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DIREITO ELEITORAL

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DIREITO ELEITORAL
	Caderno elaborado por Daiane Sampaio (@umamulherconcurseira), atraves de resolução de questões disponilizadas no site Qconcursos, estudo de jurisprudência retiradas no site dizer o direito, legislação e videoaulas.
PRINCÍPIOS DO DIREITO ELEITORAL
No que diz respeito à propaganda política, as novas regras criadas recentemente pelas chamadas minirreformas eleitorais, que trouxeram importantes alterações em vários pontos da legislação eleitoral, não foram aplicadas nas eleições de 2014. (CERTO).
Essa questão se enquadra ao principio da anualidade eleitoral: Art. 16 da CF. A lei que alterar o processo eleitoral entrará em vigor na data de sua publicação, não se aplicando à eleição que ocorra até um Ano da data de sua vigência. 
Ou seja, mini reforma ocorreu 11/12/2013 e a eleição foi em 04/10/2014 ,logo, não se aplicou.
	Caiu na prova. Segundo Tháles Tácito Cerqueira, os princípios enumerados na questão dizem respeito aos princípios fundamentais do Direito Eleitoral, conforme segue in verbis:
· Princípio da igualdade: segundo art. 5º, caput, da CF/88, todos são iguais perante a lei.
· Princípio  do  devido  processo  legal:  segundo  art.  5º, LIV, da CF/88, “ninguém será privado da liberdade ou de seus bens sem o devido processo legal”.
· Princípio da publicidade: visa dar transparência e assegurar  a  fiscalização  civil  das  decisões  dos  juízes,  das manifestações  e  conduta  dos  advogados,  promotores de justiça, procuradores da República, defensores, com a livre consulta dos autos (salvo sigilo previsto em lei) e a presença em audiências (salvo exceções em que o interesse social, a peculiaridade da causa ou interesse privado exigirem sigilo).
· Princípio da eventualidade ou preclusão: o processo se de senvolve mediante os atos processuais concatenados  e ordenados, em uma forma lógica, com tempo ou prazo previsto na lei, sendo que cada ato tem seu momento de ser realizado. O descumprimento da forma (preclusão  lógica),  do  tempo  (preclusão  temporal)  ou  da própria lógica do conjunto de atos interligados (preclusão  consumativa)  provoca  a  perda  do  direito  da  parte pela omissão (“o direito não socorre aos que dormem”).
· O princípio-mor ou pedra angular do direito eleitoral é conhecido como princípio da anualidade eleitoral, também conhecido como antinomia eleitoral ou conflito de leis no tempo.
· PrincípiosEleitorais: admitem interpretação relativa. Eles podem ser originários da CF/88ou da legislação infraconstitucional. Assim, por exemplo, no princípio daeficiência do art. 37 da CF/88, se o agente político ou administrador consegueser 70% eficiente (e não 100%), atingiu tal princípio. Já postulado, moralidade,por exemplo, ele tem que ser 100% idôneo, e não 70%.
Obs.: Diz-se que a lei é vigente quando existe e pode produzir efeitos, por ser formalmente válida. Eficácia se relaciona com a aplicabilidade ou executoriedade de uma norma vigente, sendo que eficácia técnica ou jurídica se relaciona com a aplicabilidade da norma, ou seja, é a "aptidão da norma para produzir os efeitos que lhe são próprios."(NOVELINO, Marcelo, Hermenêutica Constitucional. Editora Jus Podivm, 2008, pág. 130). Por fim, efetividade se relaciona com a executoriedade da norma, com o cumprimento da lei por seus destinatários, e por isso também é chamada de eficácia social. Conforme os ensinamentos do professor Marcelo Novelino, "efetividade (ou eficácia social) está relacionada à produção concreta dos efeitos" e "uma norma é efetiva quando cumpre sua finalidade".(2008, pág. 130).
PROPAGANDA ELEITORAL:
	Caiu na prova: (sobre propaganda na internet): Observadas as disposições da lei, é lícita a propaganda eleitoral veiculada pela Internet nas quarenta e oito horas que antecederem as eleições (CERTO).
Fundamentação legal: A Lei 9.504/97 não proíbe a propaganda nas quarenta e oito horas que antecedem as eleições - Art. 57-A.  É permitida a propaganda eleitoral na internet, nos termos desta Lei, após o dia 5 de julho do ano da eleição.
