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S E L M A A R A U J O R A M O S 7 0 3 9 3 3 3 8 1 3 4 S E L M A A R A U J O R A M O S 7 0 3 9 3 3 3 8 1 3 4 DIREITO ELEITORAL - TEORIA E EXERCÍCIOS – TRIBUNAIS AULA 6 PROFESSOR: RICARDO GOMES Prof. Ricardo Gomes www.pontodosconcursos.com.br 1 DIREITO ELEITORAL - TEORIA E EXERCÍCIOS – TRIBUNAIS AULA 6 Prof. RICARDO GOMES Prezados(as) Alunos(as)! Nesta 6ª Aula, veremos um assunto muito interessante: a Lei dos PARTIDOS POLÍTICOS! Para os colegas que farão a prova do TRE/RS neste final de semana, este é o momento de desacelerarem, relaxarem, e revisarem todas as matérias e assuntos mais relevantes, sem desespero. Descansem bastante, durmam cedo antes da prova (não fiquem estudando até tarde) e confiram seus documentos. Reitero os votos de Boa Sorte e muita Fé no dia da Prova! QUADRO SINÓPTICO DA AULA: Lei dos Partidos Políticos (Lei nº 9.096/1995): a) Disposições preliminares; b) Da criação e do registro dos partidos políticos; c) Da filiação partidária; d) Da fusão, incorporação e extinção dos partidos políticos; e) Da prestação de contas; f) Do acesso gratuito ao rádio e à televisão. S E L M A A R A U J O R A M O S 7 0 3 9 3 3 3 8 1 3 4 S E L M A A R A U J O R A M O S 7 0 3 9 3 3 3 8 1 3 4 DIREITO ELEITORAL - TEORIA E EXERCÍCIOS – TRIBUNAIS AULA 6 PROFESSOR: RICARDO GOMES Prof. Ricardo Gomes www.pontodosconcursos.com.br 2 1. LEI DOS PARTIDOS POLÍTICOS (Lei nº 9.096/1995) 1.1. Disposições preliminares. Conceito de Partidos Políticos. Segundo José Jairo, o “partido político é a entidade formada pela livre associação de pessoas, cujas finalidades são assegurar, no interesse do regime democrático, a autenticidade do sistema representativo, e defender os direitos humanos fundamentais”. Ademais, os Partidos são grupos sociais (grupos de pessoas) com idêntica ideologia política que procuram agregar eleitores para conquistarem legitimamente o poder político e a realização de determinado programa. A Lei nº 9.096/95 (Lei dos Partidos Políticos), no art. 1º, apresenta da definção legal de Partido. In verbis: Art. 1º O partido político, pessoa jurídica de direito privado, destina-se a assegurar, no interesse do regime democrático, a autenticidade do sistema representativo e a defender os direitos fundamentais definidos na Constituição Federal. Normas sobre Partidos Políticos. A CF-88, no art. 17 e art. 14, §3º, V, regula no âmbito constitucional a matéria dos Partidos Políticos. Na esfera infralegal, a Lei nº 9.096/95 dispõe sobre Partidos Políticos, regulamentando referidos dispositivos constitucionais. Mencionadas normas da CF-88 serão tratadas no decorrer do próprio estudo da Lei nº 9.096/95. Princípio da Liberdade. Tanto a CF-88 quanto a Lei dos Partidos Políticos prelecionam que a criação, fusão, incorporação e extinção de partidos é LIVRE em todo o S E L M A A R A U J O R A M O S 7 0 3 9 3 3 3 8 1 3 4 S E L M A A R A U J O R A M O S 7 0 3 9 3 3 3 8 1 3 4 DIREITO ELEITORAL - TEORIA E EXERCÍCIOS – TRIBUNAIS AULA 6 PROFESSOR: RICARDO GOMES Prof. Ricardo Gomes www.pontodosconcursos.com.br 3 país, observando-se as condições estabelecidas na CF e na Lei. Destaco que esta liberdade de criação, fusão, incorporação e extinção de partidos políticos, deve respeitar alguns limites, qual sejam: resguardar: 1. a soberania nacional, 2. o regime democrático, 3. o pluripartidarismo, 4. os direitos fundamentais da pessoa humana Além disso, devem observar os seguintes preceitos: 1. caráter nacional; 2. proibição de recebimento de recursos financeiros de entidade ou governo estrangeiros ou de subordinação a estes; 3. prestação de contas à Justiça Eleitoral; 4. funcionamento parlamentar de acordo com a lei. CF-88 Art. 17. É LIVRE a criação, fusão, incorporação e extinção de partidos políticos, resguardados a soberania nacional, o regime democrático, o pluripartidarismo, os direitos fundamentais da pessoa humana e observados os seguintes preceitos: I - caráter nacional; II - proibição de recebimento de recursos financeiros de entidade ou governo estrangeiros ou de subordinação a estes; III - prestação de contas à Justiça Eleitoral; IV - funcionamento parlamentar de acordo com a lei. Lei nº 9.096/95 S E L M A A R A U J O R A M O S 7 0 3 9 3 3 3 8 1 3 4 S E L M A A R A U J O R A M O S 7 0 3 9 3 3 3 8 1 3 4 DIREITO ELEITORAL - TEORIA E EXERCÍCIOS – TRIBUNAIS AULA 6 PROFESSOR: RICARDO GOMES Prof. Ricardo Gomes www.pontodosconcursos.com.br 4 Art. 2º É LIVRE a criação, fusão, incorporação e extinção de partidos políticos cujos programas respeitem a soberania nacional, o regime democrático, o pluripartidarismo e os direitos fundamentais da pessoa humana. Natureza Jurídica dos Partidos Políticos. O partido político apresenta naureza jurídica de PESSOA JURIDICA DE DIREITO PRIVADO, conforme preceitua o referido art. 1º da Lei dos Partidos Políticos. A CF-88 também fez menção à personalidade jurídica dos Partidos Políticos, rementendo-se à normação pela “lei civil”, pelo Código Civil. Por sua vez, o Código Civil de 2002, no art. 44, V (alterado recentemente pela Lei nº 10.825/03), elenca os Partidos Políticos como Pessoas Jurídicas de Direito Privado. Vejamos todos os dispositivos: Lei nº 9.096/95 Art. 1º O partido político, PESSOA JURÍDICA DE DIREITO PRIVADO, destina-se a assegurar, no interesse do regime democrático, a autenticidade do sistema representativo e a defender os direitos fundamentais definidos na Constituição Federal. CF-88 Art. 17 § 2º - Os partidos políticos, após adquirirem personalidade jurídica, na forma da LEI CIVIL, registrarão seus estatutos no Tribunal Superior Eleitoral. Código Civil Art. 44. São pessoas jurídicas de direito privado: I - as associações; II - as sociedades; III - as fundações. IV - as organizações religiosas; (Incluído pela Lei nº 10.825, de S E L M A A R A U J O R A M O S 7 0 3 9 3 3 3 8 1 3 4 S E L M A A R A U J O R A M O S 7 0 3 9 3 3 3 8 1 3 4 DIREITO ELEITORAL - TEORIA E EXERCÍCIOS – TRIBUNAIS AULA 6 PROFESSOR: RICARDO GOMES Prof. Ricardo Gomes www.pontodosconcursos.com.br 5 22.12.2003) V - os PARTIDOS POLÍTICOS. (Incluído pela Lei nº 10.825, de 22.12.2003) Autonomia Partidária. Os partidos são AUTÔNOMOS para definirem suas estruturas internas, organização e funcionamento. Lei nº 9.096/95 Art. 3º É assegurada, ao partido político, AUTONOMIA para definir sua estrutura interna, organização e funcionamento. Ademais, a CF-88 assegura autonomia para aos partidos para adotarem os critérios de escolha e o regime de suas coligações eleitorais, SEM OBRIGATORIEDADE DE VINCULAÇÃO entre as candidaturas em âmbito nacional, estadual, distrital ou municipal, devendo seus estatutos estabelecer normas de disciplina e fidelidade partidária. Esta regra foi determinada pela Emenda Constitucional nº 52/2006, que pôs fim à antiga regra da verticalização para as coligações políticas, que obrigava os partidos a seguirem nos Estados as mesmas alianças acordadas em nível federal. Art. 17 § 1º É assegurada aos partidos políticos autonomia para definir sua estrutura interna, organização e funcionamento e para adotar os critérios de escolha e o regime de suas coligações eleitorais, SEM OBRIGATORIEDADE DE VINCULAÇÃO entre as candidaturas em âmbito nacional, estadual, distrital ou municipal, devendo seus estatutos estabelecer normas de disciplina e fidelidade partidária. Igualdade de direitos entre filiados. O Princípioda Igualdade determina que os filiados de um partido político têm iguais direitos e deveres. S E L M A A R A U J O R A M O S 7 0 3 9 3 3 3 8 1 3 4 S E L M A A R A U J O R A M O S 7 0 3 9 3 3 3 8 1 3 4 DIREITO ELEITORAL - TEORIA E EXERCÍCIOS – TRIBUNAIS AULA 6 PROFESSOR: RICARDO GOMES Prof. Ricardo Gomes www.pontodosconcursos.com.br 6 Art. 4º Os filiados de um partido político têm iguais direitos e deveres. Lembro que, como já estudamos, a filiação partidária é uma das condições de elegibilidade (condições para ser eleito), conforme o art. 14, §3º, da CF: Art. 14. § 3º - São condições de elegibilidade, na forma da lei: V - a filiação partidária; Caráter nacional. A ação do partido tem caráter nacional e é exercida de acordo com seu estatuto e programa, sem subordinação a entidades ou governos estrangeiros. Nessa linha, é vedado ao partido político ministrar instrução militar ou paramilitar, utilizar-se de organização da mesma natureza e adotar uniforme para seus membros. CF-88 Art. 17. É LIVRE a criação, fusão, incorporação e extinção de partidos políticos, (...) e observados os seguintes preceitos: I - caráter nacional; § 4º - É vedada a utilização pelos partidos políticos de organização paramilitar. Lei nº 9.096/95 Art. 5º A ação do partido tem caráter nacional e é exercida de acordo com seu estatuto e programa, sem subordinação a entidades ou governos estrangeiros. Art. 6º É vedado ao partido político ministrar instrução militar ou paramilitar, utilizar-se de organização da mesma natureza e adotar uniforme para seus membros. Registro dos Partidos. S E L M A A R A U J O R A M O S 7 0 3 9 3 3 3 8 1 3 4 S E L M A A R A U J O R A M O S 7 0 3 9 3 3 3 8 1 3 4 DIREITO ELEITORAL - TEORIA E EXERCÍCIOS – TRIBUNAIS AULA 6 PROFESSOR: RICARDO GOMES Prof. Ricardo Gomes www.pontodosconcursos.com.br 7 Como relatamos linhas atrás, após os Partidos adquirirem personalidade jurídica na forma do Código Civil (Pessoa