multinacionais) tendiam a importar as normas técnicas juntamente com a tecnologia o que dificultava a criação de uma normalização nacional. 11- Qual era a situação da ABNT antes da promulgação da lei 5966, de 12 de dezembro de 1973? Resposta: Contava com apenas 19 comitês em funcionamento, 135 comissões e subcomissões de estudo, entre 1940 e 1971 foram registradas apenas 545 normas técnicas definitivas, 750 em estágio experimental, as comissões técnicas mantinham baixo nível de atividades. 12- Porque a maior parte das empresas nacionais ainda era resistente a implantação das normas da ABNT antes da promulgação da lei 5966? Resposta: O principal motivo provinha do próprio tamanho das empresas, em grande maioria de pequeno porte, elas não exigiam dos fornecedores a adoção destas regras de normalização, bem como inexistia estrutura física para supervisionar essa prática. As indústrias também não dispunham de recursos humanos e financeiros para participar das atividades da ABNT, o que as deixavam sem entendimento das vantagens que poderiam ter com a normalização, assim como temiam que seus produtos ficassem mais caros se implantassem as decisões da associação. Portanto, sem apoio do governo e da iniciativa privada, a ABNT teve grandes dificuldades de se consolidar no país. 13- Qual é o objetivo comum que se busca com a implantação das técnicas da qualidade? Resposta: Estabelecer controles estatísticos e de mecanismos cooperativos na gestão da produção, com o propósito de eliminar desperdícios de fatores (tempo, recursos humanos, materiais-primas, energia) e aumentar a qualidade dos produtos. 14- Quando e onde se deu a primeira aplicação direta das técnicas da qualidade? Resposta: Se deu logo após o fim da Segunda Guerra Mundial em 1945, quando os consultores norte-americanos implantaram experimentos gerenciais na reestruturação da indústria japonesa devastada pela guerra. 15- As técnicas da qualidade quebraram os parâmetros estabelecidos pelo modelo fordista de administração da produção. Explique de que forma essas novas técnicas se diferenciavam das aplicadas no modelo fordista? Resposta: As técnicas da qualidade ao contrário do modelo fordista exigiam um maior envolvimento do trabalhador com o processo de produção; uso intensivo da tecnologia (computadores, controle numérico, robotização, gerenciamento de banco de dados, entre outras); transformação das relações estabelecidas com fornecedores e consumidores. 16- Exponha de acordo com o autor os benefícios da implantação das técnicas da qualidade implantadas em detrimento do modelo fordista? Resposta: Com a implantação dessas técnicas se tinha uma diminuição das linhas de produção; aumento da capacidade gerencial da detecção de problemas e defeitos; rapidez na resolução dos problemas detectados; grande quantidade de informação relacionada a produção o que possibilitava o constante aperfeiçoamento dos processos de produção. 17- A implantação das técnicas da qualidade na economia do Japão através dos EUA mostrou relevância por meio da grande aceitação dos produtos japoneses no mercado norte- americano ao longo dos anos 60. Quais foram às conseqüências nos âmbitos nacionais e internacionais para a administração da produção diante dos resultados alcançados pelo Japão em decorrência da implantação dessas técnicas? Resposta: Ocorreu uma rápida difusão das técnicas de controle da qualidade tanto nos EUA quanto na Europa, bem como mudanças na forma de produção industrial, todos os setores econômicos desde varejo até as compras dos governos passaram a exigir a obediência tanto das normas quanto aos procedimentos e requisitos da qualidade. Consultores individuais deram lugar a firmas de consultoria, assim como o surgimento de entidades nacionais e internacionais de certificação que atestavam se as fabricas e outras instituições econômicas estavam realmente empregando corretamente os procedimentos relativos à qualidade. Em menos de uma década, a utilização dos conceitos e técnicas da qualidade transformou-se em elemento decisivo na competição comercial internacional e na própria organização da atividade industrial, bem como conferiram nova relevância à exatidão das medidas, crucial para a redução do desperdício no processo de produção, e ao apuro das normas técnicas, necessárias para a padronização de insumos e equipamentos. 