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CONTABILIDADE BÁSICA II 1 ESTOQUES Material didático elaborado por ANAMARIA DA PAIXÃO DUARTE Campina Grande 2015.2 ESTOQUES Aspectos introdutórios Conceito Importância da contabilização dos estoques Operações commercadorias Critérios (bases) de avaliação de estoques O ICMS, o PIS/Pasep, a Cofins e os estoques Aspectos fiscais Inventário físico e controles Aspectos introdutórios Existe uma perfeita interação entre as demonstrações contábeis BALANÇO PATRIMONIAL (1) (BP) e DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO DO EXERCÍCIO (2) (DRE) na Contabilidade Financeira (ou Contabilidade Societária). A demonstração contábil BP retrata os efeitos patrimoniais e financeiros e a DRE informa o desempenho das transações e outros eventos, agrupando‐os em classes de acordo com a característica econômica. As classes são chamadas de elementos das demonstrações contábeis. Aspectos introdutórios Os elementos da demonstração contábil relacionados com a posição patrimonial e financeira (1) (BP) são: ativo, passivo e patrimônio líquido. Os elementos da demonstração contábil relacionados com o desempenho das transações da empresa (2) (DRE) são: Receita e Despesa. Aspectos introdutórios DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS Balanço Patrimonial (BP) ATIVO PASSIVO PATRIMÔNIO LÍQUIDO ATIVO = PASSIVO + PATRIMÔNIO LÍQUIDO Demonstração do Resultado do Exercício (DRE) RECEITAS (‐) CUSTOS (=) LUCRO BRUTO (‐) DESPESAS (=) LUCRO LÍQUIDO OU PREJUÍZO Aspectos introdutórios BALANÇO PATRIMONIAL ATIVO PASSIVO + PATRIMÔNIO LÍQUIDO CIRCULANTE CIRCULANTE Disponível NÃO CIRCULANTE Clientes EXIGÍVEL A LONGO PRAZO Outros créditos PATRIMÔNIO LÍQUIDO: Investimentos temporários Capital Estoques Reservas NÃO CIRCULANTE Lucros retidos (Prejuízos acumulados) Conceito Os estoques são os bens tangíveis ou intangíveis adquiridos ou produzidos pela empresa e destinados a VENDA ou ao CONSUMO PRÓPRIO no decorrer da atividade negocial (Iudícibus, Martins, Gelbcke, & Santos, 2010). Conceito De acordo com o CFC (2009), os ESTOQUES são os ativos: – mantidos para venda no curso normal dos negócios; – em processo de produção para venda; ou – na forma de materiais ou suprimentos a serem consumidos ou transformados no processo de produção ou na prestação de serviços. Conceito CONTAS DE ESTOQUES MAIS USUAIS CARACTERÍSTICA Produtos acabados Deve representar os produtos produzidos pela própria empresa, já terminados e disponíveis para venda. Mercadorias para revenda Deve representar os produtos adquiridos de terceiros para revenda. Produtos em elaboração Deve representar a totalidade da matéria‐prima já requisitada para o processo de transformação, adicionados os gastos relativos a produção não concluída na data do balanço. Matérias‐primas Deve abrigar todo material mais importante e essencial do processo produtivo. Conceito Materiais de acondicionamento e embalagem “Refere‐se a todos os itens de estoque que se destinam à embalagem do produto ou a seu acondicionamento para remessa” (Iudícibus et al., 2010, p. 75). Materiais auxiliares Deve abrigar os estoques de material menos importante do processo produtivo. Materiais de manutenção e suprimento gerais Deve classificar os estoques de matérias para manutenção de máquinas, equipamentos, edifícios etc. Importações em andamento “Engloba os custos já incorridos relativos a importações em andamento e às próprias mercadorias em trânsito, quando a condição de compra é feita FOB, no ponto de embarque, pelo exportador” (Iudícibus et al., 2010, p. 75). Conceito Almoxarifado Deve registrar os itens de estoque para consumo geral. Adiantamento a fornecedores Deve abrigar os valores adiantados pela empresa a fornecedores, por exemplo de matéria‐prima. Perda estimada para reduzir ao valor realizável líquido Essa conta é credora e tem a função de reduzir o grupo de estoques. Essa perda não é dedutível para fins fiscais e a sua contrapartida deve ser registrada em conta específica “Despesas com Perdas Estimadas para Redução ao Valor Realizável Líquido”. Perdas em estoques Essa conta também é credora e tem a função reduzir o grupo de estoques. Essa perda não é dedutível para fins fiscais e a sua contrapartida deve ser registrada em conta específica “Despesas com Perdas