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http://www.concurseirosocial.com.br Grupos de estudo e discussão Provas e apostilas para download Simulados e comentários Vídeo-aulas e compartilhamento de arquivos Notícias de concursos Venha estudar em grupo, discutir e se atualizar. GRÁTIS! 1. DOS RECURSOS ELEITORAIS. 2. RESOLUÇÃO Nº 21.538/03 2.1. Requerimento de Alistamento Eleitoral (RAE). 2.2. Procedimentos para o Alistamento Eleitoral. 2.3. Transferência de domicílio eleitoral, 2ª Via e outros institutos. 2.4. Título Eleitoral. 2.5. Fiscalização dos Partidos Políticos. 2.6. Acesso às Informações Constantes do Cadastro. 2.7. Batimentos. 2.8. Hipótese de Ilícito Penal. 2.9. Restrições de Direitos Políticos. 2.10. Revisão de Eleitorado. 2.11. Justificação do Não-Comparecimento à Eleição. www.concurseirosocial.com.br l u c i a n o l e i t e p e r e i r a 9 5 2 0 6 8 0 9 3 4 9 l u c i a n o l e i t e p e r e i r a 9 5 2 0 6 8 0 9 3 4 9 DIREITO ELEITORAL - TEORIA E EXERCÍCIOS – TRE/AP ANALISTA E TÉCNICO JUDICIÁRIO – ÁREA ADMINISTRATIVA AULA 2 PROFESSOR: RICARDO GOMES Prof. Ricardo Gomes www.pontodosconcursos.com.br 2 1. DOS RECURSOS ELEITORAIS. Conceito de Recurso. Os recursos são meios legais de contestação uma decisão judicial com a finalidade que seja esta reexaminada por autoridade superior (como regra), para que seja modificada ou reformada. No Código Eleitoral, os recursos estão previstos a partir do art. 257. Efeitos dos Recursos. No Direito Eleitoral, em regra, os recursos NÃO TÊM EFEITO SUSPENSIVO. Isto é, mesmo com a interposição dos recursos a decisão judicial deve ser executada. Assim, os recursos eleitorais terão meramente efeito devolutivo, o de apenas devolver ao Tribunal o exame da matéria. Art. 257. Os recursos eleitorais não terão efeito suspensivo. Em alguns casos a legislação eleitoral admite efeito suspensivo (Apelação criminal, recurso em sentido estrito em matéria eleitoral, recurso contra expedição de diploma e da ação de impugnação de mandato eletivo), mas não é matéria de nosso estudo agora (fixe-se na regra – NÃO EFEITO SUSPENSIVO). Prazos dos Recursos Eleitorais. O prazo dos recursos eleitorais contra ato, resolução ou despacho é de 3 DIAS, salvo estipulação específica de outro prazo em lei. São preclusivos (o prazo não poderá ser desconsiderado/relevado) os prazos para interposição de recurso, salvo quando este discutir matéria constitucional. Quando o recurso versar sobre matéria constitucional, deve ser interposto dentro do prazo, porém, mesmo passando o prazo, a lei assegura que poderá ser impetrado em momento posterior. Mas, o que é mesmo preclusão, Professor? Neste caso www.concurseirosocial.com.br l u c i a n o l e i t e p e r e i r a 9 5 2 0 6 8 0 9 3 4 9 l u c i a n o l e i t e p e r e i r a 9 5 2 0 6 8 0 9 3 4 9 DIREITO ELEITORAL - TEORIA E EXERCÍCIOS – TRE/AP ANALISTA E TÉCNICO JUDICIÁRIO – ÁREA ADMINISTRATIVA AULA 2 PROFESSOR: RICARDO GOMES Prof. Ricardo Gomes www.pontodosconcursos.com.br 3 específico, a preclusão é a perda da faculdade de recorrer pelo decurso do tempo dado pela lei. Caso o interessado não recorra no prazo de 3 dias, não poderá mais recorrer. Dica: NÃO EXISTE PRECLUSÃO DE MATÉRIA ELEITORAL CONSTITUCIONAL. Art. 258. Sempre que a lei não fixar prazo especial, o recurso deverá ser interposto em três dias da publicação do ato, resolução ou despacho. Art. 259. São preclusivos os prazos para interposição de recurso, salvo quando neste se discutir matéria constitucional. Parágrafo único. O recurso em que se discutir matéria constitucional não poderá ser interposto fora do prazo. Perdido o prazo numa fase própria, só em outra que se apresentar poderá ser interposto. Art. 264. Para os Tribunais Regionais e para o Tribunal Superior caberá, dentro de 3 (três) dias, recurso dos atos, resoluções ou despachos dos respectivos presidentes. Prevenção do Relator. A distribuição do primeiro recurso a determinado Juiz Relator prevenirá a competência deste para todos os demais casos do mesmo Município ou Estado. Prevenção significa vinculação de distribuição de processos para determinado Juízo. Assim, o Magistrado prevento receberá todos os outros recursos oriundos da mesma unidade federada (Estados e Municípios). Cabe aqui fazer uma pequena diferenção quanto à prevenção entre as Cortes Eleitorais: TSE – Ministro Relator prevento receberá os demais recursos que vierem do mesmo Estado. TRE – Desembargador Relator prevento receberá os demais recursos que vierem do mesmo Município. O TSE já exarou entendimento de que esta prevenção diz www.concurseirosocial.com.br l u c i a n o l e i t e p e r e i r a 9 5 2 0 6 8 0 9 3 4 9 l u c i a n o l e i t e p e r e i r a 9 5 2 0 6 8 0 9 3 4 9 DIREITO ELEITORAL - TEORIA E EXERCÍCIOS – TRE/AP ANALISTA E TÉCNICO JUDICIÁRIO – ÁREA ADMINISTRATIVA AULA 2 PROFESSOR: RICARDO GOMES Prof. Ricardo Gomes www.pontodosconcursos.com.br 4 respeito exclusivamente aos recursos parciais interpostos contra a votação e apuração (Acórdão TSE nº 21.380/2004). Art. 260. A distribuição do primeiro recurso que chegar ao Tribunal Regional ou Tribunal Superior, PREVENIRÁ a competência do relator para todos os demais casos do mesmo município ou Estado. Legitimados para recorrer. Com fundamento na regra oriunda do Processo Civil, são legitimados para recorrer de decisão de juízo eleitoral a parte vencida, o terceiro interessado e o Ministério Público Eleitoral. Recursos contra a expedição de diploma. Segundo o art. 262 do Código Eleitoral, somente caberá recurso contra a decisão que expede diploma eleitoral nos casos a seguir: a) inelegibilidade ou incompatibilidade de candidato; b) errônea interpretação da lei quanto à aplicação do sistema de representação proporcional; c) erro de direito ou de fato na apuração final, quanto à determinação do quociente eleitoral ou partidário, contagem de votos e classificação de candidato, ou a sua contemplação sob determinada legenda; Ex: casos de erros na aplicação do disposto na lei para apuração dos quoeficientes eleitorais ou partidários; contagem de votos equivocadas, etc. d) concessão ou denegação do diploma em manifesta contradição com a prova dos autos, nas hipóteses do art. 222 desta Lei, e do art. 41-A da Lei no 9.504, de 30 de setembro de 1997. Segundo o TSE, a fraude a ser alegada em recurso de diplomação fundado neste inciso é aquela que se refere à votação, tendente a comprometer a lisura e a legitimidade www.concurseirosocial.com.br l u c i a n o l e i t e p e r e i r a 9 5 2 0 6 8 0 9 3 4 9 l u c i a n o l e i t e p e r e i r a 9 5 2 0 6 8 0 9 3 4 9 DIREITO ELEITORAL - TEORIA E EXERCÍCIOS – TRE/AP ANALISTA E TÉCNICO JUDICIÁRIO – ÁREA ADMINISTRATIVA AULA 2 PROFESSOR: RICARDO GOMES Prof. Ricardo Gomes www.pontodosconcursos.com.br 5 do processo eleitoral. Recursos perante as Juntas e Juízos Eleitorais. Dos atos, resoluções ou despachos tanto das Juntas Eleitorais quanto dos Juízes Eleitorais cabe recurso para o TRE respectivo no prazo de 3 dias. O recorrente deve apresentar o recurso em petição própria, devidamente fundamentada. Neste caso o recurso não tem qualquer nome (Recurso inominado). O Código prevê que quando o recorrente reportar-se a coação, fraude, interferência do poder econômico, desvio ou abuso de poder de autoridade, processo de propaganda e captação de sufrágio vedado por lei, cujas provas devam ser determinadas pelo TRE, basta que o pedido indique os meios que possam conduzir as provas, pois o próprio Tribunal seencarregará de produzi-las. Procedimento processual dos recursos. Com a interposição do recurso, o Juiz mandará intimar o recorrido para tomar ciência do seu conteúdo, dando-lhe vista dos autos a fim de oferecer razões, acompanhadas ou não de novos documentos, em prazo de até 3 dias. A intimação do recorrido será feita por meio do Diário Oficial. Caso não seja realizada em até 3 dias, a intimação deverá ser feita pessoalmente. Regra da intimação: por Diário Oficial. Por último, caso não seja encontrado o recorrido em até 48 horas, a intimação deverá ser realizada por Edital. Seqüência do procedimento de intimação: Diário Oficial, Pessoal, Edital. Subida dos autos ao TRE. Findos os prazos definidos, o Juiz Eleitoral fará, em até 48 horas, www.concurseirosocial.com.br l u c i a n o l e i t e p e r e i r a 9 5 2 0 6 8 0 9 3 4 9 l u c i a n o l e i t e p e r e i r a 9 5 2 0 6 8 0 9 3 4 9 DIREITO ELEITORAL - TEORIA E EXERCÍCIOS – TRE/AP ANALISTA E TÉCNICO JUDICIÁRIO – ÁREA ADMINISTRATIVA AULA 2 PROFESSOR: RICARDO GOMES Prof. Ricardo Gomes www.pontodosconcursos.com.br 6 subir os autos ao TRE com a sua resposta e os documentos em que se fundar. Caso o Juiz Eleitoral entenda pela reforma da decisão recorrida antes do envio dos autos ao TRE, o recorrido, dentro de 3 dias, poderá requerer que suba o recurso como se por ele interposto. Esta previsão legal deve-se ao fato de propiciar ao recorrido “recorrer” de eventual decisão retratativa do Juiz que possa prejudicá-lo. Art. 265. Dos atos, resoluções ou despachos dos juizes ou juntas eleitorais caberá recurso para o Tribunal Regional. Parágrafo único. Os recursos das decisões das Juntas serão processados na forma estabelecida pelos artigos. 