18- Segundo o autor, quais foram as duas primeiras iniciativas no Brasil que utilizaram as técnicas de controle da qualidade? Porque elas foram às únicas exceções na época? Cite a primeira organização vinculada à qualidade que surgiu nesse contexto. Resposta: A indústria aeronáutica e nuclear foram as duas únicas iniciativas brasileiras que utilizavam as técnicas da qualidade até o inicio dos anos 70 (auge do período militar), o principal motivo para o seu desenvolvimento era de caráter militar e estratégico. O Centro Tecnológico da Aeronáutica/CTA e a Empresa Brasileira de Aeronáutica/EMBRAER empregavam as técnicas de qualidade como requisito básico para a aceitação dos aviões produzidos no Brasil pelo mercado americano. Já a Indústria Nuclear teve a adoção dessas técnicas em virtude de já estarem embutido no pacote tecnológico importado da Alemanha. Nesse contexto viria a surgir a primeira organização brasileira vinculada à qualidade, o Instituto Brasileiro de Qualidade Nuclear/IBQN. O Sinmetro no Governo Geisel (1974 – 1979) 19- Quando foi criado o Edifício Central do Laboratório Nacional de Metrologia? Quem assumiu os trabalhos deste instituto? Resposta: Foi criado em 24 de fevereiro de 1974, sendo comandado por José Walter Bautista Vidal. 20- Cite as ações de José Walter Bautista Vidal no campo do desenvolvimento tecnológico? Resposta: Vidal chegou a assumir o comando da Secretaria de Tecnologia Industrial/STI e passou a defender a absorção da tecnologia trazida pelas multinacionais para o desenvolvimento econômico bem como a necessidade de ações estatais afirmativas para o setor de tecnologia. No Ministério do Planejamento, participou da criação do Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico/FNDCT e do II Plano Básico de Desenvolvimento Científico e Tecnológico/PBDCT. Sem apoio da esfera privada para pôr o SINMETRO em funcionamento, passa a centralizar a nova legislação da metrologia, dando maior importância às agencias do governo. 21- Segundo José Walter Bautista Vidal, que assumiu a STI, quais eram os três esforços que a nova secretaria deveria cumprir? Resposta: O primeiro esforço era unir as entidades compostas por INT, INPI e INPM por meio de um único sistema, dando assim um novo status a esses órgãos no Ministério da Indústria e Comércio; o segundo esforço era criar programas concretos de intervenção no processo de aquisição de tecnologia, seja através da própria STI na análise dos projetos apresentados ao Conselho de Desenvolvimento Industrial/CDI, seja através de contato direto com as empresas estatais; o terceiro esforço era financiar diretamente a capacitação dos laboratórios de pesquisa tecnológica tanto pública quanto privada. 22- Porque no governo Geisel houve maior investimento no campo da metrologia? Resposta: Na época do governo militar de Geisel estava ocorrendo à chamada Crise do Petróleo onde os preços ficaram muito altos e o Brasil era um grande importador desse recurso o que contribuiu para o aumento da inflação e a redução da balança comercial do país. Com o intuito de aumentar o peso dos produtos manufaturados importados peloBrasil o governo decidiu investir nos chamados bens de capital, entretanto, a conjuntura internacional exigia na abertura de novos campos de exportação de manufaturados, produtos com maior complexidade tecnológica, foi esse quadro que conduziu a um expressivo acréscimo da demanda de tecnologia por parte do parque industrial brasileiro, o que repercutiu no nível de recursos destinados à metrologia. 23- Em 1976 quais eram os três eixos que se buscavam atingir no tocante a tecnologia? Resposta: A consolidação da infra-estrutura tecnológica industrial; o apoio à empresa nacional e ao desenvolvimento tecnológico dos setores industriais prioritários; e a promoção do uso conveniente dos recursos naturais do país, em particular dos seus recursos minerais. 