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Face II_B_Resumo Log. Reversa aula 2 mais slides. De sua Aprovação

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CCDD – Centro de Criação e Desenvolvimento Dialógico 
 
1 
 
 
 
 
Logística 
Logística Reversa 
 
 
 
 
Aula 2 
 
 
Prof. Luiz Felpe Cougo 
 
CCDD – Centro de Criação e Desenvolvimento Dialógico 
 
2 
Conversa Inicial 
Caro aluno, seja bem-vindo! Estamos iniciando a segunda aula da 
disciplina de Logística Reversa! 
Agora que passamos por um bom conteúdo inicial de Logística Reversa 
(LR), que inclui a evolução, os conceitos e importantes fatores para o uso desse 
processo, veremos a importante característica da LR, incluindo os tipos de 
fluxos logísticos, as diferenças que trazem essa atividade e os aspectos 
estratégicos para a correta adoção dessa ferramenta. Além disso, 
conheceremos os canais de distribuição da logística reversa e também os tipos 
existentes. 
Um ótimo estudo! 
Contextualizando 
Existem diversos tipos de sistemas logísticos reversos implantados nas 
empresas. Compreender os métodos para implantação a partir da compreensão 
do que é gerenciar canais reversos, como se classificam os bens e o que seja a 
logística reversa de pós-consumo e de pós-vendas é importante para 
compreendermos como cada tipo de canal reverso pode ser aplicado a uma 
organização em particular. 
Você deve estar se perguntando: de que forma os produtos voltam? 
Quais são os importantes métodos conhecidos até hoje para que a logística 
reversa seja aplicável? 
Vamos aos estudos para que juntos possamos entender alguns 
importantes pontos da logística reversa. 
Pesquise 
Conceitos e Definições 
 Relembrando os conceitos, os autores Rogers e Tibben-Lembke (1998) 
conceituam a logística reversa ou inversa como: "o processo de planejamento, 
implementação e controle da eficiência e eficácia e dos custos, dos fluxos de 
 
CCDD – Centro de Criação e Desenvolvimento Dialógico 
 
3 
matérias-primas, produtos em curso, produtos acabados e informação 
relacionada, desde o ponto de consumo até ao ponto de origem, com o objetivo 
de recapturar valor ou realizar a deposição adequada". 
Leite (2000) reforça também sobre os resíduos como um agente 
importante da logística reversa: 
A Logística Reversa, uma nova área da Logística Empresarial, 
preocupa-se em equacionar a multiplicidade de aspectos logísticos do 
retorno ao ciclo produtivo destes diferentes tipos de bens industriais, 
dos materiais constituintes dos mesmos, bem como dos resíduos 
industriais, através de reutilização controlada do bem e de seus 
componentes ou da reciclagem dos materiais constituintes, dando 
origem a matérias-primas secundárias que se reintroduzirão ao 
processo produtivo. 
Após anos até os dias de hoje, a evolução desse conceito é 
complementada considerando o aumento da economia, do crescimento da 
variedade de produtos para atender a todos os consumidores, incluindo gêneros, 
idades, costumes, culturas – as mais variadas possíveis, entre outros. Exige das 
organizações sistemas logísticos de distribuição e controle, assim como o 
aumento do retorno de produtos de pós-consumo, tornando esse aspecto de 
extrema importância ao meio ambiente. 
Depois o conceito de Logística Reversa ter sido relembrado, sabe-se que 
existem dentro do processo evolutivo da LR diversos elementos que fizeram 
parte da força motriz dessa atividade. 
O desenvolvimento e progresso da logística inversa tem sido 
impulsionado, em grande parte, pelas questões ambientais, relacionado com o 
problema da deposição das embalagens dos produtos, da recuperação dos 
produtos, partes de produtos ou materiais, das devoluções de produtos em fim 
de vida, de produtos com defeito (WIKIPÉDIA, 2015). 
Quando as condições naturais do mercado não propiciam eficiente 
equilíbrio entre os fluxos reversos e os fluxos diretos, faz-se necessária a 
intervenção governamental por meio da legislação, de modo que sejam 
alteradas as condições e seja permitido melhor equacionamento do 
 
CCDD – Centro de Criação e Desenvolvimento Dialógico 
 
4 
retorno dos bens de pós-consumo e de seus materiais constituintes (LEITE, 
2012). 
Tem existido um forte crescimento dessa área da logística, não só pela 
legislação ambiental, a qual impõe leis mais exigentes, mas também pela 
consciencialização ambiental das empresas, organizações e organismos 
públicos. 
Em termos econômicos e financeiros, a logística inversa já representa 
cerca de 0,5% do Produto Interno Bruto dos Estados Unidos. 
Essa vertente da logística encontra-se em franco desenvolvimento, e é 
um grande potencial de negócio emergente para as empresas e organizações, 
pois as políticas ambientais tendem a ser cada vez mais exigentes. 
Outro fator de grande importância, e que está diretamente relacionado 
com o grande aumento da logística inversa é a compra de produtos através da 
internet, o chamado e-commerce (CARVALHO, 2003, p. 71-72). 
Com o crescimento exponencial das vendas on-line, por exemplo, os 
sistemas de logística reversa, no que diz respeito à questão da gestão das 
devoluções, tem crescido de uma forma abrupta. Leva à necessidade de ação 
de logística reversa. 
Podemos mesmo afirmar que a grande maioria dos sistemas de logística 
reversa aparecem devido à questão das devoluções. Os clientes, quando os 
produtos não corresponderem a seus requisitos de qualidade, podem acionar o 
processo de devolução, que é disponibilizado por cada vez mais empresas, de 
modo a prestarem um serviço de pós-venda de qualidade cada vez melhor, 
tentando atingir ou mesmo ultrapassar as expectativas dos clientes. 
Desse modo, é possível fidelizar o cliente, pois estes preferem, na maioria 
dos casos, ter poucos fornecedores, em detrimento de vários, mas que 
correspondam ou mesmo superem as suas expectativas. 
Para definirmos exemplificando, o quadro abaixo expõe as principais 
diferenças entre a logística tradicional e a reversa: 
 
