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S E L M A A R A U J O R A M O S 7 0 3 9 3 3 3 8 1 3 4 S E L M A A R A U J O R A M O S 7 0 3 9 3 3 3 8 1 3 4 CURSO ON-LINE – PROFESSOR: RICARDO GOMES 1 www.pontodosconcursos.com.br Olá Pessoal! Conforme pedidos, disponibilizo o resumo da AULA 2! Bons estudos a todos! Fiquem em paz! Ricardo RESUMO DA AULA 2 Art. 42. O alistamento se faz mediante a qualificação e inscrição do eleitor. Domicílio ELEITORAL ≠ Domicílio CIVIL O TSE, inclusive, já decidiu nos Acórdãos TSE nºs 16.397/2000 e 18.124/2000 que o conceito de domicílio eleitoral NÃO SE CONFUNDE, necessariamente, com o de domicílio civil por ser o eleitoral mais flexível e elástico, identifica-se com a residência e o lugar onde o interessado tem vínculos (políticos, sociais, patrimoniais, negócios). Desse modo, aplica-se o conceito previsto no art. 42, parágrafo único, do Código: Domicílio Eleitoral – lugar de residência ou moradia do requerente. Em caso de mais de uma residência, poderá o eleitor, facultativamente, inscrever-se em qualquer delas, sem restrição. São os seguintes os documentos necessários ao alistamento: a. carteira de identidade expedida pelo órgão competente; - todos os documentos de identificação são aceitos pela Justiça Eleitoral, inclusive Carteiras Funcionais e Profissionais emitidas por entidades de classe federais; b. certificado de quitação do serviço militar - só é exigível do alistando do sexo masculino maior de 18 S E L M A A R A U J O R A M O S 7 0 3 9 3 3 3 8 1 3 4 S E L M A A R A U J O R A M O S 7 0 3 9 3 3 3 8 1 3 4 CURSO ON-LINE – PROFESSOR: RICARDO GOMES 2 www.pontodosconcursos.com.br anos. c. certidão de idade extraída do Registro Civil – são as certidões de idade são as certidões de nascimento e de casamento. d. instrumento público do qual se infira, por direito ter o requerente idade superior a dezoito anos (16 anos) e do qual conste, também, os demais elementos necessários à sua qualificação; e. documento do qual se infira a nacionalidade brasileira, originária ou adquirida, do requerente. Os empregados contratados sob o regime da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), podem faltar ao serviço por até 2 dias para alistarem-se ou solicitarem transferência. A Lei prevê que apenas os cegos alfabetizados no sistema braille é que poderão inscrever-se como eleitores! Os cegos não alfabetizados no braille, em tese, estão alijados da participação política. Isso porque, para votarem, precisam conhecer o braille, insculpido nas teclas das Urnas Eleitorais e nas folhas de votação. O alistamento deverá ser feito na presença de funcionários de estabelecimento especializado de amparo e proteção aos cegos, conhecedor do sistema Braille, que atestarão a validade do documento juntamente com o servidor (vocês). Resumo das Hipóteses de Cancelamento das Inscrições: a) a infração dos artigos. 5º (INALISTÁVEIS) e 42 (Alistamento de eleitor feito em zona eleitoral diferente de seu domicílio); b) a suspensão ou perda dos direitos políticos; c) a pluralidade de inscrição; d) o falecimento do eleitor; e) deixar de votar em 3 (três) eleições consecutivas. f) cancelamento de ofício dos títulos eleitorais não apresentados em procedimento de revisão de eleitorado. g) por perda da nacionalidade (art. 12, §4º, da CF-88). Legitimados para propor o cancelamento de inscrição eleitoral: 1. Ex ofício – o próprio Juiz Eleitoral; S E L M A A R A U J O R A M O S 7 0 3 9 3 3 3 8 1 3 4 S E L M A A R A U J O R A M O S 7 0 3 9 3 3 3 8 1 3 4 CURSO ON-LINE – PROFESSOR: RICARDO GOMES 3 www.pontodosconcursos.com.br 2. Delegado de Partido Político; 3. Qualquer Eleitor. Acaso a inscrição de eleitor tenha sido impugnada mediante recurso ao TRE