24- Além dos três eixos que o II PBDCT buscava alcançar, quais eram as outras metas que se pretendiam realizar no tocante ao desenvolvimento da tecnologia na gestão Geisel? Resposta: Previa-se o fortalecimento da engenharia de projetos no Brasil; a seleção e assimilação da tecnologia importada; o estímulo à implantação de centros de pesquisa nas empresas nacionais de maior porte; a capacitação na área dos insumos básicos e de produção de fármacos, entre outros. 25- Cite as ações que estavam ao cargo da SIT? Resposta: Oferecer auxílio nas atividades vinculadas à prestação de serviços industriais nas áreas de metrologia e qualidade industrial; de informações tecnológicas; de treinamento de pessoal, de normalização e padronização e de propriedade industrial. 26- Quais eram os projetos prioritários definidos pelo governo Geisel na área da metrologia? Resposta: Padronização industrial, considerado vital para a expansão das exportações, e o projeto de criação de capacidade na área de inspeção e certificação da qualidade industrial. 27- No âmbito de atuação do SINMETRO quais eram os projetos a serem implementados e que já haviam sido formulados pelo Instituto Nacional de Pesos e Medidas/INPM desde 1971? Resposta: Com relação ao treinamento de pessoal destinado ao Sistema Nacional de Metrologia este seria conduzido com o apoio do PNUD - Unido, da Coordenação de Pós-Graduação em Engenharia da UFRJ, da UNICAMP e do Centro Tecnológico da Aeronáutica; com relação à construção do Laboratório Nacional de Metrologia este contaria com a assistência do PNUD – Unido e com a colaboração técnica e financeira do governo da República Federal da Alemanha; o restante do subsistema de Metrologia Industrial deveria ser instalado através da articulação com laboratórios no exterior e as atividades de normalização deveriam adquirir novo ritmo com a reestruturação da ABNT. 28- Quais segmentos da indústria estavam incluídos nos projetos específicos de normalização? Resposta: Os projetos específicos envolviam os segmentos da siderurgia, construção naval (sobretudo equipamentos); indústria têxtil (implantação de um sistema de laboratórios visando a fiscalização do emprego de fibras e filamentos em produtos têxteis); condutores elétricos; máquinas-ferramenta fabricadas para a exportação; tintas; fio de algodão; manuais de embalagens primárias para produtos de exportação, containeres para a exportação e até mesmo ônibus urbanos. 29- A lei 5966 deu origem também ao CONMETRO. Quais eram as determinações atribuídas a este órgão de acordo com a referida lei? Resposta: Ela determinava que o conselho criasse mecanismo de consulta que harmonizassem os interesses públicos, das empresas industriais e do consumidor. Para isso, poderia autorizar o credenciamento, pelo INMETRO, de entidades públicas e privadas, para a execução de atividades de sua competência, com exceção das atribuições relacionadas à metrologia legal. 30- Embora tivesse se instalado em 1974, o CONMETRO só iniciou suas atividades em 1975. No conjunto das resoluções aprovadas entre outubro e dezembro, excetuando-se algumas medidas de caráter mais específico, maior parte estava voltada para o seu detalhamento. Cite quais foram essas resoluções e o que previam. Resposta: Resolução 11/75 – firmou a definição de regulamento técnico; Resolução 12/75 – estabelece o INMETRO como fórum para a harmonização dos interesses do governo na normalização de áreas específicas e sua atuação; Resolução 3/75 – definiam como norma brasileira apenas aquelas registradas pelo INMETRO; Resolução 8/75 – fixou critérios para a criação de normas; Resolução 7/75 – identificaram a ABNT como órgão do SINMETRO com a responsabilidade pela elaboração das normas voluntárias; Resolução 6/75 – aprovava o sistema de classificação das normas brasileiras. 