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279 Concurseiro Social Recursos Eleitorais

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1. DOS RECURSOS ELEITORAIS.
2. RESOLUÇÃO Nº 21.538/03 
 2.1. Requerimento de Alistamento Eleitoral (RAE).
 2.2. Procedimentos para o Alistamento Eleitoral.
 
2.3. Transferência de domicílio eleitoral, 2ª Via e 
outros institutos. 
2.4. Título Eleitoral. 
2.5. Fiscalização dos Partidos Políticos. 
2.6. Acesso às Informações Constantes do Cadastro. 
2.7. Batimentos. 
2.8. Hipótese de Ilícito Penal. 
2.9. Restrições de Direitos Políticos. 
2.10. Revisão de Eleitorado. 
2.11. Justificação do Não-Comparecimento à Eleição. 
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DIREITO ELEITORAL - TEORIA E EXERCÍCIOS – TRE/AP 
ANALISTA E TÉCNICO JUDICIÁRIO – ÁREA ADMINISTRATIVA 
AULA 2 
PROFESSOR: RICARDO GOMES 
 
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1. DOS RECURSOS ELEITORAIS. 
 
Conceito de Recurso. 
Os recursos são meios legais de contestação uma decisão judicial 
com a finalidade que seja esta reexaminada por autoridade superior (como 
regra), para que seja modificada ou reformada. 
No Código Eleitoral, os recursos estão previstos a partir do art. 
257. 
 
Efeitos dos Recursos. 
No Direito Eleitoral, em regra, os recursos NÃO TÊM EFEITO 
SUSPENSIVO. Isto é, mesmo com a interposição dos recursos a decisão 
judicial deve ser executada. Assim, os recursos eleitorais terão meramente 
efeito devolutivo, o de apenas devolver ao Tribunal o exame da matéria. 
Art. 257. Os recursos eleitorais não terão efeito suspensivo. 
Em alguns casos a legislação eleitoral admite efeito suspensivo 
(Apelação criminal, recurso em sentido estrito em matéria eleitoral, recurso 
contra expedição de diploma e da ação de impugnação de mandato eletivo), 
mas não é matéria de nosso estudo agora (fixe-se na regra – NÃO EFEITO 
SUSPENSIVO). 
 
Prazos dos Recursos Eleitorais. 
O prazo dos recursos eleitorais contra ato, resolução ou despacho 
é de 3 DIAS, salvo estipulação específica de outro prazo em lei. 
São preclusivos (o prazo não poderá ser 
desconsiderado/relevado) os prazos para interposição de recurso, salvo 
quando este discutir matéria constitucional. Quando o recurso versar sobre 
matéria constitucional, deve ser interposto dentro do prazo, porém, mesmo 
passando o prazo, a lei assegura que poderá ser impetrado em momento 
posterior. 
Mas, o que é mesmo preclusão, Professor? Neste caso 
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específico, a preclusão é a perda da faculdade de recorrer pelo decurso do 
tempo dado pela lei. Caso o interessado não recorra no prazo de 3 dias, não 
poderá mais recorrer. 
Dica: NÃO EXISTE PRECLUSÃO DE MATÉRIA ELEITORAL 
CONSTITUCIONAL. 
Art. 258. Sempre que a lei não fixar prazo especial, o recurso 
deverá ser interposto em três dias da publicação do ato, resolução 
ou despacho. 
Art. 259. São preclusivos os prazos para interposição de recurso, 
salvo quando neste se discutir matéria constitucional. 
Parágrafo único. O recurso em que se discutir matéria 
constitucional não poderá ser interposto fora do prazo. Perdido o 
prazo numa fase própria, só em outra que se apresentar poderá 
ser interposto. 
Art. 264. Para os Tribunais Regionais e para o Tribunal 
Superior caberá, dentro de 3 (três) dias, recurso dos atos, 
resoluções ou despachos dos respectivos presidentes. 
 
Prevenção do Relator. 
A distribuição do primeiro recurso a determinado Juiz Relator 
prevenirá a competência deste para todos os demais casos do mesmo 
Município ou Estado. Prevenção significa vinculação de distribuição de 
processos para determinado Juízo. Assim, o Magistrado prevento receberá 
todos os outros recursos oriundos da mesma unidade federada (Estados e 
Municípios). 
Cabe aqui fazer uma pequena diferenção quanto à prevenção entre 
as Cortes Eleitorais: 
TSE – Ministro Relator prevento receberá os demais recursos que vierem do 
mesmo Estado. 
TRE – Desembargador Relator prevento receberá os demais recursos que 
vierem do mesmo Município. 
O TSE já exarou entendimento de que esta prevenção diz 
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respeito exclusivamente aos recursos parciais interpostos contra a votação e 
apuração (Acórdão TSE nº 21.380/2004). 
Art. 260. A distribuição do primeiro recurso que chegar ao 
Tribunal Regional ou Tribunal Superior, PREVENIRÁ a 
competência do relator para todos os demais casos do mesmo 
município ou Estado. 
 
Legitimados para recorrer. 
Com fundamento na regra oriunda do Processo Civil, são 
legitimados para recorrer de decisão de juízo eleitoral a parte vencida, o 
terceiro interessado e o Ministério Público Eleitoral. 
 
Recursos contra a expedição de diploma. 
Segundo o art. 262 do Código Eleitoral, somente caberá recurso 
contra a decisão que expede diploma eleitoral nos casos a seguir: 
a) inelegibilidade ou incompatibilidade de candidato; 
b) errônea interpretação da lei quanto à aplicação do sistema de 
representação proporcional; 
c) erro de direito ou de fato na apuração final, quanto à 
determinação do quociente eleitoral ou partidário, 
contagem de votos e classificação de candidato, ou a 
sua contemplação sob determinada legenda; 
Ex: casos de erros na aplicação do disposto na lei para apuração 
dos quoeficientes eleitorais ou partidários; contagem de votos 
equivocadas, etc. 
d) concessão ou denegação do diploma em manifesta 
contradição com a prova dos autos, nas hipóteses do art. 222 
desta Lei, e do art. 41-A da Lei no 9.504, de 30 de setembro 
de 1997. 
Segundo o TSE, a fraude a ser alegada em recurso de 
diplomação fundado neste inciso é aquela que se refere à 
votação, tendente a comprometer a lisura e a legitimidade 
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do processo eleitoral. 
 
Recursos perante as Juntas e Juízos Eleitorais. 
Dos atos, resoluções ou despachos tanto das Juntas Eleitorais 
quanto dos Juízes Eleitorais cabe recurso para o TRE respectivo no prazo de 3 
dias. 
O recorrente deve apresentar o recurso em petição própria, 
devidamente fundamentada. Neste caso o recurso não tem qualquer nome 
(Recurso inominado). 
O Código prevê que quando o recorrente reportar-se a coação, 
fraude, interferência do poder econômico, desvio ou abuso de poder de 
autoridade, processo de propaganda e captação de sufrágio vedado por lei, 
cujas provas devam ser determinadas pelo TRE, basta que o pedido indique os 
meios que possam conduzir as provas, pois o próprio Tribunal seencarregará 
de produzi-las. 
 
Procedimento processual dos recursos. 
Com a interposição do recurso, o Juiz mandará intimar o recorrido 
para tomar ciência do seu conteúdo, dando-lhe vista dos autos a fim de 
oferecer razões, acompanhadas ou não de novos documentos, em prazo de 
até 3 dias. 
A intimação do recorrido será feita por meio do Diário Oficial. 
Caso não seja realizada em até 3 dias, a intimação deverá ser feita 
pessoalmente. 
Regra da intimação: por Diário Oficial. 
Por último, caso não seja encontrado o recorrido em até 48 horas, 
a intimação deverá ser realizada por Edital. 
Seqüência do procedimento de intimação: Diário Oficial, Pessoal, Edital. 
 