Estimadas de estoques”. Serviços em andamento Deve registrar todos os gatos com material, mão de obra e outros aplicados à realização do serviço. Conceito CONTAS DE ESTOQUE DE DIFÍCIL CLASSIFICAÇÃO CARACTERÍSTICA Compras em trânsito (compra FOB) Não são incluídas compras cujo transporte é de responsabilidade do vendedor. Mercadorias recebidas de terceiros em consignação. Materiais comprados sujeitos à aprovação. Peças e materiais de manutenção Itens que tem característica de despesas antecipadas, mas que não podem ser classificados como “Despesas do Exercício Seguinte” por ser bem corpóreo, devem ser evidenciados numa conta separada. Conceito Materiais destinados a obras Deve ser criada conta específica no Ativo Imobilizado como subgrupo “Imobilizado em andamento”. Peças de reposição de equipamentos Deve ser criada conta específica no Ativo Imobilizado como subgrupo “Peças de reposição”. Conceito TIPO DE ATIVIDADE NORMA ESPECÍFICA Contratos de Construção NBC TG 17 Instrumentos Financeiros NBC TG 38, 39 e 40 Ativo Biológico e Produto Agrícola NBC TG 29 Mantida por Produtores Produtos agrícolas e florestais Produtos agrícolas após a colheita Produtos minerais Esse conteúdo não se aplica a todos os tipos de estoques, existem os ESTOQUES que possuem NORMAS PRÓPRIAS, tais como: Conceito Comerciantes de commodities que mensuram seus estoques pelo valor justo deduzido dos custos de venda Os operadores (broker‐traders) de commodities são aqueles que compram ou vendem commodities para outros ou por sua própria conta. Prestador de serviço Os estoques devem incluir os custos do serviço para o qual a entidade ainda não reconheceu a respectiva receita (ver item 19 da NBC TG 30 – Receitas). [1] Produtos primários que tem uma grande participação no mercado internacional, como por exemplo: café, minérios, etc... Importância da contabilização dos estoques A contabilização dos estoques: – afeta o lucro do período (o estoque é uma fonte do lucro operacional); – distribui o custo total do bens disponíveis para venda num determinado período através dos custos dos produtos vendidos; – segrega os componentes dos custos do produtos vendidos com relação aos componentes das despesas do período. Equação dos estoques Figura 1 – A equação dos estoques Fonte: Adaptada de Stickney (2001, p. 338). Estoque inicial + Entradas Saídas = Estoque Final Mercadorias disponíveis para fabricação, venda ou utilização A contabilização do resultado bruto com mercadorias: Resultado bruto com mercadorias = Vendas (–) Custo das Mercadorias Vendidas A contabilização do resultado líquido do período: Resultado líquido do período = Resultado com mercadorias (+) Outras receitas (‐) Outras despesas Equipe de Professores da FEA/USP (2008, p. 95). Custo das Mercadorias Vendidas Inventário periódico – O Custo da Mercadoria Vendida é obtido pela diferença entre o total das Mercadorias Disponíveis para a Venda durante o período e o Estoque Final (apurado através de levantamento físico). Inventario permanente – O Custo da Mercadoria Vendida é obtido por meio de um controle contínuo do estoque de mercadorias, dando baixa em cada venda e entrada em cada compra. Equação do inventário periódico Custodas Mercadorias Vendidas = Total das Mercadorias Disponíveis para a Venda (‐) Estoque Final Contabilização do inventário periódico Pela compra – Mercadorias a Fornecedores (ou Caixa) Pela venda – Clientes (ou Caixa) a Vendas (pelo valor da venda) E – CMV (despesa) a Mercadorias (ativo) Inventário permanente Atividade para pesquisar: a) Contabilização pela compra, pela venda e pela baixa da mercadoria; b) Como se apresenta a equação do custo da mercadoria vendida? Operações com mercadorias a) Operações commercadorias para revenda FASE 1 FASE 2 FASE 3 Aquisição de mercadoria para revenda Estoque para comercialização Venda das mercadorias Mercadoria Impostos CUSTO DAS MERCADORIAS VENDIDAS Custos de transporte, seguro, manuseio, etc.. VALOR DE CUSTO Lucro Líquido Outros custos de comercialização Descontos comerciais, abatimentos, etc... Gastos com vendas Despesas de vendas Gastos administrativos Despesas administrativas BALANÇO PATRIMONIAL DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO Figura 2 ‐ Diagrama do fluxo de custos. Fonte: Adaptada de Stickney (2001, p. 343). Operações com