 
CCDD – Centro de Criação e Desenvolvimento Dialógico 
 
5 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
O artigo a seguir, “Logística Reversa: conceitos, legislação e sistema de 
custeio aplicável”, a apresenta de forma clara os mais variados conceitos da 
logística reversa, bem como a importância da logística reversa para a empresa 
e alguns aspectos sob o enfoque econômico, legislativo e ecológico. A utilização 
da logística reversa traz custos para a empresa, porém pode reduzir os custos 
durante o processo produtivo, economizando recursos materiais e naturais. 
Link: http://www.opet.com.br/faculdade/revista-cc-adm/pdf/n8/LOGISTICA-
REVERSA.pdf 
(ver material on-line) 
 
Como complemento aos conceitos e definições, o seguinte artigo é 
recomendado para a leitura: “A Logística Reversa como Gestão Sustentável 
nas Organizações”. Confira! 
 
CCDD – Centro de Criação e Desenvolvimento Dialógico 
 
6 
Link: http://www.uniesp.edu.br/finan/pitagoras/downloads/numero4/a-
logistica-reversa-como-gestao.pdf 
(ver material on-line) 
 
Para a videoaula deste tema, ver o material on-line. 
 
Abordagens Empresariais Relacionadas à Logística Reversa 
Você já parou para pensar que a grande maioria das 
organizações em que conhece, que trabalha ou que já trabalhou 
apresenta um processo produtivo que é essencialmente baseada na 
fabricação de produtos específicos? E que deste produto temos apenas 
o valor agregado que o empreendedor vislumbra como fator de sucesso 
para sua empresa? 
Existe uma triste afirmativa nesta resposta, contudo, nos dias de hoje, sob 
o ponto de vista estratégico e operacional, existem algumas questões básicas a 
serem respondidas para que a LR seja aplicável e que deve ser considerada 
para todos os processos produtivos, a saber: 
1. Quais alternativas estão disponíveis para recuperar produtos, partes de 
produtos e materiais? 
2. Quem deverealizar as diversas atividades de recuperação? 
3. Como essas atividades devem ser realizadas? 
4. É possível integrar as atividades típicas da logística reversa com 
sistemas de distribuição e produção clássicos? 
5. Quais são os custos e benefícios da logística reversa, do ponto de vista 
econômico e ambiental? 
Há processos em que a LR apresenta maneiras diferentes de aplicação, 
todavia, a abordagem estratégica se faz necessária nos negócios e refere-se às 
decisões de logística reversa no macroambiente empresarial constituído pela 
sociedade e comunidades locais, governos e ambiente concorrencial. Portanto, 
levará em consideração as características que garantirão competitividade e 
 
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7 
sustentabilidade às empresas nos eixos econômico e ambiental por meio de 
diversificados objetivos empresariais como: 
� Recuperação de valor financeiro (Retorno do investimento) 
� Seguimento de legislações 
� Prestação de serviços aos clientes 
� Mitigação dos riscos ou reforço da imagem de marca ou corporativa e 
demonstração de responsabilidade social 
Fatores como esses devem necessariamente fazer parte da pauta de 
análise crítica da direção das organizações para que as decisões sejam tomadas e 
a operacionalização adequada ao uso do processo. 
O quadro ao lado demonstra diversos inputs que são considerados 
estrategicamente para o negócio, incluindo a logística reversa. 
 
 
 
 
 
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8 
Sob os aspectos operacionais, alguns relevantes a considerar: 
� Envolvem o uso das principais ferramentas de logística 
aplicadas à logística reversa 
� Localização de instalações 
� Roteirização 
� Gestão de estoques 
� Gestão de transporte e armazenagem etc. 
Leia este interessante texto: “As oportunidades na economia circular”, de 
Ana Ester Rossetto, sócia da KCA Consulting, que aborda questões 
relacionadas à logística reversa à luz da ideia de Economia Circular. 
Link: https://endeavor.org.br/as-oportunidades-na-economia-circular/ 
(ver material on-line) 
O vídeo que é mencionado pela autora do texto anterior é muito 
interessante para compreender a economia circular. Vale a pena assistir! 
Link:https://www.youtube.com/watch?v=zhFhgXb4hO4&context=C47e1f50ADvj
VQa1PpcFMU9oMqKAaePWLibRcaXKUo0ZterO6hX4o 
(ver material on-line) 
 
Para a videoaula deste tema, ver o material on-line. 
 
Canais de Distribuição 
Como visto em aula, o estudo dos canais de distribuição reversos 
interessa às empresas pela oportunidade de recuperação de custos envolvidos 
e pela diferenciação dos níveis de serviços oferecidos em mercados 
globalizados e extremamente competitivos da atualidade. 
 
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9 
Assim, o gerenciamento dos canais reversos de distribuição pode ser 
definido como: “[...] as atividades logísticas em que uma organização se ocupa 
da coleta de seus produtos usados, danificados ou ultrapassados, embalagens 
e/ou outros resíduos finais gerados pelos seus produtos e subprodutos”. Fonte: 
RAZZOLINI FILHO, 2004. Adaptado. 
Por meio dos canais reversos são retornados produtos industriais já 
usados e que, através de análises de viabilidade, define-se os possíveis destinos 
para este fim. O quadro ao lado demonstra alguns exemplos aplicáveis na cadeia 
produtiva industrial. 
 
