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CIDADE UNIVERSITÁRIA Engenharia de Bioprocessos e Biotecnologia Física Geral e Experimental II Transformadores Bruna Carolina Nucci Gabriela Sanches Rafaela Veruska Alves dos Santos Thaís Jardim Prof. Me. Emerson F. Gomes Sorocaba/SP 2014 1. Introdução Teórica “Pode-se definir transformador de tensão como um dispositivo eletromagnético, constituído por enrolamentos em núcleos de material ferromagnético, que interconecta dois níveis de tensão em um circuito elétrico. Os transformadores podem ser monofásicos ou trifásicos, dependendo do tipo de circuito onde estão conectados. Um transformador monofásico é constituído por dois enrolamentos (bobinas) instalados em um mesmo núcleo de material ferromagnético. Um dos enrolamentos é chamado primário e o outro chamado secundário, sendo que cada um deles pode ter um número de espiras diferente.” (UTFPR) “Os primeiros sistemas comerciais de fornecimento de energia elétrica foram construídos basicamente para alimentar circuitos de iluminação, e funcionavam com corrente contínua. Como as tensões de fornecimento eram baixas (da ordem de 120 V), altas correntes eram necessárias para suprir grandes quantidades de potência e, portanto, as perdas de potência ativa na transmissão (proporcionais ao quadrado da corrente), bem como as quedas de tensão, eram muito grandes. Assim, a tendência foi a de se construir pequenas centrais de geração distribuídas entre os pontos de carga que, em função da pequena potência gerada, eram ineficientes e caras. A posterior utilização de corrente alternada na geração, transmissão e distribuição de energia elétrica resultou em grande avanço na operação eficiente dos sistemas elétricos. Os geradores elétricos, que fornecem tensões relativamente baixas (da ordem de 15 a 25 kV), são ligados a transformadores, que são equipamentos eletromagnéticos que transformam um nível de tensão em outro. A tensão de saída de um transformador elevador ligado a um gerador pode ser de várias centenas de kV. Se a tensão é maior, a mesma potência pode ser transmitida com correntes menores, diminuindo as perdas e as quedas de tensão. Consequentemente, maiores podem ser as centrais geradoras e a transmissão pode ser feita a distâncias maiores. Nos pontos de consumo, são ligados transformadores abaixadores, que reduzem as tensões para níveis compatíveis com os equipamentos dos consumidores.” (UNICAMP) 2. Objetivos da Experiência Aprender a construir um transformador em laboratório; Conhecendo a tensão da bobina primária, descobrir a tensão da bobina secundária verificando a dependência entre elas. 3. Material Utilizado Transformador desmontável; Multímetro; Fios de ligação; Fonte de tensão alternada. 4. Procedimento Experimental O transformador desmontável é composto de um núcleo de ferrosilício laminado, o qual pode ser aberto para inserir outros tipos de bobina. Montamos um transformador utilizando uma bobina de 300 espiras como sendo a bobina primária e uma bobina de 600 espiras como sendo a bobina secundária. Colocamos o núcleo de ferrosilício para unir as duas bobinas. Um multímetro foi ajustado na posição “voltímetro” (V~) para medir a tensão alternada de entrada na bobina primária (P) e um segundo multímetro medindo a tensão de saída a bobina secundária (S) (V~) Iniciamos o experimento aplicando uma tensão de entrada 2V; 4V; 6V; 6; 8V; 10V; 15V; 20; Repetimos todo procedimento seis vezes alternando as bobinas primárias e secundárias entre 300, 600 e 1200 espiras. 