mercadorias b) Operações com produtos para fabricação FASE 1 FASE 2 FASE 3 Aquisição de mercadoria para revenda Estoque para comercialização Venda das mercadorias Fatores de Produção Utilizados Conclusão da Fabricação dos Produtos Vendas dos Produtos Matéria‐prima Mão de obra direta Produtos em Fabricação Produtos em Fabricação Custos dos Produtos Vendidos Outros Custos de Fabricação Lucro Líquido Gastos de vendas Despesas de vendas Gastos administrativos Despesas administrativas BALANÇO PATRIMONIAL DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO Figura 3 – Diagrama do fluxo de custos. Fonte: Adaptado de Stickney (2001, p. 343). Critérios de avaliação de estoques Os estoques devem ser avaliados pelo valor de custo ou pelo valor realizável líquido, dos dois o menor (CFC, 2009). O que compõe o valor de custo? O que compõe o valor realizável líquido? Nunca antecipar lucros, mas sempre antecipar possíveis prejuízos Apuração do valor de custo Valor de custo = Custo de aquisição (1) (+) Custo de transformação (2) (+) outros custos incorridos para trazer os estoques à sua condição e localização atuais (3) Apuração do valor de custo O custo de aquisição inclui: – o preço de compra – os impostos de importação e outros tributos (exceto os recuperáveis perante o fisco) – os custos de transporte, seguro, manuseio, e – outros custos diretamente atribuíveis à aquisição de produtos acabados, materiais e serviços – os descontos comerciais, abatimentos e outros itens semelhantes. Apuração do valor de custo Por exemplo: “No caso de importações de matérias‐primas, ao custo deve ser adicionado o imposto de importação, o IOF incidente sobre a operação de câmbio, os custos alfandegários e outras taxas, além do custo dos serviços de despachante correspondente” (IUDÍCIBUS, 2010). Apuração do valor de custo O custo de transformação inclui: os custos diretos relacionados com as unidades produzidas ou com as linhas de produção a alocação sistemática de custos indiretos de produção, fixos e variáveis, incorridos para transformar os materiais em produtos acabados os custos de administração da fábrica Apuração do valor de custo Outros custos, por exemplo: – pode incluir gastos gerais que não sejam de produção ou custos de desenho de produtos para clientes específicos – não pode incluir: valor anormal de desperdício de materiais, mão‐de‐obra ou outros insumos de produção; gastos com armazenamento, a menos que sejam necessários ao processo produtivo entre uma e outra fase de produção; despesas administrativas que não contribuem para trazer o estoque ao seu local e condição atuais; e despesas de comercialização, incluindo a venda e a entrega dos bens e serviços aos clientes; a aquisição de estoque a prazo, por exemplo, uma diferença entre o preço de aquisição em condição normal de pagamento e o valor pago; essa diferença deve ser reconhecida como despesa de juros durante o período do financiamento. Apuração do valor de custo ATRIBUIÇÃO DE PREÇO AO INVENTÁRIO – Preço específico – PEPS – Média ponderada – UEPS – Preço de venda a varejo Preço específico Quando o custo do estoque é determinado por itens que não são normalmente intercambiáveis e por bens ou serviços produzidos e comercializados através de projetos específicos Quando é possível fazer a determinação do preço específico de cada unidade em estoque, pode‐se dar baixa, em cada venda, por esse valor Com isto, no estoque final, seu valor será a soma de todos os custos específicos de cada unidade ainda existente PEPS ou Fifo Com base nesse critério, daremos baixa no custo dos produtos comprados ou produzidos da seguinte maneira: O PRIMEIRO QUE ENTRA É O PRIMEIRO QUE SAI (PEPS) Assim, à medida que ocorreram as vendas, vamos dando baixa no estoque para grandes quantidades de itens que são geralmente intercambiáveis a partir das primeiras compras e, consequentemente, os itens que permanecerem em estoque no fim do período sejam os mais recentemente comprados ou produzidos. UEPS ou Lifo Com base nesse critério, daremos baixa no custo dos produtos comprados ou em processo e acabados da seguinte maneira: O ÚLTIMO QUE ENTRA É O PRIMEIRO QUE SAI (UEPS) Assim, à medida que ocorreram as vendas, vamos dando baixa a partir das últimas compras e, consequentemente, os itens que permanecerem em estoque