 
 
 
 
 
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10 
Como característica complementar ao fluxo direto, a figura a seguir mostra 
o fluxo reverso necessário, sob o aspecto operacional, que deve ser mapeado 
na logística dos materiais e informações. 
 
Ou ainda, os chamados canais reversos devem ser criados da maneira 
que inclua todas as hipóteses e cenários considerando a viabilidade do negócio. 
As opções são inúmeras, como mostra o exemplo da figura seguinte que vimos 
na última rota, porém, aplicável nesse contexto também: 
 
 
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11 
Essa classificação da figura anterior quanto ao destino dos produtos 
retornados pode ser demonstrada da seguinte forma: 
� Reciclado: é reduzido à forma primária, uso como matéria-prima/ 
aproveitamento de componentes 
� Recondicionado: bom estado, limpeza/ revisão 
� Renovado: igual ao recondicionado, envolve mais tempo de reparo 
� Remanufaturado: igual ao renovado, envolve desmontagem e 
recuperação 
� Revenda: pode ser vendido como novo 
Existe ainda uma importante definição para os canais reversos e que 
influenciam para a formação desses chamados canais. Resumidamente, existem 
três grandes categorias de bens produzidos: os bens descartáveis, os bens 
duráveis e os bens semiduráveis classificados de acordo com a sua vida útil. 
Essas definições são fundamentais para um melhor entendimento das atividades 
dos canais de distribuição reversos. 
� Bens descartáveis: são bens que apresentam duração de vida útil média 
de algumas semanas, raramente superior a seis meses. São exemplos de 
bens descartáveis os produtos de embalagens, brinquedos, materiais 
para escritório, suprimentos para computadores, artigos cirúrgicos, pilhas 
de equipamentos eletrônicos, fraldas, jornais, revistas etc. 
� Bens duráveis: são os bens que apresentam duração de vida útil 
variando de alguns anos a algumas décadas. Exemplos: automóveis, 
eletrodomésticos, eletroeletrônicos, as máquinas e os equipamentos 
industriais, edifícios, aviões, navios etc. 
� Bens semiduráveis: são os bens que apresentam duração média de vida 
útil de alguns meses, raramente superior a dois anos. Sob o enfoque dos 
canais de distribuição reversos dos materiais, apresentam características 
ora de bens duráveis, ora de bens descartáveis. Exemplos: baterias de 
 
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12 
veículos, óleos lubrificantes, baterias de celulares, computadores e seus 
periféricos, revistas especializadas etc. 
O acelerado desenvolvimento tecnológico vivenciado pela sociedade nas 
últimas décadas, a introdução de novos materiais que têm substituído outros com 
melhoria de desempenho técnico do produto e de sua embalagem e redução de 
custos dos produtos – associados ao acirramento da competitividade, como 
consequência da globalização e da própria tecnologia – têm feito que empresas 
passem a se diferenciar pela constante inovação, reduzindo drasticamente o 
ciclo de vida dos produtos, causando um alto grau de obsolescência e, assim 
sendo, uma alta tendência à descartabilidade. Essa tendência tem causado 
modificações nos hábitos mercadológicos e logísticos das empresas modernas, 
exigindo alta velocidade no fluxo de distribuição física dos produtos. 
Uma das consequências é a redução do ciclo de compra, observando-se 
um aumento das quantidades de produtos devolvidos nas cadeias reversas de 
pós-venda, exigindo um sistema de logística reversa mais eficiente. 
Por outro lado, com os ciclos de vida cada vez menores, os produtos ditos 
duráveis serão descartados mais rapidamente, transformando-se em 
semiduráveis. Da mesma forma, os produtos semiduráveis se tornarão 
descartáveis. Assim sendo, os produtos de pós-consumo aumentam e exaurem 
os meios de disposição final, tornando-se necessário equacionar o problema de 
retorno dos bens de pós-consumo. 
Leia o texto “Canais de Distribuição Reversos”, disponível a seguir. Esse 
texto embasa os comentários sobre os canais reversos de forma simples e 
objetiva, reforçando os conceitos e aprendizado sobre o tema. 
Link: http://vialogistica.blogspot.com.br/2011/06/canais-de-distribuicao-
reversos.html 
(ver material on-line) 
 
 
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13 
Consulte o livro-base desta disciplina, “O Reverso da Logísticae as 
Questões Ambientais no Brasil”, da Editora Intersaberes e de autoria de Edelvino 
Filho RAZZOLIN e Rodrigo BERTÉ. 
Para a videoaula deste tema, ver o material on-line. 
 
Tipos de Canais Reversos 
Basicamente os canais reversos são divididos em dois grandes grupos: 
os canais reversos do tipo de pós-vendas e os de pós-consumo. Como o nome 
já diz, são separados de forma distinta para que a identificação e todo o 
mapeamento dos processos relacionados à logística reversa sejam bem 
definidos. 
 
 
 
 
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14 
Os canais de distribuição reversos de pós-consumo são constituídos pelo 
fluxo reverso de uma parcela de produtos e de materiais constituintes originados 
no descarte dos produtos após a sua utilização pelo usuário original e retornando 
ao ciclo produtivo. 
Os canais reversos de pós-venda são constituídos pelas diferentes formas 
e possibilidades de retorno de uma parcela de produtos, com pouco e nenhum 
uso, que fluem no sentido inverso, do consumidor ao varejista ou ao fabricante, 
do varejista ao fabricante, entre as empresas, motivado em geral por problemas 
de qualidade, garantia, processos comerciais entre empresas e retornando ao 
ciclo de negócios de alguma forma. 
Distinção entre os canais reversos: 
 
 
Logística Reversa de Pós-
Venda 
� Equacionamento do 
retorno de produtos 
não consumidos. 
� Produtos voltam pelos 
mesmos canais 
reversos que os 
levaram ao mercado. 
 