Jurídica de Direito Privado), deverão REGISTRAR seus ESTATUTOS no Tribunal Superior Eleitoral (TSE). O que irão registrar? Seus ESTATUTOS! Onde registrarão os Estatutos? No TSE! Mas porque no TSE? Porque os Partidos devem ter caráter nacional e não apenas regional, detendo a Suprema Corte Eleitoral da competência do registro. CF-88 Art. 17 § 2º - Os partidos políticos, após adquirirem personalidade jurídica, na forma da LEI CIVIL, registrarão seus estatutos no Tribunal Superior Eleitoral. Lei nº 9.096/95 Art. 7º O partido político, após adquirir personalidade jurídica na forma da lei civil, registra seu estatuto no Tribunal Superior Eleitoral. Para que seja admitido o registro do estatuto de partido político, é preciso que este comprove seu CARÁTER NACIONAL por meio do apoiamento mínimo de eleitores. O APOIAMENTO MÍNIMO de eleitores corresponde aos seguintes números: 1. pelo menos, 0,5% (meio por cento) dos votos dados na última eleição geral para a Câmara dos Deputados, não computados os votos em branco e os nulos, 2. distribuídos por 1/3 (um terço), ou mais, dos Estados, 3. com um mínimo de 1/10% (um décimo por cento) do eleitorado que haja votado em cada um deles. Art. 7 S E L M A A R A U J O R A M O S 7 0 3 9 3 3 3 8 1 3 4 S E L M A A R A U J O R A M O S 7 0 3 9 3 3 3 8 1 3 4 DIREITO ELEITORAL - TEORIA E EXERCÍCIOS – TRIBUNAIS AULA 6 PROFESSOR: RICARDO GOMES Prof. Ricardo Gomes www.pontodosconcursos.com.br 8 § 1º Só é admitido o registro do estatuto de partido político que tenha caráter nacional, considerando-se como tal aquele que comprove o apoiamento de eleitores correspondente a, pelo menos (mínimo), 0,5% meio por cento dos votos dados na última eleição geral para a Câmara dos Deputados, não computados os votos em branco e os nulos, distribuídos por 1/3 um terço, ou mais, dos Estados, com um mínimo de 1/10% um décimo por cento do eleitorado que haja votado em cada um deles. A CF-88 assegura aos Partidos o direito aos recursos ao fundo partidário e de acesso gratuito ao RÁDIO e TV. No entanto, somente o partido que tenha registrado seu estatuto no TSE poderá: • participar do processo eleitoral, • receber recursos do Fundo Partidário e • ter acesso gratuito ao RÁDIO e TV. CF-88 Art. 17 § 3º - Os partidos políticos têm direito a recursos do fundo partidário e acesso gratuito ao rádio e à televisão, na forma da lei. Lei nº 9.096/95 Art. 7 § 2º Só o partido que tenha registrado seu estatuto no Tribunal Superior Eleitoral pode participar do processo eleitoral, receber recursos do Fundo Partidário e ter acesso gratuito ao rádio e à televisão, nos termos fixados nesta Lei. Por fim, também somente com o registro do estatuto no TSE é que estará assegurada a EXCLUSIVIDADE da denominação do partido, sigla e símbolos, sendo vedada a utilização de variação destes por outros partidos que possam confundir o eleitor, induzindo-o a erro ou confusão. Art. 7 § 3º Somente o registro do estatuto do partido no Tribunal S E L M A A R A U J O R A M O S 7 0 3 9 3 3 3 8 1 3 4 S E L M A A R A U J O R A M O S 7 0 3 9 3 3 3 8 1 3 4 DIREITO ELEITORAL - TEORIA E EXERCÍCIOS – TRIBUNAIS AULA 6 PROFESSOR: RICARDO GOMES Prof. Ricardo Gomes www.pontodosconcursos.com.br 9 Superior Eleitoral assegura a exclusividade da sua denominação, sigla e símbolos, vedada a utilização, por outros partidos, de variações que venham a induzir a erro ou confusão. 1.2. Da criação e do registro dos partidos políticos. Procedimento de registro e criação dos Partidos. É preciso que, primeiro, o Partido adquira PERSONALIDADE JURÍDICA, nos termos do Código Civil (Pessoa Jurídica de Direito Privado), para que, depois, possa registrar seus estatutos no TSE. Com efeito, o Partido apenas adquire personalidade jurídica mediante o seu registro em Cartório competente do Registro Civil das Pessoas Jurídicas, da Capital Federal (Brasília). O requerimento de registro deve ser subscrito pelos fundadores do Partido, em número não inferior a 101 (pelo menos 101 fundadores), com domicílio eleitoral em, no mínimo, 1/3 dos ESTADOS (caráter nacional), acompanhado dos seguintes documentos: 1. cópia autêntica da ata da reunião de fundação do partido; 2. exemplares do Diário Oficial que publicou, no seu inteiro teor, o programa e o estatuto; 3. relação de todos os fundadores com o nome completo, naturalidade, número do título eleitoral com a Zona, Seção, Município e Estado, profissão e endereço da residência. Este requerimento deve indicar o nome e função dos dirigentes provisórios e o endereço da sede do partido na Capital Federal (Brasília). Cumpridas todas essas exigências, o Oficial do Registro Civil efetua o registro do Partido como Pessoa Jurídica de Direito Privado no livro correspondente, expedindo CERTIDÃO de inteiro teor. S E L M A A R A U J O R A M O S 7 0 3 9 3 3 3 8 1 3 4 S E L M A A R A U J O R A M O S 7 0 3 9 3 3 3 8 1 3 4 DIREITO ELEITORAL - TEORIA E EXERCÍCIOS – TRIBUNAIS AULA 6 PROFESSOR: RICARDO GOMES Prof. Ricardo Gomes www.pontodosconcursos.com.br 10 Tornando-se pessoa jurídica, o partido deve promover a obtenção do apoiamento mínimo de eleitores para ostentar o seu caráter nacional e deve realizar os atos necessários para a constituição definitiva de seus órgãos e designação dos dirigentes, na forma do seu estatuto. Com o registro no Cartório de Registro Civil das Pessoas Jurídicas da Capital Federal e sendo promovido o apoiamento mínimo de eleitores, o Partido poderá finalmente requerer o registro de seus estatutos no TSE. Resumo: Registrono Cartório Civil como Pessoa Jurídica de Direito Privado ? Obtenção do Apoiamento Mínimo ? Constituição definitiva dos órgãos e designação dos dirigentes ? Registros dos Estatutos no TSE. cartório competente do Registro Civil das Pessoas Jurídicas, da Capital Federal, deve ser subscrito pelos seus fundadores, em número nunca inferior a 101 (cento e um), com domicílio eleitoral em, no mínimo, 1/3 (um terço) dos Estados, e será acompanhado de: I - cópia autêntica da ata da reunião de fundação do partido; II - exemplares do Diário Oficial que publicou, no seu inteiro teor, o programa e o estatuto; III - relação de todos os fundadores com o nome completo, naturalidade, número do título eleitoral com a Zona, Seção, Município e Estado, profissão e endereço da residência. § 1º O requerimento indicará o nome e função dos dirigentes provisórios e o endereço da sede do partido na Capital Federal. § 2º Satisfeitas as exigências deste artigo, o Oficial do Registro Civil efetua o registro no livro correspondente, expedindo certidão de inteiro teor. § 3º Adquirida a personalidade jurídica na forma deste artigo, o partido promove a obtenção do apoiamento mínimo de eleitores a que se refere o § 1º do art. 7º e realiza os atos S E L M A A R A U J O R A M O S 7 0 3 9 3 3 3 8 1 3 4 S E L M A A R A U J O R A M O S 7 0 3 9 3 3 3 8 1 3 4 DIREITO ELEITORAL - TEORIA E EXERCÍCIOS – TRIBUNAIS AULA 6 PROFESSOR: RICARDO GOMES Prof. Ricardo Gomes www.pontodosconcursos.com.br 11 necessários para a constituição definitiva de seus órgãos e designação dos dirigentes, na forma do seu estatuto. Art. 9º Feita a constituição e designação, referidas no § 3º do artigo anterior, os dirigentes nacionais promoverão o registro do estatuto do partido junto ao Tribunal Superior Eleitoral, através de requerimento acompanhado de: (...) Registro no TSE. O registro do Estatuto no TSE é realizado por meio de outro requerimento, acompanhado da seguinte documentação: a. exemplar autenticado do inteiro teor do programa e do estatuto partidários, inscritos no Registro Civil; b. certidão do registro civil da pessoa jurídica (expedida pelo Oficial do Cartório); c. certidões dos cartórios eleitorais que comprovem ter o partido obtido o apoiamento mínimo de eleitores. A prova desse apoiamento mínimo é feita por meio das assinaturas dos eleitores, com menção ao número do título eleitoral, em listas organizadas por cada Zona. A certidão citada é emitida pelo Escrivão eleitoral, que após consultar no cadastro eleitoral a situação de cada um dos eleitores constantes da relação apresentada pelo partido, atestará a veracidade das assinaturas, lavrando a certidão. O escrivão dará imediato recibo de cada lista que lhe for apresentada e, no prazo de 15 DIAS, lavrará o seu atestado (Certidão), devolvendo-a ao interessado. Após o protocolo do registro do Partido, o processo será distribuído a um Relator no prazo de 48 HORAS. Deve ser ouvida a Procuradoria- Geral Eleitoral no prazo de 10 DIAS. Caso não seja necessária a realização de diligências para sanar eventuais falhas no processo ou tendo sido estas sanadas, o registro do estatuto do Partido no TSE deverá ser efetuado no prazo máximo de 30 DIAS! Outras alterações posteriores no estatuto ou no programa do S E L M A A R A U J O R A M O S 7 0 3 9 3 3 3 8 1 3 4 S E L M A A R A U J O R A M O S 7 0 3 9 3 3 3 8 1 3 4 DIREITO ELEITORAL - TEORIA E EXERCÍCIOS – TRIBUNAIS AULA 6 PROFESSOR: RICARDO GOMES Prof. Ricardo Gomes www.pontodosconcursos.com.br 12 partido deverão ser registradas tanto no Cartório do Registro Civil quanto no TSE! O Partido também deve comunicar à Justiça Eleitoral a constituição de seus órgãos de direção e os nomes dos integrantes e as posteriores alterações, nos seguintes termos: 1. no Tribunal Superior Eleitoral, dos integrantes dos órgãos de âmbito