Subida dos autos ao TRE. 
Findos os prazos definidos, o Juiz Eleitoral fará, em até 48 horas, 
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subir os autos ao TRE com a sua resposta e os documentos em que se fundar. 
Caso o Juiz Eleitoral entenda pela reforma da decisão recorrida 
antes do envio dos autos ao TRE, o recorrido, dentro de 3 dias, poderá 
requerer que suba o recurso como se por ele interposto. Esta previsão legal 
deve-se ao fato de propiciar ao recorrido “recorrer” de eventual decisão 
retratativa do Juiz que possa prejudicá-lo. 
Art. 265. Dos atos, resoluções ou despachos dos juizes ou juntas 
eleitorais caberá recurso para o Tribunal Regional. 
Parágrafo único. Os recursos das decisões das Juntas serão 
processados na forma estabelecida pelos artigos. 169 e seguintes. 
Art. 266. O recurso independerá de têrmo e será interposto por 
petição devidamente fundamentada, dirigida ao juiz eleitoral e 
acompanhada, se o entender o recorrente, de novos documentos. 
Parágrafo único. Se o recorrente se reportar a coação, fraude, uso 
de meios de que trata o art. 237 ou emprego de processo de 
propaganda ou captação de sufrágios vedado por lei, dependentes 
de prova a ser determinada pelo Tribunal, bastar-lhe-á indicar os 
meios a elas conducentes. 
 Art. 237. A interferência do poder econômico e o desvio ou 
abuso do poder de autoridade, em desfavor da liberdade do voto, 
serão coibidos e punidos. 
Art. 267. Recebida a petição, mandará o juiz intimar o recorrido 
para ciência do recurso, abrindo-se-lhe vista dos autos a fim de, 
em prazo igual ao estabelecido para a sua interposição, oferecer 
razões, acompanhadas ou não de novos documentos. 
§ 1º A intimação se fará pela publicação da notícia da vista no 
jornal que publicar o expediente da Justiça Eleitoral, onde houver, 
e nos demais lugares, pessoalmente pelo escrivão, independente 
de iniciativa do recorrente. 
§ 2º Onde houver jornal oficial, se a publicação não ocorrer no 
prazo de 3 (três) dias, a intimação se fará pessoalmente ou na 
forma prevista no parágrafo seguinte. 
§ 3º Nas zonas em que se fizer intimação pessoal, se não fôr 
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encontrado o recorrido dentro de 48 (quarenta e oito) horas, a 
intimação se fará por edital afixado no fórum, no local de costume. 
§ 4º Todas as citações e intimações serão feitas na forma 
estabelecida neste artigo. 
§ 5º Se o recorrido juntar novos documentos, terá o recorrente 
vista dos autos por 48 (quarenta e oito) horas para falar sôbre os 
mesmos, contado o prazo na forma dêste artigo. 
§ 6º Findos os prazos a que se referem os parágrafos anteriores, o 
juiz eleitoral fará, dentro de 48 (quarenta e oito) horas, subir os 
autos ao Tribunal Regional com a sua resposta e os documentos 
em que se fundar, sujeito à multa de dez por cento do salário-
mínimo regional por dia de retardamento, salvo se entender de 
reformar a sua decisão. (Redação dada pela Lei nº 4.961, de 
4.5.1966) 
§ 7º Se o juiz reformar a decisão recorrida, poderá o recorrido, 
dentro de 3 (três) dias, requerer suba o recurso como se por êle 
interposto. 
 
Recursos nos TRIBUNAIS REGIONAIS ELEITORAIS. 
Distribuição e vista ao Procurador-Regional. 
Recebido o recurso pelo Presidente do TRE, será distribuído a um 
Relator no prazo de 24 horas, segundo a ordem de antiguidade dos seus 
membros, sob pena de anulação de qualquer ato ou decisão praticada pelo 
Relator ou pelo TRE. 
Feita a distribuição, será aberta vista dos autos ao Procurador 
Regional, que deverá emitir Parecer em 5 dias. Caso não emita o Parecer no 
prazo, a parte interessada poderá requerer a inclusão do processo em pauta, 
devendo o Procurador emitir Parecer oral. 
Art. 268. No Tribunal Regional nenhuma alegação escrita ou 
nenhum documento poderá ser oferecido por qualquer das partes, 
salvo o disposto no art. 270. (Redação dada pela Lei nº 4.961, de 
4.5.1966) 
Art. 269. Os recursos serão distribuídos a um relator em 24 
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(vinte e quatro) horas e na ordem rigorosa da antigüidade dos 
respectivos membros, esta última exigência sob pena de nulidade 
de qualquer ato ou decisão do relator ou do Tribunal. 
§ 1º Feita a distribuição, a Secretaria do Tribunal abrirá vista dos 
autos à Procuradoria Regional, que deverá emitir parecer no prazo 
de 5 (cinco) dias. 
§ 2º Se a Procuradoria não emitir parecer no prazo fixado, poderá 
a parte interessada requerer a inclusão do processo na pauta, 
devendo o Procurador, nesse caso, proferir parecer oral na 
assentada do julgamento. 
 
Decisões dos Tribunais Regionais e seus Recursos. 
Estudamos anteriormente que, como regra, as decisões dos TREs e 
mesmo do TSE são irrecorríveis. Assim, as decisões dos TREs são terminativas 
(não cabem mais recursos). No entanto, a legislação e a CF-88 prevêem 
exceções, quando caberá recurso para o TSE. 
Vejamos então estas exceções, que são comumente cobradas em 
provas. Inicialmente veremos o que preleciona o Código Eleitoral logo após a 
abordagem constitucional. 
Conforme o Código Eleitoral, cabem os seguintes recursos das 
decisões dos TREs para o TSE: 
1. RECURSO ESPECIAL: 
a. quando forem proferidas contra expressa 
disposição de lei; 
b. quando ocorrer divergência na interpretação de lei 
entre dois ou mais tribunais eleitorais. 
2. RECURSO ORDINÁRIO: 
a. quando versarem sobre expedição de diplomas nas 
eleições federais e estaduais; 
b. quando denegarem habeas corpus ou mandado de 
segurança. 
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 Art. 276. As decisões dos Tribunais Regionais são terminativas, 
salvo os casos seguintes em que cabe recurso para o Tribunal 
Superior: 
I - especial: 
 a) quando forem proferidas contra expressa disposição 
de lei; 
 b) quando ocorrerdivergência na interpretação de lei 
entre dois ou mais tribunais eleitorais. 
II - ordinário: 
 a) quando versarem sôbre expedição de diplomas nas 
eleições federais e estaduais; 
 b) quando denegarem habeas corpus ou mandado de 
segurança. 
 
Por sua vez, segundo a CF-88, somente caberá recurso do TRE 
para o TSE nos seguintes casos, previstos no art. 121, §4º da CF-88, assim 
resumidos: 
1. decisão proferida contra disposição expressa da 
Constituição ou de Lei; 
2. quando ocorrer divergência na interpretação de lei entre 
2 ou mais TREs – o TSE funcionará como uniformizador das 
decisões dos TREs; 
3. decisão que verse sobre inelegibilidade ou expedição de 
diplomas federais ou estaduais - NÃO CABERÁ RECURSO 
para o TSE de decisão sobre inelegibilidade ou expedição de 
diplomas MUNICIPAL! Pode ser pegadinha de prova! 
4. decisão que anular diploma ou decretar a perda de 
mandatos eletivos federais e estaduais - NÃO CABERÁ 
RECURSO para o TSE de decisão que anular diploma ou 
decretar a perda de mandato MUNICIPAL! Pode ser 
pegadinha de prova! 
5. decisão que denegar: 
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a. Habeas Corpus; 
b. Mandado de Segurança; 
c. Habeas Data; 
d. Mandado de Injunção. 
CF-88 
Art. 121 
§ 4º - Das decisões dos Tribunais Regionais Eleitorais somente 
caberá recurso quando: 
I - forem proferidas contra disposição expressa desta 
Constituição ou de lei; 
II - ocorrer divergência na interpretação de lei entre dois ou 
mais tribunais eleitorais; 
III - versarem sobre inelegibilidade ou expedição de 
diplomas nas eleições federais ou estaduais; 
IV - anularem diplomas ou decretarem a perda de mandatos 
eletivos federais ou estaduais; 
V - denegarem "habeas-corpus", mandado de segurança, 
"habeas-data" ou mandado de injunção. 
 
Friso que tanto o que está previsto no Código Eleitoral quanto a 
previsão constitucional estarão corretos, a depender do contexto em que o 
examinador estará exigindo. 
No entanto, segundo a Doutrina, é preciso que se combinem os 
dispositivos do Código Eleitoral à nova sistemática determinada pela CF-88. 
Com isso, à luz do que dita a CF-88, cabem os seguintes recursos das decisões 
dos TREs para o TSE (pequenas alterações): 
1. RECURSO ESPECIAL: 
a. quando forem proferidas contra expressa 
disposição da CF e de lei (CF-88, art. 121, §4º, I; 
CE, art. 276, I, a); 
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b. quando ocorrer divergência na interpretação de lei 
entre dois ou mais tribunais eleitorais (CF-88, art. 
121, §4º, II; CE, art. 276, I, b); 
2. RECURSO ORDINÁRIO: 
a. quando versarem sobre inelegibilidades ou 
expedição de diplomas nas eleições federais e 
estaduais (CF-88, art. 121, §4º, III; CE, art. 276, II, 
a); 
b. quando anularem diplomas ou decretarem a perda 
de mandatos eletivos federais ou estaduais; 
c. quando denegarem habeas corpus, mandado de 
segurança, habeas data ou mandado de injunção 
(CF-88, art. 121, §4º, V; CE, art. 276, II, b). 
Gente! Vamos decorar estes Recursos Especiais e Ordinários, pois 
são fortes candidatos a caírem em provas! 
Lembrando que o prazo para interpor é de 3 dias! Deve-se abrir 
vista ao recorrido também para manifestar-se em 3 dias. 
 
