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MODELO DE ARTIGO pronto impeachment

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[IMPEACHMENT]
 ROGÉRIO MARTINS 
 DAVID VIEIRA
 PEDRO HENRIQUE
 STENIO MAGNO
 HURIAN
RESUMO
Nos dias atuais, circunda em nosso país um clima de descontentamento com o atual governo por conta da forte crise financeira que assola a todos causados por escândalos de corrupção que levaram a solicitação do Impeachment da atual presidente da república, maior cargo do poder executivo de nosso país.
 Ao prestarmos atenção às bancas de jornal, e demais veículos de comunicação como a televisão, internet, rádio etc. Vê-se que muitos têm lastimado a situação nacional, que se encontra em uma crise financeira e relações políticas delicadas e de efeitos devastadores sobre nossa economia. Pessoas sendo levadas aos gritos de impeachment sem realmente saber o que é, quais os requisitos para que tal processo ocorra e quais seus efeitos em nosso sistema e em nossas realidades.
Palavras-Chave: Impeachment, Crimes de Responsabilidade, Constituição Federal. 
1. INTRODUÇÃO
Nos dias atuais se observa a existência da solicitação de impeachment, que ganhou força nos últimos meses com a propositura do pedido pela jurista Janaína Paschoal Hélio Bicudo e Miguel Realle Junior que foi aprovado pela Câmara de Deputados e vai para a votação no Senado, uma vez que o processo já foi analisado pela comissão especial. Porém, uma massa muito considerável da sociedade tem invocado esse processo de forma equivocada, dada essa carência de informação, não sabendo nem mesmo quais os tipos de crimes que tem o impeachment como sanção. Assim sendo, o presente artigo reverte-se do objetivo de conceituá-lo e também de descrever o seu procedimento, bem como sua origem para melhor esclarecimento e entendimento de todos acerca de um assunto tão delicado e de conseqüências significativas para todos os brasileiros.
2. CONCEITO DE IMPEACHMENT
	Segundo Maria Helena Diniz o impeachment possui origem inglesa e constitui um processo político-criminal interposto em desfavor do Presidente da República, ou altos cargos públicos, com escopo de apurar crimes de responsabilidade, resultante de má gestão dos negócios públicos, de violação de deveres funcionais e de falta de decoro. [2: DINIZ, Maria Helena. Dicionário jurídico universal. São Paulo: Saraiva, 2010]
	Crimes de responsabilidade são infrações político-administrativas definidas na legislação federal, cometidas no desempenho da função, que atentam contra a existência da União, o livre exercício dos Poderes do Estado, a segurança interna do País, a probidade da Administração, a lei orçamentária, o exercício dos direitos políticos individuais e sociais e o cumprimento das leis e das decisões judiciais.[3: Conferir, sobre a impossibilidade de responsabilização político-administrativa do Presidnete e/ou do Vice-Presidente da República por atos praticados antes do início do mandato: STF – MS n° 26.176-5/DF – Rel. Min. Sepúlveda Pertence, Diário da Justiça, Seção I, 6 out. 2006, p. 74. Nessa decisão monocrática, o Ministro Pertence ressaltou que “ocaso desvela pormenor inafastável: a denúncia apresentada é relativa a atos dos ainda candidatos[...], que, assim, não poderiam configurar crimes de responsabilidade”. ]
Existem divergências no que diz respeito a sua natureza jurídica, sendo a corrente majoritária favorável a natureza política. Entre outros grandes publicistas podemos citar Paulo Brossard, Themistocles Cavalcanti, Carlos Maximiliano, Michel Temer. Contudo existem vários doutrinadores importantes como Pontes de Miranda que entendem ser o impeachment possuidor de natureza penal. Apontando posição intermediária José Frederico Marques afirma ser o impeachment de natureza mista.[4: BROSSARD, Paulo. O impeachment. 3. Ed. São Paulo: Saraiva, 1992. P. 76][5: CAVALCANTI, Themistocles Brandão. A constituição Federal comentada. Rio de Janeiro: Forense, 1948. P. 263. V. 2.][6: MAXIMILIANO, Carlos. Comentários à Constituição brasileira... Op. Cit. P. 643.][7: TEMER, Michel. Constituição e... Op. Cit. P. 37-38.]
	Muito se tem discutido em relação à legalidade do atual processo de impeachment, no que tange o certame do cometimento ou não de crimes de responsabilidade pela Presidente da República, uma vez que, uma corrente defende que a presidente não cometeu nenhum crime que esteja descrito no art. 85 da Constituição Federal e nem na lei n° 1.079/50, que define os crimes de responsabilidade e regula o respectivo processo de julgamento, chamando o atual processo de “golpe”. Já outra corrente defende que houve sim o crime de responsabilidade e que o atual processo de impeachment é válido e que o “golpe” seria a tentativa da atual base do governo de procrastinar e interromper o avanço deste no Senado. De acordo com Alexandre de Moraes (2011, p. 502)
A lei maior prevê, no art. 85, rol meramente exemplificativo dos crimes de responsabilidade, pois o Presidente poderá ser responsabilizado por todos os atos atentatórios à constituição Federal, passíveis de enquadramento idêntico ao referido rol, desde que haja previsão legal, pois, o brocardo nullum crimen sine typo também se aplica, por inteiro, ao campo dos ilícitos político-administrativos, havendo necessidade de que a tipificação de tais infrações emane de lei federal, eis que o Supremo Tribunal Federal tem entendido que a definição formal dos crimes de responsabilidade se insere, por seu conteúdo penal, na competência exclusiva da União. 