nacional; 2. nos Tribunais Regionais Eleitorais, dos integrantes dos órgãos de âmbito estadual, municipal ou zonal. Art. 9 § 1º A prova do apoiamento mínimo de eleitores é feita por meio de suas assinaturas, com menção ao número do respectivo título eleitoral, em listas organizadas para cada Zona, sendo a veracidade das respectivas assinaturas e o número dos títulos atestados pelo Escrivão Eleitoral. § 2º O Escrivão Eleitoral dá imediato recibo de cada lista que lhe for apresentada e, no prazo de 15 (quinze) dias, lavra o seu atestado, devolvendo-a ao interessado. § 3º Protocolado o pedido de registro no Tribunal Superior Eleitoral, o processo respectivo, no prazo de 48 (quarenta e oito) horas, é distribuído a um Relator, que, ouvida a Procuradoria- Geral, em 10 (dez) dias, determina, em igual prazo, diligências para sanar eventuais falhas do processo. § 4º Se não houver diligências a determinar, ou após o seu atendimento, o Tribunal Superior Eleitoral registra o estatuto do partido, no prazo de 30 (trinta) dias. Art. 10. As alterações programáticas ou estatutárias, após registradas no Ofício Civil competente, devem ser encaminhadas, para o mesmo fim, ao Tribunal Superior Eleitoral. Parágrafo único. O Partido comunica à Justiça Eleitoral a constituição de seus órgãos de direção e os nomes dos respectivos integrantes, bem como as alterações que forem promovidas, para anotação: (Incluído pela Lei nº 9.259, de 1996) S E L M A A R A U J O R A M O S 7 0 3 9 3 3 3 8 1 3 4 S E L M A A R A U J O R A M O S 7 0 3 9 3 3 3 8 1 3 4 DIREITO ELEITORAL - TEORIA E EXERCÍCIOS – TRIBUNAIS AULA 6 PROFESSOR: RICARDO GOMES Prof. Ricardo Gomes www.pontodosconcursos.com.br 13 I - no Tribunal Superior Eleitoral, dos integrantes dos órgãos de âmbito nacional; (Incluído pela Lei nº 9.259, de 1996) II - nos Tribunais Regionais Eleitorais, dos integrantes dos órgãos de âmbito estadual, municipal ou zonal. (Incluído pela Lei nº 9.259, de 1996) Credenciamento de Delegados. Após o registro do Partido no TSE, poderão ser registrados Delegados perante as 3 esferas jurisdicionais eleitorais: • no Juiz Eleitoral; • no TRE; • no TSE. Os Delegados credenciados pelos diversos órgãos representam o partido perante Tribunais ou Juízes Eleitorais respectivos. Em detalhes, assim é selecionada a representação destes delegados: • Delegados credenciados pelo órgão de direção nacional representam o partido perante quaisquer Tribunais (TSE e TREs) ou Juízes Eleitorais; • Delegados credenciados pelos órgãos estaduais, somente perante o TRE e os Juízes Eleitorais do respectivo Estado, do DF ou Território; • Delegados credenciados pelo órgão municipal, perante o Juiz Eleitoral da respectiva jurisdição. Art. 11. O partido com registro no Tribunal Superior Eleitoral pode credenciar, respectivamente: I - delegados perante o Juiz Eleitoral; II - delegados perante o Tribunal Regional Eleitoral; III - delegados perante o Tribunal Superior Eleitoral. Parágrafo único. Os delegados credenciados pelo órgão de direção nacional representam o partido perante quaisquer Tribunais ou Juízes Eleitorais; os credenciados pelos órgãos estaduais, somente S E L M A A R A U J O R A M O S 7 0 3 9 3 3 3 8 1 3 4 S E L M A A R A U J O R A M O S 7 0 3 9 3 3 3 8 1 3 4 DIREITO ELEITORAL - TEORIA E EXERCÍCIOS – TRIBUNAIS AULA 6 PROFESSOR: RICARDO GOMES Prof. Ricardo Gomes www.pontodosconcursos.com.br 14 perante o Tribunal Regional Eleitoral e os Juízes Eleitorais do respectivo Estado, do Distrito Federal ou Território Federal; e os credenciados pelo órgão municipal, perante o Juiz Eleitoral da respectiva jurisdição. 1.3. Da filiação partidária. Condições para a filiação partidária. Os partidospolíticos são acessíveis a todos os cidadãos, sem quaisquer distinções. Contudo, a Lei dos Partidos Políticos impõe 2 condições básicas para que o eleitor possa filiar-se a determinado partido: 1. estar em gozo de seus direitos políticos; 2. atender às regras estatutárias do Partido que deseja filiar-se. Esta última condição decorre da autonomia partidária, que permite aos partidos estabelecerem, entre outros, sua organização interna e regras sobre filiação partidária. Art. 16. Só pode filiar-se a partido o eleitor que estiver no pleno gozo de seus direitos políticos. Art. 17. Considera-se deferida, para todos os efeitos, a filiação partidária, com o atendimento das regras estatutárias do partido. Parágrafo único. Deferida a filiação do eleitor, será entregue comprovante ao interessado, no modelo adotado pelo partido. Relação dos filiados para a Justiça Eleitoral. Na 2ª (segunda) semana dos meses de ABRIL e OUTUBRO (2 vezes no ano) de cada ano, o partido, por seus órgãos de direção municipais, regionais ou nacional, deverá remeter, aos JUÍZES ELEITORAIS, para S E L M A A R A U J O R A M O S 7 0 3 9 3 3 3 8 1 3 4 S E L M A A R A U J O R A M O S 7 0 3 9 3 3 3 8 1 3 4 DIREITO ELEITORAL - TEORIA E EXERCÍCIOS – TRIBUNAIS AULA 6 PROFESSOR: RICARDO GOMES Prof. Ricardo Gomes www.pontodosconcursos.com.br 15 arquivamento, publicação e cumprimento dos prazos de filiação partidária para efeito de candidatura a cargos eletivos, a RELAÇÃO de todos os seus filiados, da qual constará a data de filiação, o número dos títulos eleitorais e das seções em que estão inscritos. Sobre o tema, o TSE exarou a Súmula 20: Súmula 20 – TSE: A falta do nome do filiado ao partido na lista por este encaminhada à Justiça Eleitoral, nos termos do art. 19 da Lei 9.096, de 19.9.95, pode ser suprida por outros elementos de prova de oportuna filiação. NOVO! Agora, os órgãos de direção nacional dos partidos têm acesso às informações dos filiados constantes do cadastro eleitoral. Este cadastro nacional de eleitores é um banco de dados quase indevasável. Com esta nova permissão, os órgãos nacionais dos partidos não terão mais obstáculos para acessarem as informações dos seus filiados constantes do cadastro de eleitores. Art. 19 § 1º Se a relação não é remetida nos prazos mencionados neste artigo, permanece inalterada a filiação de todos os eleitores, constante da relação remetida anteriormente. § 2º Os prejudicados por desídia ou má-fé poderão requerer, diretamente à Justiça Eleitoral, a observância do que prescreve o caput deste artigo. § 3o Os órgãos de direção nacional dos partidos políticos terão pleno acesso às informações de seus filiados constantes do cadastro eleitoral. (Incluído pela Lei nº 12.034, de 2009) Prazos mínimos de filiação partidária para concorrer a cargo eletivo. Para concorrer em uma determinada eleição, o eleitor deverá estar filiado no seu partido com pelo menos 1 ANO antes da data das ELEIÇÕES (majoritárias ou proporcionais). Se não fosse essa regra, muitos eleitores filiavam-se aos partidos faltando poucos dias antes das eleições para candidatarem-se, sem demonstrar qualquer histórico de luta política. S E L M A A R A U J O R A M O S 7 0 3 9 3 3 3 8 1 3 4 S E L M A A R A U J O R A M O S 7 0 3 9 3 3 3 8 1 3 4 DIREITO ELEITORAL - TEORIA E EXERCÍCIOS – TRIBUNAIS AULA 6 PROFESSOR: RICARDO GOMES Prof. Ricardo Gomes www.pontodosconcursos.com.br 16 Art. 18. Para concorrer a cargo eletivo, o eleitor deverá estar filiado ao respectivo partido pelo menos 1 (um) ANO antes da data fixada para as eleições, majoritárias ou proporcionais. Todavia, a Lei permite aos partidos, à luz da autonomia partidária, instituir em seus estatutos PRAZOS DE FILIAÇÃO PARTIDÁRIA SUPERIORES A 1 ANO para eventuais candidaturas a cargos eletivos! Ressalva a Lei que estes prazos não podem ser alterados pelos partidos no ano da eleição. Art. 20. É facultado ao partido político estabelecer, em seu estatuto, prazos de filiação partidária SUPERIORES aos previstos nesta Lei, com vistas a candidatura a cargos eletivos. Parágrafo único. Os prazos de filiação partidária, fixados no estatuto do partido, com vistas a candidatura a cargos eletivos, não podem ser alterados no ano da eleição. Desligamento do eleitor do Partido. O desligamento do vínculo de eleitor com o Partido depende de comunicação escrita daquele ao órgão de direção municipal do partido e ao Juiz Eleitoral da Zona em que for inscrito. Considera-se automaticamente extinto o vínculo do eleitor com o partido tão logo decorram 2 DIAS da data da entrega da comunicação. Apenas para conhecimento, informo que a Resolução nº 23.117/2009 estabele os procedimentos do desligamento dos partidos. Art. 21. Para desligar-se do partido, o filiado faz comunicação escrita ao órgão de direção municipal e ao Juiz Eleitoral da Zona em que for inscrito. Parágrafo único. Decorridos dois dias da data da entrega da comunicação, o vínculo torna-se extinto, para todos os efeitos. Cancelamento imediato da filiação partidária. Serão imediatamente canceladas as filiações partidárias nos seguintes casos ocorridos com os eleitores: 1. morte; S E L M A A R A U J O R A M O S 7 0 3 9 3 3 3 8 1 3 4 S E L M A A R A U J O R A M O S 7 0 3 9 3 3 3 8 1 3 4 DIREITO ELEITORAL - TEORIA E EXERCÍCIOS – TRIBUNAIS AULA 6 PROFESSOR: RICARDO GOMES Prof. Ricardo Gomes www.pontodosconcursos.com.br 17 2. perda dos direitos políticos; 3. expulsão; 4. outras formas previstas no estatuto, com comunicação obrigatória ao atingido no prazo de 48 (quarenta e oito) horas da decisão. Por lei, o eleitor está obrigado a comunicar da filiação a outro partido ao partido que ainda está filiado e ao Juiz Eleitoral de sua Zona, para que cancele sua filiação antiga, sob pena de ficar configurada no dia imediato à sua nova filiação a chamada DUPLA FILIAÇÃO, sendo consideradas AMBAS NULAS! Art. 22. Parágrafo único. Quem se filia a outro partido deve fazer comunicação ao partido e ao juiz de sua respectiva Zona Eleitoral, para cancelar sua filiação; se não o fizer no dia imediato ao da nova filiação, fica configurada DUPLA FILIAÇÃO, sendo AMBAS consideradas NULAS para todos os efeitos. 