Logística Reversa de Pós-
Consumo 
� Equacionamento do 
retorno de produtos 
consumidos. 
� Produtos voltam por 
canais reversos 
distintos daqueles 
que os levaram ao 
mercado. 
Fonte: LEITE (2009) 
 
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15 
Existem dois recentes artigos que podem ser utilizados como modelos de 
estudo para os casos de logística reversa de bens de pós-consumo e outro artigo 
para LR de pós-vendas, respectivamente. É de grande aprendizado, confira! 
Links: 
http://periodicos.unb.br/index.php/sust/article/view/15522 
http://abcustos.emnuvens.com.br/abcustos/article/view/118 
(ver material on-line) 
 
Leia de forma complementar excelente artigo sobre os canais reversos 
aplicados a um estudo de caso em uma instituição de ensino, disponível no botão 
a seguir. 
Link: http://siaibib01.univali.br/pdf/Pamela%20dos%20Santos.pdf 
(ver material on-line) 
 
Para a videoaula deste tema, ver o material on-line. 
 
Canais Reversos de Pós-Consumo (CR-PC) 
A logística reversa de pós-consumo deverá planejar, operar e controlar o 
fluxo de retorno dos produtos de pós-consumo ou de seus materiais 
constituintes, classificados em função de seu estado de vida e origem: “Em 
condições de uso”; “Fim de vida útil”; e “Resíduos industriais”. 
A classificação “Em condições de uso” refere-se às atividades em que o 
bem durável ou semidurável apresenta interesse de reutilização, sendo sua vida 
útil estendida adentrando no canal reverso de “Reuso” em mercado de segunda 
mão até atingir o “fim de vida útil” do produto. 
Nas atividades da classificação “Fim de vida útil”, a logística reversa 
poderá atuar em duas áreas não destacadas no esquema: dos bens duráveis ou 
descartáveis. 
Na área de atuação de duráveis ou semiduráveis, os produtos entrarão no 
canal reverso de Desmontagem e Reciclagem Industrial; sendo desmontados na 
 
CCDD – Centro de Criação e Desenvolvimento Dialógico 
 
16 
etapa de “desmanche”, seus componentes poderão ser aproveitados ou 
remanufaturados, retornando ao mercado secundário ou à própria indústria que 
o reutilizará, sendo uma parcela destinada ao canal reverso de “Reciclagem”. 
Já nas áreas de logísticas, tecnológicas e econômicas, os produtos são 
retornados por meio do canal reverso de “Reciclagem Industrial”, onde os 
materiais constituintes são reaproveitados e se constituirão em matérias-primas 
secundárias, que retornam ao ciclo produtivo pelo mercado correspondente, ou 
no caso de não haver as condições mencionadas, serão destinadas ao “Destino 
Final”, aos aterros sanitários, lixões e incineração com recuperação energética. 
Observe o fluxograma na tela a seguir. 
 
 
 
 
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17 
Uma parcela dos bens de pós-consumo será reintegrada ao ciclo 
produtivo e irá fluir pelos canais reversos de reciclagem. Com a revalorização 
dos seus materiais constituintes, estes podem ser reintegrados ao ciclo produtivo 
na fabricação de um produto similar ao que lhe deu origem ou de um produto 
distinto. Em função dessa diferença, há a distinção de duas categorias de ciclos 
reversos de retorno ao ciclo produtivo: 
� Canais de distribuição reversos de ciclo aberto: são constituídos pelas 
diversas etapas de retorno dos materiais constituintes dos produtos de 
pós-consumo, tais como plásticos, papéis, vidros, metais etc., que são 
reintegrados ao ciclo produtivo e substituem as matérias-primas virgens 
necessárias para a fabricação de itens diversos. Pode-se citar como 
exemplo os eletrodomésticos descartados, de onde são extraídos 
diversos componentes, sendo um deles o material ferroso, que será 
reintegrado como matéria-prima secundária na fabricação de chapas de 
aço, barras de ferro e vigas, entre outros. 
� Canais de distribuição reversos de ciclo fechado: são constituídos por 
bens de pós-consumo em que os materiais constituintes de determinado 
produto descartado são extraídos seletivamente e aproveitados na 
fabricação de um produto similar ao de origem. Das baterias de veículos 
descartadas, por exemplo, podem ser extraídas a liga de chumbo e a 
carcaça de plástico, materiais que são reutilizados na fabricação de uma 
nova bateria. 
É importante ressaltar que no canal de ciclo aberto a matéria-prima 
extraída será utilizada na elaboração de produtos diferentes daqueles dos quais 
os materiais foram extraídos, pois nessa categoria o material é primeiramente 
reprocessado para depois se tornar uma nova matéria-prima. 
Já no caso do canal de ciclo fechado, após seleção, o material classificado 
como aproveitável é separado e colocado em um novo produto similar, que 
poderá ser novamente disponibilizado no mercado. 
 