Além disso, o Código Eleitoral, Art. 240. Parágrafo único. É vedada, desde quarenta e oito horas antes até vinte e quatro horas depois da eleição, qualquer propaganda política mediante radiodifusão, televisão, comícios ou reuniões públicas. (Não menciona a propaganda veiculada pela internet).
Sobre propaganda eleitoral na imprensa escrita, no Rádio e TV:
Lei 9.504 - Art. 43.  São permitidas, até a antevéspera das eleições, a divulgação paga, na imprensa escrita, e a reprodução na internet do jornal impresso, de até 10 (dez) anúncios de propaganda eleitoral, por veículo, em datas diversas, para cada candidato, no espaço máximo, por edição, de 1/8 (um oitavo) de página de jornal padrão e de 1/4 (um quarto) de página de revista ou tabloide.
Art. 47. As emissoras de rádio e de televisão e os canais de televisão por assinatura mencionados no art. 57 reservarão, nos quarenta e cinco dias anteriores à antevéspera das eleições, horário destinado à divulgação, em rede, da propaganda eleitoral gratuita, na forma estabelecida neste artigo.
Art. 5º, II, CF/88 - "ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa senão em virtude de lei;"
DOS PARTIDOS POLÍTICOS
	Caiu na prova – CESPE/2015: O partido político é pessoa jurídica de direito privado, logo, adquire personalidade jurídica como as empresas privadas, isto é, através do seu registro no Cartório de Registro Civil das Pessoas Jurídicas. Ou seja, os partidos políticos adquirem personalidade jurídica de direito privado mediante registro em cartório, e só depois registrarão seus estatutos no TSE.
	Caiu na prova – cespe: MÉTODO D’Hondt. O belga Victor D’Hondt propôs uma nova fórmula de se levar a efeito a
representação proporcional. D’Hondt baseou seu projeto no princípio de que
a função primordial de um sistema eleitoral é permitir a representação das
opiniões da sociedade expressas por intermédio dos partidos políticos. Na
sua proposta cada partido apresentaria uma lista de candidatos para as
eleições e a distribuição das cadeiras parlamentares seria feita de acordo
com os votos recebidos por lista partidária (NICOLAU, 1993, p.34). 
O partido ou a coligação que não obtiver votos em quantidade superior ao quociente eleitoral não terá representação na Casa Legislativa, nos termos do disposto no art. 109, § 2º, do Código Eleitoral. O quociente partidário representa, portanto, cláusula de barreira a limitar o acesso à Casa Legislativa aos partidos ou às coligações que não atingirem um mínimo de representatividade. 
Complementando algumas informações sobre a fórmula D’Hondt (maiores médias): No Brasil, desde 1950, usa-se a fórmula D’Hondt, também chamada de fórmula das maiores médias, para proceder à partição de vagas legislativas entre os partidos ou coligações que ultrapassam o quociente eleitoral (QE). São vários os passos envolvidos no processo de distribuição de vagas parlamentares entre os partidos ou coligações que concorrem aos pleitos proporcionais no País, numa combinação do método D’Hondt com o QE (também conhecido na literatura especializada como quota Hare)*. Verifica-se inicialmente que partidos ou coligações superaram o QE. Somente aqueles que lograrem ultrapassá-lo ficam habilitados a assumir cadeiras no Legislativo. Daí se inicia o processo de distribuição de cadeiras entre os partidos ou coligações, definindo a quantidade que caberá a cada um. Esse processo requer primeiro computar as votações individuais dos partidos ou coligações para se saber em quantas vezes essas votações superaram o QE. O cômputo dessas votações individuais nada mais é do que o cálculo do quociente partidário, que estabelece a alocação inicial de cadeiras entre partidos ou coligações. Depois, com o emprego do método das maiores médias, ou método D’Hondt das maiores médias, é que se faz a partição de sobra de votos (correspondente à parte decimal dos quocientes partidários) para a alocação final de cadeiras entre partidos ou coligações.
DIREITOS POLÍTICOS
Definição real: 
São um conjunto de normas que cuida dasoberania popular (arts. 14 a 16, CF). Segundo Alexandre de Moraes, existem dois aspectos: objetivo e subjetivo. 