Recursos no TRIBUNAL SUPERIOR ELEITORAL (TSE). 
A regra é que as decisões do TSE são irrecorríveis! 
No entanto, a CF-88 e o Código Eleitoral prevêem e exceções. Cabe 
recurso nos seguintes casos: 
a. RECURSO EXTRAORDINÁRIO – quando a decisão do TSE 
contrariar a Constituição, caberá Recurso Extraordinário 
para o STF!, no prazo de 3 DIAS! 
Conforme dispõem os art. 121, §3º, primeira parte, da CF-88, 
combinado com o seu art. 102, III, a, cabe Recurso 
Extraordinário das decisões do TSE que contrariem a 
Constituição. 
Segundo Súmula 728 do STF, o prazo para interpor o Recurso 
Extraordinário é de 3 DIAS! 
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Art. 121 
§ 3º - São irrecorríveis as decisões do Tribunal Superior Eleitoral, 
salvo as que contrariarem esta Constituição e as denegatórias 
de "habeas-corpus" ou mandado de segurança. 
Art. 102. Compete ao Supremo Tribunal Federal, 
precipuamente, a guarda da Constituição, cabendo-lhe: 
III - julgar, mediante recurso extraordinário, as causas 
decididas em única ou última instância, quando a decisão 
recorrida: 
a) contrariar dispositivo desta Constituição; 
Súmula STF no 728: “É de três dias o prazo para a interposição de 
recurso extraordinário contra decisão do Tribunal Superior 
Eleitoral, contado, quando for o caso, a partir da publicação do 
acórdão, na própria sessão de julgamento, nos termos do art. 12 
da Lei no 6.055/74, que não foi revogado pela Lei no 8.950/94”. 
 
b. RECURSO ORDINÁRIO – quando a decisão do TSE 
denegar habeas corpus e mandado de segurança caberá 
Recurso Ordinário para o STF. 
Conforme dispõem os art. 121, §3º, segunda parte, da CF-88, 
combinado com o seu art. 102, II, a, ar. 281 do Código Eleitoral 
e com base no Acórdão STF Ag. 504.598, cabe Recurso 
Ordinário das decisões do TSE que deneguem habeas corpus 
ou mandado de segurança. 
O prazo também é de 3 dias, conforme art. 281 do Código. 
CF-88 
Art. 121 
§ 3º - São irrecorríveis as decisões do Tribunal Superior Eleitoral, 
salvo as que contrariarem esta Constituição e as denegatórias de 
"habeas-corpus" ou mandado de segurança. 
Art. 102. Compete ao Supremo Tribunal Federal, 
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precipuamente, a guarda da Constituição, cabendo-lhe: 
II - julgar, em recurso ordinário: 
a) o "habeas-corpus", o mandado de segurança, o "habeas-
data" e o mandado de injunção decididos em única instância 
pelos Tribunais Superiores, se denegatória a decisão; 
Código Eleitoral 
Art. 281. São irrecorríveis as decisões do Tribunal Superior, salvo 
as que declararem a invalidade de lei ou ato contrário à 
Constituição Federal e as denegatórias de "habeas corpus"ou 
mandado de segurança, das quais caberá recurso ordinário para o 
Supremo Tribunal Federal, interposto no prazo de 3 (três) dias. 
 
Por fim, recomendo aos nobres alunos que, como etapa 
indispensável do estudo desta matéria, seja realizada leitura direta dos 
dispositivos legais dos arts. 257 a 282 do Código Eleitoral. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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2. RESOLUÇÃO Nº 21.538/03 
 
1. Requerimento de Alistamento Eleitoral (RAE). 
A Lei nº 7.444/85, ainda na década de 80, entre outras 
disposições, instituiu o processamento eletrônico de dados no alistamento 
eleitoral. Como forma de Regulamentar tal diploma e outras disposições legais 
a respeito da informatização do sistema eleitoral, somente em 2003, o TSE 
edita a Resolução nº 21.538/03. 
Apesar de muito detalhista e operacional, esta Resolução passou a 
ser um coringa em provas de TREs! 
No plano prático, o abstrato alistamento eleitoral que vimos em 
aulas pretéritas operacionaliza-se por um requerimento de alistamento, 
chamado formalmente de RAE – Requerimento de Alistamento Eleitoral. 
O RAE é um formulário simples preenchido manualmente por 
Servidor da Justiça Eleitoral onde são consignados os dados pessoais do 
alistando e a operação requerida (ex: alistamento, transferência, etc). Após 
este preenchimento, deverá o RAE ser processado eletronicamente (isto é, 
em meio eletrônico, em computador). Assim, o formulário físico serve 
apenas de fonte das informações necessárias ao processamento eletrônico 
(documento de entrada de dados). 
Esta exigência decorre da diretriz estabelecida pela Lei e pelo TSE 
de que o Sistema Eleitoral deve ser o mais informatizado possível, para 
facilitar a gestão da Justiça Eleitoral e o próprio processo eleitoral (eleições, 
alistamento...). Este procedimento não impede o antigo procedimento, ainda 
subsidiário, de alistamento manual mediante cédulas eleitorais, previsto no 
Código Eleitoral. No entanto, hoje o RAE deverá sempre ser processado 
eletronicamente, mesmo que seja a posteriori. 
Art. 2º O requerimento de alistamento eleitoral (RAE) (anexo 
I) servirá como documento de entrada de dados e será 
processado eletronicamente. 
Parágrafo único. O sistema de alistamento de que trata o 
parágrafo único do art. 1º conterá os campos correspondentes ao 
formulário RAE, de modo a viabilizar a impressão do 
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requerimento, com as informações pertinentes, para apreciação do 
juiz eleitoral. 
Este sistema eletrônico de alistamento deve ser adotado em todo o 
País e os TREs devem seguir esta metodologia desenvolvida pelo TSE. 
Art. 1º O alistamento eleitoral, mediante processamento eletrônico 
de dados, implantado nos termos da Lei nº 7.444/85, será 
efetuado, em todo o território nacional, na conformidade do 
referido diploma legal e desta resolução. 
Parágrafo único. Os tribunais regionais eleitorais adotarão o 
sistema de alistamento desenvolvido pelo Tribunal Superior 
Eleitoral. 
 
Conceito de Alistamento Eleitoral. 
O Alistamento Eleitoral é o procedimento pelo qual o cidadão 
ainda não eleitor qualifica-se e inscreve-se como eleitor. 
Por meio da qualificação o cidadão comprova perante a Justiça 
Eleitoral possuir os requisitos necessários para ser eleitor. Por sua vez, com a 
inscrição, o cidadão passa a integrar o cadastro geral de eleitores da Justiça 
Eleitoral após a confirmação da qualificação do cidadão e o respectivo 
deferimento do Juiz Eleitoral. 
Como vimos anteriormente, o ALISTAMENTO se faz mediante a 
QUALIFICAÇÃO e INSCRIÇÃO do eleitor. 
Código Eleitoral 
Art. 42. O alistamento se faz mediante a qualificação e 
inscrição do eleitor. 
A Resolução nº 21.538/03 acrescenta mais algumas peculiaridades 
ao conceito ao alistamento ao prevê que somente será deferida inscrição 
eleitoral se: 
a) não for identificada inscrição em nenhuma zona eleitoral 
do país ou exterior; 
b) a única inscrição localizada estiver cancelada por 
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determinação de autoridade judiciária. 
 
São 4 (quatro) as Operações possíveis para requerimento do 
alistando no RAE. Listo abaixo as Operações, com os respectivos números. É 
interessante decorar os nºs para uma eventual cobrança em provas de sua 
literalidade (acho um absurdo, mas...): 
1. OPERAÇÃO 1 - ALISTAMENTO propriamente dito – quando 
o alistando, no 1º contato com a Justiça Eleitoral, requer sua 
a inscrição eleitoral. Como acima disposto, para ser deferido 
o alistamento, deve não pode haver nenhuma inscrição 
eleitoral já realizada ou, caso existindo, estiver cancelada por 
decisão judicial. 
2. OPERAÇÃO 3 – TRANSFERÊNCIA – quando o eleitor 
desejar alterar seu domicílio eleitoral, podendo ser cumulado 
o pedido de transferência com o pedido de retificação de 
dados do cadastro eleitoral; 
3. OPERAÇÃO 5 – REVISÃO – quando o eleitor requerer 
alguma das seguintes hipóteses: 
a. alteração do local de votação no mesmo Município, 
mesmo que seja alterada a Zona Eleitoral na 
Municipalidade. Cuidado que não é transferência de 
domicílio eleitoral, que implica, ao menos, na alteração 
de Município; 
b. retificação de dados pessoais como único pedido; 
c. regularização de inscrição cancelada. 
 