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18 
Classificação e destino dos canais reversos pós-consumo (CR-PC): 
1. Reúso 
 São os canais em que se tem a extensão do uso de um produto de pós-
consumo ou de seu componente, com a mesma função para a qual foi 
originalmente concebido, ou seja, sem nenhum tipo de remanufatura. Pós-
consumo, neste caso, é adotado como sinônimo de bem-usado. Por exemplo: 
veículos, eletrodomésticos, produtos de informática, vestuário etc. 
Em todas as regiões do planeta possuem mercado de segunda mão. Após 
os bens atingirem seu fim de vida útil efetivo, os mesmos passam um por um 
fluxo reverso por meio de dois grandes sistemas de canais reversos de 
revalorização: “remanufatura” e o de “reciclagem”. Na impossibilidade dessas 
revalorizações, os bens de pós-consumo encontram a “disposição final” em 
aterros sanitários ou são incinerados. 
2. Desmanche 
 É um processo industrial no qual um produto durável de pós-consumo 
é desmontado em seus componentes. Os componentes em condições de uso ou 
de remanufatura são separados e destinados à remanufatura industrial e os 
materiais para os quais não existem condições de revalorização são enviados 
para a reciclagem industrial. Os componentes em condições de uso são 
enviados, diretamente ou após a remanufatura, ao mercado de peças usadas, 
enquanto os materiais inservíveis são destinados a aterros sanitários ou são 
incinerados. 
3. Remanufatura 
 São bens usados que passam pelo o processo industrial da 
remanufatura. Em geral, algumas condições devem ser cumpridas para queum 
bem seja considerado remanufaturado, são elas: os componentes primários 
deverão ser provindos de um produto usado; o produto usado deverá ser 
desmontado na extensão necessária a se determinar as condições de seus 
componentes; os componentes do produto usado deverão ser completamente 
limpos e livres de ferrugem e corrosão; todas as peças faltantes, defeituosas, 
 
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19 
quebradas ou desgastadas deverão ser restauradas ou substituídas por novas 
ou usadas de forma que apresentem boas condições de funcionamento; o 
produto deverá passar por operações como usinagem, rebobinagem, 
acabamento, entre outras, para chegar em plenas condições de funcionamento 
e o produto deverá ser remontado e operar com a mesma segurança e eficiência 
de um produto novo. 
Atualmente, há diversos termos correlatos aos bens remanufaturados, 
dentre eles: 
� Bem reconstruído (rebuilt): é sinônimo de remanufaturado 
quando aplicado a peças de motores e sistemas automotivos, 
mas não ao veículo todo. 
� Bem recarregado (recharged): também é sinônimo de 
remanufaturado, geralmente aplicado a produtos de imagem, 
como cartuchos de tinta. 
� Bem recondicionado (refurbished): esse termo se refere, 
sobretudo, àqueles produtos que apresentaram defeito ainda 
dentro da fábrica e são ali mesmo reparados. Tal termo é 
utilizado principalmente para artigos eletrônicos. 
4. Reciclagem 
A reciclagem é o reaproveitamento dos materiais como matéria-prima 
para um novo produto. Muitos materiais podem ser reciclados e os exemplos 
mais comuns são o papel, o vidro, o metal e o plástico. A palavra reciclagem 
difundiu-se na mídia a partir do final da década de 1980, quando foi constatado 
que as fontes de petróleo e de outras matérias-primas não renováveis estavam 
se esgotando rapidamente, bem como havia falta de espaço para a disposição 
de lixo e de outros dejetos na natureza. 
A expressão vem do inglês recycle (re = repetir; cycle = ciclo). Os 
resultados da reciclagem são expressivos tanto no campo ambiental, como nos 
campos econômico e social. No aspecto econômico, a reciclagem contribui para 
a utilização mais racional dos recursos naturais e a reposição daqueles recursos 
 
CCDD – Centro de Criação e Desenvolvimento Dialógico 
 
20 
que são passíveis de reaproveitamento. No meio ambiente, a reciclagem pode 
reduzir a acumulação progressiva de resíduos à produção de novos materiais, 
como exemplo o papel – que exigiria o corte de mais árvores; as emissões de 
gases como metano e gás carbônico; as agressões ao solo, ar e água; entre 
outros tantos fatores negativos. No âmbito social, a reciclagem não só 
proporciona melhor qualidade de vida para as pessoas – através das melhorias 
ambientais – como também tem gerado muitos postos de trabalho e rendimento 
para pessoas que vivem nas camadas mais pobres. 
A seguir, veremos uma introdução sobre exemplos de materiais que 
podem ser reciclados quando ocorre o processo da logística reversa. 
Aço Reciclado 
A reciclagem de aço é o reaproveitamento do aço utilizado em objetos que 
já não estão funcionando para produzir novos objetos. O aço é utilizado em 
diversos materiais, desde latas até carros. Sua reciclagem é tão antiga quanto a 
própria história de sua utilização. O aço pode ser reciclado infinitas vezes, com 
custos menores e menos dispêndio de energia do que na sua criação inicial. Ele 
pode ser separado de outros resíduos por diversos processos químico-
industriais e voltar a ser utilizado sem perder suas características iniciais. A lata 
de aço é uma das embalagens mais utilizadas em todo mundo para acondicionar 
alimentos e produtos diversos. A embalagem pode ser biodegradada pelo 
próprio ambiente, através do processo de ferrugem, num prazo médio de três 
anos. Porém, se aproveitado, o aço pode gerar economias e menos agressão ao 
meio ambiente. 
Reciclagem de papel 
A reciclagem do papel consiste no reaproveitamento das fibras celulósicas 
de papéis usados para produção de um novo artefato de papel. O papel reciclado 
pode ser aplicado em caixas de papelão, sacolas, embalagens para ovos, 
bandejas para frutas, papel higiênico, cadernos e livros, material de escritório, 
envelopes, papel para impressão, entre outros usos. Para a reciclagem, o papel 
é classificado em papel branco, papel jornal, papel misto, papelão e longa vida. 
 