· Aspecto objetivo: constitui as regras da atuação da soberania popular (art. 14, caput, da CF), confunde-se com o direito eleitoral;
· Aspecto subjetivo: é o direito público subjetivo que investe o cidadão no status civitatis, permitindo-lhe participar do governo. 
 
Definição etimológica: 
 
· direito: aquilo que é reto, que não se desvia, que dirige, vem do latim directum, do verbo dirigere. 
· política: do grego politikós, adjetivo da palavra pólis, a cidade-estado grega. designa o que se refere à cidade, inclusive o governo. 
Soberania Popular (características): 
É um Princípio constitucional que tem previsão expressa no art. 1º, parágrafo único e art. 14, caput, ambos da CF. 
A soberania popular é exercida pelo sufrágio universal (voto secreto, direto e igualitário), mas também pelo plebiscito, pelo referendo e pela iniciativa popular. 
	Observações rápidas: Obs.: o voto não é mais censitário: restrito à determinada profissão ou renda (exemplo: época do império); No Brasil o voto é direto (há democracias em que o voto é indireto: ex. EUA; no Brasil, o voto foi indireto na época do regime militar e do império); vota-se diretamente nos candidatos; O voto deve ser secreto para que o eleitor faça sua escolha sem temor ou interferências; o voto secreto é característica de todas as democracias.
CESPE - 2017 - DPU - Defensor Público Federal: Uma vez que o direito de ser votado integra o rol dos direitos e garantias individuais e que estes, por força constitucional, não podem ser abolidos, as condições de elegibilidade não podem ser objeto de proposta de emenda à CF (X ERRADO!!!!)
"Da expressão "tendente a abolir" infere-se, com segurança, que nem sempre a aprovação de uma emenda à Constituição tratando de uma das matérias arroladas nos incisos do § 4º do art. 60 afrontará cláusula pétrea. Somente haverá desrespeito a cláusula pétrea caso a emenda "tenda" a suprimir uma das matérias ali arroladas. O simples fato de uma daquelas matérias ser objeto de emenda não constitui, necessariamente, ofensa a cláusula pétrea (expressões, muitas vezes utilizadas pela doutrina e pelos tribunais, tais como "cláusula de imutabilidade", "núcleo imodificável'', "cláusula de imodificabilidade", "intangibilidade absoluta'', devem ser compreendidas como verdadeiras hipérboles, cunhadas com o escopo de se enfatizar a importância das matérias que receberam do constituinte originário a especial proteção ora em estudo)."
"...o simples fato de uma emenda versar sobre assunto gravado como cláusula pétrea não a torna inconstitucional. É que o texto proíbe tão só emenda "tendente a abolir" as matérias enumeradas no § 4º do art. 60 (incisos I a IV). Assim, caso o texto da emenda não restrinja os direitos e garantias individuais, não enfraqueça a forma federativa de Estado etc., não há que se cogitar ofensa a cláusula pétrea.
Conforme a jurisprudência do Supremo Tribunal Federal, dada a necessidade de resguardar a segurança jurídica, as decisões do Tribunal Superior Eleitoral que, no curso de pleito eleitoral, impliquem mudança de jurisprudência não terão aplicabilidade imediata a caso concreto, de modo que somente terão eficácia sobre outros casos, no pleito eleitoral subsequente (CERTO).
Entendimento do STF referente à matéria eleitoral.
Segundo a Ementa do RE nº 637485/20134: (...) MUDANÇA DA JURISPRUDÊNCIA EM MATÉRIA ELEITORAL. SEGURANÇA
JURÍDICA. I. REELEIÇÃO. MUNICÍPIOS. INTERPRETAÇÃO DO ART. 14, § 5º, DA
CONSTITUIÇÃO. PREFEITO. PROIBIÇÃO DE TERCEIRA ELEIÇÃO EM CARGO DA
MESMA NATUREZA, AINDA QUE EM MUNICÍPIO DIVERSO. (...) II. MUDANÇA DA
JURISPRUDÊNCIA EM MATÉRIA ELEITORAL. SEGURANÇA JURÍDICA.
