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Caso Concreto 8

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Caso concreto 1 
Prof.ª Edna Raquel Hogemann 
A Companhia Estadual de Habitação do Rio de Janeiro celebrou, em 1987, contrato de 
promessa de compra e venda de um imóvel com Mauro dos Santos, pagável em 240 
prestações mensais e reajustáveis. Faltando 85 parcelas, Mário, sem condições 
financeiras, interrompe os pagamentos, o que acaba por figurar descumprimento 
contratual por infração da cláusula “h” do compromisso de compra e venda. Tendo 
regularmente notificado Mário, a Companhia ajuíza ação visando à resolução do 
contrato, destacando a cláusula que prevê a rescisão de pleno direito, no caso de 
atraso de mais de três prestações (o que de fato ocorreu), assim como a perda de 
todas as parcelas pagas. Em sua defesa, Mário alega ser injusta e abusiva a cláusula 
que impõe a perda das parcelas pagas, inclusive porque representam muito mais da 
metade do total contratado. Afirma que o Código de Proteção e Defesa do 
Consumidor, vigente a partir de 1990, impõe pena de nulidade das cláusulas abusivas. 
Assim, requer que o juiz declare a nulidade daquele dispositivo do contrato, 
determinado a devolução das importâncias pagas. 
a) O juiz deve reconhecer a incidência das regras do Código de Proteção e 
Defesa do Consumidor no caso acima, apesar deste só ter entrado em vigor 
três anos após a realização do contrato? 
REPOSTA: Sim, pois a lei é abusiva e o contratante está protegido pelo CDC 
(Código de Defesa do Consumidor). 
b) O que significa ato jurídico perfeito? Podemos dizer que o contrato existente 
entre Mário e a Companhia Estadual de Habitação é um ato jurídico perfeito? 
Justifique. 
RESPOSTA: Ato jurídico perfeito é aquele que se realiza totalmente dentro de 
determinada lei vigente. Sim, podemos dizer que contrato em questão é um ato 
jurídico perfeito, pois o ato jurídico (a celebração do contrato foi realizada de 
acordo com a lei vigente, no tempo que se realizou). 
c) O que significa o fenômeno da ultratividade da lei? Seria este um caso de 
ultratividade ou de retroatividade da lei? Justifique. 
 
RESPOSTA: Quando uma lei não está mais vigente em nosso ordenamento 
jurídico e continua produzindo efeitos com relação a fatos anteriores à sua saída 
do ordenamento. Seria o caso da ultratividade da lei, pois os pedidos estão 
sendo feitos com base em uma legislação que é posterior à celebração do 
contrato original.

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