4. OPERAÇÃO 7 – 2ª VIA – quando ocorrer o extravio do seu 
título, o eleitor inscrito regularmente poderá requerer sua 2ª 
via. O título deve ser expedido automaticamente, sem 
alteração de data de domicílio do eleitor. 
 
 
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Resolução nº 21.538/2003 
Art. 4º Deve ser consignada OPERAÇÃO 1 - ALISTAMENTO 
quando o alistando requerer inscrição e quando em seu nome não 
for identificada inscrição em nenhuma zona eleitoral do país ou 
exterior, ou a única inscrição localizada estiver cancelada por 
determinação de autoridade judiciária (FASE 450). 
Art. 5º Deve ser consignada OPERAÇÃO 3 - TRANSFERÊNCIA 
sempre que o eleitor desejar alterar seu domicílio e for encontrado 
em seu nome número de inscrição em qualquer município ou zona, 
unidade da Federação ou país, em conjunto ou não com eventual 
retificação de dados. 
Art. 6º Deve ser consignada OPERAÇÃO 5 - REVISÃO quando o 
eleitor necessitar alterar local de votação no mesmo município, 
ainda que haja mudança de zona eleitoral, retificar dados pessoais 
ou regularizar situação de inscrição cancelada nas mesmas 
condições previstas para a transferência a que se refere o § 3º do 
art. 5º. 
Art. 7º Deve ser consignada OPERAÇÃO 7 - SEGUNDA VIA 
quando o eleitor estiver inscrito e em situação regular na zona por 
ele procurada e desejar apenas a segunda via do seu título 
eleitoral, sem nenhuma alteração. 
Art. 8º Nas hipóteses de REVISÃO ou de SEGUNDA VIA, o título 
eleitoral será expedido automaticamente e a data de domicílio do 
eleitor não será alterada. 
 
Transferências de domicílio X de nº da inscrição eleitoral. 
Na transferência de domicílio eleitoral, o número original do 
eleitor permanece inalterado, devendo ser consignadaa sigla da UF (do 
Estado) anterior. 
NÃO será concedida transferência do domicílio eleitoral caso a 
inscrição do eleitor esteja envolvida nas seguintes pendências: 
1. em coincidência (agrupamento pelo batimento de duas ou 
mais inscrições ou registros que apresentem dados iguais 
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ou semelhantes), 
2. estiver suspensa ou cancelada automaticamente ou por 
decisão judicial nos casos de perda e suspensão dos direitos 
políticos. 
Nestes casos, o eleitor deve inicialmente procurar a Justiça Eleitoral 
para tentar regularizar sua situação. Após isso é que estará autorizado a 
fazer sua transferência. 
Como já relatado, no pedido de transferência não há qualquer 
alteração no número da inscrição do eleitor, permanecendo o número original. 
Contudo, como exceção, em pedidos de transferência de domicílio 
eleitoral poderá ser reutilizado o nº de inscrição eleitoral CANCELADO, do 
mesmo ou de outro eleitor ou de ex-eleitor (reutilização do nº de inscrição 
eleitoral já cancelado) se comprovado que não existe outra inscrição para o 
mesmo eleitor (seja liberada, não liberada, regular ou suspensa) nos seguintes 
casos: 
a) falecimento (utiliza-se o nº do título do eleitor falecido); 
b) duplicidade/pluralidade de inscrições (uma ou mais das 
inscrições serão reutilizadas); 
c) deixar o eleitor de votar por 3 eleições consecutivas; 
d) nos casos de revisão de eleitorado. 
O TSE, ao editar tal disposição, pretendia que fossem reutilizados 
números de títulos eleitorais cancelados para impedir o inchamento do 
cadastro. 
Se existirem mais de 1 inscrição cancelada para o mesmo eleitor, a 
transferência do nº da inscrição dar-se-á na seguinte ordem: 
a) na inscrição que tenha sido utilizada para o exercício do voto 
no último pleito; 
b) que seja mais antiga. 
 
Art. 5 
§ 1º Na hipótese do caput, o eleitor permanecerá com o 
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número originário da inscrição e deverá ser, obrigatoriamente, 
consignada no campo próprio a sigla da UF anterior. 
§ 2º É vedada a transferência de número de inscrição envolvida 
em coincidência, suspensa, cancelada automaticamente pelo 
sistema quando envolver situação de perda e suspensão de direitos 
políticos, cancelada por perda de direitos políticos (FASE 329) e por 
decisão de autoridade judiciária (FASE 450). 
§ 3º Será admitida transferência com reutilização do número de 
inscrição cancelada pelos códigos FASE 019 - falecimento, 027 - 
duplicidade/pluralidade, 035 - deixou de votar em três eleições 
consecutivas e 469 - revisão de eleitorado, desde que comprovada 
a inexistência de outra inscrição liberada, não liberada, regular ou 
suspensa para o eleitor. 
§ 4º Existindo mais de uma inscrição cancelada para o eleitor no 
cadastro, nas condições previstas no § 3º, deverá ser promovida, 
preferencialmente, a transferência daquela: 
I - que tenha sido utilizada para o exercício do voto no último 
pleito; 
II - que seja mais antiga. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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2. Procedimentos para o Alistamento Eleitoral. 
 
O preenchimento do RAE deve ser feito por quem mesmo 
Professor? 
Vocês acham que deverá ser pelo alistando ou por vocês mesmos, 
servidores do TRE de seu Estado? Não haveria razão para ter concurso de TRE 
são não houvesse serviço! 
Por lógico, o RAE é preenchido pelo Servidor da Justiça Eleitoral 
(vocês!) no Cartório Eleitoral ou no posto de alistamento eleitoral. Vocês 
digitarão o RAE, preenchendo as informações constantes da documentação 
apresentanda pelo alistando e complementando com informações pessoais 
necessárias. 
O alistando (requerente) deve presenciar o preenchimento do RAE 
e a sua impressão. A Resolução faculta ao alistando a escolha/preferência 
do local de votação dentre os locais existentes na respectiva Zona Eleitoral. 
O eleitor deve assinar ou apor sua impressão digital (hipótese 
de analfabetismo) no RAE na presença do Servidor da Justiça Eleitoral 
(vocês!). Os servidores terão a incumbência de atestarem a satisfação dessa 
exigência (assinatura ou impressão digital). 
Para informação, conforme a Lei nº 7444/85, art. 5º, §1º, no caso 
de analfabeto, a impressão digital a ser colhida é a do polegar direito. 
Art. 9º No cartório eleitoral ou no posto de alistamento, o servidor 
da Justiça Eleitoral preencherá o RAE ou digitará as informações no 
sistema de acordo com os dados constantes do documento 
apresentado pelo eleitor, complementados com suas informações 
pessoais, de conformidade com as exigências do processamento de 
dados, destas instruções e das orientações específicas. 
§ 1º O RAE deverá ser preenchido ou digitado e impresso na 
presença do requerente. 
§ 2º No momento da formalização do pedido, o requerente 
manifestará sua preferência sobre local de votação, entre os 
estabelecidos para a zona eleitoral. 
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§ 3º Para os fins o § 2º deste artigo, será colocada à disposição, 
no cartório ou posto de alistamento, a relação de todos os locais de 
votação da zona, com os respectivos endereços. 
§ 4º A assinatura do requerimento ou a aposição da impressão 
digital do polegar será feita na presença do servidor da Justiça 
Eleitoral, que deverá atestar, de imediato, a satisfação dessa 
exigência. 
 
Como havia dito, o RAE deverá sempre ser processado 
eletronicamente, mesmo que seja a posteriori. Assim, os RAEs apenas 
preenchidos manualmente devem ser preenchidos/digitados NO SISTEMA 
antes de serem submetidos ao despacho do Juiz Eleitoral. 
Em cada Zona Eleitoral, para preenchimento e digitação do RAE no 
sistema, deverá ser elaborada relação de servidores, pelos nºs de seus 
títulos eleitorais, aptos a praticarem os atos reservados ao Cartório Eleitoral. 
Se a emissão do título não for imediata (entrega imediata), o 
servidor deverá destacar o protocolo de solicitação de inscrição eleitoral 
(espécie de comprovante de requerimento de alistamento) a ser entregue ao 
alistando. Neste comprovante já deve constar o nº do título eleitoral. 
Art. 10. Antes de submeter o pedido a despacho do juiz eleitoral, o 
servidor providenciará o preenchimento ou a digitação no sistema 
dos espaços que lhe são reservados no RAE. 
Parágrafo único. Para efeito de preenchimento do requerimento 
ou de digitação no sistema, será mantida em cada zona eleitoral 
relação de servidores, identificados pelo número do título eleitoral,habilitados a praticar os atos reservados ao cartório. 
Art. 11. Atribuído número de inscrição, o servidor, após assinar o 
formulário, destacará o protocolo de solicitação, numerado de 
idêntica forma, e o entregará ao requerente, caso a emissão do 
título não seja imediata. 
 