respectivo, o voto deste eleitor é plenamente válido, salvo se for suficiente para alterar representação partidária ou classificação de candidato eleito pelo princípio majoritário. O cancelamento da inscrição irregular por pluralidade de inscrições deverá preferencialmente se dar na seguinte ordem: 1. na inscrição mais recente, efetuada contrariamente às instruções em vigor;(art. 40, I, da Res. 21.538/03); 2. na inscrição que não corresponda ao domicílio eleitoral; 3. naquela cujo título não haja sido entregue ao eleitor; 4. naquela cujo título não haja sido utilizado para o exercício do voto na última eleição; 5. na mais antiga. São 2 os Sistemas Eleitorais: 1. SISTEMA MAJORITÁRIO – por este sistema, para ser eleito, o candidato deve obter a maioria dos votos de uma circunscrição eleitoral. São os seguintes os cargos eleitos pelo Sistema Majoritário: a. Presidente e Vice da República; b. Senadores; c. Governador e Vice; d. Prefeito e Vice. Observem que são eleitos pelo Sistema Majoritário os Chefes do Poder Executivo + SENADORES. 2. SISTEMA PROPORCIONAL – pelo sistema S E L M A A R A U J O R A M O S 7 0 3 9 3 3 3 8 1 3 4 S E L M A A R A U J O R A M O S 7 0 3 9 3 3 3 8 1 3 4 CURSO ON-LINE – PROFESSOR: RICARDO GOMES 4 www.pontodosconcursos.com.br proporcional, são distribuídos aos Partidos Políticos e Coligações os cargos eletivos do Poder Legislativo (Deputados Federais, Estaduais e Vereadores), salvo os cargos de Senadores, com base na votação obtida. Hoje, as Coligações podem ser para eleições proporcionais e majoritárias. Quociente Eleitoral - é o número mínimo de votos que cada agremiação deverá conquistar para que tenha pelo menos 1 vaga na Casa Legislativa. Para se chegar ao quociente eleitoral, divide-se o nº de votos válido (tanto dos candidatos quanto dos partidos/coligações) pelo nº de lugares a preencher na circunscrição eleitoral. Ex: se em uma determinada eleição Municipal foram apurados 30.000 votos válidos e são 6 vagas a serem preenchidas na Câmara de Vereadores, o cálculo do quociente eleitoral deve ser feito assim: 30.000 (votos válidos)/6 (cargos) = 5.000 (QUOCIENTE ELEITORAL). Caso numa eleição tenham 23.639 votos válidos para 5 cargos eletivos para a Casa Legislativa, o quociente eleitoral será quanto? Será 23.639/5 = 4.727,8. Como a regra é arredondar o Quociente eleitoral quando a fração for maior que 0,5, o valor correto é 4.728! Concorreram à eleição os seguintes partidos com os respectivos votos: partido A – 10.050 votos; partido B – 6100 votos; partido C – 5100 votos e partido D – 2350 votos. PARTIDOS VOTOS VÁLIDOS ALCANCE DO QUOCIENTE ELEITORAL PARTIDO A 10.050 SIM PARTIDO B 6100 SIM PARTIDO C 5100 SIM PARTIDO D 2350 NÃO Para apurar o Quociente Partidário para cada Partido ou Coligação deve-se realizar a divisão do nº de votos válidos S E L M A A R A U J O R A M O S 7 0 3 9 3 3 3 8 1 3 4 S E L M A A R A U J O R A M O S 7 0 3 9 3 3 3 8 1 3 4 CURSO ON-LINE – PROFESSOR: RICARDO GOMES 5 www.pontodosconcursos.com.br recebidos por Partido ou coligação pelo quociente eleitoral inicialmente calculado, desprezando-se qualquer fração. CÁLCULO do Quociente Partidário: nº de votos válidos por partido-coligação/quociente eleitoral PARTIDOS CÁLCULO QUOCIENTE PARTIDÁRIO PARTIDO A 10.050/4728=2,12 2 PARTIDO B 6100/4728=1,29 1 PARTIDO C 5100/4728=1,07 1 Temos que destacar 2 pontos relevantes: 1. No cálculo do Quociente PARTIDÁRIO deve-se DESPREZAR as FRAÇÕES! Diferentemente do Quociente eleitoral, que deve ser feita uma análise sobre a fração, no quociente partidário não se computa qualquer fração! Quociente Eleitoral – despreza-se a fração igual ou inferior a meio (0,5) e deve ser arredonda para 1 (um) a fração superior a meio (0,5). Quociente Partidário – despreza-se toda e qualquer fração! 