no fim do período sejam os mais antigos comprados ou produzidos Não é permitido no Brasil nem fiscalmente e nem contabilmente. Critério do custo médio ponderado Para evitar o controle de preços por lotes e para fugir dos extremos, existe a possibilidade de se dar como custo o valor médio das compras O VALOR MÉDIO DE CADA UNIDADE EM ESTOQUE ALTERA‐SE PELA COMPRA DE OUTRAS UNIDADES POR UM PREÇO DIFERENTE Pelo critério do custo médio ponderado, o custo de cada item é determinado a partir da média ponderada do custo de itens semelhantes no começo de um período e do custo dos mesmos itens comprados ou produzidos durante o período A média pode ser determinada em base periódica ou à medida que cada lote seja recebido, dependendo das circunstâncias da entidade. Método do preço de venda a varejo O método de varejo é muito usado para mensurar os estoques de grande quantidade de itens que mudam rapidamente, itens que têm margens semelhantes e para os quais não é praticável usar outros métodos de custeio O custo do estoque deve ser determinado pela redução do seu preço de venda na percentagem apropriada da margem bruta A percentagem usada deve levar em consideração o estoque que tenha tido seu preço de venda reduzido abaixo do preço de venda original, muitas vezes é usado uma percentagem média para cada departamento de varejo. Críticas Preço específico: Existe a necessidade de se levar em conta a desvalorização da moeda PEPS (ou FIFO) Em caso de inflação, o resultado será maior que o real e no caso de deflação será menor que o real UEPS (ou LIFO) O valor do estoque final estará sendo baseado nos valores mais antigos Apuração do valor de custo ATRIBUIÇÃO DE PREÇO AO INVENTÁRIO – Custeio direto (ou variável) e Custeio por absorção (ou integral) – Sistema de custeio por ordem – Sistema de custeio por processo – Custo‐padrão e Custo real Custeio direto (ou variável) e Custeio por absorção (ou integral) O custo dos estoques de produtos em processo e acabados, na data do encerramentodo exercício, aceito pela Legislação contábil, fiscal e societária é o “Custeio real por absorção”, ou seja, a inclusão de todos os custos incorridos (material, mão de obra e outros). O custeio por absorção contrasta com o custeio direto, no qual apenas os custos variáveis são considerados atribuíveis aos produto. Nesse caso os custos indiretos são tratados como despesas. O método de custeio direto não é aceito no ambiente externo a empresa, vindo portanto ser utilizável apenas no ambiente interno a empresa pelo administrador que necessita de informação sobre a relação existente entre custos, volume e lucro. Sistema de custeio por ordem “É o método pelo qual os custos são acumulados para cada ordem, representando um lote de um ou mais itens produzidos” (Iudícibus et al., 2010, p. 84). Sistema de custeio por processo “É o método mediante o qual os custos são acumulados por fase do processo, por operação ou por departamento, estabelecendo‐se uma média de custo que toma por base as unidades processadas ou produzidas” (Iudícibus et al., 2010, p. 84) Custo‐padrão e Custo real O custo‐padrão leva em consideração os níveis normais de utilização dos materiais e bens de consumo, da mão‐de‐obra e da eficiência na utilização da capacidade produtiva (CPC 16 – Estoques). Ele deve ser regularmente revisto à luz das condições correntes (CPC 16 – Estoques). As variações relevantes do custo‐padrão em relação ao custo real devem ser alocadas nas contas e nos períodos adequados de forma a se ter os estoques de volta a seu custo (CPC 16 – Estoques). Apuração do valor realizável líquido O custo do estoque pode não ser recuperável se esses estoques: – estiverem danificados; – tornarem total ou parcialmente obsoletos; – ocasionarem preços de venda reduzidos; – apresentarem custos estimados de acabamento ou custos estimados a serem incorridos para realizar a venda aumentados. Apuração do valor realizável líquido A prática de reduzir o valor de custo dos estoques (write down) para o valor realizável líquido é consistente com o ponto de vista de que os ativos não devem ser escriturados por quantias superiores àquelas que se espera que sejam realizadas com a sua venda ou uso. Apuração do valor realizável líquido O valor realizável líquido é o preço de venda estimado no curso normal dos negócios deduzido dos custos estimados para sua conclusão e dos gastos estimados necessários para se concretizar a venda. Apuração do valor realizável líquido 1 Matérias‐primas, outros materiais utilizados na produção e almoxarifado de uso geral O preço pelo qual possam ser repostos, mediante compra no mercado. 