1.4. Da fusão, incorporação e extinção dos partidos políticos. Os órgãos de direção nacional do partido poderão decidir pela extinção do partido, ou mesmo pela fusão ou incorporação a outros Partidos. A FUSÃO é a união de 1 ou mais partidos que implica no surgimento de um NOVO PARTIDO. A INCORPORAÇÃO é o processo em que um partido é dissolvido para integrar um outro que continua existindo. A dissolução (extinção), a fusão ou a incorporação de um Partido no outro geram o CANCELAMENTO dos registros dos Partidos perante o Ofício Civil (Cartório) e junto ao TSE! S E L M A A R A U J O R A M O S 7 0 3 9 3 3 3 8 1 3 4 S E L M A A R A U J O R A M O S 7 0 3 9 3 3 3 8 1 3 4 DIREITO ELEITORAL - TEORIA E EXERCÍCIOS – TRIBUNAIS AULA 6 PROFESSOR: RICARDO GOMES Prof. Ricardo Gomes www.pontodosconcursos.com.br 18 Art. 27. Fica cancelado, junto ao Ofício Civil e ao Tribunal Superior Eleitoral, o registro do partido que, na forma de seu estatuto, se dissolva, se incorpore ou venha a se fundir a outro. O TSE determina o CANCELAMENTO do registro civil e do estatuto do partido, após o trânsito em julgado de decisão, quando ficar compravado contra o partido: 1. ter recebido ou estar recebendo recursos financeiros de procedência estrangeira; 2. estar subordinado a entidade ou governo estrangeiros; 3. não ter os órgãos nacionais dos partidos prestado, nos termos desta Lei,as devidas contas à Justiça Eleitoral; (alteração recente, conforme art. 28, §6º) 4. que mantém organização paramilitar. Lógico que esta decisão de cancelamento deve obedever ao Princípio do Devido Processo Legal (“processo regular”), assegurando ao acusado ampla defesa. Qualquer eleitor, representante de partido ou o Procurador-Geral Eleitoral poderão iniciar o processo de cancelamento do registro e estatuto do partido, com denúncia/representação fundamentada. Se um órgão de direção estadual ou municipal vier a ser punido por prática de qualquer ato, o partido político em nível nacional não sofrerá a suspensão das cotas do Fundo Partidário e nem qualquer outra punição. Art. 28 § 1º A decisão judicial a que se refere este artigo deve ser precedida de processo regular, que assegure ampla defesa. § 2º O processo de cancelamento é iniciado pelo Tribunal à vista de denúncia de qualquer eleitor, de representante de partido, ou de representação do Procurador-Geral Eleitoral. § 3º O partido político, em nível nacional, não sofrerá a suspensão das cotas do Fundo Partidário, nem qualquer outra punição como conseqüência de atos praticados por órgãos regionais ou municipais. (Parágrafo incluído pela Lei nº 9.693, de 27.7.98) S E L M A A R A U J O R A M O S 7 0 3 9 3 3 3 8 1 3 4 S E L M A A R A U J O R A M O S 7 0 3 9 3 3 3 8 1 3 4 DIREITO ELEITORAL - TEORIA E EXERCÍCIOS – TRIBUNAIS AULA 6 PROFESSOR: RICARDO GOMES Prof. Ricardo Gomes www.pontodosconcursos.com.br 19 NOVO! Alterações recentes com relação às despesas dos partidos. A Lei agora impõe que as despesas realizadas pelos órgãos partidários municipais e estaduais ou somente por candidatos majoritários nos Municípios ou Estados, devem ser pagas pela esfera partidária correspondente (qual seja, órgãos partidários municipais ou estaduais), salvo se houver acordo expresso com o(s) órgão(s) de outras esferas (nacional ou estadual). Com isso, se forem os órgãos inferiores inadimplentes em suas despesas, NÃO PODERÃO ser cobradas judicialmente dos órgãos superiores. Possíveis penhoras devem recair apenas nos bens do órgão que contraiu a dívida e não no órgão superior. Na esteira do que foi adiantado linhas acima, será cancelado pelo TSE o registro civil e o estatuto do partido quando o ÓRGÃO NACIONAL do partido não prestar contas à Justiça Eleitoral. Caso órgãos regionais ou municipais não prestem as contas, não será caso de cancelamento. Este entendimento já era pacífico pela jurisprudência do TSE, vindo em boa hora a determinação em sede de lei nesse sentido. Art. 28 § 4o Despesas realizadas por órgãos partidários municipais ou estaduais ou por candidatos majoritários nas respectivas circunscrições devem ser assumidas e pagas EXCLUSIVAMENTE pela esfera partidária correspondente, salvo acordo expresso com órgão de outra esfera partidária. (Incluído pela Lei nº 12.034, de 2009) § 5o Em caso de não pagamento, as despesas não poderão ser cobradas judicialmente dos órgãos superiores dos partidos políticos, recaindo eventual penhora exclusivamente sobre o órgão partidário que contraiu a dívida executada. (Incluído pela Lei nº 12.034, de 2009) § 6o O disposto no inciso III do caput refere-se apenas aos órgãos nacionais dos partidos políticos que deixarem de prestar contas ao Tribunal Superior Eleitoral, não ocorrendo o cancelamento do registro civil e do estatuto do partido quando a omissão for S E L M A A R A U J O R A M O S 7 0 3 9 3 3 3 8 1 3 4 S E L M A A R A U J O R A M O S 7 0 3 9 3 3 3 8 1 3 4 DIREITO ELEITORAL - TEORIA E EXERCÍCIOS – TRIBUNAIS AULA 6 PROFESSOR: RICARDO GOMES Prof. Ricardo Gomes www.pontodosconcursos.com.br 20 dos órgãos partidários regionais ou municipais. (Incluído pela Lei nº 12.034, de 2009) Procedimentos para Fusão e Incorporação de Partidos. Os órgãos nacionais dos partidos poderão decidir pela fusão ou incorporação de 2 ou mais partidos. Para Fusão devem ser observadas as seguintes regras: 1. os órgãos de direção dos partidos elaborarão projetos comuns de estatuto e programa; 2. os órgãos nacionais de deliberação dos partidos em processo de fusão votarão em reunião conjunta, por maioria absoluta, os projetos, e elegerão o órgão de direção nacional que promoverá o registro do novo partido. Para a Incorporação, o Partido subsistente (incorporando) deliberará por seu órgão nacional, por maioria absoluta de votos, se adotará ou não o estatuto e programa do partido incorporado. Art. 29. § 3º Adotados o estatuto e o programa do partido incorporador, realizar-se-á, em reunião conjunta dos órgãos nacionais de deliberação, a eleição do novo órgão de direção nacional. § 4º Na hipótese de fusão, a existência legal do novo partido tem início com o registro, no Ofício Civil competente da Capital Federal, do estatuto e do programa, cujo requerimento deve ser acompanhado das atas das decisões dos órgãos competentes. § 5º No caso de incorporação, o instrumento respectivo deve ser levado ao Ofício Civil competente, que deve, então, cancelar o registro do partido incorporado a outro. § 6º Havendo fusão ou incorporação de partidos, os votos obtidos por eles, na última eleição geral para a Câmara dos Deputados, devem ser somados para efeito do funcionamento parlamentar, nos termos do art. 13, da distribuição dos recursos do Fundo Partidário e do acesso gratuito ao rádio e à televisão. S E L M A A R A U J O R A M O S 7 0 3 9 3 3 3 8 1 3 4 S E L M A A R A U J O R A M O S 7 0 3 9 3 3 3 8 1 3 4 DIREITO ELEITORAL - TEORIA E EXERCÍCIOS – TRIBUNAIS AULA 6 PROFESSOR: RICARDO GOMES Prof. Ricardo Gomes www.pontodosconcursos.com.br 21 § 7º O novo estatuto ou instrumento de incorporação deve ser levado a registro e averbado, respectivamente, no Ofício Civil e no Tribunal Superior Eleitoral. 1.5. Da prestação de contas. Os órgãos de direção dos partidos (nacionais, regionais e municipais) são responsáveis também pela arrecadaçao e aplicação de recursos para manunteção da agremiação e para custear as campanhas eleitorais. Estes órgãos de direção devem manter em dia sua escrituração contábil, de forma a permitir que sejam conhecidas as origens de suas receitas e a destinação de suas despesas. Os partidos NÃO PODEM receber, direta ou indiretamente, contribuição ou auxílio financeiro, inclusive por meio de publicidade de qualquer espécie oriundos de: 1. entidade ou governo estrangeiros; 2. autoridade ou órgãos públicos, ressalvadas as dotações do Fundo Partidário; 3. autarquias, empresas públicas ou concessionárias de serviços públicos, sociedades de economia mista e fundações instituídas em virtude de lei e para cujos recursos concorram órgãos ou entidades governamentais; 4. entidade de classe ou sindical. Controle do balanço contábil dos Partidos. A CADA ANO os partidos devem enviar, à Justiça Eleitoral, o balanço contábil do exercício finalizado, até o dia 30 de ABRIL do ano seguinte. O encaminhamento deste balanço contábil anual para controle da Justiça Eleitoral dar-se-á do seguinte modo: S E L M A A R A U J O R A M O S 7 0 3 9 3 3 3 8 1 3 4 S E L M A A R A U J O R A M O S 7 0 3 9 3 3 3 8 1 3 4 DIREITO ELEITORAL - TEORIA E EXERCÍCIOS – TRIBUNAIS AULA 6 PROFESSOR: RICARDO GOMES Prof. Ricardo Gomes www.pontodosconcursos.com.br 22 • ao TSE – o balanço do órgão nacional; • aos TREs – os balanços dos órgãos estaduais; • aos Juízes Eleitorais – os balanços dos órgãos municipais. Estes balanços devem ser publicados na imprensa oficial. Caso não exista, deve-se proceder à afixação dos