Número da inscrição eleitoral. 
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Como é composto o número de inscrição eleitoral? 
Conforme determina o TSE, o título eleitoral tem 12 ALGARISMOS 
numéricos, sendo formado na seguinte ordem: 
a) os 8 (oito) primeiros algarismos são seqüenciais – são 
números seqüenciais, mas devem ser desprezados os zeros à 
esquerda. Assim, pode o título ostentar os seguintes 
primeiros nºs: 100.00.000; 100.00.001; 100.00.002; 
100.00.003; 100.00.004.... 
b) os 2 (dois) algarismos seguintes representam a Unidade 
da Federação (Ex: RS; AC; BA; RN; MT – com seus 
números abaixo); 
c) os 2 (dois) últimos algarismos são simples Dígitos 
Verificadores. 
Ex: 10404251.05.09. ? 
a) 10404251 (8 primeiros dígitos seqüenciais); 
b) 05 (algarismo referente à Unidade da Federação); 
c) 09 (algarismo referente ao Dígito Verificador. 
 
Os algarismos referentes às Unidades da Federação são, 
exemplificadamente, na seguinte ordem: 
01 - São Paulo 
02 - Minas Gerais 
03 - Rio de Janeiro 
04 - Rio Grande do Sul 
05 - Bahia 
06 - Paraná 
07 - Ceará 
08 - Pernambuco 
09 - Santa Catarina 
10 - Goiás 
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23 
(...) 
Art. 12. Os tribunais regionais eleitorais farão distribuir, observada 
a seqüência numérica fornecida pela Secretaria de Informática, às 
zonas eleitorais da respectiva circunscrição, séries de números de 
inscrição eleitoral, a serem utilizados na forma deste artigo. 
Parágrafo único. O número de inscrição compor-se-á de até 12 
algarismos, por unidade da Federação, assim discriminados: 
a) os oito primeiros algarismos serão seqüenciados, desprezando-
se, na emissão, os zeros à esquerda; 
b) os dois algarismos seguintes serão representativos da unidade 
da Federação de origem da inscrição, conforme códigos constantes 
da seguinte tabela: (...) 
c) os dois últimos algarismos constituirão dígitos verificadores, 
determinados com base no módulo 11, sendo o primeiro calculado 
sobre o número seqüencial e o último sobre o código da unidade da 
Federação seguido do primeiro dígito verificador. 
 
Documentação necessária para o alistamento. 
O alistando deverá apresentar pelo menos 1 dos seguintes 
documentos, que comprovam sua nacionalidade brasileira (lembro mais 
uma vez que não é para apresentar todos os documentos, basta pelo menos 1 
deles): 
a. carteira de identidade ou carteira profissional (emitida 
pelos órgãos criados por lei federal, controladores do 
exercício profissional); 
b. certificado de quitação do serviço militar – obrigatório 
apenas para os maiores de 18 ANOS do SEXO 
MASCULINO; 
c. certidão de nascimento ou casamento, extraída do 
Registro Civil; 
d. instrumento público do qual se infira, por direito, ter o 
requerente a idade mínima de 16 anos e do qual 
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constem, também, os demais elementos necessários à sua 
qualificação. 
É obrigatória a apresentação do certificado de quitação do serviço 
militar os eleitores do SEXO MASCULINO maiores de 18 anos. Nesse caso, 
mesmo que apresentem sua carteira de identidade no ato de inscrição, 
deverão fazer acompanhar do respectivo certificado de quitação. 
Art. 13. Para o alistamento, o requerente apresentará um dos 
seguintes documentos do qual se infira a nacionalidade brasileira 
(Lei nº 7.444/85, art. 5º, § 2º): 
a) carteira de identidade ou carteira emitida pelos órgãos criados 
por lei federal, controladores do exercício profissional; 
b) certificado de quitação do serviço militar; 
c) certidão de nascimento ou casamento, extraída do Registro Civil; 
d) instrumento público do qual se infira, por direito, ter o 
requerente a idade mínima de 16 anos e do qual constem, 
também, os demais elementos necessários à sua qualificação. 
Parágrafo único. A apresentação do documento a que se 
refere a alínea b (Certificado de Quitação do serviço militar) 
é obrigatória para maiores de 18 anos, do sexo masculino. 
 
Quanto à idade mínima de 16 ANOS, é preciso que se comprove 
esta idade de 16 anos completos na data do pleito, e não necessariamente 
na data do alistamento eleitoral, desde que a inscrição seja no mesmo ano 
eleitoral. Assim, é possível alistar-se com 15 anos de idade, desde que se 
prove possuir os 16 anos completos quando da eleição. 
Assim manifestou-se o TSE em vista da previsão constitucional do 
alistamento e do voto facultativos para os maiores de 16 e menores de 18 
ANOS. Contudo, o título eleitoral somente terá efeitos com o implemento dos 
16 ANOS de idade. 
Art. 14. É facultado o alistamento, no ano em que se realizarem 
eleições, do menor que completar 16 anos até a data do pleito, 
inclusive. 
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§ 1º O alistamento de que trata o caput poderá ser solicitado até o 
encerramento do prazo fixado para requerimento de inscrição 
eleitoral ou transferência. 
§ 2º O título emitido nas condições deste artigo somente surtirá 
efeitos com o implemento da idade de 16 anos (Res.-TSE nº 
19.465, de 12.3.96). 
 
Multa por não alistamento. 
Vimos anteriormente que o Código Eleitoral previa, no art. 8º, 
multa para o eleitor que ficasse inadimplente com a Justiça Eleitoral por não 
alistar-se no prazo legal. 
Todavia, a Resolução nº 21.538/03 também veio dispondo 
exatamente sobre esta sanção, mas trouxe algumas peculiaridades relevantes, 
a seguir dispostas. 
Sofrerá PENA DE MULTA o eleitor: 
1. Brasileiro nato – que não se alistar até os 19 anos; 
2. Brasileiro naturalizado – que não se alistar até 1 ano 
depois de adquirida a nacionalidade. 
Na esteira do que prevê o art. 91 da Lei nº 9.504/97, a Resolução 
dispõe que não sofrerá a multa o não-alistado que requerer sua inscrição 
eleitoral até o 151º (centésimo qüinquagésimo primeiro) dia anterior à 
eleição subseqüente à data em que completar 19 anos. Ou seja, mesmo 
ultrapassando os 19 anos, se for ano eleitoral, o cidadão não será multado 
caso aliste-se até o 151º dia anterior à eleição. 
Já relatamos sobre a discussão doutrinária a respeito do prazo 
legal de alistamento. O prazo de alistamento previsto no art. 91 da Lei nº 
9.504/97 e no referido art. 15, parágrafoúnico, da Resolução nº 21.538 
teriam revogado as disposições do Código Eleitoral (Lei Complementar) sobre 
prazos de alistabilidade? 
Importa termos em mente que a Lei nº 9.504/97, a despeito de ser 
Lei Ordinária, em tese não revogadora do Código Eleitoral, em seu art. 91 
prevê que nos 150 DIAS anteriores à eleição não será recebido nenhum 
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26 
requerimento de inscrição eleitoral ou de transferência. A Resolução nº 
21.538/03 segue este mesmo entendimento. 
Mais uma vez, aconselho a todos a atentarem-se aos prazos 
concedidos pelo Código Eleitoral e pelos referidos diplomas legais, tentando 
adivinhar o que a prova está cobrando. Deveras, nas provas mais recentes, os 
examinadores têm apontado pela revogação do Código Eleitoral neste aspecto, 
aplicando-se o prazo da Lei Eleitoral e da Resolução nº 21.538/03. 
Lei Eleitoral 
Art. 91. Nenhum requerimento de inscrição eleitoral ou de 
transferência será recebido dentro dos 150 (cento e 
cinqüenta) DIAS anteriores à data da eleição. 
Art. 15. O brasileiro nato que não se alistar até os 19 anos ou 
o naturalizado que não se alistar até 1 (um) ano depois de 
adquirida a nacionalidade brasileira incorrerá em multa 
imposta pelo juiz eleitoral e cobrada no ato da inscrição. 
Parágrafo único. Não se aplicará a pena ao não-alistado que 
requerer sua inscrição eleitoral até o 151º (centésimo 
qüinquagésimo primeiro) dia anterior à eleição subseqüente 
à data em que completar 19 anos (Código Eleitoral, art. 8º c.c. 
a Lei nº 9.504/97, art. 91). 
Além disso, vale frisar que, segundo a Resolução nº 21.538/03, 
esta multa deve ser cobrada nos termos do seu art. 85, que prevê como base 
de cálculo para aplicação das multas a UFIR e não mais o salário-mínimo, 
como o faz ainda o Código Eleitoral. 
Art. 85. A base de cálculo para aplicação das multas 
previstas pelo Código Eleitoral e leis conexas, bem como das 
de que trata esta resolução, será o último valor fixado para a Ufir, 
multiplicado pelo fator 33,02, até que seja aprovado novo índice, 
em conformidade com as regras de atualização dos débitos para 
com a União. 
Esta é o atual entendimento do TSE a respeito das multas 
eleitorais, inclusive o aplicado na prática. Recordo apenas que os dispositivos 
do Código Eleitoral ainda não foram revogados expressamente pela 
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legislação em vigor. 
 