169 e seguintes. Art. 266. O recurso independerá de têrmo e será interposto por petição devidamente fundamentada, dirigida ao juiz eleitoral e acompanhada, se o entender o recorrente, de novos documentos. Parágrafo único. Se o recorrente se reportar a coação, fraude, uso de meios de que trata o art. 237 ou emprego de processo de propaganda ou captação de sufrágios vedado por lei, dependentes de prova a ser determinada pelo Tribunal, bastar-lhe-á indicar os meios a elas conducentes. Art. 237. A interferência do poder econômico e o desvio ou abuso do poder de autoridade, em desfavor da liberdade do voto, serão coibidos e punidos. Art. 267. Recebida a petição, mandará o juiz intimar o recorrido para ciência do recurso, abrindo-se-lhe vista dos autos a fim de, em prazo igual ao estabelecido para a sua interposição, oferecer razões, acompanhadas ou não de novos documentos. § 1º A intimação se fará pela publicação da notícia da vista no jornal que publicar o expediente da Justiça Eleitoral, onde houver, e nos demais lugares, pessoalmente pelo escrivão, independente de iniciativa do recorrente. § 2º Onde houver jornal oficial, se a publicação não ocorrer no prazo de 3 (três) dias, a intimação se fará pessoalmente ou na forma prevista no parágrafo seguinte. § 3º Nas zonas em que se fizer intimação pessoal, se não fôr www.concurseirosocial.com.br l u c i a n o l e i t e p e r e i r a 9 5 2 0 6 8 0 9 3 4 9 l u c i a n o l e i t e p e r e i r a 9 5 2 0 6 8 0 9 3 4 9 DIREITO ELEITORAL - TEORIA E EXERCÍCIOS – TRE/AP ANALISTA E TÉCNICO JUDICIÁRIO – ÁREA ADMINISTRATIVA AULA 2 PROFESSOR: RICARDO GOMES Prof. Ricardo Gomes www.pontodosconcursos.com.br 7 encontrado o recorrido dentro de 48 (quarenta e oito) horas, a intimação se fará por edital afixado no fórum, no local de costume. § 4º Todas as citações e intimações serão feitas na forma estabelecida neste artigo. § 5º Se o recorrido juntar novos documentos, terá o recorrente vista dos autos por 48 (quarenta e oito) horas para falar sôbre os mesmos, contado o prazo na forma dêste artigo. § 6º Findos os prazos a que se referem os parágrafos anteriores, o juiz eleitoral fará, dentro de 48 (quarenta e oito) horas, subir os autos ao Tribunal Regional com a sua resposta e os documentos em que se fundar, sujeito à multa de dez por cento do salário- mínimo regional por dia de retardamento, salvo se entender de reformar a sua decisão. (Redação dada pela Lei nº 4.961, de 4.5.1966) § 7º Se o juiz reformar a decisão recorrida, poderá o recorrido, dentro de 3 (três) dias, requerer suba o recurso como se por êle interposto. Recursos nos TRIBUNAIS REGIONAIS ELEITORAIS. Distribuição e vista ao Procurador-Regional. Recebido o recurso pelo Presidente do TRE, será distribuído a um Relator no prazo de 24 horas, segundo a ordem de antiguidade dos seus membros, sob pena de anulação de qualquer ato ou decisão praticada pelo Relator ou pelo TRE. Feita a distribuição, será aberta vista dos autos ao Procurador Regional, que deverá emitir Parecer em 5 dias. Caso não emita o Parecer no prazo, a parte interessada poderá requerer a inclusão do processo em pauta, devendo o Procurador emitir Parecer oral. Art. 268. No Tribunal Regional nenhuma alegação escrita ou nenhum documento poderá ser oferecido por qualquer das partes, salvo o disposto no art. 270. (Redação dada pela Lei nº 4.961, de 4.5.1966) Art. 269. Os recursos serão distribuídos a um relator em 24 www.concurseirosocial.com.br l u c i a n o l e i t e p e r e i r a 9 5 2 0 6 8 0 9 3 4 9 l u c i a n o l e i t e p e r e i r a 9 5 2 0 6 8 0 9 3 4 9 DIREITO ELEITORAL - TEORIA E EXERCÍCIOS – TRE/AP ANALISTA E TÉCNICO JUDICIÁRIO – ÁREA ADMINISTRATIVA AULA 2 PROFESSOR: RICARDO GOMES Prof. Ricardo Gomes www.pontodosconcursos.com.br 8 (vinte e quatro) horas e na ordem rigorosa da antigüidade dos respectivos membros, esta última exigência sob pena de nulidade de qualquer ato ou decisão do relator ou do Tribunal. § 1º Feita a distribuição, a Secretaria do Tribunal abrirá vista dos autos à Procuradoria Regional, que deverá emitir parecer no prazo de 5 (cinco) dias. § 2º Se a Procuradoria não emitir parecer no prazo fixado, poderá a parte interessada requerer a inclusão do processo na pauta, devendo o Procurador, nesse caso, proferir parecer oral na assentada do julgamento. Decisões dos Tribunais Regionais e seus Recursos. Estudamos anteriormente que, como regra, as decisões dos TREs e mesmo do TSE são irrecorríveis. Assim, as decisões dos TREs são terminativas (não cabem mais recursos). No entanto, a legislação e a CF-88 prevêem exceções, quando caberá recurso para o TSE. Vejamos então estas exceções, que são comumente cobradas em provas. Inicialmente veremos o que preleciona o Código Eleitoral logo após a abordagem constitucional. Conforme o Código Eleitoral, cabem os seguintes recursos das decisões dos TREs para o TSE: 1. RECURSO ESPECIAL: a. quando forem proferidas contra expressa disposição de lei; b. quando ocorrer divergência na interpretação de lei entre dois ou mais tribunais eleitorais. 2. RECURSO ORDINÁRIO: a. quando versarem sobre expedição de diplomas nas eleições federais e estaduais; b. quando denegarem habeas corpus ou mandado de segurança. www.concurseirosocial.com.br l u c i a n o l e i t e p e r e i r a 9 5 2 0 6 8 0 9 3 4 9 l u c i a n o l e i t e p e r e i r a 9 5 2 0 6 8 0 9 3 4 9 DIREITO ELEITORAL - TEORIA E EXERCÍCIOS – TRE/AP ANALISTA E TÉCNICO JUDICIÁRIO – ÁREA ADMINISTRATIVA AULA 2 PROFESSOR: RICARDO GOMES Prof. Ricardo Gomes www.pontodosconcursos.com.br 9 Art. 276. As decisões dos Tribunais Regionais são terminativas, salvo os casos seguintes em que cabe recurso para o Tribunal Superior: I - especial: a) quando forem proferidas contra expressa disposição de lei; b) quando ocorrerdivergência na interpretação de lei entre dois ou mais tribunais eleitorais. II - ordinário: a) quando versarem sôbre expedição de diplomas nas eleições federais e estaduais; b) quando denegarem habeas corpus ou mandado de segurança. Por sua vez, segundo a CF-88, somente caberá recurso do TRE para o TSE nos seguintes casos, previstos no art. 121, §4º da CF-88, assim resumidos: 1. decisão proferida contra disposição expressa da Constituição ou de Lei; 2. quando ocorrer divergência na interpretação de lei entre 2 ou mais TREs – o TSE funcionará como uniformizador das decisões dos TREs; 3. decisão que verse sobre inelegibilidade ou expedição de diplomas federais ou estaduais - NÃO CABERÁ RECURSO para o TSE de decisão sobre inelegibilidade ou expedição de diplomas MUNICIPAL! Pode ser pegadinha de prova! 4. decisão que anular diploma ou decretar a perda de mandatos eletivos federais e estaduais - NÃO CABERÁ RECURSO para o TSE de decisão que anular diploma ou decretar a perda de mandato MUNICIPAL! Pode ser pegadinha de prova! 5. decisão que denegar: www.concurseirosocial.com.br l u c i a n o l e i t e p e r e i r a 9 5 2 0 6 8 0 9 3 4 9 l u c i a n o l e i t e p e r e i r a 9 5 2 0 6 8 0 9 3 4 9 DIREITO ELEITORAL - TEORIA E EXERCÍCIOS – TRE/AP ANALISTA E TÉCNICO JUDICIÁRIO – ÁREA ADMINISTRATIVA AULA 2 PROFESSOR: RICARDO GOMES Prof. Ricardo Gomes www.pontodosconcursos.com.br 10 a. Habeas Corpus; b. Mandado de Segurança; c. Habeas Data; d. Mandado de Injunção. CF-88 Art. 121 § 4º - Das decisões dos Tribunais Regionais Eleitorais somente caberá recurso quando: I - forem proferidas contra disposição expressa desta Constituição ou de lei; II - ocorrer divergência na interpretação de lei entre dois ou mais tribunais eleitorais; III - versarem sobre inelegibilidade ou expedição de diplomas nas eleições federais ou estaduais; IV - anularem diplomas ou decretarem a perda de mandatos eletivos federais ou estaduais; V - denegarem "habeas-corpus", mandado de segurança, "habeas-data" ou mandado de injunção. Friso que tanto o que está previsto no Código Eleitoral quanto a previsão constitucional estarão corretos, a depender do contexto em que o examinador estará exigindo. No entanto, segundo a Doutrina, é preciso que se combinem os dispositivos do Código Eleitoral à nova sistemática determinada pela CF-88. Com isso, à luz do que dita a CF-88, cabem os seguintes recursos das decisões dos TREs para o TSE (pequenas alterações): 1. RECURSO ESPECIAL: a. quando forem proferidas contra expressa disposição da CF e de lei (CF-88, art. 121, §4º, I; CE, art. 276, I, a); www.concurseirosocial.com.br l u c i a n o l e i t e p e r e i r a 9 5 2 0 6 8 0 9 3 4 9 l u c i a n o l e i t e p e r e i r a 9 5 2 0 6 8 0 9 3 4 9 DIREITO ELEITORAL - TEORIA E EXERCÍCIOS – TRE/AP ANALISTA E TÉCNICO JUDICIÁRIO – ÁREA ADMINISTRATIVA AULA 2 PROFESSOR: RICARDO GOMES Prof. Ricardo Gomes www.pontodosconcursos.com.br 11 b. quando ocorrer divergência na interpretação de lei entre dois ou mais tribunais eleitorais (CF-88, art. 121, §4º, II; CE, art. 276, I, b); 2. RECURSO ORDINÁRIO: a. quando versarem sobre inelegibilidades ou expedição de diplomas nas eleições federais e estaduais (CF-88, art. 121, §4º, III; CE, art. 276, II, a); b. quando anularem diplomas ou decretarem a perda de mandatos eletivos federais ou estaduais; c. quando denegarem habeas corpus, mandado de segurança, habeas data ou mandado de injunção (CF-88, art. 121, §4º, V; CE, art. 276, II, b). Gente! Vamos decorar estes Recursos Especiais e Ordinários, pois são fortes candidatos a caírem em provas! Lembrando que o prazo para interpor é de 3 dias! Deve-se abrir vista ao recorrido também para manifestar-se em 3 dias. Recursos no TRIBUNAL SUPERIOR