ANTERIORIDADE ELEITORAL. NECESSIDADE DE AJUSTE DOS EFEITOS DA DECISÃO. Mudanças radicais na interpretação da Constituição devem ser acompanhadas da
devida e cuidadosa reflexão sobre suas consequências, tendo em vista o postulado
da segurança jurídica. Mudanças na jurisprudência eleitoral, portanto, têm efeitos normativos diretos sobre
os pleitos eleitorais, com sérias repercussões sobre os direitos fundamentais dos
cidadãos (eleitores e candidatos) e partidos políticos. No âmbito eleitoral, a
segurança jurídica assume a sua face de princípio da confiança para proteger a
estabilização das expectativas de todos aqueles que de alguma forma participam dos
prélios eleitorais. A importância fundamental do princípio da segurança jurídica para
o regular transcurso dos processos eleitorais está plasmada no princípio da
anterioridade eleitoral positivado no art. 16 da Constituição. O Supremo Tribunal
Federal fixou a interpretação desse artigo 16, entendendo-o como uma garantia
constitucional (1) do devido processo legal eleitoral, (2) da igualdade de chances e
(3) das minorias (RE 633.703). Em razão do caráter especialmente peculiar dos atos
judiciais emanados do Tribunal Superior Eleitoral, os quais regem normativamente
todo o processo eleitoral, é razoável concluir que a Constituição também alberga uma
norma, ainda que implícita, que traduz o postulado da segurança jurídica como
princípio da anterioridade ou anualidade em relação à alteração da jurisprudência do
TSE. Assim, as decisões do Tribunal Superior Eleitoral que, no curso do pleito eleitoral
(ou logo após o seu encerramento), impliquem mudança de jurisprudência (e dessa
forma repercutam sobre a segurança jurídica), não têm aplicabilidade imediata ao
caso concreto e somente terão eficácia sobre outros casos no pleito eleitoral
posterior. 
CONDIÇÕES DE ELEGIBILIDADE E INELEGIBILIDADE
A elegibilidade se apresenta como dever, enquanto a inelegibilidade, pelo contrário, é um não dever (você deve estar elegível e não pode incidir em nenhuma hipótese de inelegibilidade para gozar da capacidade eleitoral passiva).
A elegibilidade é manifestada de forma positiva, enquanto a inelegibilidade se manifesta de forma negativa. Ambas são os dois polos da capacidade eleitoral passiva. 
Ao TRE cabe verificar o preenchimento dos requisitos de elegibilidade e a não incidência das causas de inelegibilidade dos interessados aos cargos eletivos ESTADUAIS/FEDERAIS. Simetricamente, cabe ao TSE verificar nas eleições PRESIDENCIALISTAS e ao Juiz Eleitoral nas eleições MUNICIPAIS.
ANALFABETISMO: “[...]. Analfabetismo. Art. 29, IV, § 2º, da Res.-TSE nº 22.717. Declaração de próprio punho. Presença do juiz eleitoral ou de serventuário da Justiça Eleitoral. Exigência. Teste. Rigor excessivo. [...]. Outros meios de aferição. Observância do fim constitucional. [...]. 1. Na falta do comprovante de escolaridade, é imprescindível que o candidato firme declaração de próprio punho em cartório, na presença do juiz ou de serventuário da Justiça Eleitoral, a fim de que o magistrado possa formar sua convicção acerca da condição de alfabetizado do candidato. 2. ‘O rigor da aferição no que tange à alfabetização do candidato não pode configurar um cerceio ao direito atinente à inelegibilidade’ [...]. 3. A norma inscrita no art. 14, § 4º, da Constituição Federal impõe apenas que o candidato saiba ler e escrever. Para este efeito, o teste de alfabetização deve consistir em declaração, firmada no cartório eleitoral, na qual o candidato informa que é alfabetizado, procedendo em seguida à leitura do documento.” (Ac. de 27.10.2008 no AgR-REspe nº 30.682, rel. Min. Joaquim Barbosa.)
Entende a Justiça Eleioral que os analfabetos funcionais encontram-se habilitados a disputar eleições, não sendo, portanto, inelegíveis. Exemplo clássico, o Deputado Federal Tiririca, que foi acusado pelo MPE de sã Paulo de ser analfabeto. submetido a exame de alfabetização feito pelo TRE de São Paulo, Tiririca demonstrou graves dificuldades para ler e interpretar textos simples, mas, no final das contas, escreveu, embora com muitos erros, um pequeno bilhete, e leu, também sem muita desenvoltura, os títulos e subtítulos de duas reportagens jornalísticas. O TRE-SP, diante dos fatos, considerou Tiririca alfabetizado e apto a ser  diplomadoDeputado Federal.
