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TRABALHO O NOVO ACORDO ORTOGRÁFICO DA LÍNGUA PORTUGUESA

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O NOVO ACORDO ORTOGRÁFICO DA
LÍNGUA PORTUGUESA
Países Envolvidos ● Objetivos do acordo ● Principais mudanças na Ortografia
							Professor Ezaques Tavares
SÃO PAULO
2016
FACULDADE SEQUENCIAL
DEUSA GONÇALVES ● LIDIANE ARAÚJO ● MARLI PERES
O NOVO ACORDO ORTOGRÁFICO DA LÍNGUA PORTUGUESA
1. PAÍSES ENVOLVIDOS
	
	1931 – É aprovado o primeiro Acordo Ortográfico entre o Brasil e Portugal, que visa suprimir as diferenças, unificar e simplificar a língua portuguesa. Contudo, este acordo não é posto em prática.
	1986 – O presidente do Brasil, José Sarney promove um encontro dos então sete países de língua oficial portuguesa - Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique, Portugal e São Tomé e Príncipe -, no Rio de Janeiro. É apresentado o Memorando Sobre o Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa. O Acordo Ortográfico de 1986, que resulta deste encontro, é amplamente discutido e contestado pela comunidade linguística, nunca chegando a ser aprovado. 	
	1990 – A Academia das Ciências de Lisboa convoca novo encontro, juntando uma Nota Explicativa do Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa. As duas Academias elaboram a base do Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa. O documento entraria em vigor, de acordo com o seu artigo 3º, no dia "1 de Janeiro de 1994, após depositados todos os instrumentos de ratificação de todos os Estados junto do Governo português".
	1996 – O Acordo Ortográfico é apenas ratificado por Portugal, Brasil, e Cabo Verde.
	2004 – Os ministros da Educação dos vários países da CPLP reúnem-se em Fortaleza, no Brasil, para a aprovação do Segundo Protocolo Modificativo ao Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa. Fica assim determinado que basta a ratificação de três membros para que o Acordo Ortográfico possa entrar em vigor e Timor-Leste passa a integrar a CPLP. 2006 – Brasil, Cabo Verde e São Tomé e Príncipe ratificam o documento, possibilitando a entrada em vigor do Acordo Ortográfico de 1990.
	2008 – O Acordo Ortográfico de 1990 é aprovado por Cabo Verde, São Tomé e Príncipe, Brasil e Portugal, sendo esperada a sua implementação no início de 2010.
2. OBJETIVO DO ACORDO
	O principal objetivo da mudança é econômico: facilitar a integração comercial entre as nações. Mas, sem dúvida, as mudanças trazem outros benefícios, como facilitar o intercâmbio cultural e científico, já que fica muito mais fácil a comunicação e caem os custos de produção e adaptação dos materiais impressos. É uma forma de ajudar na inserção dos países que falam a língua, na comunidade das nações desenvolvidas, visto que algumas publicações deixam de circular internacionalmente, porque dependem de versões. 
	Internamente, os países que assinaram o acordo terão que arcar com os custos de toda reimpressão de livros para se adequar às novas regras estabelecidas.
3. PRINCIPAIS MUDANÇAS NA ORTOGRAFIA
3.1 Alfabeto
	 Será formado agora por 26 letras, cada uma delas com sua representação em minúscula e maiúscula. As letras K, W e Y passam a ser consideradas integrantes do alfabeto e serão usadas em unidades de medida, nomes próprios, siglas, palavras estrangeiras, derivados de palavras estrangeiras e outras palavras em geral. 
Exemplos: Franklin, frankliniano; Kant, kantismo; Darwin, darwinismo; Taylor, taylorista. Kuwait, kuwaitiano; Malawi, malawiano. Siglas, símbolos de unidades de medida e escrita de palavras e nomes estrangeiros: KLM, TWA, Kg (quilograma), Km (quilômetro), Kw (kilowatt), Watt, Yd-jarda (yard), show, playboy, playground, windsurf etc. 