ELEITORAL (TSE). A regra é que as decisões do TSE são irrecorríveis! No entanto, a CF-88 e o Código Eleitoral prevêem e exceções. Cabe recurso nos seguintes casos: a. RECURSO EXTRAORDINÁRIO – quando a decisão do TSE contrariar a Constituição, caberá Recurso Extraordinário para o STF!, no prazo de 3 DIAS! Conforme dispõem os art. 121, §3º, primeira parte, da CF-88, combinado com o seu art. 102, III, a, cabe Recurso Extraordinário das decisões do TSE que contrariem a Constituição. Segundo Súmula 728 do STF, o prazo para interpor o Recurso Extraordinário é de 3 DIAS! www.concurseirosocial.com.br l u c i a n o l e i t e p e r e i r a 9 5 2 0 6 8 0 9 3 4 9 l u c i a n o l e i t e p e r e i r a 9 5 2 0 6 8 0 9 3 4 9 DIREITO ELEITORAL - TEORIA E EXERCÍCIOS – TRE/AP ANALISTA E TÉCNICO JUDICIÁRIO – ÁREA ADMINISTRATIVA AULA 2 PROFESSOR: RICARDO GOMES Prof. Ricardo Gomes www.pontodosconcursos.com.br 12 Art. 121 § 3º - São irrecorríveis as decisões do Tribunal Superior Eleitoral, salvo as que contrariarem esta Constituição e as denegatórias de "habeas-corpus" ou mandado de segurança. Art. 102. Compete ao Supremo Tribunal Federal, precipuamente, a guarda da Constituição, cabendo-lhe: III - julgar, mediante recurso extraordinário, as causas decididas em única ou última instância, quando a decisão recorrida: a) contrariar dispositivo desta Constituição; Súmula STF no 728: “É de três dias o prazo para a interposição de recurso extraordinário contra decisão do Tribunal Superior Eleitoral, contado, quando for o caso, a partir da publicação do acórdão, na própria sessão de julgamento, nos termos do art. 12 da Lei no 6.055/74, que não foi revogado pela Lei no 8.950/94”. b. RECURSO ORDINÁRIO – quando a decisão do TSE denegar habeas corpus e mandado de segurança caberá Recurso Ordinário para o STF. Conforme dispõem os art. 121, §3º, segunda parte, da CF-88, combinado com o seu art. 102, II, a, ar. 281 do Código Eleitoral e com base no Acórdão STF Ag. 504.598, cabe Recurso Ordinário das decisões do TSE que deneguem habeas corpus ou mandado de segurança. O prazo também é de 3 dias, conforme art. 281 do Código. CF-88 Art. 121 § 3º - São irrecorríveis as decisões do Tribunal Superior Eleitoral, salvo as que contrariarem esta Constituição e as denegatórias de "habeas-corpus" ou mandado de segurança. Art. 102. Compete ao Supremo Tribunal Federal, www.concurseirosocial.com.br l u c i a n o l e i t e p e r e i r a 9 5 2 0 6 8 0 9 3 4 9 l u c i a n o l e i t e p e r e i r a 9 5 2 0 6 8 0 9 3 4 9 DIREITO ELEITORAL - TEORIA E EXERCÍCIOS – TRE/AP ANALISTA E TÉCNICO JUDICIÁRIO – ÁREA ADMINISTRATIVA AULA 2 PROFESSOR: RICARDO GOMES Prof. Ricardo Gomes www.pontodosconcursos.com.br 13 precipuamente, a guarda da Constituição, cabendo-lhe: II - julgar, em recurso ordinário: a) o "habeas-corpus", o mandado de segurança, o "habeas- data" e o mandado de injunção decididos em única instância pelos Tribunais Superiores, se denegatória a decisão; Código Eleitoral Art. 281. São irrecorríveis as decisões do Tribunal Superior, salvo as que declararem a invalidade de lei ou ato contrário à Constituição Federal e as denegatórias de "habeas corpus"ou mandado de segurança, das quais caberá recurso ordinário para o Supremo Tribunal Federal, interposto no prazo de 3 (três) dias. Por fim, recomendo aos nobres alunos que, como etapa indispensável do estudo desta matéria, seja realizada leitura direta dos dispositivos legais dos arts. 257 a 282 do Código Eleitoral. www.concurseirosocial.com.br l u c i a n o l e i t e p e r e i r a 9 5 2 0 6 8 0 9 3 4 9 l u c i a n o l e i t e p e r e i r a 9 5 2 0 6 8 0 9 3 4 9 DIREITO ELEITORAL- TEORIA E EXERCÍCIOS – TRE/AP ANALISTA E TÉCNICO JUDICIÁRIO – ÁREA ADMINISTRATIVA AULA 2 PROFESSOR: RICARDO GOMES Prof. Ricardo Gomes www.pontodosconcursos.com.br 14 2. RESOLUÇÃO Nº 21.538/03 1. Requerimento de Alistamento Eleitoral (RAE). A Lei nº 7.444/85, ainda na década de 80, entre outras disposições, instituiu o processamento eletrônico de dados no alistamento eleitoral. Como forma de Regulamentar tal diploma e outras disposições legais a respeito da informatização do sistema eleitoral, somente em 2003, o TSE edita a Resolução nº 21.538/03. Apesar de muito detalhista e operacional, esta Resolução passou a ser um coringa em provas de TREs! No plano prático, o abstrato alistamento eleitoral que vimos em aulas pretéritas operacionaliza-se por um requerimento de alistamento, chamado formalmente de RAE – Requerimento de Alistamento Eleitoral. O RAE é um formulário simples preenchido manualmente por Servidor da Justiça Eleitoral onde são consignados os dados pessoais do alistando e a operação requerida (ex: alistamento, transferência, etc). Após este preenchimento, deverá o RAE ser processado eletronicamente (isto é, em meio eletrônico, em computador). Assim, o formulário físico serve apenas de fonte das informações necessárias ao processamento eletrônico (documento de entrada de dados). Esta exigência decorre da diretriz estabelecida pela Lei e pelo TSE de que o Sistema Eleitoral deve ser o mais informatizado possível, para facilitar a gestão da Justiça Eleitoral e o próprio processo eleitoral (eleições, alistamento...). Este procedimento não impede o antigo procedimento, ainda subsidiário, de alistamento manual mediante cédulas eleitorais, previsto no Código Eleitoral. No entanto, hoje o RAE deverá sempre ser processado eletronicamente, mesmo que seja a posteriori. Art. 2º O requerimento de alistamento eleitoral (RAE) (anexo I) servirá como documento de entrada de dados e será processado eletronicamente. Parágrafo único. O sistema de alistamento de que trata o parágrafo único do art. 1º conterá os campos correspondentes ao formulário RAE, de modo a viabilizar a impressão do www.concurseirosocial.com.br l u c i a n o l e i t e p e r e i r a 9 5 2 0 6 8 0 9 3 4 9 l u c i a n o l e i t e p e r e i r a 9 5 2 0 6 8 0 9 3 4 9 DIREITO ELEITORAL - TEORIA E EXERCÍCIOS – TRE/AP ANALISTA E TÉCNICO JUDICIÁRIO – ÁREA ADMINISTRATIVA AULA 2 PROFESSOR: RICARDO GOMES Prof. Ricardo Gomes www.pontodosconcursos.com.br 15 requerimento, com as informações pertinentes, para apreciação do juiz eleitoral. Este sistema eletrônico de alistamento deve ser adotado em todo o País e os TREs devem seguir esta metodologia desenvolvida pelo TSE. Art. 1º O alistamento eleitoral, mediante processamento eletrônico de dados, implantado nos termos da Lei nº 7.444/85, será efetuado, em todo o território nacional, na conformidade do referido diploma legal e desta resolução. Parágrafo único. Os tribunais regionais eleitorais adotarão o sistema de alistamento desenvolvido pelo Tribunal Superior Eleitoral. Conceito de Alistamento Eleitoral. O Alistamento Eleitoral é o procedimento pelo qual o cidadão ainda não eleitor qualifica-se e inscreve-se como eleitor. Por meio da qualificação o cidadão comprova perante a Justiça Eleitoral possuir os requisitos necessários para ser eleitor. Por sua vez, com a inscrição, o cidadão passa a integrar o cadastro geral de eleitores da Justiça Eleitoral após a confirmação da qualificação do cidadão e o respectivo deferimento do Juiz Eleitoral. Como vimos anteriormente, o ALISTAMENTO se faz mediante a QUALIFICAÇÃO e INSCRIÇÃO do eleitor. Código Eleitoral Art. 42. O alistamento se faz mediante a qualificação e inscrição do eleitor. A Resolução nº 21.538/03 acrescenta mais algumas peculiaridades ao conceito ao alistamento ao prevê que somente será deferida inscrição eleitoral se: a) não for identificada inscrição em nenhuma zona eleitoral do país ou exterior; b) a única inscrição localizada estiver cancelada por www.concurseirosocial.com.br l u c i a n o l e i t e p e r e i r a 9 5 2 0 6 8 0 9 3 4 9 l u c i a n o l e i t e p e r e i r a 9 5 2 0 6 8 0 9 3 4 9 DIREITO ELEITORAL - TEORIA E EXERCÍCIOS – TRE/AP ANALISTA E TÉCNICO JUDICIÁRIO – ÁREA ADMINISTRATIVA AULA 2 PROFESSOR: RICARDO GOMES Prof. Ricardo Gomes www.pontodosconcursos.com.br 16 determinação de autoridade judiciária. São 4 (quatro) as Operações possíveis para requerimento do alistando no RAE. Listo abaixo as Operações, com os respectivos números. É interessante decorar os nºs para uma eventual cobrança em provas de sua literalidade (acho um absurdo, mas...): 1. OPERAÇÃO 1 - ALISTAMENTO propriamente dito – quando o alistando, no 1º contato com a Justiça Eleitoral, requer sua a inscrição eleitoral. Como acima disposto, para ser deferido o alistamento, deve não pode haver nenhuma inscrição eleitoral já realizada ou, caso existindo, estiver cancelada por decisão judicial. 2. OPERAÇÃO 3 – TRANSFERÊNCIA – quando o eleitor desejar alterar seu domicílio eleitoral, podendo ser cumulado o pedido de transferência com o pedido de retificação de dados do cadastro eleitoral; 3. OPERAÇÃO 5 – REVISÃO – quando o eleitor requerer alguma das seguintes hipóteses: a. alteração do local de votação no mesmo Município, mesmo que seja alterada a Zona Eleitoral na Municipalidade. Cuidado que não é transferência de domicílio eleitoral, que implica, ao menos, na alteração de Município; b. retificação de dados pessoais como único pedido; c. regularização de inscrição cancelada. 