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21 
Os papéis brancos são os papéis de carta, folhetos, papéis de copiadoras e 
impressoras. O papel jornal é produzido com menos celulose e mais fibras de 
madeira, obtidas na primeira etapa da fabricação do papel e, por isso, apresenta 
menor qualidade. Os papéis mistos apresentam diferentes fibras e cores, por 
exemplo, aqueles que encontramos em revistas. 
É importante lembrar que os papéis para fins sanitários (toalhas e 
higiênicos) não são encaminhados para reciclagem, assim como papéis 
vegetais, parafinados, carbono, plastificados e metalizados. 
 
Figura: A reciclagem do papel (alpambiental, 2015) 
 
 
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Reciclagem do vidro 
A reciclagem possui papel de destaque na indústria vidreira. Com um quilo 
de vidro se faz outro quilo de vidro, com perda zero e sem poluição para o meio 
ambiente. Além da vantagem do reaproveitamento de 100% do caco, a 
reciclagem permite poupar matérias-primas naturais como areia, barrilha e 
calcário (Fonte: site ABIVIDRO – Associação Técnica Brasileira das Indústrias 
Automáticas de Vidro). 
Como normalmente os vidros de embalagem são do tipo sodo-cálcico, 
apenas as sucatas de vidro com essa natureza química são aceitas para 
reciclagem, como garrafas, potes e frascos. Os vidros de janelas, espelhos, 
cristais, pirex e similares podem ser reciclados, porém não devem ser incluídos 
junto com os vidros de embalagem. 
Reciclagem do alumínio 
A reciclagem de alumínio é o processo pelo qual o alumínio pode ser 
reutilizado em determinados produtos, após ter sido inicialmente produzido. O 
processo resume-se no derretimento do metal, o que é muito menos dispendioso 
e consome muito menos energia do que produzir o alumínio através da 
mineração de bauxita. A mineração e o refino deste requerem enormes gastos 
de eletricidade, enquanto que a reciclagem requer apenas 5% da energia para 
produzi-lo. Por isso, a reciclagem tornou-se uma atividade importante para essa 
indústria. 
O alumínio pode ser reciclado tanto a partir de sucatas geradas por 
produtos de vida útil esgotada, como de sobras do processo produtivo. O 
alumínio reciclado pode ser obtido a partir de esquadrias de janelas, 
componentes automotivos, eletrodomésticos, latas de bebidas, entre outros. A 
reciclagem não danifica a estrutura do metal, que pode ainda ser reciclado 
infinitamente e reutilizado na produção de qualquer produto com o mesmo nível 
de qualidade de um alumínio recém-produzido por mineração. 
Reciclagem de plástico 
Existem três tipos de reciclagem do plástico: 
 
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1. Reciclagem primária ou pré-consumo - é feita com os materiais 
termoplásticos provenientes de resíduos industriais, que são 
limpos e fáceis de identificar. Tecnologias convencionais de 
processamento transformam esses resíduos em produtos com 
características de desempenho equivalentes aos fabricados a 
partir de resinas virgens. 
2. Reciclagem secundária ou pós-consumo - acontece com os 
resíduos plásticos recolhidos em lixões, sistemas de coleta 
seletiva, sucatas etc. É feita com os mais diversos tipos de 
materiais e resinas que são separados e passam por um 
processo ou por uma combinação de operações para serem 
transformados em outros produtos. 
3. Reciclagem terciária - é a conversão de resíduos plásticosem 
produtos químicos e combustíveis, por processos 
termoquímicos. Esses plásticos são convertidos em matérias-
primas que podem originar novamente as resinas virgens ou 
outras substâncias interessantes para a indústria, como gases e 
óleos combustíveis. Para se reciclar o plástico, é preciso 
separar, moer e lavar o material, secar com batedores e 
sopradores (que farão uma secagem parcial) e depois com 
aglutinadores (que farão a secagem definitiva). Depois esse 
material será fundido, resfriado, granulado e transformado, 
enfim, em matéria-prima e que poderá ser utilizada na fabricação 
de inúmeros produtos, como garrafas, frascos, baldes, cabides, 
pentes, “madeira plástica”, cerdas, vassouras, sacolas, filmes, 
painéis para a construção civil e outra infinidade de opções. 
Os plásticos recicláveis são: garrafas, tampas, embalagens de higiene e 
limpeza, garrafas PET, CD e DVD, tubos vazios de creme dental, utensílios 
plásticos, como canetas e escovas de dente, potes de todos os tipos, sacos de 
supermercado, embalagens para alimentos, vasilhas, recipientes e tubulações. 
 
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Há um interessante artigo sobre a aplicação empreendedora em micro e 
pequenas empresas com bom exemplo de aplicabilidade de um canal reverso 
muito utilizado que é a reciclagem e que pode ser útil como exemplo de 
implantação. 
Link: http://www.simpep.feb.unesp.br/anais/anais_13/artigos/372.pdf 
(ver material on-line) 
 
Veja um estudo de caso com um bom e animado exemplo de fator de 
sucesso aliado à logística reversa e os aspectos de reciclagem. 
 
Link: https://www.youtube.com/watch?v=j22M5rfVacI 
(ver material on-line) 
 
O seguinte artigo, “A Logística Reversa como Gestão Sustentável nas 
Organizações”, apresenta bons exemplos de como se pode gerir um processo 
de Logística reversa, adotando os conceitos estudados nesta rota sobre os 
canais reversos. Vale a pena a leitura! 
Link: http://www.uniesp.edu.br/finan/pitagoras/downloads/numero4/a-
logistica-reversa-como-gestao.pdf 
(ver material on-line) 
 
Para a videoaula deste tema, ver o material on-line. 
 