	Curiosidade: analfabetismo, para ROLLO[7], é “a incapacidade absoluta de ler e escrever, que não se confunde com o semi-analfabetismo, que é a extrema dificuldade – mas não total incapacidade – para compreender e reproduzir os símbolos gráficos”.
‘Considerou-se como alfabetizada a pessoa capaz de ler e escrever um bilhete simples no idioma que conhecesse. Aquela que aprendeu a ler e escrever, mas esqueceu, e a que apenas assinava o próprio nome foram consideradas analfabetas’ (IBGE, 2000).”
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SISTEMAS ELEITORAIS:
Sistemas Eleitoras podem ser compreendidos como o conjunto de critérios utilizados para definir os vencedores, ou seja, a conversão de votos em mandatos políticos visando proporcionar uma captação eficiente, segura e imparcial da vontade popular democraticamente manifestada, de forma que os mandatos eletivos sejam exercidos com legitimidade. 
O Direito Eleitoral conhece três sistemas tradicionais: o majoritário, o proporcional e o misto (este é formado pela combinação de elementos daqueles). 
Por maioria absoluta compreende-se a metade dos votos dos integrantes do corpo eleitoral mais um voto. Todavia, se o total de votantes encerrar um número ímpar, a metade será uma fração. Nesse caso, deve-se compreender por maioria absoluta o primeiro número inteiro acima da fração. A exigência de maioria absoluta prende-se à ideia de ampliar a representatividade do eleito, robustecendo sua legitimidade.
Já a maioria relativa ou simples não leva em conta a totalidade dos votantes, considerando-se eleito o candidato que alcançar o maior número de votos em relação a seus concorrentes. 
No Brasil, o sistema majoritário foi adotado nas eleições para a chefia do Poder Executivo (Presidente da República, Governador, Prefeito e respectivos vices) e Senador (e suplentes), conforme se vê nos artigos 28, caput, 29, II, 32, § 2o, 46 e 77, § 2o, todos da Constituição Federal. Esse sistema compreende duas espécies. Pela primeira – denominada simples ou de turno único –, considera-se eleito o candidato que conquistar o maior número de votos entre os participantes do certame. Não importa se a maioria alcançada é relativa ou absoluta. É isso que ocorre nas eleições para Senador, bem como nas eleições para Prefeito em municípios com menos de 200.000 eleitores, nos termos do artigo 29, II, da Lei Maior.
Já no chamado sistema majoritário de dois turnos, o candidato só é considerado eleito no primeiro turno se obtiver a maioria absoluta de votos, não computados os em branco e os nulos. Caso contrário, faz-se nova eleição. Esta deve ser realizada no último domingo de outubro, somente podendo concorrer os dois candidatos mais votados. Considera-se eleito o que obtiver a maioria dos votos válidos (CF, art. 77, § 3o). Tal se dá nas eleições para Presidente da República, Governador, Prefeito e seus respectivos vices em municípios com mais de 200.000 eleitores.
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Para a realização da prestação de contas pelo sistema simplificado, a legislação considera o critério do montante de recursos financeiros utilizados na campanha (CORRETO, porque para utilização desse sistema considera-se o valor máximo de R$ 20.000,00 (vinte mil reais) da prestação de contas dos candidatos) e, no caso das eleições para prefeitos e vereadores, a quantidade de eleitores do município. (CORRETO, porque para as eleições municipais, o que se considera é quantidade de eleitores do munícipio) (art. 28, lei 9.504/97).
OBS.: Premissa 1: eleições com prestações de contas com movimentação até R$20 mil,  adotar-se-á o sistema simplificado.
OBS.: Premissa 2: Eleições para prefeito e vereador com menos de 50 mil eleitores - sistema simplificado de prestação de contas.