4. OPERAÇÃO 7 – 2ª VIA – quando ocorrer o extravio do seu título, o eleitor inscrito regularmente poderá requerer sua 2ª via. O título deve ser expedido automaticamente, sem alteração de data de domicílio do eleitor. www.concurseirosocial.com.br l u c i a n o l e i t e p e r e i r a 9 5 2 0 6 8 0 9 3 4 9 l u c i a n o l e i t e p e r e i r a 9 5 2 0 6 8 0 9 3 4 9 DIREITO ELEITORAL - TEORIA E EXERCÍCIOS – TRE/AP ANALISTA E TÉCNICO JUDICIÁRIO – ÁREA ADMINISTRATIVA AULA 2 PROFESSOR: RICARDO GOMES Prof. Ricardo Gomes www.pontodosconcursos.com.br 17 Resolução nº 21.538/2003 Art. 4º Deve ser consignada OPERAÇÃO 1 - ALISTAMENTO quando o alistando requerer inscrição e quando em seu nome não for identificada inscrição em nenhuma zona eleitoral do país ou exterior, ou a única inscrição localizada estiver cancelada por determinação de autoridade judiciária (FASE 450). Art. 5º Deve ser consignada OPERAÇÃO 3 - TRANSFERÊNCIA sempre que o eleitor desejar alterar seu domicílio e for encontrado em seu nome número de inscrição em qualquer município ou zona, unidade da Federação ou país, em conjunto ou não com eventual retificação de dados. Art. 6º Deve ser consignada OPERAÇÃO 5 - REVISÃO quando o eleitor necessitar alterar local de votação no mesmo município, ainda que haja mudança de zona eleitoral, retificar dados pessoais ou regularizar situação de inscrição cancelada nas mesmas condições previstas para a transferência a que se refere o § 3º do art. 5º. Art. 7º Deve ser consignada OPERAÇÃO 7 - SEGUNDA VIA quando o eleitor estiver inscrito e em situação regular na zona por ele procurada e desejar apenas a segunda via do seu título eleitoral, sem nenhuma alteração. Art. 8º Nas hipóteses de REVISÃO ou de SEGUNDA VIA, o título eleitoral será expedido automaticamente e a data de domicílio do eleitor não será alterada. Transferências de domicílio X de nº da inscrição eleitoral. Na transferência de domicílio eleitoral, o número original do eleitor permanece inalterado, devendo ser consignadaa sigla da UF (do Estado) anterior. NÃO será concedida transferência do domicílio eleitoral caso a inscrição do eleitor esteja envolvida nas seguintes pendências: 1. em coincidência (agrupamento pelo batimento de duas ou mais inscrições ou registros que apresentem dados iguais www.concurseirosocial.com.br l u c i a n o l e i t e p e r e i r a 9 5 2 0 6 8 0 9 3 4 9 l u c i a n o l e i t e p e r e i r a 9 5 2 0 6 8 0 9 3 4 9 DIREITO ELEITORAL - TEORIA E EXERCÍCIOS – TRE/AP ANALISTA E TÉCNICO JUDICIÁRIO – ÁREA ADMINISTRATIVA AULA 2 PROFESSOR: RICARDO GOMES Prof. Ricardo Gomes www.pontodosconcursos.com.br 18 ou semelhantes), 2. estiver suspensa ou cancelada automaticamente ou por decisão judicial nos casos de perda e suspensão dos direitos políticos. Nestes casos, o eleitor deve inicialmente procurar a Justiça Eleitoral para tentar regularizar sua situação. Após isso é que estará autorizado a fazer sua transferência. Como já relatado, no pedido de transferência não há qualquer alteração no número da inscrição do eleitor, permanecendo o número original. Contudo, como exceção, em pedidos de transferência de domicílio eleitoral poderá ser reutilizado o nº de inscrição eleitoral CANCELADO, do mesmo ou de outro eleitor ou de ex-eleitor (reutilização do nº de inscrição eleitoral já cancelado) se comprovado que não existe outra inscrição para o mesmo eleitor (seja liberada, não liberada, regular ou suspensa) nos seguintes casos: a) falecimento (utiliza-se o nº do título do eleitor falecido); b) duplicidade/pluralidade de inscrições (uma ou mais das inscrições serão reutilizadas); c) deixar o eleitor de votar por 3 eleições consecutivas; d) nos casos de revisão de eleitorado. O TSE, ao editar tal disposição, pretendia que fossem reutilizados números de títulos eleitorais cancelados para impedir o inchamento do cadastro. Se existirem mais de 1 inscrição cancelada para o mesmo eleitor, a transferência do nº da inscrição dar-se-á na seguinte ordem: a) na inscrição que tenha sido utilizada para o exercício do voto no último pleito; b) que seja mais antiga. Art. 5 § 1º Na hipótese do caput, o eleitor permanecerá com o www.concurseirosocial.com.br l u c i a n o l e i t e p e r e i r a 9 5 2 0 6 8 0 9 3 4 9 l u c i a n o l e i t e p e r e i r a 9 5 2 0 6 8 0 9 3 4 9 DIREITO ELEITORAL - TEORIA E EXERCÍCIOS – TRE/AP ANALISTA E TÉCNICO JUDICIÁRIO – ÁREA ADMINISTRATIVA AULA 2 PROFESSOR: RICARDO GOMES Prof. Ricardo Gomes www.pontodosconcursos.com.br 19 número originário da inscrição e deverá ser, obrigatoriamente, consignada no campo próprio a sigla da UF anterior. § 2º É vedada a transferência de número de inscrição envolvida em coincidência, suspensa, cancelada automaticamente pelo sistema quando envolver situação de perda e suspensão de direitos políticos, cancelada por perda de direitos políticos (FASE 329) e por decisão de autoridade judiciária (FASE 450). § 3º Será admitida transferência com reutilização do número de inscrição cancelada pelos códigos FASE 019 - falecimento, 027 - duplicidade/pluralidade, 035 - deixou de votar em três eleições consecutivas e 469 - revisão de eleitorado, desde que comprovada a inexistência de outra inscrição liberada, não liberada, regular ou suspensa para o eleitor. § 4º Existindo mais de uma inscrição cancelada para o eleitor no cadastro, nas condições previstas no § 3º, deverá ser promovida, preferencialmente, a transferência daquela: I - que tenha sido utilizada para o exercício do voto no último pleito; II - que seja mais antiga. www.concurseirosocial.com.br l u c i a n o l e i t e p e r e i r a 9 5 2 0 6 8 0 9 3 4 9 l u c i a n o l e i t e p e r e i r a 9 5 2 0 6 8 0 9 3 4 9 DIREITO ELEITORAL - TEORIA E EXERCÍCIOS – TRE/AP ANALISTA E TÉCNICO JUDICIÁRIO – ÁREA ADMINISTRATIVA AULA 2 PROFESSOR: RICARDO GOMES Prof. Ricardo Gomes www.pontodosconcursos.com.br 20 2. Procedimentos para o Alistamento Eleitoral. O preenchimento do RAE deve ser feito por quem mesmo Professor? Vocês acham que deverá ser pelo alistando ou por vocês mesmos, servidores do TRE de seu Estado? Não haveria razão para ter concurso de TRE são não houvesse serviço! Por lógico, o RAE é preenchido pelo Servidor da Justiça Eleitoral (vocês!) no Cartório Eleitoral ou no posto de alistamento eleitoral. Vocês digitarão o RAE, preenchendo as informações constantes da documentação apresentanda pelo alistando e complementando com informações pessoais necessárias. O alistando (requerente) deve presenciar o preenchimento do RAE e a sua impressão. A Resolução faculta ao alistando a escolha/preferência do local de votação dentre os locais existentes na respectiva Zona Eleitoral. O eleitor deve assinar ou apor sua impressão digital (hipótese de analfabetismo) no RAE na presença do Servidor da Justiça Eleitoral (vocês!). Os servidores terão a incumbência de atestarem a satisfação dessa exigência (assinatura ou impressão digital). Para informação, conforme a Lei nº 7444/85, art. 5º, §1º, no caso de analfabeto, a impressão digital a ser colhida é a do polegar direito. Art. 9º No cartório eleitoral ou no posto de alistamento, o servidor da Justiça Eleitoral preencherá o RAE ou digitará as informações no sistema de acordo com os dados constantes do documento apresentado pelo eleitor, complementados com suas informações pessoais, de conformidade com as exigências do processamento de dados, destas instruções e das orientações específicas. § 1º O RAE deverá ser preenchido ou digitado e impresso na presença do requerente. § 2º No momento da formalização do pedido, o requerente manifestará sua preferência sobre local de votação, entre os estabelecidos para a zona eleitoral. www.concurseirosocial.com.br l u c i a n o l e i t e p e r e i r a 9 5 2 0 6 8 0 9 3 4 9 l u c i a n o l e i t e p e r e i r a 9 5 2 0 6 8 0 9 3 4 9 DIREITO ELEITORAL - TEORIA E EXERCÍCIOS – TRE/AP ANALISTA E TÉCNICO JUDICIÁRIO – ÁREA ADMINISTRATIVA AULA 2 PROFESSOR: RICARDO GOMES Prof. Ricardo Gomes www.pontodosconcursos.com.br 21 § 3º Para os fins o § 2º deste artigo, será colocada à disposição, no cartório ou posto de alistamento, a relação de todos os locais de votação da zona, com os respectivos endereços. § 4º A assinatura do requerimento ou a aposição da impressão digital do polegar será feita na presença do servidor da Justiça Eleitoral, que deverá atestar, de imediato, a satisfação dessa exigência. Como havia dito, o RAE deverá sempre ser processado eletronicamente, mesmo que seja a posteriori. Assim, os RAEs apenas preenchidos manualmente devem ser preenchidos/digitados NO SISTEMA antes de serem submetidos ao despacho do Juiz Eleitoral. Em cada Zona Eleitoral, para preenchimento e digitação do RAE no sistema, deverá ser elaborada relação de servidores, pelos nºs de seus títulos eleitorais, aptos a praticarem os atos reservados ao Cartório Eleitoral. Se a emissão do título não for imediata (entrega imediata), o servidor deverá destacar o protocolo de solicitação de inscrição eleitoral (espécie de comprovante de requerimento de alistamento) a ser entregue ao alistando. Neste comprovante já deve constar o nº do título eleitoral. Art. 10. Antes de submeter o pedido a despacho do juiz eleitoral, o servidor providenciará o preenchimento ou a digitação no sistema dos espaços que lhe são reservados no RAE. Parágrafo único. Para efeito de preenchimento do requerimento ou de digitação no sistema, será mantida em cada zona eleitoral relação de servidores, identificados pelo número do título eleitoral,habilitados a praticar os atos reservados ao