balanços no próprio Cartório Eleitoral. No ano de eleição, a Lei impõeaos partidos o envio de balancetes mensais à Justiça Eleitoral, durante o período de 6 MESES, compreendidos entre: 4 meses anteriores e 2 meses posteriores ao pleito. Requisitos do Balanço Contábil. Os balanços contábeis dos Partidos deverão possuir as seguintes informações/itens obrigatórios: 1. discriminação dos valores e destinação dos recursos oriundos do fundo partidário; 2. origem e valor das contribuições e doações; 3. despesas de caráter eleitoral, com a especificação e comprovação dos gastos com programas no rádio e televisão, comitês, propaganda, publicações, comícios, e demais atividades de campanha; 4. discriminação detalhada das receitas e despesas. Fiscalização da Justiça Eleitoral. A Justiça Eleitoral detém, por força de Lei, a competência para fiscalizar a escrituração contábil e a prestação de contas dos partidos, bem como as despesas de campanha eleitoral, devendo ATESTAR se elas refletem adequadamente a real movimentação financeira, os dispêndios e recursos aplicados nas campanhas. No exercício desta fiscalização, a Justiça Eleitoral impõe aos Partidos o atendimento das normas abaixo: a) obrigatoriedade de constituição de comitês e designação S E L M A A R A U J O R A M O S 7 0 3 9 3 3 3 8 1 3 4 S E L M A A R A U J O R A M O S 7 0 3 9 3 3 3 8 1 3 4 DIREITO ELEITORAL - TEORIA E EXERCÍCIOS – TRIBUNAIS AULA 6 PROFESSOR: RICARDO GOMES Prof. Ricardo Gomes www.pontodosconcursos.com.br 23 de dirigentes partidários específicos (Tesoureiro), para movimentar recursos financeiros nas campanhas eleitorais – uma das principais funções dos comitês é esta, a de movimentar recursos financeiros em campanhas; b) caracterização da responsabilidade dos dirigentes do partido e comitês, inclusive do tesoureiro, que responderão, civil e criminalmente, por quaisquer irregularidades; c) escrituração contábil, com documentação que comprove a entrada e saída de dinheiro ou de bens recebidos e aplicados; d) obrigatoriedade de CONSERVAÇÃO pelo partido da documentação comprobatória de suas prestações de contas, por prazo não inferior a 5 (cinco) ANOS; e) obrigatoriedade de prestação de contas, pelo partido político, seus comitês e candidatos, no encerramento da campanha eleitoral, com o recolhimento imediato à tesouraria do partido dos saldos financeiros eventualmente apurados. Para examinar as prestações de contas enviadas pelos diretórios dos partidos, a Justiça Eleitoral poderá requisitar técnicos (servidores) do Tribunal de Contas da União (TCU) ou dos Estados (TCEs). Denúncia ou Representação de Irregularidade. Qualquer filiado ao partido, Delegado poderão denunciar irregularidades nas contas partidárias. O Procurador-Geral Eleitoral poderá, da mesma forma, representar sobre impropriedades identificadas, devendo o TSE e os TREs determinarem o exame da escrituração do partido e a apuração de violação à lei e aos estatutos em matéria financeira. A Lei prevê que poderá a Justiça Eleitoral determinar a quebra do sigilo bancário dos partidos. Como forma de propiciar uma fiscalização mútua dos partidos, objetivando preservar o atendimento das prescrições legais em matéria financeira, a Lei possibilita a qualquer Partido examinar as prestações de contas mensais e os balanços anuais dos demais partidos, no prazo de 15 DIAS após a publicação dos balanços, podendo IMPUGNÁ-LOS no prazo S E L M A A R A U J O R A M O S 7 0 3 9 3 3 3 8 1 3 4 S E L M A A R A U J O R A M O S 7 0 3 9 3 3 3 8 1 3 4 DIREITO ELEITORAL - TEORIA E EXERCÍCIOS – TRIBUNAIS AULA 6 PROFESSOR: RICARDO GOMES Prof. Ricardo Gomes www.pontodosconcursos.com.br 24 de 5 DIAS. Art. 35. O Tribunal Superior Eleitoral e os Tribunais Regionais Eleitorais, à vista de denúncia fundamentada de filiado ou delegado de partido, de representação do Procurador-Geral ou Regional ou de iniciativa do Corregedor, determinarão o exame da escrituração do partido e a apuração de qualquer ato que viole as prescrições legais ou estatutárias a que, em matéria financeira, aquele ou seus filiados estejam sujeitos, podendo, inclusive, determinar a quebra de sigilo bancário das contas dos partidos para o esclarecimento ou apuração de fatos vinculados à denúncia. Parágrafo único. O partido pode examinar, na Justiça Eleitoral, as prestações de contas mensais ou anuais dos demais partidos, 15 DIAS após a publicação dos balanços financeiros, aberto o prazo de 5 DIAS para impugná-las, podendo, ainda, relatar fatos, indicar provas e pedir abertura de investigação para apurar qualquer ato que viole as prescrições legais ou estatutárias a que, em matéria financeira, os partidos e seus filiados estejam sujeitos. Sanções por violação das normas. Caso a Justiça Eleitoral constate a violaçaõ de normas legais ou mesmo estatutárias, o partido ficará sujeito às seguintes sanções: a) no caso de recursos de origem não mencionada ou esclarecida, fica SUSPENSO o recebimento das quotas do FUNDO PARTIDÁRIO até que o esclarecimento seja aceito pela Justiça Eleitoral; b) no caso de recebimento de recursos previstos como VEDADOS (ex: de governo estrangeiro), fica SUSPENSA a participação no fundo partidário por 1 (um) ANO; c) no caso de recebimento de doações cujo VALOR ULTRAPASSE os limites previstos na Lei, fica SUSPENSA por 2 ANOS a participação no FUNDO PARTIDÁRIO e será aplicada ao partido MULTA correspondente ao valor que S E L M A A R A U J O R A M O S 7 0 3 9 3 3 3 8 1 3 4 S E L M A A R A U J O R A M O S 7 0 3 9 3 3 3 8 1 3 4 DIREITO ELEITORAL - TEORIA E EXERCÍCIOS – TRIBUNAIS AULA 6 PROFESSOR: RICARDO GOMES Prof. Ricardo Gomes www.pontodosconcursos.com.br 25 exceder aos limites fixados. Outrossim, a falta (ausência) de prestação de contas ou a sua desaprovação TOTAL ou PARCIAL*gera a SUSPENSÃO de novas cotas do Fundo Partidário e sujeita aos responsáveis às penalidades previstas em Lei. É possível a realização de diligências necessárias à complementação das informações ou à sanação das irregularidades. A sanção de suspensão das quotas do Fundo Partidário deve ser aplicada EXCLUSIVAMENTE à esfera partidária responsável pela irregularidade (Ex: órgão partidário federal, estadual ou municipal). Princípios da Proporcionalidade e Razoabilidade na aplicação da Sanção. NOVO! O Legislador, na recente alteração conferida pela Lei nº 12.034/09, determinou expressamente que deverá ser aplicada a sanção de suspensão do repasse de novas cotas do Fundo Partidário de forma PROPORCIONAL e RAZOÁVEL pelo período compreendido entre 1 e 12 MESES, ou mesmo realizar desconto da importância apontada como irregular do respectivo valor a ser repassado. Não pode a Justiça Eleitoral ficar sem julgar determinada prestação de contas ad eternum. Por isso, a Lei confere o prazo prescricional de 5 ANOS desde a apresentação das contas no Juízo ou Tribunal Eleitoral competente para que SEJAM JULGADAS. Caso as contas não sejam julgadas neste prazo de 5 ANOS, prescreve o direito do Estado de sancionar o partido com a suspensão dos repasses das quotas do fundo partidário. A partir deste prazo, mesmo que as contas fossem irregulares, o partido NÃO mais poderia ser atingido com a sanção de suspensão de repasses. Art. 37 § 3o A sanção de suspensão do repasse de novas quotas do Fundo Partidário, por desaprovação total ou parcial da prestação de contas de partido, deverá ser aplicada de forma proporcional e razoável, pelo período de 1 (um) mês a 12 (doze) meses, ou por meio do DESCONTO, do valor a ser repassado, da importância apontada como irregular, não podendo ser aplicada a sanção S E L M A A R A U J O R A M O S 7 0 3 9 3 3 3 8 1 3 4 S E L M A A R A U J O R A MO S 7 0 3 9 3 3 3 8 1 3 4 DIREITO ELEITORAL - TEORIA E EXERCÍCIOS – TRIBUNAIS AULA 6 PROFESSOR: RICARDO GOMES Prof. Ricardo Gomes www.pontodosconcursos.com.br 26 de suspensão, caso a prestação de contas não seja julgada, pelo juízo ou tribunal competente, após 5 (cinco) anos de sua apresentação. (Incluído pela Lei nº 12.034, de 2009) Recurso da desaprovação das contas. NOVO! Da decisão do Juízo Eleitora que DESAPROVA TOTAL ou PARCIALMENTE a prestação das contas dos partidos, caberá RECURSO para os TREs ou para o TSE. Este RECURSO deve ser recebido COM EFEITO SUSPENSIVO! Ou seja, suspenderá os efeitos da decisão de desaprovação das contas. Desde a Reforma Eleitoral operada pela Lei nº 12034/09, os Partidos apenados com a suspensão dos repasses por desaprovação das contas pelos TREs ou pelo TSE poderão efetuar simples REQUERIMENTO nos autos da prestação de contas para serem REVISTAS as SANÇÕES à luz do princípio da proporcionalidade. Por derradeiro, a Lei preleciona que tem caráter jurisdicional o exame da prestação de contas dos órgãos partidários realizado pela Justiça Eleitoral. Assim, cai por terra o entendimento de parte da doutrina de que tal exame tinha natureza meramente administrativa. Com isso, destas decisões cabem também outros recursos previstos na Lei Civil, aplicáveis subsidiariamente aos Processos tramitantes na Justiça Eleitoral. Art. 37. § 4o Da decisão que desaprovar total ou parcialmente a prestação de contas dos órgãos partidários caberá recurso para os Tribunais Regionais Eleitorais ou para o Tribunal Superior Eleitoral, conforme o caso, o qual deverá ser recebido com efeito suspensivo. (Incluído pela Lei nº 12.034, de 2009) § 5o As prestações de contas desaprovadas pelos Tribunais Regionais e pelo Tribunal Superior poderão ser revistas para fins de aplicação proporcional da sanção aplicada, mediante requerimento ofertado nos autos da prestação de contas. (Incluído pela Lei nº 12.034, de 2009) § 6o O exame da prestação de contas dos órgãos partidários tem S E L M A A R A U J O R A M O S 7 0 3 9 3 3 3 8 1 3 4 S E L M A A R A U J O R A M O S 7 0 3 9 3 3 3 8 1 3 4 DIREITO ELEITORAL - TEORIA E EXERCÍCIOS – TRIBUNAIS AULA 6 PROFESSOR: RICARDO GOMES Prof. Ricardo Gomes www.pontodosconcursos.com.br 27 caráter jurisdicional. (Incluído pela Lei nº 12.034, de 2009) 1.6. Do acesso gratuito ao Rádio e à Televisão. Relembro que existem 3 tipos de propaganda: 1. Propaganda Eleitoral – é aquela que leva ao conhecimento geral, ainda que de forma dissimulada, a candidatura dos postulantes a cargos eletivos (dos candidados), mesmo que apenas postulada, a ação política que se pretende desenvolver ou razões que induzam a concluir que o beneficiário é o mais apto ao exercício da função pública. 