Ex-Analfabeto. 
Se o analfabeto, que tinha seu alistamento e votos facultativos, 
deixar esta condição (passar a ser alfabetizado), DEVERÁ requerer sua 
inscrição eleitoral! Seu alistamento e voto passarão a ser OBRIGATÓRIOS! 
É preciso que se entenda o seguinte: enquanto guardam a 
condição de analfabetos, estão livres da multa comentada acima. No entanto, 
quando deixar de ser analfabeto, o cidadão deve alistar-se, pois seu 
alistamento é obrigatório, sob pena de incorrer em multa eleitoral. 
Assim, o analfabeto não pagará a multa eleitoral prevista no art. 8º 
do Código, conforme art. 16 da Resolução nº 21.538/2003. Mas se deixar de 
sê-lo, ai sim poderá incorrer na multa. 
Art. 16. O alistamento eleitoral do analfabeto é facultativo. 
Parágrafo único. Se o analfabeto deixar de sê-lo, deverá 
requerer sua inscrição eleitoral, não ficando sujeito à multa 
prevista no art. 15. 
 
Recursos das decisões sobre alistamento e transferência. 
A partir do despacho do Juiz Eleitoral sobre o RAE, o TRE enviará 
aos Cartórios Eleitorais relação de inscrições incluídas no cadastro, para que 
sejam colocadas à disposição dos partidos políticos nos dias 1º e 15 de cada 
mês ou no 1º dia útil seguinte. 
Do despacho que DEFERIR o RAE, poderá qualquer delegado de 
Partido Político recorrer em 10 DIAS, a partir da colocação da listagem à 
disposição dos partidos. 
Do despacho que INDEFERIR o RAE, o alistando poderá recorrer 
no prazo de 5 DIAS. 
Deferimento do RAE – recurso de Delegado de Partido ? 10 DIAS 
Indeferimento do RAE – recurso do alistando ? 5 DIAS 
Estas mesmas regras APLICAM-SE para os casos de 
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TRANSFERÊNCIA de domicílio eleitoral! Consoante dispõe o art. 18, § 4º e 
5º. 
Art. 17. Despachado o requerimento de inscrição pelo juiz eleitoral 
e processado pelo cartório, o setor da Secretaria do Tribunal 
Regional Eleitoral responsável pelos serviços de processamento 
eletrônico de dados enviará ao cartório eleitoral, que as colocará à 
disposição dos partidos políticos, relações de inscrições incluídas no 
cadastro, com os respectivos endereços. 
§ 1º Do despacho que INDEFERIR o requerimento de 
inscrição, caberá RECURSO interposto pelo alistando no prazo de 
5 (cinco) dias e, do que o DEFERIR, poderá recorrer qualquer 
delegado de partido político no prazo de 10 (dez) dias, 
contados da colocação da respectiva listagem à disposição dos 
partidos, o que deverá ocorrer nos dias 1º e 15 de cada mês, ou 
no primeiro dia útil seguinte, ainda que tenham sido exibidas ao 
alistando antes dessas datas e mesmo que os partidos não as 
consultem (Lei nº 6.996/82, art. 7º). 
Art. 18. 
§ 4º Despachado o requerimento de transferência pelo juiz 
eleitoral e processado pelo cartório, o setor da Secretaria do 
Tribunal Regional Eleitoral responsável pelos serviços de 
processamento de dados enviará ao cartório eleitoral, que as 
colocará à disposição dos partidos políticos, relações de inscrições 
atualizadas no cadastro, com os respectivos endereços. 
§ 5º Do despacho que indeferir o requerimento de transferência, 
caberá recurso interposto pelo eleitor no prazo de cinco dias e, do 
que o deferir, poderá recorrer qualquer delegado de partido político 
no prazo de dez dias, contados da colocação da respectiva listagem 
à disposição dos partidos, o que deverá ocorrer nos dias 1º e 15 de 
cada mês, ou no primeiro dia útil seguinte, ainda que tenham sido 
exibidas ao requerente antes dessas datas e mesmo que os 
partidos não as consultem (Lei nº 6.996/82, art. 8º). 
 
 
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3. Transferência de domicílio eleitoral, 2ª Via e outros 
institutos. 
 
Em caso de mudança de domicílio do eleitor, este deverá requerer 
formalmente a transferência de domicílio eleitoral ao Juiz Eleitoral da nova 
residência. Para que seja deferida a transferência, devem ser preenchidas 
as seguintes exigências: 
a) recebimento do pedido no cartório eleitoral do novo domicílio 
no prazo estabelecido pela legislação vigente – este 
prazo, segundo a própria Resolução nº 21.538/03,é de 150 
dias antes da eleição. Neste período, o cadastro de 
eleitores estará fechado para transferência, alistamento ou 
revisão. 
b) transcurso de, pelo menos, 1 (um) ANO do alistamento 
ou da última transferência; 
c) residência mínima de 3 (três) MESES no novo 
domicílio, DECLARADA, sob as penas da lei, pelo próprio 
eleitor – basta o eleitor AFIRMAR que possui residência 
mínima de 3 meses no novo domicílio. No plano prático, 
contudo, tem-se exigido comprovante de residência (conta 
de luz, água, telefone, contrato de aluguel, etc). 
d) prova de quitação com a Justiça Eleitoral. 
 O conceito de QUITAÇÃO ELEITORAL reúne a plenitude do 
gozo dos direitos políticos, o regular exercício do voto, salvo quando 
facultativo, o atendimento a convocações da Justiça Eleitoral para auxiliar 
os trabalhos relativos ao pleito, a inexistência de multas aplicadas, em 
caráter definitivo, pela Justiça Eleitoral e não remitidas, excetuadas as anistias 
legais, e a regular prestação de contas de campanha eleitoral, quando se 
tratar de candidatos. 
Para requerer a transferência, pelo menos é o que determina a 
legislação, deve o eleitor entregar seu antigo título eleitoral (como 
comprovação de sua condição de eleitor) e provar a sua quitação eleitoral. 
Se não comprovados, o Juiz arbitrará desde logo o valor da MULTA a ser 
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paga pelo eleitor que requerer a transferência, o que não impede o 
indeferimento do pedido. 
Art. 18 
§ 2º Ao requerer a transferência, o eleitor entregará ao servidor do 
cartório o título eleitoral e a prova de quitação com a Justiça 
Eleitoral. 
§ 3º Não comprovada a condição de eleitor ou a quitação 
para com a Justiça Eleitoral, o juiz eleitoral arbitrará, desde 
logo, o valor da multa a ser paga. 
As exigências de tempo mínimo de 1 ANO do alistamento ou 
transferência e de residência mínima de 3 MESES NÃO se aplicam para 
servidor público civil, militar, autárquico, ou de membro de sua família, por 
motivo de REMOÇÃO ou TRANSFERÊNCIA por interesse público. 
Art. 18 
§ 1º O disposto nos incisos II e III (1 ano de alistamento e 
residência mínima de 3 meses) não se aplica à transferência 
de título eleitoral de servidor público civil, militar, 
autárquico, ou de membro de sua família, por motivo de 
remoção ou transferência (Lei nº 6.996/82, art. 8º, parágrafo 
único). 
 