cartório. Art. 11. Atribuído número de inscrição, o servidor, após assinar o formulário, destacará o protocolo de solicitação, numerado de idêntica forma, e o entregará ao requerente, caso a emissão do título não seja imediata. Número da inscrição eleitoral. www.concurseirosocial.com.br l u c i a n o l e i t e p e r e i r a 9 5 2 0 6 8 0 9 3 4 9 l u c i a n o l e i t e p e r e i r a 9 5 2 0 6 8 0 9 3 4 9 DIREITO ELEITORAL - TEORIA E EXERCÍCIOS – TRE/AP ANALISTA E TÉCNICO JUDICIÁRIO – ÁREA ADMINISTRATIVA AULA 2 PROFESSOR: RICARDO GOMES Prof. Ricardo Gomes www.pontodosconcursos.com.br 22 Como é composto o número de inscrição eleitoral? Conforme determina o TSE, o título eleitoral tem 12 ALGARISMOS numéricos, sendo formado na seguinte ordem: a) os 8 (oito) primeiros algarismos são seqüenciais – são números seqüenciais, mas devem ser desprezados os zeros à esquerda. Assim, pode o título ostentar os seguintes primeiros nºs: 100.00.000; 100.00.001; 100.00.002; 100.00.003; 100.00.004.... b) os 2 (dois) algarismos seguintes representam a Unidade da Federação (Ex: RS; AC; BA; RN; MT – com seus números abaixo); c) os 2 (dois) últimos algarismos são simples Dígitos Verificadores. Ex: 10404251.05.09. ? a) 10404251 (8 primeiros dígitos seqüenciais); b) 05 (algarismo referente à Unidade da Federação); c) 09 (algarismo referente ao Dígito Verificador. Os algarismos referentes às Unidades da Federação são, exemplificadamente, na seguinte ordem: 01 - São Paulo 02 - Minas Gerais 03 - Rio de Janeiro 04 - Rio Grande do Sul 05 - Bahia 06 - Paraná 07 - Ceará 08 - Pernambuco 09 - Santa Catarina 10 - Goiás www.concurseirosocial.com.br l u c i a n o l e i t e p e r e i r a 9 5 2 0 6 8 0 9 3 4 9 l u c i a n o l e i t e p e r e i r a 9 5 2 0 6 8 0 9 3 4 9 DIREITO ELEITORAL - TEORIA E EXERCÍCIOS – TRE/AP ANALISTA E TÉCNICO JUDICIÁRIO – ÁREA ADMINISTRATIVA AULA 2 PROFESSOR: RICARDO GOMES Prof. Ricardo Gomes www.pontodosconcursos.com.br 23 (...) Art. 12. Os tribunais regionais eleitorais farão distribuir, observada a seqüência numérica fornecida pela Secretaria de Informática, às zonas eleitorais da respectiva circunscrição, séries de números de inscrição eleitoral, a serem utilizados na forma deste artigo. Parágrafo único. O número de inscrição compor-se-á de até 12 algarismos, por unidade da Federação, assim discriminados: a) os oito primeiros algarismos serão seqüenciados, desprezando- se, na emissão, os zeros à esquerda; b) os dois algarismos seguintes serão representativos da unidade da Federação de origem da inscrição, conforme códigos constantes da seguinte tabela: (...) c) os dois últimos algarismos constituirão dígitos verificadores, determinados com base no módulo 11, sendo o primeiro calculado sobre o número seqüencial e o último sobre o código da unidade da Federação seguido do primeiro dígito verificador. Documentação necessária para o alistamento. O alistando deverá apresentar pelo menos 1 dos seguintes documentos, que comprovam sua nacionalidade brasileira (lembro mais uma vez que não é para apresentar todos os documentos, basta pelo menos 1 deles): a. carteira de identidade ou carteira profissional (emitida pelos órgãos criados por lei federal, controladores do exercício profissional); b. certificado de quitação do serviço militar – obrigatório apenas para os maiores de 18 ANOS do SEXO MASCULINO; c. certidão de nascimento ou casamento, extraída do Registro Civil; d. instrumento público do qual se infira, por direito, ter o requerente a idade mínima de 16 anos e do qual www.concurseirosocial.com.br l u c i a n o l e i t e p e r e i r a 9 5 2 0 6 8 0 9 3 4 9 l u c i a n o l e i t e p e r e i r a 9 5 2 0 6 8 0 9 3 4 9 DIREITO ELEITORAL - TEORIA E EXERCÍCIOS – TRE/AP ANALISTA E TÉCNICO JUDICIÁRIO – ÁREA ADMINISTRATIVA AULA 2 PROFESSOR: RICARDO GOMES Prof. Ricardo Gomes www.pontodosconcursos.com.br 24 constem, também, os demais elementos necessários à sua qualificação. É obrigatória a apresentação do certificado de quitação do serviço militar os eleitores do SEXO MASCULINO maiores de 18 anos. Nesse caso, mesmo que apresentem sua carteira de identidade no ato de inscrição, deverão fazer acompanhar do respectivo certificado de quitação. Art. 13. Para o alistamento, o requerente apresentará um dos seguintes documentos do qual se infira a nacionalidade brasileira (Lei nº 7.444/85, art. 5º, § 2º): a) carteira de identidade ou carteira emitida pelos órgãos criados por lei federal, controladores do exercício profissional; b) certificado de quitação do serviço militar; c) certidão de nascimento ou casamento, extraída do Registro Civil; d) instrumento público do qual se infira, por direito, ter o requerente a idade mínima de 16 anos e do qual constem, também, os demais elementos necessários à sua qualificação. Parágrafo único. A apresentação do documento a que se refere a alínea b (Certificado de Quitação do serviço militar) é obrigatória para maiores de 18 anos, do sexo masculino. Quanto à idade mínima de 16 ANOS, é preciso que se comprove esta idade de 16 anos completos na data do pleito, e não necessariamente na data do alistamento eleitoral, desde que a inscrição seja no mesmo ano eleitoral. Assim, é possível alistar-se com 15 anos de idade, desde que se prove possuir os 16 anos completos quando da eleição. Assim manifestou-se o TSE em vista da previsão constitucional do alistamento e do voto facultativos para os maiores de 16 e menores de 18 ANOS. Contudo, o título eleitoral somente terá efeitos com o implemento dos 16 ANOS de idade. Art. 14. É facultado o alistamento, no ano em que se realizarem eleições, do menor que completar 16 anos até a data do pleito, inclusive. www.concurseirosocial.com.br l u c i a n o l e i t e p e r e i r a 9 5 2 0 6 8 0 9 3 4 9 l u c i a n o l e i t e p e r e i r a 9 5 2 0 6 8 0 9 3 4 9 DIREITO ELEITORAL - TEORIA E EXERCÍCIOS – TRE/AP ANALISTA E TÉCNICO JUDICIÁRIO – ÁREA ADMINISTRATIVA AULA 2 PROFESSOR: RICARDO GOMES Prof. Ricardo Gomes www.pontodosconcursos.com.br 25 § 1º O alistamento de que trata o caput poderá ser solicitado até o encerramento do prazo fixado para requerimento de inscrição eleitoral ou transferência. § 2º O título emitido nas condições deste artigo somente surtirá efeitos com o implemento da idade de 16 anos (Res.-TSE nº 19.465, de 12.3.96). Multa por não alistamento. Vimos anteriormente que o Código Eleitoral previa, no art. 8º, multa para o eleitor que ficasse inadimplente com a Justiça Eleitoral por não alistar-se no prazo legal. Todavia, a Resolução nº 21.538/03 também veio dispondo exatamente sobre esta sanção, mas trouxe algumas peculiaridades relevantes, a seguir dispostas. Sofrerá PENA DE MULTA o eleitor: 1. Brasileiro nato – que não se alistar até os 19 anos; 2. Brasileiro naturalizado – que não se alistar até 1 ano depois de adquirida a nacionalidade. Na esteira do que prevê o art. 91 da Lei nº 9.504/97, a Resolução dispõe que não sofrerá a multa o não-alistado que requerer sua inscrição eleitoral até o 151º (centésimo qüinquagésimo primeiro) dia anterior à eleição subseqüente à data em que completar 19 anos. Ou seja, mesmo ultrapassando os 19 anos, se for ano eleitoral, o cidadão não será multado caso aliste-se até o 151º dia anterior à eleição. Já relatamos sobre a discussão doutrinária a respeito do prazo legal de alistamento. O prazo de alistamento previsto no art. 91 da Lei nº 9.504/97 e no referido art. 15, parágrafoúnico, da Resolução nº 21.538 teriam revogado as disposições do Código Eleitoral (Lei Complementar) sobre prazos de alistabilidade? Importa termos em mente que a Lei nº 9.504/97, a despeito de ser Lei Ordinária, em tese não revogadora do Código Eleitoral, em seu art. 91 prevê que nos 150 DIAS anteriores à eleição não será recebido nenhum www.concurseirosocial.com.br l u c i a n o l e i t e p e r e i r a 9 5 2 0 6 8 0 9 3 4 9 l u c i a n o l e i t e p e r e i r a 9 5 2 0 6 8 0 9 3 4 9 DIREITO ELEITORAL - TEORIA E EXERCÍCIOS – TRE/AP ANALISTA E TÉCNICO JUDICIÁRIO – ÁREA ADMINISTRATIVA AULA 2 PROFESSOR: RICARDO GOMES Prof. Ricardo Gomes www.pontodosconcursos.com.br 26 requerimento de inscrição eleitoral ou de transferência. A Resolução nº 21.538/03 segue este mesmo entendimento. Mais uma vez, aconselho a todos a atentarem-se aos prazos concedidos pelo Código Eleitoral e pelos referidos diplomas legais, tentando adivinhar o que a prova está cobrando. Deveras, nas provas mais recentes, os examinadores têm apontado pela revogação do Código Eleitoral neste aspecto, aplicando-se o prazo da Lei Eleitoral e da Resolução nº 21.538/03. Lei Eleitoral Art. 91. Nenhum requerimento de inscrição eleitoral ou de transferência será recebido dentro dos 150 (cento e cinqüenta) DIAS anteriores à data da eleição. Art. 15. O brasileiro nato que não se alistar até os 19 anos ou o naturalizado que não se alistar até 1 (um) ano depois de adquirida a nacionalidade brasileira incorrerá em multa imposta pelo juiz eleitoral e cobrada no ato da inscrição. Parágrafo único. Não se aplicará a pena ao não-alistado que requerer sua inscrição eleitoral até o 151º (centésimo qüinquagésimo primeiro) dia anterior à eleição subseqüente à data em que completar 19 anos (Código Eleitoral, art. 8º c.c. a Lei nº 9.504/97, art. 91). Além disso, vale frisar que, segundo a Resolução nº 21.538/03, esta multa deve ser cobrada nos termos do seu art. 