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CRIMES ELEITORAIS
Observações importantes: 
1ª . O artigo 41- A da Lei 9.504/97 só tipifica a captação ilícita de votos entre candidato e eleitor, não a configurando a vantagem dada ou prometida por um candidato a outro, visando a obter-lhe a desistência; 
2ª Em representação para apurar captação vedada de sufrágio, não é cabível a decretação de inelegibilidade, mas apenas multa e cassação de registro ou de diploma, como previsto no art. 41-A da Lei nº 9.504/97; 
3ª a benesse oferecida deve significar um benefício ao eleitor. Por tal motivo, o Tribunal Superior Eleitoral já entendeu em vários casos que a distribuição de camiseta de campanha a cabos eleitorais não caracteriza concessão de vantagem ao eleitor. Seria mero mecanismo de organização da campanha, tendo em vista que as camisetas normalmente não passam a integrar a esfera de bens dos prestadores de serviços, pois são devolvidas para o coordenador de campanha ao final de cada dia.; 
4ª Não caracteriza captação ilícita de sufrágio as promessas comumente proferidas em palanques de campanha pelos candidatos, como construção de escolas, postos de saúde, creches, etc., pois feitas de forma geral e indiscriminada, sem aptidão para corromper ou vincular os destinatários. Tais promessas constituem elemento próprio do debate político; 
5ª Caso o candidato tenha praticado diretamente a “compra de votos”, sua responsabilidade será aferida concomitantemente na seara criminal e extrapenal, haja vista a inexistência de prejudicialidade entre o crime de corrupção eleitoral e o ilícito civil-eleitoral do art. 41-A. Por outro lado, caso não haja comprovação de sua contribuição ativa na consumação do ato, não poderá ser demandado penalmente.
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CAPTAÇÃO DE SUFRÁGIO, art. 41 – A, da lei 9.504/97:
	Caiu na prova – CESPE/2018: Significa o candidato doar, oferecer, prometer ou entregar, ao eleitor, com o fim de obter-lhe o voto, bem ou vantagem pessoal de qualquer natureza, inclusive emprego ou função pública. DESDE O REGISTRO DA CANDITATURA ATÉ O DIA DA ELEIÇÃO
· - Pena: multa e cassação do registro ou diploma
· - A conduta deve ser praticada com DOLO
· - É desnecessário o pedido explícito de votos
· - REPRESENTAÇÃO: pode ser ajuizada até a data da DIPLOMAÇÃO
· - RECURSO: 3 DIAS a contar da DATA DA PUBLICAÇÃO DO JULGAMENTO NO DIÁRIO OFICIAL.
CORRUPÇÃO ELEITORAL:
O crime de corrupção eleitoral é tipificado no art. 299 da Lei nº 4.737/1965 (Código Eleitoral):
Art. 299. Dar, oferecer, prometer, solicitar ou receber, para si ou para outrem, dinheiro, dádiva, ou qualquer outra vantagem, para obter ou dar voto e para conseguir ou prometer abstenção, ainda que a oferta não seja aceita: Pena – reclusão até quatro anos e pagamento de 5 a 15 dias-multa.
Segundo o TSE,  "para a configuração do crime descrito no art. 299 do CE, é necessário o dolo específico que exige o tipo penal, qual seja, a finalidade de obter ou dar voto ou prometer abstenção (REspe nº 25.388)".
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PROCESSO PENAL ELEITORAL
A ação penal privada subsidiária da pública é norma instituidora de direito fundamental de eficácia plena, não podendo sofrer limitação pelo legislador, conforme art. 5º, LIX, da Constituição da República: LIX - será admitida ação privada nos crimes de ação pública, se esta não for intentada no prazo legal;
Art. 355. As infrações penais definidas neste Código são de ação pública.
Ac.-TSE, de 24.2.2011, nos ED-AI nº 181917: a queixa-crime em ação penal privada subsidiária somente pode ser aceita caso o representante do Ministério Público não tenha oferecido denúncia, requerido diligências ou solicitado o arquivamento de inquérito policial no prazo legal. Ac.-TSE nº 21295/2003: cabimento de ação penal privada subsidiária no âmbito da Justiça Eleitoral, por tratar-se de garantia constitucional, previstana CF/88, art. 5º, LIX. Inadmissibilidade da ação penal pública condicionada a representação do ofendido, em virtude do interesse público que envolve a matéria eleitoral.
Art. 364. No processo e julgamento dos crimes eleitorais e dos comuns que lhes forem conexos, assim como nos recursos e na execução, que lhes digam respeito, aplicar-se-á, como lei subsidiária ou supletiva, o Código de Processo Penal.
	NA PROVA ORAL: Se o titular do mandato eletivo, sem justa causa, decidir sair do partido político no qual foi eleito, ele perderá o cargo que ocupa? 