Trocando ideias 
Chegou o momento de trocar ideias com os seus amigos! 
Dentre os estudos apresentados acerca dos canais reversos, sob o ponto 
de vista econômico e ambiental, qual seria a melhor opção? De que forma a 
logística reversa pode gerar ganhos através dos canais reversos? Sua 
empresa utiliza algum tipo de canal reverso, qual? 
Enriqueça esse debate e participe no fórum! 
 
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Na Prática 
Ver o material on-line. 
Síntese 
Nesta aula, aprendemos os conceitos e definições da logística reversa e 
qual a relação dela com as organizações nos dias de hoje, vimos que o fluxo 
reverso é representado por canais e que são conhecidos como canais reversos 
de pós-consumo e de pós-vendas. O gerenciamento desses canais é dado por 
um conjunto de atividades desenvolvidas pelas empresas para que os produtos 
retornem a sua utilização ou sejam direcionados aos multicanais apresentados 
para as áreas de pós-consumo. 
Aprendemos também que a classificação desses materiais em bens com 
variados ciclos de vida determina, nos dias de hoje, as tecnologias a serem 
utilizadas quando da necessidade da utilização de um ou mais canais reversos. 
Compreendemos também a relação direta que a logística reversa tem 
com a reciclagem, bem como a importância da reciclagem, não só no aspecto 
reverso, mas também para a preservação dos recursos naturais. 
Além disso, vale destacar que aprendemos que a logística reversa de pós-
consumo, dita por Barbieri e Dias (2002) “logística reversa sustentável”, também 
resulta em benefícios econômicos, como a geração de lucro, e é qualificada 
como um negócio inteligente (CALDWELL, 1999), já que o crescimento 
econômico de longo prazo depende de atitudes sustentáveis. Tachizawa (2002, 
p.24) comenta ainda que as práticas sociais e sustentáveis subsidiam as 
organizações a manterem-se competitivas no mercado, seja qual for o setor. Tais 
benefícios se fazem por intermédio do reaproveitamento ou revenda dos 
componentes retornados no mercado secundário, economia de insumos, 
geração de empregos pela atividade, reconhecimento da imagem corporativa 
pela credibilidade atribuída pela sociedade, entre outros (LEITE, 2009; MIGUEZ, 
2010). 
 
 
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Para as considerações finais do professor Luiz Cougo, assista ao vídeo 
que está disponível no material on-line. 
Referências 
RAZZOLINI, Edelvino Filho; BERTÉ, Rodrigo. O Reverso da Logística e as 
Questões Ambientais no Brasil. Curitiba: INTERSABERES, 2013. 
DE BRITO, M P, FLAPPER, S D P e DEKKER, R, 2002, Reverse Logistics: a 
review of case studies, Econometric Institute Report. EI 2002-21, Maio. 
DONATO, Vitório. Logística Verde: uma abordagem socioambiental. São Paulo: 
Ciência Moderna, 2009. 
FLEURY, P F. et. al. 2000, Logística Empresarial: a perspectiva brasileira. São 
Paulo: Atlas. 
LACERDA, L. 2002, Logística Reversa - uma visão sobre os conceitos básicos 
e as práticas operacionais. Disponível em: 
http://www.coppead.ufrj.br/pesquisa/cel/new/fr-rev.htm. 
LEITE, Paulo Roberto. Logística Reversa. 2 ed. São Paulo: Pearson / Prentice 
Hall, 2009. 
 