2. Propaganda Intrapartidária – propaganda feita para a escolha dos candidatos. Pretende convencer correligionários a escolherem determinado candidato para concorrer, pelo partido, a cargo eletivo. 3. Propaganda Partidária – é a propaganda realizada pelos Partidos como divulgação do programa e da proposta política do partido, tanto no período eleitoral, quanto fora dele. Não se trata de propanda de candidatos a cargos eletivos, mas apenas do Partido. A propaganda tratada neste ponto da Lei dos Partidos Políticos é a Propaganda Partidária e não a Eleitoral. A Lei garante aos Partidos acesso gratuito ao RÁDIO e à TV para difundirem a propaganda partidária, gravada ou ao vivo, a ser realizada entre as 19hs e 30m e as 22hs (19hs30m – 22hs). Objetivos da Propaganda Partidária: a) difundir os programas partidários; b) transmitir mensagens aos filiados sobre a execução do programa partidário, dos eventos com este relacionados e das atividades congressuais do partido; S E L M A A R A U J O R A M O S 7 0 3 9 3 3 3 8 1 3 4 S E L M A A R A U J O R A M O S 7 0 3 9 3 3 3 8 1 3 4 DIREITO ELEITORAL - TEORIA E EXERCÍCIOS – TRIBUNAIS AULA 6 PROFESSOR: RICARDO GOMES Prof. Ricardo Gomes www.pontodosconcursos.com.br 28 c) divulgar a posição do partido em relação a temas político- comunitários. d) promover e difundir a participação política FEMININA, dedicando às mulheres o tempo que será fixado pelo órgão nacional de direção partidária, observado o mínimo de 10% (dez por cento). NOVO! Vedações à propaganda partidária no RÁDIO e TV. São vedados nos programas de Rádio e TV que serão veiculadas as propagandas partidárias: a) a participação de pessoa filiada a partido que NÃO o responsável pelo programa – isto é, somente o responsável pelo programa poderá participar da propaganda partidária no Rádio e TV; b) a divulgação de propaganda de CANDIDATOS a cargos eletivos e a defesa de interesses PESSOAIS ou de outros partidos; - a propaganda de candidatos é realizada na Propaganda Eleitoral e não na partidária. No entanto, os partidos acabam fazendo propaganda eleitoral velada, no bojo da própria propaganda partidária. Abusos tem sido reprimidos pela Justiça Eleitoral. c) a utilização de imagens ou cenas incorretas ou incompletas, efeitos ou quaisquer outros recursos que distorçam ou falseiem os fatos ou a sua comunicação. NOVO! Caso determinado partido desacate alguma destas vedações, será punido com as seguintes sanções: 1. quando a infração ocorrer nas transmissões em BLOCO (transmissão em cadeia nacional ou estadual de duração prolongada), com a cassação do direito de transmissão no SEMESTRE SEGUINTE; 2. quando a infração ocorrer nas transmissões em INSERÇÕES (mensagens de até 60 SEGUNDOS - 30 segundo ou 1 minuto), com a cassação de tempo equivalente a 5 (cinco) vezes ao da inserção ilícita, no SEMESTRE SEGUINTE. S E L M A A R A U J O R A M O S 7 0 3 9 3 3 3 8 1 3 4 S E L M A A R A U J O R A M O S 7 0 3 9 3 3 3 8 1 3 4 DIREITO ELEITORAL - TEORIA E EXERCÍCIOS – TRIBUNAIS AULA 6 PROFESSOR: RICARDO GOMES Prof. Ricardo Gomes www.pontodosconcursos.com.br 29 Representação por conduta vedada. NOVO! Qualquer Partido Político poderá representar contra o descumprimento da Lei referente ao cometimento de conduta vedada na propaganda partidária. O julgamento desta represenção será: • Pelo TSE – quando se tratar de programa em Bloco ou Inserção NACIONAL; • Pelos TREs – quando se tratar de programas em Bloco ou Inserção ESTADUAL. O prazo para Represenção contra conduta vedada em propaganda partidária no Rádio e TV deve ser oferecida até o ÚLTIMO DIA do SEMESTRE em que for veiculado o programa impugnado. Ex: caso o programa irregular seja veiculado no dia 20 de março, o prazo para a impugnação por meio da represenção é até o dia 30 de junho. No entanto, caso o programa seja veiculado nos últimos 30 DIAS do SEMESTRE, o prazo para impugnação estende-se até o 15º DIA do semestre seguinte. Ex: caso a veiculação do programa se dê no dia 10 de junho, a impugnação poderá ser apresentada até dia 15 de JULHO (15º do semestre posterior). Da decisão judicial que julgar PROCEDENTE a representação (cassando o direito de transmissão de propaganda partidária), caberá RECURSO para o TSE, que será também recebido com EFEITO SUSPENSIVO! Isto é, suspenderá os efeitos da decisão de cassação do direito de transmissão, o que permitirá a transmissão. É PROIBIDA Propaganda Partidária PAGA no Rádio e na TV! A Lei atual restringe a propaganda partidária no Rádio e na TV aos HORÁRIOS GRATUITOS! Art. 45 § 3o A representação, que somente poderá ser oferecida por partido político, será julgada pelo Tribunal Superior Eleitoral quando se tratar de programa em bloco ou inserções nacionais e pelos Tribunais Regionais Eleitorais quando se tratar de programasem bloco ou inserções transmitidos nos Estados S E L M A A R A U J O R A M O S 7 0 3 9 3 3 3 8 1 3 4 S E L M A A R A U J O R A M O S 7 0 3 9 3 3 3 8 1 3 4 DIREITO ELEITORAL - TEORIA E EXERCÍCIOS – TRIBUNAIS AULA 6 PROFESSOR: RICARDO GOMES Prof. Ricardo Gomes www.pontodosconcursos.com.br 30 correspondentes. (Redação dada pela Lei nº 12.034, de 2009) § 4o O prazo para o oferecimento da representação encerra-se no último dia do semestre em que for veiculado o programa impugnado, ou se este tiver sido transmitido nos últimos 30 (trinta) dias desse período, até o 15o (décimo quinto) dia do semestre seguinte. (Incluído pela Lei nº 12.034, de 2009) § 5o Das decisões dos Tribunais Regionais Eleitorais que julgarem procedente representação, cassando o direito de transmissão de propaganda partidária, caberá recurso para o Tribunal Superior Eleitoral, que será recebido com efeito suspensivo. (Incluído pela Lei nº 12.034, de 2009) § 6o A propaganda partidária, no rádio e na televisão, fica restrita aos horários gratuitos disciplinados nesta Lei, com proibição de propaganda paga. (Incluído pela Lei nº 12.034, de 2009) Procedimentos para a transmissão gratuita. A transmissão gratuita da propaganda partidária dos Partidos Políticos em âmbito nacional e estadual é OBRIGAÇÃO das emissoras de RÁDIO e TV, que atenderão à demanda dos órgãos de direção dos Partidos. As transmissões podem ser em BLOCO ou por INSERÇÕES: • BLOCO – em cadeia nacional ou estadual; • INSERÇÕES – de 30 segundos ou 1 minuto no intervalo da programação das emissoras. A transmissão por Bloco ou por Inserção não pode ser realizada diretamente por acordo entre o Partido e a Emissora de Rádio e TV. É preciso que o Partido que o TSE ou os TREs autorizem, nos seguintes termos: • TSE autoriza/determina: o Bloco - formação de cadeias nacionais e estaduais; o Inserções - quando solicitadas por órgão de direção nacional de partido. • TREs autorizam/determinam insercões quando solicitadas S E L M A A R A U J O R A M O S 7 0 3 9 3 3 3 8 1 3 4 S E L M A A R A U J O R A M O S 7 0 3 9 3 3 3 8 1 3 4 DIREITO ELEITORAL - TEORIA E EXERCÍCIOS – TRIBUNAIS AULA 6 PROFESSOR: RICARDO GOMES Prof. Ricardo Gomes www.pontodosconcursos.com.br 31 por órgão de direção estadual de partido. A formação das cadeias nacionais e regionais deve ser AUTORIZADA pelo TSE mediante REQUERIMENTO dos órgãos nacionais dos Partidos, com uma antecedência mínima de 15 DIAS. O TSE dará prioridade ao requerimento apresentado em 1º lugar, caso haja coincidência de data em pedidos de partidos diversos. Em cada REDE somente são autorizadas 10 INSERÇÕES de 30 SEGUNDOS ou 5 INSERÇÕES de 1 MINUTO (Total: 5 MINUTOS). A despeito do dever dos Tribunais Eleitorais autorizarem os blocos e inserções, a Lei faculta aos Partidos pacturarem com as emissoras procedimentos e condições que agilizem a transmissão da propaganda partidária. Atenção! O art. 48 teve sua redação declarada inconstitucional pelo STF na ADIN 1354-8. Igualmente, o art 49 é também inaplicável por decorrência lógica (arrastamento), segundo entendimento do TSE insculpido na Resolução nº 22.503/2006. Art. 48. O partido registrado no Tribunal Superior Eleitoral que não atenda ao disposto no art. 13 tem assegurada a realização de um programa em cadeia nacional, em cada semestre, com a duração de dois minutos. (Vide Adins nºs 1.351-3 e 1.354-8) Art. 49. O partido que atenda ao disposto no art. 13 tem assegurado: (Vide Adins nºs 1.351-3 e 1.354-8) (Vide Lei nº 