Depende. O STF faz a seguinte diferença: 
SE FOR UM CARGO ELETIVO MAJORITÁRIO (O mandato eletivo fica com o candidato ou partido político que obteve a maioria dos votos. Ganha o candidato mais votado, independentemente dos votos de seu partido - é o sistema adotado para a eleição de Prefeito, Governador, Senador, Deputado territorial e Presidente): NÃO
A perda do mandato em razão de mudança de partido não se aplica aos candidatos eleitos pelo sistema majoritário, sob pena de violação da soberania popular e das escolhas feitas pelo eleitor. No sistema majoritário, o candidato escolhido é aquele que obteve mais votos, não importando o quociente eleitoral nem o quociente partidário. Nos pleitos dessa natureza, os eleitores votam no candidato e não no seu partido político. Desse modo, no sistema majoritário, a imposição da perda do mandato por infidelidade partidária é antagônica (contrária) à soberania popular. 
SE FOR UM CARGO ELETIVO PROPORCIONAL (Terminada a votação, divide-se o total de votos válidos pelo número de cargos em disputa, obtendo-se assim o quociente eleitoral. Ex: na eleição para vereador houve 100 mil votos válidos e eram 20 vagas. Logo, o quociente eleitoral será 5 mil (100.000 : 20 = 5.000). Em seguida, pega-se os votos de cada partido ou coligação e divide-se pelo quociente eleitoral, obtendo-se assim o número de eleitos de cada partido (quociente partidário). Ex: o Partido X e seus candidatos tiveram 20 mil votos. Esses 20 mil serão divididos pelo quociente eleitoral (5 mil). Logo, esse partido terá direito a 4 vagas de Vereador (20.000 : 5.000 = 4). Os candidatos mais bem votados desse partido irão ocupar tais vagas - é o sistema adotado para a escolha de Vereador, Deputado Estadual e Deputado Federal): SIM. O mandato parlamentar conquistado no sistema eleitoral proporcional pertence ao partido político. Assim, se o parlamentar eleito decidir mudar de partido político, ele sofrerá um processo na Justiça Eleitoral que poderá resultar na perda do seu mandato. Neste processo, com contraditório e ampla defesa, será analisado se havia justa causa para essa mudança. O assunto está disciplinado na Resolução n.° 22.610/2007 do TSE, que elenca, inclusive, as hipóteses consideradas como “justa causa”.
Foi o que decidiu o STF no julgamento da ADI 5081/DF, Rel. Min. Roberto Barroso, julgado em 27/5/2015 (Info 787). FONTE: DIZER O DIREITO.
RECURSOS ELEITORAIS
Ainda que decisão que verse sobre processo eleitoral do cargo de governador de estado proferida pelo tribunal regional eleitoral ofenda diretamente a Constituição Federal, não cabe recurso extraordinário para o Supremo Tribunal Federal dessa decisão. (CERTO!)
“Contra acórdão de TRE somente cabe recurso para o TSE, mesmo que nele se discuta matéria constitucional. É o que se extrai do disposto no art. 121, caput, e seu § 4º, I, da CF de 1988, e nos arts. 22, II, e 276, I e II, do Código Eleitoral (Lei 4.737, de 15-7-1965). No âmbito da Justiça Eleitoral, somente os acórdãos do TSE é que podem ser impugnados, perante o STF, em recurso extraordinário (arts. 121, § 3º, e102, III, a, b e c, da CF).” (AI 164.491-AgR, Rel. Min. Sydney Sanches, julgamento em 18-12-1995, Primeira Turma, DJ de 22-3-1996.).