85, que prevê como base de cálculo para aplicação das multas a UFIR e não mais o salário-mínimo, como o faz ainda o Código Eleitoral. Art. 85. A base de cálculo para aplicação das multas previstas pelo Código Eleitoral e leis conexas, bem como das de que trata esta resolução, será o último valor fixado para a Ufir, multiplicado pelo fator 33,02, até que seja aprovado novo índice, em conformidade com as regras de atualização dos débitos para com a União. Esta é o atual entendimento do TSE a respeito das multas eleitorais, inclusive o aplicado na prática. Recordo apenas que os dispositivos do Código Eleitoral ainda não foram revogados expressamente pela www.concurseirosocial.com.br l u c i a n o l e i t e p e r e i r a 9 5 2 0 6 8 0 9 3 4 9 l u c i a n o l e i t e p e r e i r a 9 5 2 0 6 8 0 9 3 4 9 DIREITO ELEITORAL - TEORIA E EXERCÍCIOS – TRE/AP ANALISTA E TÉCNICO JUDICIÁRIO – ÁREA ADMINISTRATIVA AULA 2 PROFESSOR: RICARDO GOMES Prof. Ricardo Gomes www.pontodosconcursos.com.br 27 legislação em vigor. Ex-Analfabeto. Se o analfabeto, que tinha seu alistamento e votos facultativos, deixar esta condição (passar a ser alfabetizado), DEVERÁ requerer sua inscrição eleitoral! Seu alistamento e voto passarão a ser OBRIGATÓRIOS! É preciso que se entenda o seguinte: enquanto guardam a condição de analfabetos, estão livres da multa comentada acima. No entanto, quando deixar de ser analfabeto, o cidadão deve alistar-se, pois seu alistamento é obrigatório, sob pena de incorrer em multa eleitoral. Assim, o analfabeto não pagará a multa eleitoral prevista no art. 8º do Código, conforme art. 16 da Resolução nº 21.538/2003. Mas se deixar de sê-lo, ai sim poderá incorrer na multa. Art. 16. O alistamento eleitoral do analfabeto é facultativo. Parágrafo único. Se o analfabeto deixar de sê-lo, deverá requerer sua inscrição eleitoral, não ficando sujeito à multa prevista no art. 15. Recursos das decisões sobre alistamento e transferência. A partir do despacho do Juiz Eleitoral sobre o RAE, o TRE enviará aos Cartórios Eleitorais relação de inscrições incluídas no cadastro, para que sejam colocadas à disposição dos partidos políticos nos dias 1º e 15 de cada mês ou no 1º dia útil seguinte. Do despacho que DEFERIR o RAE, poderá qualquer delegado de Partido Político recorrer em 10 DIAS, a partir da colocação da listagem à disposição dos partidos. Do despacho que INDEFERIR o RAE, o alistando poderá recorrer no prazo de 5 DIAS. Deferimento do RAE – recurso de Delegado de Partido ? 10 DIAS Indeferimento do RAE – recurso do alistando ? 5 DIAS Estas mesmas regras APLICAM-SE para os casos de www.concurseirosocial.com.br l u c i a n o l e i t e p e r e i r a 9 5 2 0 6 8 0 9 3 4 9 l u c i a n o l e i t e p e r e i r a 9 5 2 0 6 8 0 9 3 4 9 DIREITO ELEITORAL - TEORIA E EXERCÍCIOS – TRE/AP ANALISTA E TÉCNICO JUDICIÁRIO – ÁREA ADMINISTRATIVA AULA 2 PROFESSOR: RICARDO GOMES Prof. Ricardo Gomes www.pontodosconcursos.com.br 28 TRANSFERÊNCIA de domicílio eleitoral! Consoante dispõe o art. 18, § 4º e 5º. Art. 17. Despachado o requerimento de inscrição pelo juiz eleitoral e processado pelo cartório, o setor da Secretaria do Tribunal Regional Eleitoral responsável pelos serviços de processamento eletrônico de dados enviará ao cartório eleitoral, que as colocará à disposição dos partidos políticos, relações de inscrições incluídas no cadastro, com os respectivos endereços. § 1º Do despacho que INDEFERIR o requerimento de inscrição, caberá RECURSO interposto pelo alistando no prazo de 5 (cinco) dias e, do que o DEFERIR, poderá recorrer qualquer delegado de partido político no prazo de 10 (dez) dias, contados da colocação da respectiva listagem à disposição dos partidos, o que deverá ocorrer nos dias 1º e 15 de cada mês, ou no primeiro dia útil seguinte, ainda que tenham sido exibidas ao alistando antes dessas datas e mesmo que os partidos não as consultem (Lei nº 6.996/82, art. 7º). Art. 18. § 4º Despachado o requerimento de transferência pelo juiz eleitoral e processado pelo cartório, o setor da Secretaria do Tribunal Regional Eleitoral responsável pelos serviços de processamento de dados enviará ao cartório eleitoral, que as colocará à disposição dos partidos políticos, relações de inscrições atualizadas no cadastro, com os respectivos endereços. § 5º Do despacho que indeferir o requerimento de transferência, caberá recurso interposto pelo eleitor no prazo de cinco dias e, do que o deferir, poderá recorrer qualquer delegado de partido político no prazo de dez dias, contados da colocação da respectiva listagem à disposição dos partidos, o que deverá ocorrer nos dias 1º e 15 de cada mês, ou no primeiro dia útil seguinte, ainda que tenham sido exibidas ao requerente antes dessas datas e mesmo que os partidos não as consultem (Lei nº 6.996/82, art. 8º). www.concurseirosocial.com.br l u c i a n o l e i t e p e r e i r a 9 5 2 0 6 8 0 9 3 4 9 l u c i a n o l e i t e p e r e i r a 9 5 2 0 6 8 0 9 3 4 9 DIREITO ELEITORAL - TEORIA E EXERCÍCIOS – TRE/AP ANALISTA E TÉCNICO JUDICIÁRIO – ÁREA ADMINISTRATIVA AULA 2 PROFESSOR: RICARDO GOMES Prof. Ricardo Gomes www.pontodosconcursos.com.br 29 3. Transferência de domicílio eleitoral, 2ª Via e outros institutos. Em caso de mudança de domicílio do eleitor, este deverá requerer formalmente a transferência de domicílio eleitoral ao Juiz Eleitoral da nova residência. Para que seja deferida a transferência, devem ser preenchidas as seguintes exigências: a) recebimento do pedido no cartório eleitoral do novo domicílio no prazo estabelecido pela legislação vigente – este prazo, segundo a própria Resolução nº 21.538/03,é de 150 dias antes da eleição. Neste período, o cadastro de eleitores estará fechado para transferência, alistamento ou revisão. b) transcurso de, pelo menos, 1 (um) ANO do alistamento ou da última transferência; c) residência mínima de 3 (três) MESES no novo domicílio, DECLARADA, sob as penas da lei, pelo próprio eleitor – basta o eleitor AFIRMAR que possui residência mínima de 3 meses no novo domicílio. No plano prático, contudo, tem-se exigido comprovante de residência (conta de luz, água, telefone, contrato de aluguel, etc). d) prova de quitação com a Justiça Eleitoral. O conceito de QUITAÇÃO ELEITORAL reúne a plenitude do gozo dos direitos políticos, o regular exercício do voto, salvo quando facultativo, o atendimento a convocações da Justiça Eleitoral para auxiliar os trabalhos relativos ao pleito, a inexistência de multas aplicadas, em caráter definitivo, pela Justiça Eleitoral e não remitidas, excetuadas as anistias legais, e a regular prestação de contas de campanha eleitoral, quando se tratar de candidatos. Para requerer a transferência, pelo menos é o que determina a legislação, deve o eleitor entregar seu antigo título eleitoral (como comprovação de sua condição de eleitor) e provar a sua quitação eleitoral. Se não comprovados, o Juiz arbitrará desde logo o valor da MULTA a ser www.concurseirosocial.com.br l u c i a n o l e i t e p e r e i r a 9 5 2 0 6 8 0 9 3 4 9 l u c i a n o l e i t e p e r e i r a 9 5 2 0 6 8 0 9 3 4 9 DIREITO ELEITORAL - TEORIA E EXERCÍCIOS – TRE/AP ANALISTA E TÉCNICO JUDICIÁRIO – ÁREA ADMINISTRATIVA AULA 2 PROFESSOR: RICARDO GOMES Prof. Ricardo Gomes www.pontodosconcursos.com.br 30 paga pelo eleitor que requerer a transferência, o que não impede o indeferimento do pedido. Art. 18 § 2º Ao requerer a transferência, o eleitor entregará ao servidor do cartório o título eleitoral e a prova de quitação com a Justiça Eleitoral. § 3º Não comprovada a condição de eleitor ou a quitação para com a Justiça Eleitoral, o juiz eleitoral arbitrará, desde logo, o valor da multa a ser paga. As exigências de tempo mínimo de 1 ANO do alistamento ou transferência e de residência mínima de 3 MESES NÃO se aplicam para servidor público civil, militar, autárquico, ou de membro de sua família, por motivo de REMOÇÃO ou TRANSFERÊNCIA por interesse público. Art. 18 § 1º O disposto nos incisos II e III (1 ano de alistamento e residência mínima de 3 meses) não se aplica à transferência de título eleitoral de servidor público civil, militar, autárquico, ou de membro de sua família, por motivo de remoção ou transferência (Lei nº 6.996/82, art. 8º, parágrafo único). 