2. Para que seja distribuída esta vaga remanescente,deve-se calcular a média mais elevada. É o que veremos agora. Calculado o quociente partidário, serão definidas as vagas por cada partido/coligação. Caso venha a sobrar 1 ou mais vagas, deve-se realizar a seguinte operação: divide-se o nº de votos válidos de cada Partido/coligação pelo nº de cargos por ele obtido + 1 (um). Calculo das sobras: PARTIDOS CÁLCULO MÉDIA PARTIDO A 10.050/(2 + 1) = 3350 S E L M A A R A U J O R A M O S 7 0 3 9 3 3 3 8 1 3 4 S E L M A A R A U J O R A M O S 7 0 3 9 3 3 3 8 1 3 4 CURSO ON-LINE – PROFESSOR: RICARDO GOMES 6 www.pontodosconcursos.com.br PARTIDO B 6100/(1 + 1) = 3050 PARTIDO C 5100/(1 + 1) = 2550 Por este cálculo, qual foi o Partido que alcançou a maior média? PARTIDO A! Portanto, é este que assumirá a 5ª vaga remanescente! No Direito Eleitoral, em regra, os recursos NÃO TÊM EFEITO SUSPENSIVO. Isto é, mesmo com a interposição dos recursos a decisão judicial deve ser executada. Assim, os recursos eleitorais terão meramente efeito devolutivo, o de apenas devolver ao Tribunal o exame da matéria. Art. 257. Os recursos eleitorais não terão efeito suspensivo. O prazo dos recursos eleitorais contra ato, resolução ou despacho é de 3 DIAS, salvo estipulação específica de outro prazo em lei. São preclusivos (o prazo não poderá ser desconsiderado/relevado) os prazos para interposição de recurso, salvo quando este discutir matéria constitucional. Dica: NÃO EXISTE PRECLUSÃO DE MATÉRIA ELEITORAL CONSTITUCIONAL. Somente caberá recurso contra a decisão que expede diploma eleitoral nos casos a seguir: a) inelegibilidade ou incompatibilidade de candidato; b) errônea interpretação da lei quanto à aplicação do sistema de representação proporcional; c) erro de direito ou de fato na apuração final, quanto à determinação do quociente eleitoral ou partidário, contagem de votos e classificação de candidato, ou a sua contemplação sob determinada legenda; d) concessão ou denegação do diploma em manifesta contradição com a prova dos autos, nas S E L M A A R A U J O R A M O S 7 0 3 9 3 3 3 8 1 3 4 S E L M A A R A U J O R A M O S 7 0 3 9 3 3 3 8 1 3 4 CURSO ON-LINE – PROFESSOR: RICARDO GOMES 7 www.pontodosconcursos.com.br hipóteses do art. 222 desta Lei, e do art. 41-A da Lei no 9.504, de 30 de setembro de 1997. Regra da intimação: por Diário Oficial. Recebido o recurso pelo Presidente do TRE, será distribuído a um Relator no prazo de 24 horas, segundo a ordem de antiguidade dos seus membros, sob pena de anulação de qualquer ato ou decisão praticada pelo Relator ou pelo TRE. Combinando-se o Código Eleitoral e a CF-88, são cabíveis os seguintes RECURSOS dos TREs para o TSE: No entanto, segundo a Doutrina, é preciso que se combinem os dispositivos do Código Eleitoral à nova sistemática determinada pela CF-88. Com isso, à luz do que dita a CF-88, cabem os seguintes recursos das decisões dos TREs para o TSE (pequenas alterações): 1. RECURSO ESPECIAL: a. quando forem proferidas contra expressa disposição da CF e de lei (CF-88, art. 121, §4º, I; CE, art. 276, I, a); b. quando ocorrer divergência na interpretação de lei entre dois ou mais tribunais eleitorais (CF-88, art. 121, §4º, II; CE, art. 276, I, b); 2. RECURSO ORDINÁRIO: a. quando versarem sobre inelegibilidades ou expedição de diplomas nas eleições federais e estaduais (CF-88, art. 121, §4º, III; CE, art. 276, II, a); b. quando anularem diplomas ou decretarem a perda de mandatos eletivos federais ou estaduais; c. quando denegarem habeas corpus, mandado de segurança, habeas data ou mandado de injunção (CF-88, art. 121, §4º, V; CE, art. 276, II, b). A regra é que as decisões do TSE são irrecorríveis! S