ALISTAMENTO ELEITORAL
ELEIÇÃO 2012. RECURSO ESPECIAL. REGISTRO DE CANDIDATO. DEFERIMENTO. DOMICÍLIO ELEITORAL. ABRANGÊNCIA. COMPROVAÇÃO. CONCEITO ELÁSTICO. DESNECESSIDADE DE RESIDÊNCIA PARA SE CONFIGURAR O VÍNCULO COM O MUNICÍPIO. PROVIMENTO.  1) Na linha da jurisprudência do TSE, o conceito de domicílio eleitoral é mais elástico do que no Direito Civil e se satisfaz com a demonstração de vínculos políticos, econômicos, sociais ou familiares. Precedentes.  2) Recurso especial provido para deferir o registro de candidatura.(Recurso Especial Eleitoral nº 37481, Acórdão de 18/02/2014, Relator(a) Min. MARCO AURÉLIO MENDES DE FARIAS MELLO, Relator(a) designado(a) Min. JOSÉ ANTÔNIO DIAS TOFFOLI, Publicação: DJE - Diário de justiça eletrônico, Tomo 142, Data 04/08/2014, Página 28/29 )
TRE-PR - RECURSO ELEITORAL RE 4680 PR (TRE-PR). RECURSO ELEITORAL. REPRESENTAÇÃO PARA CANCELAMENTO DE INSCRIÇÃO ELEITORAL. PROVA DO DOMICÍLIO ELEITORAL, QUE NÃO SECONFUNDE COM DOMICÍLIO CIVIL. RECURSO CONHECIDO E IMPROVIDO. O domicilio eleitoral, conforme precedentes do TSE, não se confunde com o domicílio civil, pelo que a ausência da prova de residência não impede o reconhecimento do domicilio eleitoral, caracterizado este como sendo o local em que a pessoa possui vínculos políticos, econômicos, sociais e familiares.
JUSTIÇA ELEITORAL
COMPOSIÇÃO DOS TRIBUNAIS REGIONAIS ELEITORAIS
Exige-se dos advogados que integrarão os tribunais regionais eleitorais o exercício efetivo de, no mínimo, dez anos de atividade profissional, não estando prevista na Constituição Federal a participação do órgão de representação da classe dos advogados nesse processo de escolha. (CERTO).
Em relação a composição dos TRE's não há previsão constitucional quanto a participação da OAB (órgão de classe) no processo de escolha, uma vez que os advogados são indicados pelo próprio Tribunal de Justiça, conforme art. 120, § 1º, inc. III da CR/88. Quanto ao tempo de advocacia, basta observar o julgado abaixo, que a colega Natalia trouxe (exige-se o mínimo de 10 anos de advocacia).
ATENÇÃO: Não há possibilidade de advogados inscritos na OAB exercerem a função de juiz eleitorais.
COMPETÊNCIA
No que concerne ao registro e à cassação de registro de candidatos nas eleições brasileiras, predomina a seguinte regra de competência:
a) TSE (eleições presidenciais): Presidente e Vice-Presidente da República;
b) TRE (eleições gerais): Governador e Vice-Governador, Senador da República, Deputado Federal, Deputado Estadual e Deputado Distrital; e
c) Juízes Eleitorais (eleições municipais): Prefeito e Vice-Prefeito e Vereadores.
Observe-se que as Juntas Eleitorais não possuem competência para o registro de candidaturas.
PARTICIPAÇÃO DO MINISTÉRIO NO CENÁRIO JURISDICIONAL ELEITORAL BRASILEIRO
a) atuação institucional. O Ministério Público é instituição permanente, essencial à função jurisdicional do Estado, incumbindo-lhe a defesa da ordem jurídica, do regime democrático e dos interesses sociais e individuais indisponíveis (CRFB, art. 127, "caput"). Tem o MP assento perante todos os órgãos jurisdicionais brasileiros. Atua como parte ou "custos legis". Nessa condição, oficiará em todos os graus da Justiça Eleitoral: i) TSE: Procurador Geral Eleitoral; ii) TRE: Procurador Regional Eleitoral; e iii) Juízes e Juntas Eleitorais: Promotores Eleitorais; e
b) atuação como magistrado (quinto constitucional). Um quinto dos lugares dos Tribunais Regionais Federais, dos Tribunais dos Estados, e do Distrito Federal e Territórios será composto de membros, do Ministério Público, com mais de dez anos de carreira, e de advogados de notório saber jurídico e de reputação ilibada, com mais de dez anos de efetiva atividade profissional, indicados em lista sêxtupla pelos órgãos de representação das respectivas classes (CRFB, art. 94, "caput"). Vê-se que não houve previsão de quinto constitucional para os órgãos jurisdicionais eleitorais. No mesmo diapasão, quando a Lei Maior deliberou sobre a composição dos tribunais eleitorais (vide arts. 119 e 120), não previu a presença de membros do "parquet" em seus quadros.
Pelas razões expostas, é equivocado dizer que há um representante do MP na composição dos tribunais eleitorais brasileiros.

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