3.2 Trema
	 Não se usa mais o trema (¨), sinal colocado sobre a letra u para indicar que ela deve ser pronunciada nos grupos gue, gui, que, qui. 
Como era 		Como ficou 
Aguentar	 	aguentar 
argüir 			arguir 
bilíngüe 		bilíngue 
cinqüenta 		cinquenta 
delinqüente 		delinquente 
eloqüente 		eloquente 
ensangüentado 	ensanguentado 
freqüente 		frequente 
lingüiça 		linguiça 
qüinqüênio 		quinquênio 
seqüestro	 	sequestro 
tranqüilo		 tranquilo 
Atenção: o trema permanece apenas nas palavras estrangeiras e em suas derivadas. Exemplos: Müller, mülleriano. 
3.3 Acentuação
a) As palavras paroxítonas terminadas com os hiatos “oo(s)” e “ee(s)” não serão mais acentuadas. 	
Como era 			Como ficou 
abençôo 			abençoo 
crêem (verbo crer) 		creem 
dêem (verbo dar) 		deem 
dôo (verbo doar) 		doo 
enjôo 				enjoo 
lêem (verbo ler) 		leem 
magôo (verbo magoar) 	magoo 
perdôo (verbo perdoar) 	perdoo 
vêem (verbo ver) 		veem 
vôos 				voos 
zôo 				zoo 
b) Permanecem os acentos que diferenciam o singular do plural dos verbos ter e vir, assim como de seus derivados (manter, deter, reter, conter, convir, intervir, advir etc.). 
Exemplos: 
Ela tem muitas joias. / Elas têm muitas joias. 
Ele vem de Jundiaí. / Eles vêm de Jundiaí. 
Ele mantém a palavra. / Eles mantêm a palavra. 
O acordo convém aos trabalhadores. / Os acordos convêm aos trabalhadores. 
Ele detém o poder. / Eles detêm o poder. 
Ele intervém em todas as aulas. / Eles intervêm em todas as aulas. 
C) Os ditongos abertos “ei” e “oi” não serão mais acentuados em palavras paroxítonas. 
Como era 			Como ficou 
alcatéia 			alcateia 
Androide	 		androide 
apóia (verbo apoiar)	apoia
apóio (verbo apoiar) 	apoio 
bóia 				boia 
celulóide	 		celuloide 
colméia 			colmeia 
epopéia 			epopeia 
estréia 			estreia 
geléia 				geleia 
heróico 			heroico 
idéia 				ideia
 jibóia			 	jiboia
 jóia 				joia 
paranóia 			paranoia 
platéia 			plateia 
Atenção: essa regra é válida somente para palavras paroxítonas. 
d) Nas palavras paroxítonas, não se usa mais o acento no i e no u tônicos quando vierem depois de um ditongo. 
Como era 		Como ficou
baiúca 		baiuca 
bocaiúva 		bocaiuva 
feiúra 			feiura 
Atenção 1: se a palavra for oxítona e o “i” ou o “u” estiverem em posição final (ou seguidos de s), o acento permanece. Exemplos: tuiuiú, tuiuiús, Piauí. 
Atenção 2: Nos demais “i” e “u” tônicos, formando hiato, o acento também continua: saúde, saída, gaúcho. 
e) Não existirá mais o acento diferencial em palavras homônimas. 
Como era: pára/para, péla/pela, pêlo/pelo, pêra/pera, pólo/polo. 
Como é agora: para, pela, pelo, pera, polo. 
Atenção 1: O acento diferencial permanece no verbo poder e no verbo pôr: 
Pôde – 3ª pessoa do singular do Pretérito Perfeito do Indicativo. Ontem, ele estava machucado e não pôde jogar bola. 
Pode – 3ª pessoa do singular do Presente do Indicativo. Hoje, ele está recuperado e pode jogar bola. 
Eu vou pôr o livro na mesa. (verbo) A lição foi feita por mim. (preposição) 
Atenção 2: É facultativo o uso do acento circunflexo para diferenciar as palavras forma/fôrma. Em alguns casos, o uso do acento deixa a frase mais clara. 