E L M A A R A U J O R A M O S 7 0 3 9 3 3 3 8 1 3 4 S E L M A A R A U J O R A M O S 7 0 3 9 3 3 3 8 1 3 4 CURSO ON-LINE – PROFESSOR: RICARDO GOMES 8 www.pontodosconcursos.com.br Exceções: a. RECURSO EXTRAORDINÁRIO – quando a decisão do TSE contrariar a Constituição, caberá Recurso Extraordinário para o STF!, no prazo de 3 DIAS! b. RECURSO ORDINÁRIO – quando a decisão do TSE denegar habeas corpus e mandado de segurança caberá Recurso Ordinário para o STF. Para efeitos penais eleitorais são considerados membros e funcionários da Justiça Eleitoral: a. os magistrados que, mesmo não exercendo funções eleitorais, estejam presidindo Juntas Apuradoras ou se encontrem no exercício de outra função por designação de Tribunal Eleitoral; b. os cidadão que temporariamente integram órgãos da Justiça Eleitoral; c. os cidadão que hajam sido nomeados para as mesas receptoras ou Juntas Apuradoras; d. os funcionários requisitados pela Justiça Eleitoral. Todos os servidores públicos em sentido amplo (estatutários, celetistas e prestadores de serviço) também são considerados funcionários públicos para fins penais. Pena de multa: • entre 1 dia multa e 300 dias-multa; • Dia multa: considerar as condições pessoais e econômicas do condenado; • Pode ser aumentada até o TRIPLO. Aos crimes eleitorais previstos no Código Eleitoral são aplicadas as regras gerais previstas no Código Penal! Nos crimes eleitorais cometidos por meio da imprensa, do rádio ou da televisão, aplicam-se EXCLUSIVAMENTE as normas do Código Eleitoral e as remissões a outras Leis nele previstas. A ação penal é sempre de iniciativa pública, cabendo ao S E L M A A R A U J O R A M O S 7 0 3 9 3 3 3 8 1 3 4 S E L M A A R A U J O R A M O S 7 0 3 9 3 3 3 8 1 3 4 CURSO ON-LINE – PROFESSOR: RICARDO GOMES 9 www.pontodosconcursos.com.br membro do Ministério Público a sua propositura perante o Juízo Eleitoral. Art. 355. As infrações penais definidas neste Código são de ação pública!!. Caso o MP Eleitoral entenda pela ocorrência de crime eleitoral, oferecerá DENÚNCIA em 10 DIAS! A Denúncia é a Petição Inicial da Ação Penal. Conteúdo da Denúncia: a. exposição do fato criminoso com todas as suas circunstâncias, b. qualificação do acusado ou esclarecimentos pelos quais se possa identificá-lo, c. classificação do crime e, quando necessário, o d. rol das testemunhas Se o MP não oferecer Denúncia no prazo de 10 DIAS, a Lei faculta as seguintes possibilidades: 1. o Juiz Eleitoral deverá representar contra o Membro do MP Eleitoral, sem prejuízo da apuração de sua responsabilidade penal pela omissão; 2. o Juiz Eleitoral poderá também solicitar ao Procurador Regional a designação de outro Promotor para oferecer Denúncia; 3. qualquer eleitor poderá provocar esta representação contra o Membro do MP Eleitoral se o Juiz Eleitoral não o fizer também no prazo de 10 dias. A Denúncia do MP Eleitoral será rejeitada quando: 1. o fato narrado evidentemente não constituir crime; 2. já estiver extinta a punibilidade, pela prescrição ou outra causa; 3. fôr manifesta a ilegitimidade da parte ou faltar condição exigida pela lei para o exercício da ação penal. S E L M A A R A U J O R A M O S 7 0 3 9 3 3 3 8 1 3 4 S E L M A A R A U J O R A M O S 7 0 3 9 3 3 3 8 1 3 4 CURSO ON-LINE – PROFESSOR: RICARDO GOMES 10 www.pontodosconcursos.com.br RESUMO DOS PRAZOS: Denúncia – 10 DIAS ALEGAÇÕES iniciais (resposta do réu) – 10 DIAS ALEGAÇÕES FINAIS – 5 DIAS RECURSO de decisão criminal eleitoral – 10 DIAS Conclusão ao Juiz – 48 horas; Sentenciar – 10 DIAS. No processo penal eleitoral (processo e julgamento dos crimes eleitorais) aplicam-se, de forma subsidiária, as regras constantes do Código de Processo Penal.
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