9.259, de 1996) I - a realização de um programa, em cadeia nacional e de um programa, em cadeia estadual em cada semestre, com a duração de 20 (vinte) MINUTOS cada; II - a utilização do tempo total de 40 (quarenta) minutos, por semestre, para inserções de trinta segundos ou um minuto, nas redes nacionais, e de igual tempo nas emissoras estaduais. S E L M A A R A U J O R A M O S 7 0 3 9 3 3 3 8 1 3 4 S E L M A A R A U J O R A M O S 7 0 3 9 3 3 3 8 1 3 4 DIREITO ELEITORAL - TEORIA E EXERCÍCIOS – TRIBUNAIS AULA 6 PROFESSOR: RICARDO GOMES Prof. Ricardo Gomes www.pontodosconcursos.com.br 32 EXERCÍCIOS: QUESTÃO 140: TRE - PI - Analista Judiciário – Judiciária [FCC] - 02/08/2009. O partido político a) pode ter caráter estadual ou municipal, desde que exerça suas atividades de acordo com seu estatuto e seu programa. b) adquire personalidade jurídica com o registro de seu estatuto no Tribunal Superior Eleitoral. c) tem direito à exclusividade da sua denominação, sigla e símbolos, independentemente do registro no Tribunal Superior Eleitoral. d) tem autonomia para definir sua estrutura interna, mas a sua organização é regulamentada pela Justiça Eleitoral. e) é pessoa jurídica de direito privado e as pessoas a ele filiadas têm iguais direitos e deveres. COMENTÁRIOS: Item A – errado. Os partidos devem ter APENAS caráter NACIONAL! Tem os partidos órgãos não nacionais (estaduais e municipais), mas são todos com caráter NACIONAL! CF-88 Art. 17. É LIVRE a criação, fusão, incorporação e extinção de partidos políticos, resguardados a soberania nacional, o regime democrático, o pluripartidarismo, os direitos fundamentais da pessoa humana e observados os seguintes preceitos: I - caráter nacional; S E L M A A R A U J O R A M O S 7 0 3 9 3 3 3 8 1 3 4 S E L M A A R A U J O R A M O S 7 0 3 9 3 3 3 8 1 3 4 DIREITO ELEITORAL - TEORIA E EXERCÍCIOS – TRIBUNAIS AULA 6 PROFESSOR: RICARDO GOMES Prof. Ricardo Gomes www.pontodosconcursos.com.br 33 Lei nº 9.096/95 Art. 5º A ação do partido tem caráter nacional e é exercida de acordo com seu estatuto e programa, sem subordinação a entidades ou governos estrangeiros. Item B – errado. A aquisição da personalidade jurídica do Partido se dá mediante o seu registro em Cartório competente do Registro Civil das Pessoas Jurídicas, da Capital Federal (Brasília) e não no TSE. Art. 7º O partido político, após adquirir personalidade jurídica na forma da lei civil, registra seu estatuto no Tribunal Superior Eleitoral. Art. 8º O requerimento do registro de partido político, dirigido ao cartório competente do Registro Civil das Pessoas Jurídicas, da Capital Federal, deve ser subscrito pelos seus fundadores, em número nunca inferior a cento e um, com domicílio eleitoral em, no mínimo, um terço dos Estados, e será acompanhado de: Resumo do procedimento de registro e criação dos Partidos: Registro no Cartório Civil como Pessoa Jurídica de Direito Privado ? Obtenção do Apoiamento Mínimo ? Constituição definitiva dos órgãos e designação dos dirigentes ? Registros dos Estatutos no TSE. Item C – errado. Somente com o registro do estatuto no TSE é que estará assegurada a EXCLUSIVIDADE da denominação do partido, sigla e símbolos, sendo vedada a utilização de variação destes por outros partidos que possam confundir o eleitor, induzindo-o a erro ou confusão. Art. 7 § 3º Somente o registro do estatuto do partido no Tribunal Superior Eleitoral assegura a exclusividade da sua denominação, sigla e símbolos, vedada a utilização, por outros partidos, de variações que venham a induzir a erro ou confusão. Item D – errado. Os partidos são AUTÔNOMOS para definirem suas estruturas internas, organização e funcionamento. S E L M A A R A U J O R A M O S 7 0 3 9 3 3 3 8 1 3 4 S E L M A A R A U J O R A M O S 7 0 3 9 3 3 3 8 1 3 4 DIREITO ELEITORAL - TEORIA E EXERCÍCIOS – TRIBUNAIS AULA 6 PROFESSOR: RICARDO GOMES Prof. Ricardo Gomes www.pontodosconcursos.com.br 34 Lei nº 9.096/95 Art. 3º É assegurada, ao partidopolítico, AUTONOMIA para definir sua estrutura interna, organização e funcionamento. Item E – correto. Lei nº 9.096/95 Art. 1º O partido político, PESSOA JURÍDICA DE DIREITO PRIVADO, (...) CF-88 Art. 17 § 2º - Os partidos políticos, após adquirirem personalidade jurídica, na forma da LEI CIVIL, registrarão seus estatutos no Tribunal Superior Eleitoral. Código Civil Art. 44. São pessoas jurídicas de direito privado: V - os PARTIDOS POLÍTICOS. O Princípio da Igualdade determina que os filiados de um partido político têm iguais direitos e deveres. Art. 4º Os filiados de um partido político têm iguais direitos e deveres. RESPOSTA CERTA: LETRA E QUESTÃO 141: TJ RR - Juiz Substituto [FCC] - 28/03/2008. Os partidos políticos a) adquirem personalidade jurídica com o registro do estatuto no Tribunal Superior Eleitoral. b) têm ação de caráter regional. c) podem adotar uniforme para seus membros. d) são pessoas jurídicas de direito privado. S E L M A A R A U J O R A M O S 7 0 3 9 3 3 3 8 1 3 4 S E L M A A R A U J O R A M O S 7 0 3 9 3 3 3 8 1 3 4 DIREITO ELEITORAL - TEORIA E EXERCÍCIOS – TRIBUNAIS AULA 6 PROFESSOR: RICARDO GOMES Prof. Ricardo Gomes www.pontodosconcursos.com.br 35 e) podem receber recursos do Fundo Partidário independentemente do registro de seus estatutos no Tribunal Superior Eleitoral. COMENTÁRIOS: Item A – errado. Aquisição de personalidade se dá com o registro do Partido em Cartório competente do Registro Civil das Pessoas Jurídicas, da Capital Federal (Brasília) e não no TSE. Item B – errado. Ação de caráter NACIONAL. Item C – errado. É vedado ao partido político ministrar instrução militar ou paramilitar, utilizar-se de organização da mesma natureza e adotar UNIFORME para seus membros. CF-88 Art. 17. § 4º - É vedada a utilização pelos partidos políticos de organização paramilitar. Lei nº 9.096/95 Art. 6º É vedado ao partido político ministrar instrução militar ou paramilitar, utilizar-se de organização da mesma natureza e adotar uniforme para seus membros. Item D – correto. Lei nº 9.096/95 Art. 1º O partido político, PESSOA JURÍDICA DE DIREITO PRIVADO, (...) Código Civil Art. 44. São pessoas jurídicas de direito privado: V - os PARTIDOS POLÍTICOS. Item E – errado. A CF-88 assegura aos Partidos o direito aos recursos ao fundo partidário e de acesso gratuito ao RÁDIO e TV. No entanto, somente o partido que tenha registrado seu estatuto no TSE poderá: • participar do processo eleitoral, S E L M A A R A U J O R A M O S 7 0 3 9 3 3 3 8 1 3 4 S E L M A A R A U J O R A M O S 7 0 3 9 3 3 3 8 1 3 4 DIREITO ELEITORAL - TEORIA E EXERCÍCIOS – TRIBUNAIS AULA 6 PROFESSOR: RICARDO GOMES Prof. Ricardo Gomes www.pontodosconcursos.com.br 36 • receber recursos do Fundo Partidário e • ter acesso gratuito ao RÁDIO e TV. CF-88 Art. 17 § 3º - Os partidos políticos têm direito a recursos do fundo partidário e acesso gratuito ao rádio e à televisão, na forma da lei. Lei nº 9.096/95 Art. 7 § 2º Só o partido que tenha registrado seu estatuto no Tribunal Superior Eleitoral pode participar do processo eleitoral, receber recursos do Fundo Partidário e ter acesso gratuito ao rádio e à televisão, nos termos fixados nesta Lei. RESPOSTA CERTA: LETRA D QUESTÃO 142: TRE-SP - Analista Judiciário – Judiciária [FCC] - 10/05/2006. Os partidos políticos a) podem receber recursos do Fundo Partidário, mesmo que não tenham registrado seus estatutos no Tribunal Superior Eleitoral. b) são pessoas jurídicas de direito público, pois se destinam a assegurar os direitos fundamentais definidos na Constituição Federal. c) podem ser subordinados a entidades estrangeiras, desde que seus estatutos respeitem a soberania nacional. d) não podem ministrar instrução paramilitar, mas podem adotar uniformes para seus membros. e) têm autonomia para definir sua estrutura interna, organização e funcionamento, e seus estatutos devem ter caráter nacional. S E L M A A R A U J O R A M O S 7 0 3 9 3 3 3 8 1 3 4 S E L M A A R A U J O R A M O S 7 0 3 9 3 3 3 8 1 3 4 DIREITO ELEITORAL - TEORIA E EXERCÍCIOS – TRIBUNAIS AULA 6 PROFESSOR: RICARDO GOMES Prof. Ricardo Gomes www.pontodosconcursos.com.br 37 COMENTÁRIOS: Item A – errado. Conforme questão anterior. Item B – errado. Pessoas Jurídicas de Direito Privado. Item C – errado. Nunca poderá haver subordinação dos Partidos a entidades estrangeiras. CF-88 Art. 17. É LIVRE a criação, fusão, incorporação e extinção de partidos políticos, resguardados a soberania nacional, o regime democrático, o pluripartidarismo, os direitos fundamentais da pessoa humana e observados os seguintes preceitos: I - caráter nacional; II - proibição de recebimento de recursos financeiros de entidade ou governo estrangeiros ou de subordinação a estes; Lei nº 9.096/95 Art. 5º A ação do partido tem caráter nacional e é exercida de acordo com seu estatuto e programa, sem subordinação a entidades ou governos estrangeiros. Item D – errado. É vedado ao partido político ministrar instrução militar ou paramilitar, utilizar-se de organização da mesma natureza e adotar UNIFORME para seus membros. CF-88 Art. 17. § 4º - É vedada a utilização pelos partidos políticos de organização paramilitar. Lei nº 9.096/95 Art. 6º É vedado ao partido político ministrar instrução militar ou paramilitar, utilizar-se de organização da mesma natureza e adotar UNIFORME para seus membros. Item E – correto. S E L M A A R A U J O R A