Exemplo: Qual é a forma da fôrma de bolo? Recordando: PALAVRAS HOMÔNIMAS > palavras com a mesma grafia e a mesma pronúncia, mas com significados diferentes. 
f)- O acento é eliminado em determinadas formas dos verbos arguir e redarguir. 
É eliminado o acento no U tônico de GUE e GUI. 
Arguir - arguo, arguis, argui, arguímos, arguís, arguem. 
Redarguir - redarguo, redarguis, redargui, redarguímos, redarguís, redarguem. 
Atenção: Quando, na sequência do hiato UI, a vogal mais forte for I, este é acentuado. Exemplo: Arguí todas as circunstâncias do fato. (Tu arguíste, nós arguímos) 
g)- O uso do acento é determinado pela pronúncia no caso de alguns verbos. Os verbos do tipo aguar, apaniguar apaziguar, apropinquar, averiguar, desaguar, enxaguar, obliquar e delinquir podem ser escritos de duas formas, de acordo com a pronúncia. Veja, por exemplo, a conjugação dos verbos aguar e averiguar. Se o verbo for pronunciado com as vogais A ou I mais fortes, estas são acentuadas. 
	Aguar 						Averiguar 
(eu) águo/(que eu) águe 			(eu) averíguo /(que eu) averígue 
(tu) águas/(que tu) águes 			(tu) averíguas /(que tu) averígues 
(ele) água/(que ele) águe 			(ele) averígua /(que ele) averígue 
(nós) aguamos/(que nós) aguemos 	(nós)averiguamos/(que Nós)Averiguemos 
(vós) aguais/(que vós) agueis(vós) averiguais/(que vós) averigueis 	
(eles) águam/(que eles) águem 		(eles) averíguam/(que eles) averíguem 
Se o verbo for pronunciado com a vogal U mais forte, esta NÃO é acentuada. 
	Aguar 						Averiguar 
(eu) aguo/(que eu) ague 			(eu) averiguo/(que eu) averigue 
(tu) aguas/(que tu) agues		 	(tu) averiguas/(que tu) averigues 
(ele) agua/(que ele) ague 			(ele) averigua/(que ele) averigue 
(nós) aguamos/(que nós) aguemos 	(nós) averiguamos/(que nós) averiguemos 
(vós) aguais/(que vós) agueis 		(vós) averiguais/(que vós) averigueis 
(eles) aguam/(que eles) aguem 		(eles) averiguam/(que eles) averiguem 
3.4 Uso do Hífen 
a- Com prefixos, usa-se sempre o hífen diante de palavra iniciada por h. Exemplos: 
anti-higiênico 
pré-histórico 
macro-história 
mini-hotel 
sobre-humano 
super-homem 
ultra-humano 
Exceção: subumano (nesse caso, a palavra humano perde o h). 
b- Não se usa o hífen quando o prefixo termina em vogal e o segundo elemento começa por r ou s. Nesse caso, duplicam-se essas letras. Exemplos: 
antirrábico
antirrugas 
antissocial 
biorritmo 
contrarregra 
contrassenso 
microssistema 
minissaia 
neorrealismo 
semirreta 
ultrarresistente 
ultrassom 
c- Quando o prefixo termina por vogal, usa-se o hífen se o segundo elemento começar pela mesma vogal. Exemplos: 
anti-ibérico 
anti-inflacionário 
anti-inflamatório 
auto-observação 
contra-ataque 
micro-ondas 
micro-ônibus 
semi-internato 
d- Não se usa o hífen quando o prefixo termina em vogal diferente da vogal com que se inicia o segundo elemento. Exemplos: 
aeroespacial 
agroindustrial 
anteontem 
antiaéreo 
antieducativo 
autoafirmação 
autoescola 
autoestrada 
autoinstrução 
coautor 
coedição 
extraescolar 
infraestrutura 
plurianual 
semiaberto 
Exceção: o prefixo “co” aglutina-se em geral com o segundo elemento, mesmo quando este se inicia por o: coobrigar, coobrigação, coordenar, cooperar, cooperação, cooptar, coocupante etc. 