5. Resultados Obtidos Equação 1 – Percentual de Erro (%Erro): 100 Equação 2 – Razão entre as voltagens primária e secundária (=tangente do ângulo utilizado nos gráficos): Onde: Vp = Np = número de espiras da bobina primária e Vs = Ns = número de espiras da bobina secundária. Tabelas 1 a 6 – Transformadores montados a partir de duas bobinas para medir a tensão alternada de entrada e de saída: Montagem 1 Bobina Primária 300 espiras Bobina Secundária 600 espiras Voltagem (V) Voltagem (V) 2 4,4 4 8,6 6 12,2 8 16,1 10 20,1 12 24,1 14 28,0 16 32,0 18 35,8 20 39,8 Montagem 2 Bobina Primária 600 espiras Bobina Secundária 300 espiras Voltagem (V) Voltagem (V) 2 0,8 4 1,8 6 2,7 8 3,8 10 4,8 12 5,8 14 6,7 16 7,8 18 8,7 20 9,8 Montagem 3 Bobina Primária 300 espiras Bobina Secundária 1200 espiras Voltagem (V) Voltagem (V) 2 9,3 4 17,4 6 25,0 8 33,2 10 40,6 12 48,6 14 56,4 16 64,3 18 72,0 20 79,8 Montagem 4 Bobina Primária 1200 espiras Bobina Secundária 300 espiras Voltagem (V) Voltagem (V) 2 0,3 4 0,7 6 1,2 8 1,7 10 2,2 12 2,7 14 3,2 16 3,6 18 4,1 20 4,7 Montagem 5 Bobina Primária 600 espiras Bobina Secundária 1200 espiras Voltagem (V) Voltagem (V) 2 4,4 4 8,4 6 12,3 8 16,4 10 20,4 12 24,2 14 28,2 16 32,3 18 35,9 Tabela 7 – Razões entre a voltagem primária e a secundária: Voltagem Primária (V) Voltagem secundária (V) Razão 300 600 0,5 600 300 2 300 1200 0,25 1200 300 4 600 1200 0,5 1200 600 2 Tabela 8 – Valor de Tensão de entrada constante utilizando o esquema de montagem de número 6: Valor de tensão fixa Com o núcleo de ferro Sem o núcleo de ferro 15V 7,2 V 1,4 V Gráficos 1 – Vp (voltagem primária) em função de Vs (voltagem secundária) da montagem 1: Gráficos 2 – Vp (voltagem primária) em função de Vs (voltagem secundária) da montagem 2: y = 0,9745x - 0,1 0 2 4 6 8 10 12 0 5 10 15 Série1 Linear (Série1) 20 40,4 Montagem 6 Bobina Primária 1200 espiras Bobina Secundária 600 espiras Voltagem (V) Voltagem (V) 2 0,9 4 1,8 6 2,9 8 3,8 10 4,7 12 5,7 14 6,8 16 7,7 18 8,6 20 9,7 Gráficos 3 – Vp (voltagem primária) em função de Vs (voltagem secundária) da montagem 3: Gráficos 4 – Vp (voltagem primária) em função de Vs (voltagem secundária) da montagem 4: Gráficos 5 – Vp (voltagem primária) em função de Vs (voltagem secundária) da montagem 5: y = 0,9745x - 0,1 0 2 4 6 8 10 12 0 5 10 15 Série1 Linear (Série1) y = 0,9745x - 0,1 0 2 4 6 8 10 12 0 5 10 15 Série1 Linear (Série1) y = 0,9745x - 0,1 0 2 4 6 8 10 12 0 5 10 15 Série1 Linear (Série1) Gráfico 6 – Vp (voltagem primária) em função de Vs (voltagem secundária) da montagem 6: 6. Conclusão Com este experimento, pudemos concluir que o princípio de funcionamento de um transformador é um dispositivo que reproduz no seu circuito secundário, a corrente que circula em um enrolamento primário. Além de utilizar a lei de indução de Faraday e não funcionar com corrente contínua, pudemos perceber que o número de voltas do fio em torno do metal é proporcional ao campo magnético produzido pelo transformador, sendo assim, o comprimento deste fio é o responsável pela variação da corrente elétrica. Pudemos concluir também que, quando utilizamos uma tensão constante de 15V no estilo de montagem 6 – com a bobina primária de1200 espiras e a secundária de 600 espiras – com e sem a parte superior do núcleo de ferro a o valor da voltagem na bobina secundária e o fluxo de elétrons se alteram, sendo que com a parte superior do núcleo a tensão foi de 7,2V e sem o núcleo de y = 0,9745x - 0,1 0 2 4 6 8 10 12 0 5 10 15 Série1 Linear (Série1) y = 0,9745x - 0,1 0 2 4 6 8 10 12 0 5 10 15 Série1 Linear (Série1) ferro a tensão alterou para 1,4V, ou seja, 8 vezes menor, isso porque sem a parte superior, a intensidade diminui em quatro vezes. 7. Referências UTFPR. Transformadores. Disponível em: <http://utfpr.edu.br/mariano/arquivos/Transformadores_3.pdf> Acesso em: 03 de Junho de 2014 UNICAMP. Transformadores. Disponível em: <http://www.ocw.unicamp.br/fileadmin/user_upload/cursos/et016/Capitulos/Aula 016-Capitulo-10B.pdf> Acesso em: 03 de Junho de 2014.
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