M O S 7 0 3 9 3 3 3 8 1 3 4 S E L M A A R A U J O R A M O S 7 0 3 9 3 3 3 8 1 3 4 DIREITO ELEITORAL - TEORIA E EXERCÍCIOS – TRIBUNAIS AULA 6 PROFESSOR: RICARDO GOMES Prof. Ricardo Gomes www.pontodosconcursos.com.br 38 Lei nº 9.096/95 Art. 3º É assegurada, ao partido político, AUTONOMIA para definir sua estrutura interna, organização e funcionamento. RESPOSTA CERTA: LETRA E QUESTÃO 143: TRE-AP - Técnico Judiciário – Administrativa [FCC] - 15/01/2006. Em relação aos partidos políticos, é correto afirmar que a) é livre a criação, fusão, incorporação e extinção de partidos políticos. b) podem ter caráter nacional e internacional, resguardado o regime democrático e o pluripartidarismo, e é vedada a fidelidade partidária. c) deverão registrar seus estatutos no Senado Federal. d) prestarão suas contas ao Congresso Nacional, que as aprovarão por maioria absoluta dos seus membros. e) poderão receber recursos financeiros de organização paramilitar e entidade ou governo estrangeiros desde que devidamente contabilizado. COMENTÁRIOS: Item A – correto. Liberdade Partidária. A criação, fusão, incorporação e extinção de partidos é LIVRE em todo o país, observando-se as condições estabelecidas na CF e na Lei. CF-88 Art. 17. É LIVRE a criação, fusão, incorporação e extinção de partidos políticos, resguardados a soberania nacional, o regime democrático, o pluripartidarismo, os direitos fundamentais da pessoa humana e observados os seguintes preceitos: Lei nº 9.096/95 Art. 2º É LIVRE a criação, fusão, incorporação e extinção de S E L M A A R A U J O R A M O S 7 0 3 9 3 3 3 8 1 3 4 S E L M A A R A U J O R A M O S 7 0 3 9 3 3 3 8 1 3 4 DIREITO ELEITORAL - TEORIA E EXERCÍCIOS – TRIBUNAIS AULA 6 PROFESSOR: RICARDO GOMES Prof. Ricardo Gomes www.pontodosconcursos.com.br 39 partidos políticos cujos programas respeitem a soberania nacional, o regime democrático, o pluripartidarismo e os direitos fundamentais da pessoa humana. Item B– errado. Caráter apenas nacional e permanece a fidelidade partidária – os partidos podem estabelecer normas específicas sobre a fidelidade partidária. Art. 17 § 1º É assegurada aos partidos políticos autonomia para definir sua estrutura interna, organização e funcionamento e para adotar os critérios de escolha e o regime de suas coligações eleitorais, SEM OBRIGATORIEDADE DE VINCULAÇÃO entre as candidaturas em âmbito nacional, estadual, distrital ou municipal, devendo seus estatutos estabelecer normas de disciplina e fidelidade partidária. Item C – errado. Registro dos estatutos no TSE. Item D – errado. Prestação de contas à Justiça Eleitoral e não ao Congresso Nacional. Item E – errado. Os partidos NÃO PODEM receber, direta ou indiretamente, contribuição ou auxílio financeiro, inclusive por meio de publicidade de qualquer espécie oriundos de: entidade ou governo estrangeiros; Art. 31. É vedado ao partido receber, direta ou indiretamente, sob qualquer forma ou pretexto, contribuição ou auxílio pecuniário ou estimável em dinheiro, inclusive através de publicidade de qualquer espécie, procedente de: I - entidade ou governo estrangeiros; RESPOSTA CERTA: LETRA A QUESTÃO 144: TRE-MG - Analista Judiciário – Judiciária [FCC] - 18/07/2005. Os partidos políticos a) podem adotar uniformes para seus membros, mas lhes é vedado ministrar instrução militar ou paramilitar. S E L M A A R A U J O R A M O S 7 0 3 9 3 3 3 8 1 3 4 S E L M A A R A U J O R A M O S 7 0 3 9 3 3 3 8 1 3 4 DIREITO ELEITORAL - TEORIA E EXERCÍCIOS – TRIBUNAIS AULA 6 PROFESSOR: RICARDO GOMES Prof. Ricardo Gomes www.pontodosconcursos.com.br 40 b) só adquirem personalidade jurídica após o registro de seus estatutos no Tribunal Regional Eleitoral competente. c) atuam de acordo com o seu estatuto e programa e podem ser subordinados a entidades estrangeiras. d) têm autonomia para definir sua estrutura interna, órgãos e funcionamento, e só podem ter caráter nacional. e) têm acesso gratuito ao rádio e à televisão, independentemente do registro de seus estatutos no Tribunal Superior Eleitoral, e podem receber recurso do fundo partidário. COMENTÁRIOS: Itens A, B, C e D já comentados. D é correto. Item E – errado. A CF-88 assegura aos Partidos o direito aos recursos ao fundo partidário e de acesso gratuito ao RÁDIO e TV. No entanto, somente o partido que tenha registrado seu estatuto no TSE poderá: • participar do processo eleitoral, • receber recursos do Fundo Partidário e • ter acesso gratuito ao RÁDIO e TV. Art. 7 § 2º Só o partido que tenha registrado seu estatuto no Tribunal Superior Eleitoral pode participar do processo eleitoral, receber recursos do Fundo Partidário e ter acesso gratuito ao rádio e à televisão, nos termos fixados nesta Lei. RESPOSTA CERTA: LETRA D QUESTÃO 145: TRE-RN - Analista Judiciário – Administrativa [FCC] - 03/07/2005. Os partidos políticos, após adquirirem personalidade jurídica, na forma da lei, deverão registrar seus estatutos junto ao a) Conselho Nacional Eleitoral. S E L M A A R A U J O R A M O S 7 0 3 9 3 3 3 8 1 3 4 S E L M A A R A U J O R A M O S 7 0 3 9 3 3 3 8 1 3 4 DIREITO ELEITORAL - TEORIA E EXERCÍCIOS – TRIBUNAIS AULA 6 PROFESSOR: RICARDO GOMES Prof. Ricardo Gomes www.pontodosconcursos.com.br 41 b) Colégio Eleitoral de sua circunscrição. c) Superior Tribunal de Justiça. d) Congresso Nacional. e) Tribunal Superior Eleitoral. COMENTÁRIOS: Com a aquisição da personalidade jurídica, o partido deve registrar seu estatuto no TSE. RESPOSTA CERTA: LETRA E QUESTÃO 146: TRE-PE - Analista Judiciário – Administrativa [FCC] - 25/01/2004. Considere as afirmativas: I. Os Partidos Políticos podem ter caráter nacional, estadual ou municipal. II. A autonomia para definir sua organização e funcionamento possibilita aos Partidos Políticos a adoção de uniformes para seus membros. III. Os filiados de um Partido Político têm iguais direitos e deveres. Está correto APENAS o que se afirma em a) I. b) I e II. c) I e III. d) II e III. e) III. COMENTÁRIOS: Itens I e II errados. Já comentados. Item III - correto. O Princípio da Igualdade determina que os filiados de um partido político têm iguais direitos e deveres. Art. 4º Os filiados de um partido político têm iguais direitos e S E L M A A R A U J O R A M O S 7 0 3 9 3 3 3 8 1 3 4 S E L M A A R A U J O R A M O S 7 0 3 9 3 3 3 8 1 3 4 DIREITO ELEITORAL - TEORIA E EXERCÍCIOS – TRIBUNAIS AULA 6 PROFESSOR: RICARDO GOMES Prof. Ricardo Gomes www.pontodosconcursos.com.br 42 deveres. RESPOSTA CERTA: LETRA E QUESTÃO 147: TRE-BA - Analista Judiciário – Administrativa [FCC] - 21/09/2003. Considere as afirmações relativas aos Partidos Políticos. I. O Partido Político é pessoa jurídica de direito público, destina-se a assegurar, no interesse do regime democrático, a autenticidade do sistema representativo e a defender os direitos fundamentais definidos na Constituição Federal. II. É assegurada ao Partido Político autonomia para definir sua estrutura interna, organização e funcionamento. III. O requerimento de registro de Partido Político, dirigido ao cartório competente do Registro Civil das Pessoas Jurídicas da Capital Federal deve ser subscrito por seus fundadores, em número nunca inferior a 100, com domicílio eleitoral em, no mínimo, 5 Estados. Está correta APENAS o que se afirma em a) II e III. b) I e III. c) I e II. d) II. e) I. COMENTÁRIOS: Item I – errado. Pessoa Jurídica de Direito Privado. Item II – correto. Autonomia partidária. Item III – errado. O requerimento de registro deve ser subscrito pelos fundadores do Partido, em número não inferior a 101 (pelo menos 101 fundadores e NÃO 100!!!), com domicílio eleitoral em, no mínimo, 1/3 dos ESTADOS (caráter nacional) e NÃO APENAS 5 ESTADOS. S E L M A A R A U J O R A M O S 7 0 3 9 3 3 3 8 1 3 4 S E L M A A R A U J O R A M O S 7 0 3 9 3 3 3 8 1 3 4 DIREITO ELEITORAL - TEORIA E EXERCÍCIOS – TRIBUNAIS AULA 6 PROFESSOR: RICARDO GOMES Prof. Ricardo Gomes www.pontodosconcursos.com.br 43 Art. 8º O requerimento do registro de partido político, dirigido ao cartório competente do Registro Civil das Pessoas Jurídicas, da Capital Federal, deve ser subscrito pelos seus fundadores, em número nunca inferior a cento e um, com domicílio eleitoral em, no mínimo, um terço dos Estados, e será acompanhado de: RESPOSTA CERTA: LETRA D QUESTÃO 148: TRE - AM – Judiciária [FCC] - 31/01/2010. A respeito da criação e do registro dos Partidos Políticos, considere: I. O partido político que já tenha adquirido personalidade jurídica através do registro no cartório competente do Registro Civil e das Pessoas Jurídicas da Capital Federal poderá participar do processo eleitoral, ter acesso gratuito ao rádio e à televisão, mas não receberá recursos do Fundo Partidário. II. Só é admitido o registro do estatuto de partido político que tenha caráter nacional. III. O registro do estatuto no Tribunal Superior Eleitoral assegura a exclusividade da sua denominação, sigla e símbolos. IV. O requerimento de registro de partido político, dirigido ao cartório competente do Registro Civil e das Pessoas Jurídicas, da Capital Federal, deve ser subscrito pelos seus fundadores, em número nunca inferior a cento e um, com domicílio eleitoral em, no mínimo, um terço dos Estados. Está correto o que se afirma APENAS em a) I, II e IV. b) I, II e III. c) I e IV. d) II e III. e) II, III e IV.
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