31- De acordo com as determinações do CONMETRO que órgão ficou encarregado temporariamente pelas atribuições do INMETRO? Resposta: O Conselho determinou que até que fosse criado o Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial/INMETRO, o Instituto Nacional de Pesos e Medidas/INPM, ficava credenciado como organismo nacional de certificação de qualidade, como órgão executivo do SINMETRO e como responsável pela classificação e registro das normas brasileiras. Para este fim, também criou e regulamentou as suas próprias câmaras setoriais. 32- As resoluções estipuladas pelo CONMETRO também definiu as normas de metrologia nacional. Quantas normas foram criadas? Liste cada uma delas e sua natureza. Resposta: Foram criadas 4 normas; A NBR 1 – eram normas compulsórias, tinham seu uso obrigatório em todo o país, compreendendo aquelas atividades e assuntos cuja regulamentação eram julgados pelo Estado como necessários à defesa do cidadão; NBR 2 – eram as normas referendadas, tinha uso compulsório, mas apenas pelo poder público ou serviços concedidos; NBR 3 – eram as normas registradas também conhecidas como normas voluntárias, elaboradas sob a coordenação da ABNT e registradas pelo INMETRO; NRB 4 – eram as norma probatórias, em fase de experimentação e de vigência limitada, mas que também dependiam de registro pelo INMETRO. 33- Sabe-se que a preocupação com a normalização só se deu em 1976. Quais foram às resoluções aprovadas pelo CONMETRO neste período e o que prediz cada uma? Resposta: Foram 4 as resoluções; A Resolução 3/76 – aprovou as diretrizes para preparo e apresentação das normas brasileiras; Resoluções 4/76 e 5/76 – definiam como normas brasileiras aquelas classificadas pelo INMETRO como NBR 3 e NBR 4 e determinavam os prazos para adequação das normas já existentes aos novos critérios; Resolução 6/76 – fixava o sistema de numeração para as normas. 34- Em 1978 o CONMETRO aprovava mais duas outras normas compulsórias a NBR 5929 e a NBR 5930. O que prediz cada uma? Qual o papel do CTA quanto a NBR 5929? Resposta: A NBR 5929 estava relacionada ao emprego de motores movidos a álcool bem como autorizava a STI a baixar regulamentos técnicas sobre a segurança e outros dispositivos técnicos a cerca do emprego desses motores bem como credenciava o CTA como laboratório de ensaios para a certificação de conformidade à nova norma. A NBR 5930 baixava instruções sobre os cuidados e o procedimento técnico no transporte ferroviário de explosivos. 35- Cite de acordo com o autor dois pontos que ainda atrapalhavam a estratégia de autonomia tecnológica do Brasil? Resposta: O primeiro ponto era a resistência das instâncias decisórias das empresas estatais em colaborar num real esforço de coordenação das compras de tecnologia. O segundo eram as dificuldades específicas da organização do setor público, tornando impossível, por exemplo, a equiparação funcional dos órgãos do Ministério do Comércio e Indústria/MIC com as outras agências técnicas do governo. Sem condições de oferecerremuneração adequada à mão-de- obra especializada que pretendia empregar, o conjunto de organismos do MIC teve de valer-se de expedientes e jamais teve condições de atrair a comunidade cientifica para seus quadros e programas. O Inmetro como realidade administrativa 36- Segundo o autor qual foi o evento mais importante dos primeiros anos de funcionamento do INMETRO? Resposta: Foi à inauguração dos vários componentes do Laboratório Nacional de Metrologia, no campus de Xerém. 37- De acordo com o autor quais os benefícios para a metrologia científica e industrial da instalação do Laboratório Nacional de Metrologia no campus do Xerém? E com relação a metrologia legal? Resposta: Com essa infraestrutura, a Diretoria de Metrologia Científica e Industrial passou a oferecer uma variada gama de serviços de calibração de instrumentos e criou as condições para a condução de um real programa de pesquisa metrológica no Brasil. A atividade de metrologia legal, por sua vez, adquiriu novo impulso com a decisão de restabelecer, sob o formato de convênio, a antiga delegação. O sinal mais claro desta nova fase foi à expansão da Rede Nacional de Metrologia Legal, com a criação, ao longo da década de 80, de oito novos institutos de pesos e medidas nos estados.
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