 
1
Prof. Me. Luiz Felipe Cougo
Logística Reversa
Aula 2
Tema 1 – Conceitos e 
Definições
Council Of Supply Chain 
Management Professionals
� “Logística empresarial é a parte 
do Supply Chain Management 
que planeja, implementa e 
controla o eficiente e efetivo 
fluxo direto e reverso, (...)
(...) a estocagem de bens, 
serviços e as informações 
relacionadas entre o ponto de 
origem e o ponto de consumo, 
no sentido de satisfazer as 
necessidades do cliente.” 
Logística Reversa – O
Conceito
� “Em uma perspectiva de 
negócios, o termo refere-se ao 
papel da logística no retorno de 
produtos, redução na fonte, (...)
(...) reciclagem, substituição de 
materiais, reúso de materiais, 
disposição de resíduos, reforma, 
reparação e remanufatura.”
(STOCK, 1998.)
2
� Além disso, uma vez que ela é 
mais que a reutilização de 
recipientes e reciclagem de 
materiais de embalagens, 
podem ser incluídas na logística 
reversa, segundo Filho e Berté
(2009): 
• o processamento de materiais 
retornados em função de danos, 
estoques sazonais, destinação 
de equipamentos obsoletos 
(leilões, sucateamento etc.)
• as atividades de remanufatura
e recondicionamento
• os programas de reciclagem, 
tratamento de produtos 
perigosos e a recuperação do 
recurso
Definição de LR – Tipos 
de Fluxos Logísticos
Logística
Fluxos diretos
Com fornecedores – fornecimento 
de materiais e componentes
Com clientes – produtos, peças de 
reposição, materiais promocionais 
e de propaganda
Fluxos reversos
Com fornecedores – embalagem e 
reparo
Com fabricantes – eliminação e 
reciclagem
Com clientes – excesso de estoque 
e reparos
Tema 2 – Abordagens 
Empresariais 
Relacionadas à LR
Força Motriz da Logística 
Reversa 
Quantidade de 
produtos aumenta
Profusão de 
novos 
produtos
Alta 
variedade de
produtos 
Legislações 
ambientais
crescem 
Redução do 
ciclo de vida 
dos produtos
Maior 
quantidade 
no retorno
Exaustão dos meios 
tradicionais 
de disposição 
Competitividade 
através de 
serviços 
3
A LR Sob o Aspecto 
Empresarial
� Refere-se às decisões de 
logística reversa no 
macroambiente empresarial 
constituído pela sociedade e 
comunidades locais, governos e 
ambiente concorrencial
� Portanto, levará em 
consideração as características 
que garantirão competitividadee sustentabilidade às empresas 
nos eixos econômico e 
ambiental, por meio de 
diversificados objetivos 
empresariais
� Recuperação de valor 
financeiro
� Seguimento de legislações
� Prestação de serviços aos
clientes
� Mitigação dos riscos, ou reforço
da imagem de marca ou
corporativa, e demonstração de 
responsabilidade social
Logística Reversa –
Aspectos Operacionais
� Envolvem o uso das principais
ferramentas de logística
aplicadas à logística reversa:
• Localização de instalações
• Roteirização
• Gestão de estoques
• Gestão de transporte e 
armazenagem etc.
4
� A logística reversa, por meio 
de sistemas operacionais, tem 
por objetivo tornar possível o 
retorno dos bens ou de seus 
materiais constituintes ao ciclo 
produtivo de negócios
� Agrega valor econômico, de 
serviço, ecológico, legal e de 
localização ao planejar redes 
reversas e as respectivas 
informações ao operacionalizar 
esse fluxo, (...)
(...) desde a coleta dos bens de 
pós-consumo ou de pós-venda, 
por meio dos processamentos 
logísticos de consolidação, 
separação e seleção, até a 
reintegração ao ciclo
Tema 3 – Canais de 
Distribuição
Canais de Distribuição
� São constituídos pelas diversas
etapas pelas quais os bens 
produzidos são comercializados
até chegar ao consumidor final, 
seja uma empresa ou uma
pessoa física
� A distribuição física dos bens 
é a atividade que realiza a 
movimentação e disponibiliza
esses produtos ao
consumidor final
5
Canais de Distribuição
F
o
n
te
: 
N
o
v
a
e
s
 (
2
0
0
7
)
� E os canais reversos?
Os Canais Reversos
� O estudo dos canais de 
distribuição reversos interessa
às empresas pela oportunidade
de recuperação de custos
envolvidos (…)
(…) e pela diferenciação dos 
níveis de serviços oferecidos
em mercados globalizados e 
extremamente competitivos
da atualidade. (…)
(…) Através deles são retornados
produtos industriais já usados e, 
através de análises de 
viabilidade, definem-se os
possíveis destinos para este fim
(ROGERS; TIBBEN-LEMBKE, 1999.)
Fontes de Fluxo Reverso
Parceiros na CS Usuários Finais
Produto
• Retorno de balanço 
do estoque 
• Retorno de vendas
• Final da 
vida/sazonal
• Danos no 
Transporte
• Item defeituoso
• Retorno
• Garantia
• Recalls
• Disposição 
Embalagem
• Reusáveis
• Disposição
• Reúso
• Disposição
6
Logística Reversa –
Classificação dos Produtos 
Retornados
� Reciclado
� Recondicionado
� Renovado/ Remanufaturado
� Revenda
Tema 4 – Tipos de Canais 
Reversos
Os Canais Reversos –
Importante Distinção
Fonte: Leite, 2009.
Canais de Distribuição
Reversos (CDRs) de 
Pós-Consumo
� Constituídos por fluxos reversos
de uma parcela de produtos e de 
materiais constituintes originados
no descarte dos produtos, (…)
(…) após finalizada sua utilidade
original, retornam ao ciclo
produtivo de alguma maneira
� Uma parcela dos produtos de 
pós-consumo pode ser dirigida
para dois canais:
• Seguros ou controlados: 
não provocam poluição
7
• Não seguros: provocam
impactos maiores no meio
ambiente
Conceito de Canais de 
Distribuição Reversos (CDRs) 
de Pós-Venda
� Constituídos pelas diferentes
formas e possibilidades de 
retorno de uma parcela de 
produtos, com pouco ou
nenhum uso
� Fluem no sentido inverso, 
do consumidor ao varejista
ou ao fabricante, do varejista
ao fabricante, entre 
empresas, (…)
(…) motivados por problemas
relacionados à qualidade em
geral ou a processos comerciais
entre empresas, retornando ao
ciclo de negócios de alguma
maneira
Tema 5 – Canais Reversos de 
Pós-Consumo
Canais Reversos de Bens de 
Pós-Consumo (CR-PC)
� As diferentes formas 
de processamento e de 
comercialização dos produtos 
de pós-consumo ou de seus 
materiais constituintes, (...)
8
(...) desde sua coleta até 
sua reintegração ao 
ciclo produtivo como 
matéria-prima secundária, são 
denominadas de “Canais de 
Distribuição Reversos de 
Pós-Consumo”
Alguns exemplos
� Reúso
� Desmanche
� Remanufatura industrial
� Reciclagem
� Disposição Final (Segura e 
Não Segura)
Exemplos de Canais de 
Distribuição Reversos de 
Pós-Consumo
� Automóveis 
� Eletrodomésticos
� Computadores e periféricos
� Baterias de automóveis
� Embalagens descartáveis
� Resíduos industriais etc.
Revalorização dos Bens 
Pós-Consumo
� Motivo do retorno
• Fim de utilidade ao primeiro 
utilizador 
9
• Fim de vida útil 
• Componentes
• Resíduos industriais
Fonte: Figueiredo 
(PUC-RJ)
� Destino dos produtos 
• Mercado secundário
• Remanufatura
• Desmanche
Fonte: Figueiredo 
(PUC-RJ)
• Reciclagem
• Aterro sanitário
• Incineração

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