e- Não se usa o hífen quando o prefixo termina em vogal e o segundo elemento começa por consoante diferente de r ou s. Exemplos: 
anteprojeto 
antipedagógico 
autopeça 
autoproteção 
coprodução 
microcomputador 
pseudoprofessor 
semicírculo 
semideus 
seminovo 
ultramoderno 
Atenção: com o prefixo vice, usa-se sempre o hífen. Exemplos: vice-rei, vice-almirante etc. 
f- Quando o prefixo termina por consoante, usa-se o hífen se o segundo elemento começar pela mesma consoante. Exemplos: 
hiper-requintado 
inter-racial 
inter-regional 
sub-bibliotecário 
super-racista 
super-reacionário 
super-resistente 
super-romântico 
Atenção: 
• Nos demais casos não se usa o hífen. Exemplos: hipermercado, intermunicipal, superinteressante, superproteção. 
• Com o prefixo sub, usa-se o hífen também diante de palavra iniciada por r: sub-região, subraça etc. 
• Com os prefixos circum e pan, usa-se o hífen diante de palavra iniciada por m, n e vogal: circum-navegação, pan-americano etc. 
g- Quando o prefixo termina por consoante, não se usa o hífen se o segundo elemento começar por vogal. Exemplos: 
hiperacidez 
hiperativo 
interescolar 
interestadual 
interestelar
interestudantil 
superamigo 
superaquecimento 
supereconômico 
superexigente 
superinteressante 
superotimismo 
h- Com os prefixos ex, sem, além, aquém, recém, pós, pré, pró, usa-se sempre o hífen. Exemplos: 
além-mar 
aquém-mar 
ex-aluno 
ex-prefeito 
ex-presidente 
pós-graduação 
pré-história 
pré-vestibular 
recém-casado 
recém-nascido 
sem-terra 
i- Deve-se usar o hífen com os sufixos de origem tupi-guarani: açu, gua- çu e mirim. Exemplos: amoré-guaçu, anajá-mirim, capim-açu. 
j- Deve-se usar o hífen para ligar duas ou mais palavras que ocasionalmente se combinam, formando não propriamente vocábulos, mas encadeamentos vocabulares. Exemplos: ponte Rio-Niterói, eixo Rio-São Paulo. 
k- Não se deve usar o hífen em certas palavras que perderam a noção de composição. Exemplos: girassol 
madressilva 
mandachuva 
paraquedas 
paraquedista 
pontapé. 
l- Usa-se o hífen nas palavras compostas com elementos repetidos (mesmo que tenham uma pequena variação na forma). Exemplos: reco-reco, blá-blá-blá, zigue-zague etc. 
m- Usa-se o hífen Nas palavras compostas em que há o emprego do apóstrofo. Exemplos: caixa-d’água, estrela-d'alva, mãe-d’água, olho-d’água, pau-d’alho, pau--d’arco. 
n- Não se usa o hífen nas locuções de qualquer tipo. Exemplos: à toa, à vontade, cão de guarda, cor de café com leite, dia a dia, fim de semana, ponto e vírgula, sala de jantar, tão somente, bumba meu boi, disse me disse, maria vai com as outras, tomara que caia. 
Exceções: à queima-roupa, ao deus-dará, água-de-colônia, arco-da-velha, cor-de-rosa, mais-que-perfeito, pé-de-meia. 
o- Para clareza gráfica, se no final da linha a partição de uma palavra ou combinação de palavras coincidir com o hífen, ele deve ser repetido na linha seguinte. Exemplos: 
Na cidade, conta- 
-se que ele foi viajar. 
O diretor recebeu os ex-
-alunos. 
REFERÊNCIA
História da Ortografia do Português (Fonte: Instituto de Linguística Teórica e Computacional)
Atividade de Formação Cidadã – Novo Acordo Ortográfico - A Apropriação das Novas Regras da Língua Portuguesa como Exercício de Cidadania – APROFEM – 10/02/2016.

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