2ª VIA do Título. 
O eleitor fará pedido de 2ª VIA do seu título eleitoral sempre que 
ocorrer a perda ou o extravio do título eleitoral ou quando for inutilizado ou 
dilacerado. 
Nestes casos de inutilização e dilaceração do título, o pedido da 2ª 
VIA deve ser acompanho da 1ª Via do título, mesmo já inutilizado ou 
dilacerado. 
Da mesma forma que no alistamento eleitoral, em qualquer dos 
motivos do pedido de 2ª VIA, deve o eleitor apor sua assinatura ou a 
impressão digital do polegar na presença do Servidor da Justiça Eleitoral 
(vocês!). 
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Art. 19. No caso de perda ou extravio do título, bem assim de sua 
inutilização ou dilaceração, o eleitor deverá requerer pessoalmente 
ao juiz de seu domicílio eleitoral que lhe expeça segunda via. 
§ 1º Na hipótese de inutilização ou dilaceração, o requerimento 
será instruído com a primeira via do título. 
§ 2º Em qualquer hipótese, no pedido de segunda via, o eleitor 
deverá apor a assinatura ou a impressão digital do polegar, se não 
souber assinar, na presença do servidor da Justiça Eleitoral, que 
deverá atestar a satisfação dessa exigência, após comprovada a 
identidade do eleitor. 
 
Restabelecimento de inscrição cancelada por equívoco e 
Código FASE. 
A Resolução prevê expressamente a possibilidade de 
RESTABELECIMENTO de inscrição eleitoral CANCELADA por equívoco nos 
casos de Falecimento (FASE 019), por decisão de autoridade judiciária (FASE 
450) e por revisão de eleitorado (FASE 469). 
Assim, caso a inscrição de determinado eleitor seja cancelada por 
um desses motivos de forma equivocada, poderá ser restabelecida 
normalmente, não necessitando de nova inscrição eleitoral. 
Gente! Pense num trabalho complicado! Convivi com o setor que 
fazia este trabalho e todos diziam que era cansativo! Depois da posse começa 
a reclamação! Rsrs. 
Fiquem tranqüilos quanto a estes código FASEs, pois não devem 
ser cobrados em provas em vista de regulamentação e utilização ultra-
específica da Corregedoria-Geral Eleitoral. 
Os Códigos FASE (Formulário de Atualização da Situação do 
Eleitor) são números que indicam situações específicas na vida eleitoral do 
cidadão, relacionados em tabela estabelecida pela Corregedoria-Geral, e 
mantidos no histórico da inscrição. O Prov.-CGE nº 3/2007 aprovou o Manual 
do FASE com tabela de códigos FASE. 
Art. 20. Será admitido o restabelecimento, mediante comando do 
código FASE 361, de inscrição cancelada em virtude de 
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comando equivocado dos códigos FASE 019, 450 e 469. 
Art. 21. Para registro de informações no histórico de inscrição no 
cadastro, utilizar-se-á, como documento de entrada de dados, o 
formulário de atualização da situação do eleitor (FASE), cuja tabela 
de códigos será estabelecida pela Corregedoria-Geral. 
Parágrafo único. A atualização de registros de que trata o caput 
poderá ser promovida, desde que viabilizado, diretamente no 
sistema de alistamento eleitoral, dispensando-se o preenchimento 
do formulário FASE. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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4. Título Eleitoral. 
 
O título eleitoral é um documento emitido pela Justiça Eleitoral de 
acordo com características específicas indicadas no Anexo II da Resolução nº 
21.538/03. A sua emissão é obrigatória por computador, devendo constar as 
seguintes informações: nome do eleitor, data de nascimento, unidade da 
Federação, o município, a zona e a seção eleitoral de votação, o número da 
inscrição eleitoral, data de emissão, assinatura do Juiz e do eleitor (ou a 
impressão digital do seu polegar), e no caso de 2ª via a expressão “2ª via”. 
Nas hipóteses de alistamento, transferência, revisão e 2ª VIA, 
a data de emissão do título será a do preenchimento do RAE. Até esta data de 
emissão do título, o próprio instrumento do título serve de prova da quitação 
eleitoral. 
Art. 23 
§ 2º Nas hipóteses de alistamento, transferência, revisão e 
segunda via, a data da emissão do título será a de 
preenchimentodo requerimento. 
Art. 26. O título eleitoral prova a quitação do eleitor para com a 
Justiça Eleitoral até a data de sua emissão. 
Na emissão on-line de títulos eleitorais e em situações tidas por 
excepcionais, os TREs poderão autorizar o uso de impressão da assinatura 
nos títulos eleitorais (chancela) do Presidente do TRE respectivo, em exercício 
na data da autorização, em substituição à assinatura do Juiz Eleitoral da Zona. 
Esta previsão poderá ser utilizada, como exemplo, nos casos de revisão de 
eleitorado, recadastramento ou rezoneamento de eleitores. 
Ao ser impresso o título eleitoral deverá ser também impresso o 
Protocolo de Entrega do Título Eleitoral (PETE), espécie de comprovante 
da retirada do título do cartório (CANHOTO), que deve conter o número de 
inscrição, o nome do eleitor e de sua mãe e a data de nascimento, com 
espaços, no verso, destinados à assinatura ou aposição da impressão digital do 
polegar do eleitor, o número de sua inscrição eleitoral, bem como à data de 
recebimento. 
O título eleitoral somente poderá ser buscado 
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PESSOALMENTE! Por incrível que pareça, não se admite terceiros buscarem o 
título, mesmo com procuração! 
Art. 24. 
§ 1º O título será entregue, no cartório ou no posto de 
alistamento, pessoalmente ao eleitor, vedada a interferência de 
pessoas estranhas à Justiça Eleitoral. 
§ 2º Antes de efetuar a entrega do título, comprovada a identidade 
do eleitor e a exatidão dos dados inseridos no documento, o 
servidor destacará o título eleitoral e colherá a assinatura 
ou a impressão digital do polegar do eleitor, se não souber 
assinar, no espaço próprio constante do canhoto. 
Como já amplamente comentado e segundo a Resolução nº 
21.538/03, durante o período de fechamento do cadastro eleitoral previsto no 
art. 91 da Lei nº 9.504/97, de 150 DIAS anteriores à eleição, NÃO serão 
recebidos requerimentos de alistamento ou transferência. 
Tão logo sejam encerrados os trabalhos de apuração das eleições 
em âmbito nacional, as Zonas Eleitorais reabrirão o processamento dos RAEs 
de alistamento, transferência, revisão e 2ª VIA. 
Resolução nº 21.538/03 
Art. 25. No período de suspensão do alistamento, não serão 
recebidos requerimentos de alistamento ou transferência (Lei 
nº 9.504/97, art. 91, caput). 
Parágrafo único. O processamento reabrir-se-á em cada zona 
logo que estejam concluídos os trabalhos de apuração em âmbito 
nacional (Código Eleitoral, art. 70). 
Lei nº 9.504/97 
Art. 91. Nenhum requerimento de inscrição eleitoral ou de 
transferência será recebido dentro dos 150 (cento e 
cinqüenta) DIAS anteriores à data da eleição. 
 
 
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5. Fiscalização dos Partidos Políticos. 
 
Em decorrência do Princípio Democrático, de abertura e 
transparência de todo o processo eleitoral e, especificamente, dos trabalhos 
desenvolvidos pela Justiça Eleitoral, a legislação faculta aos Partidos Políticos a 
fiscalização do alistamento eleitoral. 
Além do dever da Justiça Eleitoral de disponibilizar aos Partidos 
relação contendo os nomes dos eleitores com as respectivas inscrições 
eleitorais para eventualmente impugnar (recorrer) de decisão que defere 
determinados alistamentos (visto linhas atrás), as agremiações poderão, por 
intermédio dos seus Delegados: 
a) acompanhar os pedidos de alistamento, transferência, 
revisão, segunda via e quaisquer outros, até mesmo emissão 
e entrega de títulos eleitorais, previstos nesta resolução; 
b) requerer a exclusão de qualquer eleitor inscrito ilegalmente 
e assumir a defesa do eleitor cuja exclusão esteja sendo 
promovida; 
c) examinar, sem perturbação dos serviços e na presença dos 
servidores designados, os documentos relativos aos pedidos 
de alistamento, transferência, revisão, segunda via e revisão 
de eleitorado, deles podendo requerer, de forma 
fundamentada, cópia, sem ônus para a Justiça Eleitoral. 
Ao identificar determinadas impropriedades/irregularidades 
geradoras do cancelamento de inscrição de algum(uns) eleitor(es), deverá 
o Partido comunicar por escrito de tal fato ao Juiz Eleitoral, que tomará as 
providências cabíveis. 
Para operacionalizar esta fiscalização, os partidos poderão manter 
delegados perante o TRE e perante as Zonas Eleitorais nos seguintes números: 
a) até 2 (dois) Delegados perante o TRE; 
b) até 3 (três) Delegados perante a Zona Eleitoral, que 
trabalharão em regime de revezamento, em vista da vedação 
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de atuação simultânea de mais de 1 Delegado de cada 
partido. 
Os Delegados indicados pelos Partidos para fiscalizarem o 
alistamento eleitoral perante as Zonas Eleitorais serão credenciados pelo Juiz 
Eleitoral da respectiva Zona. Os Delegados credenciados pelo TRE têm maiores 
prerrogativas, podendo representar o partido em todas as Zonas Eleitorais da 
circunscrição. 
Art. 27. 
Parágrafo único. Qualquer irregularidade determinante de 
cancelamento de inscrição deverá ser comunicada por escrito ao 
juiz eleitoral, que observará o procedimento estabelecido nos arts. 
77 a 80 do Código Eleitoral. 
Art. 28. Para os fins do art. 27, os partidos políticos poderão 
manter até dois delegados perante o Tribunal Regional Eleitoral e 
até três delegados em cada zona eleitoral, que se revezarão, não 
sendo permitida a atuação simultânea de mais de um delegado de 
cada partido. 
§ 1º Na zona eleitoral, os delegados serão credenciados pelo juiz 
eleitoral. 
§ 2º Os delegados credenciados no Tribunal Regional Eleitoral 
poderão representar o partido, na circunscrição, perante qualquer 
juízo eleitoral. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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6. Acesso às Informações Constantes do Cadastro. 
 