2ª VIA do Título. O eleitor fará pedido de 2ª VIA do seu título eleitoral sempre que ocorrer a perda ou o extravio do título eleitoral ou quando for inutilizado ou dilacerado. Nestes casos de inutilização e dilaceração do título, o pedido da 2ª VIA deve ser acompanho da 1ª Via do título, mesmo já inutilizado ou dilacerado. Da mesma forma que no alistamento eleitoral, em qualquer dos motivos do pedido de 2ª VIA, deve o eleitor apor sua assinatura ou a impressão digital do polegar na presença do Servidor da Justiça Eleitoral (vocês!). www.concurseirosocial.com.br l u c i a n o l e i t e p e r e i r a 9 5 2 0 6 8 0 9 3 4 9 l u c i a n o l e i t e p e r e i r a 9 5 2 0 6 8 0 9 3 4 9 DIREITO ELEITORAL - TEORIA E EXERCÍCIOS – TRE/AP ANALISTA E TÉCNICO JUDICIÁRIO – ÁREA ADMINISTRATIVA AULA 2 PROFESSOR: RICARDO GOMES Prof. Ricardo Gomes www.pontodosconcursos.com.br 31 Art. 19. No caso de perda ou extravio do título, bem assim de sua inutilização ou dilaceração, o eleitor deverá requerer pessoalmente ao juiz de seu domicílio eleitoral que lhe expeça segunda via. § 1º Na hipótese de inutilização ou dilaceração, o requerimento será instruído com a primeira via do título. § 2º Em qualquer hipótese, no pedido de segunda via, o eleitor deverá apor a assinatura ou a impressão digital do polegar, se não souber assinar, na presença do servidor da Justiça Eleitoral, que deverá atestar a satisfação dessa exigência, após comprovada a identidade do eleitor. Restabelecimento de inscrição cancelada por equívoco e Código FASE. A Resolução prevê expressamente a possibilidade de RESTABELECIMENTO de inscrição eleitoral CANCELADA por equívoco nos casos de Falecimento (FASE 019), por decisão de autoridade judiciária (FASE 450) e por revisão de eleitorado (FASE 469). Assim, caso a inscrição de determinado eleitor seja cancelada por um desses motivos de forma equivocada, poderá ser restabelecida normalmente, não necessitando de nova inscrição eleitoral. Gente! Pense num trabalho complicado! Convivi com o setor que fazia este trabalho e todos diziam que era cansativo! Depois da posse começa a reclamação! Rsrs. Fiquem tranqüilos quanto a estes código FASEs, pois não devem ser cobrados em provas em vista de regulamentação e utilização ultra- específica da Corregedoria-Geral Eleitoral. Os Códigos FASE (Formulário de Atualização da Situação do Eleitor) são números que indicam situações específicas na vida eleitoral do cidadão, relacionados em tabela estabelecida pela Corregedoria-Geral, e mantidos no histórico da inscrição. O Prov.-CGE nº 3/2007 aprovou o Manual do FASE com tabela de códigos FASE. Art. 20. Será admitido o restabelecimento, mediante comando do código FASE 361, de inscrição cancelada em virtude de www.concurseirosocial.com.br l u c i a n o l e i t e p e r e i r a 9 5 2 0 6 8 0 9 3 4 9 l u c i a n o l e i t e p e r e i r a 9 5 2 0 6 8 0 9 3 4 9 DIREITO ELEITORAL - TEORIA E EXERCÍCIOS – TRE/AP ANALISTA E TÉCNICO JUDICIÁRIO – ÁREA ADMINISTRATIVA AULA 2 PROFESSOR: RICARDO GOMES Prof. Ricardo Gomes www.pontodosconcursos.com.br 32 comando equivocado dos códigos FASE 019, 450 e 469. Art. 21. Para registro de informações no histórico de inscrição no cadastro, utilizar-se-á, como documento de entrada de dados, o formulário de atualização da situação do eleitor (FASE), cuja tabela de códigos será estabelecida pela Corregedoria-Geral. Parágrafo único. A atualização de registros de que trata o caput poderá ser promovida, desde que viabilizado, diretamente no sistema de alistamento eleitoral, dispensando-se o preenchimento do formulário FASE. www.concurseirosocial.com.br l u c i a n o l e i t e p e r e i r a 9 5 2 0 6 8 0 9 3 4 9 l u c i a n o l e i t e p e r e i r a 9 5 2 0 6 8 0 9 3 4 9 DIREITO ELEITORAL - TEORIA E EXERCÍCIOS – TRE/AP ANALISTA E TÉCNICO JUDICIÁRIO – ÁREA ADMINISTRATIVA AULA 2 PROFESSOR: RICARDO GOMES Prof. Ricardo Gomes www.pontodosconcursos.com.br 33 4. Título Eleitoral. O título eleitoral é um documento emitido pela Justiça Eleitoral de acordo com características específicas indicadas no Anexo II da Resolução nº 21.538/03. A sua emissão é obrigatória por computador, devendo constar as seguintes informações: nome do eleitor, data de nascimento, unidade da Federação, o município, a zona e a seção eleitoral de votação, o número da inscrição eleitoral, data de emissão, assinatura do Juiz e do eleitor (ou a impressão digital do seu polegar), e no caso de 2ª via a expressão “2ª via”. Nas hipóteses de alistamento, transferência, revisão e 2ª VIA, a data de emissão do título será a do preenchimento do RAE. Até esta data de emissão do título, o próprio instrumento do título serve de prova da quitação eleitoral. Art. 23 § 2º Nas hipóteses de alistamento, transferência, revisão e segunda via, a data da emissão do título será a de preenchimentodo requerimento. Art. 26. O título eleitoral prova a quitação do eleitor para com a Justiça Eleitoral até a data de sua emissão. Na emissão on-line de títulos eleitorais e em situações tidas por excepcionais, os TREs poderão autorizar o uso de impressão da assinatura nos títulos eleitorais (chancela) do Presidente do TRE respectivo, em exercício na data da autorização, em substituição à assinatura do Juiz Eleitoral da Zona. Esta previsão poderá ser utilizada, como exemplo, nos casos de revisão de eleitorado, recadastramento ou rezoneamento de eleitores. Ao ser impresso o título eleitoral deverá ser também impresso o Protocolo de Entrega do Título Eleitoral (PETE), espécie de comprovante da retirada do título do cartório (CANHOTO), que deve conter o número de inscrição, o nome do eleitor e de sua mãe e a data de nascimento, com espaços, no verso, destinados à assinatura ou aposição da impressão digital do polegar do eleitor, o número de sua inscrição eleitoral, bem como à data de recebimento. O título eleitoral somente poderá ser buscado www.concurseirosocial.com.br l u c i a n o l e i t e p e r e i r a 9 5 2 0 6 8 0 9 3 4 9 l u c i a n o l e i t e p e r e i r a 9 5 2 0 6 8 0 9 3 4 9 DIREITO ELEITORAL - TEORIA E EXERCÍCIOS – TRE/AP ANALISTA E TÉCNICO JUDICIÁRIO – ÁREA ADMINISTRATIVA AULA 2 PROFESSOR: RICARDO GOMES Prof. Ricardo Gomes www.pontodosconcursos.com.br 34 PESSOALMENTE! Por incrível que pareça, não se admite terceiros buscarem o título, mesmo com procuração! Art. 24. § 1º O título será entregue, no cartório ou no posto de alistamento, pessoalmente ao eleitor, vedada a interferência de pessoas estranhas à Justiça Eleitoral. § 2º Antes de efetuar a entrega do título, comprovada a identidade do eleitor e a exatidão dos dados inseridos no documento, o servidor destacará o título eleitoral e colherá a assinatura ou a impressão digital do polegar do eleitor, se não souber assinar, no espaço próprio constante do canhoto. Como já amplamente comentado e segundo a Resolução nº 21.538/03, durante o período de fechamento do cadastro eleitoral previsto no art. 91 da Lei nº 9.504/97, de 150 DIAS anteriores à eleição, NÃO serão recebidos requerimentos de alistamento ou transferência. Tão logo sejam encerrados os trabalhos de apuração das eleições em âmbito nacional, as Zonas Eleitorais reabrirão o processamento dos RAEs de alistamento, transferência, revisão e 2ª VIA. Resolução nº 21.538/03 Art. 25. No período de suspensão do alistamento, não serão recebidos requerimentos de alistamento ou transferência (Lei nº 9.504/97, art. 91, caput). Parágrafo único. O processamento reabrir-se-á em cada zona logo que estejam concluídos os trabalhos de apuração em âmbito nacional (Código Eleitoral, art. 70). Lei nº 9.504/97 Art. 91. Nenhum requerimento de inscrição eleitoral ou de transferência será recebido dentro dos 150 (cento e cinqüenta) DIAS anteriores à data da eleição. www.concurseirosocial.com.br l u c i a n o l e i t e p e r e i r a 9 5 2 0 6 8 0 9 3 4 9 l u c i a n o l e i t e p e r e i r a 9 5 2 0 6 8 0 9 3 4 9 DIREITO ELEITORAL - TEORIA E EXERCÍCIOS – TRE/AP ANALISTA E TÉCNICO JUDICIÁRIO – ÁREA ADMINISTRATIVA AULA 2 PROFESSOR: RICARDO GOMES Prof. Ricardo Gomes www.pontodosconcursos.com.br 35 5. Fiscalização dos Partidos Políticos. Em decorrência do Princípio Democrático, de abertura e transparência de todo o processo eleitoral e, especificamente, dos trabalhos desenvolvidos pela Justiça Eleitoral, a legislação faculta aos Partidos Políticos a fiscalização do alistamento eleitoral. Além do dever da Justiça Eleitoral de disponibilizar aos Partidos relação contendo os nomes dos eleitores com as respectivas inscrições eleitorais para eventualmente impugnar (recorrer) de decisão que defere determinados alistamentos (visto linhas atrás), as agremiações poderão, por intermédio dos seus Delegados: a) acompanhar os pedidos de alistamento, transferência, revisão, segunda via e quaisquer outros, até mesmo emissão e entrega de títulos eleitorais, previstos nesta resolução; b) requerer a exclusão de qualquer eleitor inscrito ilegalmente e assumir a defesa do eleitor cuja exclusão esteja sendo promovida; c) examinar, sem perturbação dos serviços e na presença dos servidores designados, os documentos relativos aos pedidos de alistamento, transferência, revisão, segunda via e revisão de eleitorado, deles podendo requerer, de forma fundamentada, cópia, sem ônus para a Justiça Eleitoral. Ao identificar determinadas impropriedades/irregularidades geradoras do cancelamento de inscrição de algum(uns) eleitor(es), deverá o Partido comunicar por escrito de tal fato ao Juiz Eleitoral, que tomará as providências cabíveis. Para operacionalizar esta fiscalização, os partidos poderão manter delegados perante o TRE e perante as Zonas Eleitorais nos seguintes números: a) até 2 (dois) Delegados perante o TRE; b) até 3 (três) Delegados perante a Zona Eleitoral, que trabalharão em regime de revezamento, em vista da vedação www.concurseirosocial.com.br l u c i a n o l e i t e p e r e i r a 9 5 2 0 6 8 0 9 3 4 9 l u c i a n o l e i t e p e r e i r a 9 5 2 0 6 8 0 9 3 4 9 DIREITO ELEITORAL - TEORIA E EXERCÍCIOS – TRE/AP ANALISTA E TÉCNICO JUDICIÁRIO – ÁREA ADMINISTRATIVA AULA 2 PROFESSOR: RICARDO GOMES Prof. Ricardo Gomes www.pontodosconcursos.com.br 36 de atuação simultânea de mais de 1 Delegado de cada partido. Os Delegados indicados pelos Partidos para fiscalizarem o alistamento eleitoral perante as Zonas Eleitorais serão credenciados pelo Juiz Eleitoral da respectiva Zona. Os Delegados credenciados pelo TRE têm maiores prerrogativas, podendo representar o partido em todas