2 Produtos acabados e mercadorias para revenda O preço é apurado pelo líquido entre o preço de venda do item e as despesas estimadas para vender e receber. 3 Produtos em processo O preço é identificado pelo custo já incorrido mais uma estimativa dos custos a complementar. Os estoques devem ser geralmente reduzidos para o seu valor realizável líquido item a item. Divulgação nas demonstrações contábeis As demonstrações contábeis devem divulgar: – as políticas contábeis adotadas na mensuração dos estoques, incluindo formas e critérios de valoração utilizados; – o valor total escriturado em estoques e o valor registrado em outras contas apropriadas para a entidade; – o valor de estoques escriturados pelo valor justo menos os custos de venda; – o valor de estoques reconhecido como despesa durante o período; – o valor de qualquer redução de estoques reconhecida no resultado do período; – o valor de toda reversão de qualquer redução do valor dos estoques reconhecida no resultado do período; – as circunstâncias ou os acontecimentos que conduziram à reversão de redução de estoques; e – o montante escriturado de estoques dados como penhor de garantia a passivos. Importância do inventário A precisão do Balanço Patrimonial e da Demonstração de Resultado depende dos inventários – Se o Inventário Final é: • a) Superestimado, o lucro será Superestimado • b) Subestimado, o lucro líquido será Subestimado – Se o Inventário Inicial é: • a) Superestimado, o lucro líquido será Subestimado • b) Subestimado, o lucro líquido será Superestimado Inventário físico e controles A apuração quantitativa depende da existência de controles analíticos adequados e mantidos em dia e agregados a um bom sistema de controle interno. Quanto menos eficaz o sistema de controle interno mais importante será a realização de inventário físico na data do balanço. Quanto mais eficaz for o sistema de controle analítico maior será a chance da empresa implementar o sistema de contagem rotativa (uma base planejada de rodízio), ou seja, os itens de maior importância são os itens contados mais vezes, e assim sucessivamente. O ICMS, o PIS/Pasep, a Cofins e os estoques Com base no exemplo a seguir, será explicado como proceder a compensação do tributo embutido na compra e na venda das mercadorias (ICMS), nos lançamentos contábeis. O ICMS, o PIS/Pasep, a Cofins e os estoques 1) OPERAÇÕES VALOR a) Compras de mercadorias $ 90.000, ICMS embutido de 18% $ 16.200, b) Vendas de mercadorias $ 120.000, ICMS embutido de 18% $ 21.600, O ICMS, o PIS/Pasep, a Cofins e os estoques 2 CONTABILIZAÇÃO Débito Crédito a) Mercadorias (Estoques) $ 73.800, Impostos a Recuperar ‐ ICMS $ 16.200, Fornecedor/Caixa $ 90.000, b) Clientes $ 120.000, Receitas de Vendas $ 120.000, c) Imposto sobre Vendas ‐ ICMS $ 21.600, Impostos a Recolher ‐ ICMS $ 21.600, d) Impostos s Recolher ‐ ICMS $ 16.200, Impostos a Recuperar ‐ ICMS $ 16.200, e) Custo da Mercadoria Vendida $ 73.800, Mercadorias (Estoque) $ 73.800, Figura 4 – Lançamentos contábeis das operações ICMS e Estoques Fonte: Iudícibus et al. (2010, p. 91). Aspectos fiscais PRINCIPAIS EXIGÊNCIAS DA LEGISLAÇÃO DO IMPOSTO DE RENDA 1 Registro permanente de estoques Representa o controle da movimentação em quantidade e em valor dos estoques. 2 Permissão para lançar diretamente como custo (resultado do exercício) as aquisições referentes aos de consumo eventuais Desde que o total da aquisição não exceda em 5% o custo total dos produtos vendidos do ano anterior. 3 Necessidade da manutenção pelas empresas de um sistema de contabilidade de custos integrado e coordenado com a contabilidade geral Caso contrário, os estoques serão avaliados em bases arbitrárias, tendo em vista que o registro periódico de estoques não é permitido pela Legislação do Imposto de Renda. Site http://www.portalcfc.org.br/coordenadorias /camara_tecnica/normas_brasileiras_de_cont abilidade/ Final do tópico Estoques Muito obrigada.
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