Este é um ponto que considero bastante sensível à Justiça Eleitoral. 
O Cadastro Nacional de Eleitores é um dos bancos de dados detidos por uma 
instituição brasileira mais valiosos da atualidade. Nele estão contidos dados 
pessoais de mais da metade da população brasileira! 
São muitos os órgãos e instituições que “paqueram” o TSE em 
busca de uma liberação de acesso aos dados. Mas a postura do TSE tem sido 
de muita cautela na gestão dessas informações. 
Imaginem uma empresa privada tomar posse dessas informações! 
Estes dados valem muito mesmo! Em especial para o setor privado. 
Por isso, na Resolução nº 21.538/03 traz restrições e condições 
para o acesso aos dados, somente sendoacessível as informações constantes 
do cadastro nacional de eleitores às instituições públicas e privadas e às 
pessoas físicas nos termos a seguir tratados. 
REGRA: todos os dados pessoais dos eleitores (informações 
personalizadas – filiação, data de nascimento, profissão, estado civil, 
escolaridade, telefone e endereço) são preservados pela Justiça Eleitoral, não 
sendo acessíveis por terceiros. 
EXCEÇÕES (podem ter acesso aos dados do cadastro de eleitores): 
a) pelo próprio ELEITOR sobre seus dados pessoais – não 
poderia ser vedado o acesso ao eleitor sobre seus dados no 
cadastro, até mesmo para possa corrigir algum erro ou 
desatualização; 
b) por AUTORIDADE JUDICIAL e pelo MINISTÉRIO 
PÚBLICO, vinculada a utilização das informações obtidas, 
exclusivamente, às respectivas atividades funcionais – 
Atenção que não só os Juízes, mas também o MP tem 
acesso a esses dados! 
c) por entidades autorizadas pelo Tribunal Superior 
Eleitoral, desde que exista reciprocidade de interesses (Lei 
nº 7.444/85, art. 4º). Exemplo de fato: a Polícia Federal 
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há tempos está tentando celebrar um Convênio com o TSE 
para que este libere os dados do cadastro, o que facilitará 
suas investigações sobre, ex: endereço do criminoso, mas o 
TSE ainda continua reticente em vista de não haver esta 
reciprocidade; Convênio entre a Receita Federal do Brasil e o 
TSE; entre a CGU e o TSE, etc. 
Art. 29. As informações constantes do cadastro eleitoral serão 
acessíveis às instituições públicas e privadas e às pessoas físicas, 
nos termos desta resolução (Lei nº 7.444/85, art. 9º, I). 
§ 1º Em resguardo da privacidade do cidadão, não se fornecerão 
informações de caráter personalizado constantes do cadastro 
eleitoral. 
§ 2º Consideram-se, para os efeitos deste artigo, como 
informações personalizadas, relações de eleitores acompanhadas 
de dados pessoais (filiação, data de nascimento, profissão, estado 
civil, escolaridade, telefone e endereço). 
Ademais, o TSE prelecionou que os TREs e os Juízes Eleitorais 
podem autorizar o fornecimento de dados estatísticos constantes do cadastro 
eleitoral, especificamente relativos ao eleitorado ou ao resultado de pleito 
eleitoral, salvo se estas informações tiverem caráter reservado (às quais não 
poderão ser fornecidas). É possível porque estes dados não implicam em 
violação às informações pessoais dos eleitores. 
São vedados aos Juízes Eleitorais e aos TREs fornecerem 
informações pessoais de eleitores constantes do cadastro eleitoral não 
pertencentes a sua jurisdição eleitoral, salvo apenas quanto à possibilidade do 
próprio eleitor efetuar o pagamento de multas impostas por outro Juiz Eleitoral 
ou perante outro TRE. 
Todo aquele que usar os dados estatísticos eleitorais citados acima 
são obrigados a citar a fonte e a assumir responsabilidade pela 
manipulação inadequada ou extrapolada das informações obtidas. 
Art. 30. Os tribunais e juízes eleitorais poderão, no âmbito de suas 
jurisdições, autorizar o fornecimento a interessados, desde que 
sem ônus para a Justiça Eleitoral e disponíveis em meio magnético, 
dos dados de natureza estatística levantados com base no 
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cadastro eleitoral, relativos ao eleitorado ou ao resultado de pleito 
eleitoral, salvo quando lhes for atribuído caráter reservado. 
Art. 31. Os juízes e os tribunais eleitorais não fornecerão dados do 
cadastro de eleitores não pertencentes a sua jurisdição, salvo na 
hipótese do art. 82 desta resolução. 
Art. 32. O uso dos dados de natureza estatística do eleitorado ou 
de pleito eleitoral obriga a quem os tenha adquirido a citar a fonte 
e a assumir responsabilidade pela manipulação inadequada ou 
extrapolada das informações obtidas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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7. Batimentos. 
 
O TSE, mediante a Corregedoria-Geral Eleitoral, realiza 
constantemente BATIMENTOS (Cruzamentos) de informações constantes do 
Cadastro Eleitoral, em âmbito nacional, para verificarem inconsistências nos 
dados e evitar eventuais DUPLICIDADES ou PLURALIDADES (mais de 2) de 
inscrições eleitorais. 
Imaginem o mesmo eleitor com 10 Títulos Eleitorais! É isso que o 
TSE quer evitar, para coibir tentativas de fraude nas eleições. Este 
procedimento de Batimento é feito pelo próprio Sistema do TSE, por meio da 
tecnologia da informação (batimento em meio eletrônico), e mediante 
instauração de processo próprio para cada inscrição irregular, onde será 
verificada minuciosamente (batimento) as informações constantes do cadastro. 
Importante! 
Os requerimentos de ALISTAMENTO, TRANSFERÊNCIA e 
REVISÃO somente serão incluídas no cadastro eleitoral após o BATIMENTO 
realizado pelo TSE em âmbito nacional! 
As inscrições que forem identificadas e agrupadas em duplicidade 
ou pluralidade formarão um processo administrativo próprio sujeito à 
decisão da autoridade judicial competente. 
Das inscrições assim agrupadas, formando um mesmo grupo por 
duplicidade ou pluralidade, as inscrições MAIS RECENTES serão 
consideradas NÃO LIBERADAS no sistema. 
Por outro lado, se forem inscrições de GÊMEOS (2 ou + irmãos 
- aqueles que tenham comprovado mesma filiação, data e local de 
nascimento), mesmo sendo recentes, estas serão consideradas LIBERADAS 
no sistema. No entanto, se a inscrição de um Gêmeo for agrupada com 
outra(s) inscrições de não-gêmeo, esta será considerada NÃO LIBERADA. 
Para que haja a liberação imediata do sistema precisa a indicação 
simultânea de 2 ou + inscrições de Gêmeos. 
Art. 33. O batimento ou cruzamento das informações constantes 
do cadastro eleitoral terá como objetivos expurgar possíveis 
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duplicidades ou pluralidades de inscrições eleitorais e identificar 
situações que exijam averiguação e será realizado pelo Tribunal 
Superior Eleitoral, em âmbito nacional. 
§ 1º As operações de alistamento, transferência e revisão 
somente serão incluídas no cadastro ou efetivadas após 
submetidas a batimento. 
§ 2º Inscrição agrupada em duplicidade ou pluralidade ficará 
sujeita a apreciação e decisão de autoridade judiciária. 
§ 3º Em um mesmo grupo, serão sempre consideradas não 
liberadas as inscrições mais recentes, excetuadas as inscrições 
atribuídas a gêmeos, que serão identificadas em situação liberada. 
§ 4º Em caso de agrupamento de inscrição de gêmeo com 
inscrição

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