as Zonas Eleitorais da circunscrição. Art. 27. Parágrafo único. Qualquer irregularidade determinante de cancelamento de inscrição deverá ser comunicada por escrito ao juiz eleitoral, que observará o procedimento estabelecido nos arts. 77 a 80 do Código Eleitoral. Art. 28. Para os fins do art. 27, os partidos políticos poderão manter até dois delegados perante o Tribunal Regional Eleitoral e até três delegados em cada zona eleitoral, que se revezarão, não sendo permitida a atuação simultânea de mais de um delegado de cada partido. § 1º Na zona eleitoral, os delegados serão credenciados pelo juiz eleitoral. § 2º Os delegados credenciados no Tribunal Regional Eleitoral poderão representar o partido, na circunscrição, perante qualquer juízo eleitoral. www.concurseirosocial.com.br l u c i a n o l e i t e p e r e i r a 9 5 2 0 6 8 0 9 3 4 9 l u c i a n o l e i t e p e r e i r a 9 5 2 0 6 8 0 9 3 4 9 DIREITO ELEITORAL - TEORIA E EXERCÍCIOS – TRE/AP ANALISTA E TÉCNICO JUDICIÁRIO – ÁREA ADMINISTRATIVA AULA 2 PROFESSOR: RICARDO GOMES Prof. Ricardo Gomes www.pontodosconcursos.com.br 37 6. Acesso às Informações Constantes do Cadastro. Este é um ponto que considero bastante sensível à Justiça Eleitoral. O Cadastro Nacional de Eleitores é um dos bancos de dados detidos por uma instituição brasileira mais valiosos da atualidade. Nele estão contidos dados pessoais de mais da metade da população brasileira! São muitos os órgãos e instituições que “paqueram” o TSE em busca de uma liberação de acesso aos dados. Mas a postura do TSE tem sido de muita cautela na gestão dessas informações. Imaginem uma empresa privada tomar posse dessas informações! Estes dados valem muito mesmo! Em especial para o setor privado. Por isso, na Resolução nº 21.538/03 traz restrições e condições para o acesso aos dados, somente sendoacessível as informações constantes do cadastro nacional de eleitores às instituições públicas e privadas e às pessoas físicas nos termos a seguir tratados. REGRA: todos os dados pessoais dos eleitores (informações personalizadas – filiação, data de nascimento, profissão, estado civil, escolaridade, telefone e endereço) são preservados pela Justiça Eleitoral, não sendo acessíveis por terceiros. EXCEÇÕES (podem ter acesso aos dados do cadastro de eleitores): a) pelo próprio ELEITOR sobre seus dados pessoais – não poderia ser vedado o acesso ao eleitor sobre seus dados no cadastro, até mesmo para possa corrigir algum erro ou desatualização; b) por AUTORIDADE JUDICIAL e pelo MINISTÉRIO PÚBLICO, vinculada a utilização das informações obtidas, exclusivamente, às respectivas atividades funcionais – Atenção que não só os Juízes, mas também o MP tem acesso a esses dados! c) por entidades autorizadas pelo Tribunal Superior Eleitoral, desde que exista reciprocidade de interesses (Lei nº 7.444/85, art. 4º). Exemplo de fato: a Polícia Federal www.concurseirosocial.com.br l u c i a n o l e i t e p e r e i r a 9 5 2 0 6 8 0 9 3 4 9 l u c i a n o l e i t e p e r e i r a 9 5 2 0 6 8 0 9 3 4 9 DIREITO ELEITORAL - TEORIA E EXERCÍCIOS – TRE/AP ANALISTA E TÉCNICO JUDICIÁRIO – ÁREA ADMINISTRATIVA AULA 2 PROFESSOR: RICARDO GOMES Prof. Ricardo Gomes www.pontodosconcursos.com.br 38 há tempos está tentando celebrar um Convênio com o TSE para que este libere os dados do cadastro, o que facilitará suas investigações sobre, ex: endereço do criminoso, mas o TSE ainda continua reticente em vista de não haver esta reciprocidade; Convênio entre a Receita Federal do Brasil e o TSE; entre a CGU e o TSE, etc. Art. 29. As informações constantes do cadastro eleitoral serão acessíveis às instituições públicas e privadas e às pessoas físicas, nos termos desta resolução (Lei nº 7.444/85, art. 9º, I). § 1º Em resguardo da privacidade do cidadão, não se fornecerão informações de caráter personalizado constantes do cadastro eleitoral. § 2º Consideram-se, para os efeitos deste artigo, como informações personalizadas, relações de eleitores acompanhadas de dados pessoais (filiação, data de nascimento, profissão, estado civil, escolaridade, telefone e endereço). Ademais, o TSE prelecionou que os TREs e os Juízes Eleitorais podem autorizar o fornecimento de dados estatísticos constantes do cadastro eleitoral, especificamente relativos ao eleitorado ou ao resultado de pleito eleitoral, salvo se estas informações tiverem caráter reservado (às quais não poderão ser fornecidas). É possível porque estes dados não implicam em violação às informações pessoais dos eleitores. São vedados aos Juízes Eleitorais e aos TREs fornecerem informações pessoais de eleitores constantes do cadastro eleitoral não pertencentes a sua jurisdição eleitoral, salvo apenas quanto à possibilidade do próprio eleitor efetuar o pagamento de multas impostas por outro Juiz Eleitoral ou perante outro TRE. Todo aquele que usar os dados estatísticos eleitorais citados acima são obrigados a citar a fonte e a assumir responsabilidade pela manipulação inadequada ou extrapolada das informações obtidas. Art. 30. Os tribunais e juízes eleitorais poderão, no âmbito de suas jurisdições, autorizar o fornecimento a interessados, desde que sem ônus para a Justiça Eleitoral e disponíveis em meio magnético, dos dados de natureza estatística levantados com base no www.concurseirosocial.com.br l u c i a n o l e i t e p e r e i r a 9 5 2 0 6 8 0 9 3 4 9 l u c i a n o l e i t e p e r e i r a 9 5 2 0 6 8 0 9 3 4 9 DIREITO ELEITORAL - TEORIA E EXERCÍCIOS – TRE/AP ANALISTA E TÉCNICO JUDICIÁRIO – ÁREA ADMINISTRATIVA AULA 2 PROFESSOR: RICARDO GOMES Prof. Ricardo Gomes www.pontodosconcursos.com.br 39 cadastro eleitoral, relativos ao eleitorado ou ao resultado de pleito eleitoral, salvo quando lhes for atribuído caráter reservado. Art. 31. Os juízes e os tribunais eleitorais não fornecerão dados do cadastro de eleitores não pertencentes a sua jurisdição, salvo na hipótese do art. 82 desta resolução. Art. 32. O uso dos dados de natureza estatística do eleitorado ou de pleito eleitoral obriga a quem os tenha adquirido a citar a fonte e a assumir responsabilidade pela manipulação inadequada ou extrapolada das informações obtidas. www.concurseirosocial.com.br l u c i a n o l e i t e p e r e i r a 9 5 2 0 6 8 0 9 3 4 9 l u c i a n o l e i t e p e r e i r a 9 5 2 0 6 8 0 9 3 4 9 DIREITO ELEITORAL - TEORIA E EXERCÍCIOS – TRE/AP ANALISTA E TÉCNICO JUDICIÁRIO – ÁREA ADMINISTRATIVA AULA 2 PROFESSOR: RICARDO GOMES Prof. Ricardo Gomes www.pontodosconcursos.com.br 40 7. Batimentos. O TSE, mediante a Corregedoria-Geral Eleitoral, realiza constantemente BATIMENTOS (Cruzamentos) de informações constantes do Cadastro Eleitoral, em âmbito nacional, para verificarem inconsistências nos dados e evitar eventuais DUPLICIDADES ou PLURALIDADES (mais de 2) de inscrições eleitorais. Imaginem o mesmo eleitor com 10 Títulos Eleitorais! É isso que o TSE quer evitar, para coibir tentativas de fraude nas eleições. Este procedimento de Batimento é feito pelo próprio Sistema do TSE, por meio da tecnologia da informação (batimento em meio eletrônico), e mediante instauração de processo próprio para cada inscrição irregular, onde será verificada minuciosamente (batimento) as informações constantes do cadastro. Importante! Os requerimentos de ALISTAMENTO, TRANSFERÊNCIA e REVISÃO somente serão incluídas no cadastro eleitoral após o BATIMENTO realizado pelo TSE em âmbito nacional! As inscrições que forem identificadas e agrupadas em duplicidade ou pluralidade formarão um processo administrativo próprio sujeito à decisão da autoridade judicial competente. Das inscrições assim agrupadas, formando um mesmo grupo por duplicidade ou pluralidade, as inscrições MAIS RECENTES serão consideradas NÃO LIBERADAS no sistema. Por outro lado, se forem inscrições de GÊMEOS (2 ou + irmãos - aqueles que tenham comprovado mesma filiação, data e local de nascimento), mesmo sendo recentes, estas serão consideradas LIBERADAS no sistema. No entanto, se a inscrição de um Gêmeo for agrupada com outra(s) inscrições de não-gêmeo, esta será considerada NÃO LIBERADA. Para que haja a liberação imediata do sistema precisa a indicação simultânea de 2 ou + inscrições de Gêmeos. Art. 33. O batimento ou cruzamento das informações constantes do cadastro eleitoral terá como objetivos expurgar possíveis www.concurseirosocial.com.br l u c i a n o l e i t e p e r e i r a 9 5 2 0 6 8 0 9 3 4 9 l u c i a n o l e i t e p e r e i r a 9 5 2 0 6 8 0 9 3 4 9 DIREITO ELEITORAL - TEORIA E EXERCÍCIOS – TRE/AP ANALISTA E TÉCNICO JUDICIÁRIO – ÁREA ADMINISTRATIVA AULA 2 PROFESSOR: RICARDO GOMES Prof. Ricardo Gomes www.pontodosconcursos.com.br 41 duplicidades ou pluralidades de inscrições eleitorais e identificar situações que exijam averiguação e será realizado pelo Tribunal Superior Eleitoral, em âmbito nacional. § 1º As operações de alistamento, transferência e revisão somente serão incluídas no cadastro ou efetivadas após submetidas a batimento. § 2º Inscrição agrupada em duplicidade ou pluralidade ficará sujeita a apreciação e decisão de autoridade judiciária. § 3º Em um mesmo grupo, serão sempre consideradas não liberadas as inscrições mais recentes, excetuadas as inscrições atribuídas a gêmeos, que serão identificadas em situação liberada. § 4º Em caso de agrupamento de inscrição de gêmeo com inscrição
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