	
O impeachment pode ser interposto não apenas em desfavor do Presidente da República, pode-se usá-lo contra qualquer pessoa que ocupe cargo público importante. A constituição prevê em seu art. 52, parágrafo único, as duas sanções autônomas e cumulativas a serem aplicadas ma hipótese de condenação por crime de responsabilidade: perda do cargo e inabilitação, por oito anos, para o exercício da função pública. 
Salienta-se que a inabilitação, por oito anos, para o exercício de função pública, compreende todas as funções públicas, sejam elas derivadas de concurso público, sejam as de confiança, ou mesmo os mandatos eletivos. Desta forma, o Presidente da República condenado por crime de responsabilidade, além de perder o mandato, não poderá candidatar-se ou exercer nenhum outro cargo político eletivo nos oito anos seguintes.[8: Nesse sentido decidiu o STF: “A inabilitação para o exercício de função pública, decorre da perda do cargo de Presidente da República por crime de responsabilidade (CF, art. 52, parágrafo único), compreendendo o exercício de cargo ou mandato eletivo. Com esse entendimento, a Turma manteve o acórdão do TSE que julgou procedente a impugnação ao pedido de registro de candidatura do Ex-Presidente Fernando Collor de Mello. Interpretação racional do art. 52, parágrafo único, da CF” (1ª T. – Rext. N° 234.223/DF – Rel. Min. Octávio Gallotti, decisão: 1° det. 1998 – informativo STF n° 121 – setembro de 1998.]
3. A HISTÓRIA DO IMPEACHMENT E SUA EVOLUÇÃO
História do surgimento do impeachment teve início na Inglaterra como uma instituição mediante a qual a câmara dos comuns formulava acusação contra os ministros do rei, e câmara dos lordes as julgava. A câmara baixa era assim, como ainda é hoje, como a corte do julgamento. Assim, depois atravessou o oceano e chegou aos estados Unidos, mas ressaltando que cada Estado tem sua constituição.
Essa forma de impedimento também começou no Brasil, na constituição de 1924, previa o processo de impeachment, formado e aproximado ao instituto Britânico. A lei de 15 de outubro de 1827, elaborada nos termos do art. 134 da constituição de 25 de março, responsabilidade dos ministros secretários e ministrosde estados e conselheiros, sendo de natureza criminal as sanções que o senado tinha competência para aplicar as normas vigentes, depois veio a constituição de 1991 que orientada pela sistemática americana, dessa forma a monarquia foi substituída pela República. A federação sucedeu ao Estado Unitário, o sistema presidencial relegou a tradição parlamentar de inquérito. A pessoa do Imperador legalmente inviolável e sagrada deu lugar ao presidente da República legalmente responsável.
A partir dessas mudanças o impeachment deixou de ser criminal e passou a ser político. A constituição de 1946, bem como as de 67, 69 e 88 regulou o problema de impeachment, vinculando aos crimes de responsabilidade do Presidente da República. Dessa forma em todos os textos constitucionais após democratização, foi utilizada a palavra impedimento ou impeachment. Todos eles mencionam a suspensão do Presidente das suas funções, uma vez declarada procedente a acusação pelo voto de 2/3 da câmara dos deputados.
4. O IMPEACHMENT NO BRASIL
	Para melhor entender o impeachment no Brasil em períodos anteriores, recorremos às palavras de Alexandre de Moraes (2011, p. 503 e 504)
O impeachment surgiu no Brasil com base na Carta de 1891, segundo o modelo norte americano, mas com características e peculiaridades próprias, principalmente, em relação à definição dos crimes de responsabilidade, seu procedimento e julgamento que, no Brasil, serão definidos por lei ordinária [...] no Brasil, as leis n° 27 e 30, de 1892, regulamentadoras dos crimes de responsabilidades cometidos pelo Presidente da República, previam a aplicação somente da pena de perda do cargo, podendo esta ser agravada com a pena de inabilitação para exercer qualquer outro cargo (art. 33, 3° da Constituição Federal de 1891; art. 2° da Lei n° 30, de 1892, dando à pena de inabilitação o caráter de pena acessória ( Lei n° 27, de 1892, ats. 23 e 24).
O processo de impeachment nunca foi aplicado no Brasil de forma plena o que torna este instituto pouco conhecido e facilmente suscetível de falhas, por não ser aplicado habitualmente. Mesmo no caso do ex-presidente Fernando Collor no ano de 1992, pois ele renunciou seu cargo ainda no decorrer do processo. Por essa circunstância o processo de impeachment é tão pouco conhecido. Se Dilma fosse cassada, seu vice assumiria o cargo. Se ele (o vice) também tivesse o mandato cassado, o Presidente da Câmara dos Deputados assumiria o cargo até que o novo presidente fosse eleito – em 90 dias, nas urnas, se o impeachment acontecer ate o dia 31 de dezembro de 2016; em 30 dias, por eleição indireta do Congresso, caso a cassação aconteça na segunda metade do mandato. 
4.1 A CARACTERIZAÇÃO DO CRIME
São crimes de responsabilidade os atos do presidente da República que atentem contra a Constituição - que lista especificamente oito itens. Eles tratam, respectivamente, da honestidade na administração e do respeito à lei. O pedido de impeachment pode ser apresentado ao Congresso por qualquer cidadão brasileiro. Qualquer atitude que o Presidente faça, que vá contra os itens abaixo, pode desenvolver um processo de impeachment:
1) a existência da União; 
2) o livre exercício do Poder Legislativo, do Poder Judiciário, do Ministério Público e dos Poderes constitucionais das unidades da Federação; 
3) o exercício dos direitos políticos, individuais e sociais;
4) a segurança interna do País;
5) a probidade na administração;
6) a lei orçamentária; 
7) o cumprimento das leis e das decisões judiciais.
4.2 O PEDIDO
É aqui que a maior parte dos pedidos acaba arquivada. Se cumprir os requisitos mínimos (como a apresentação de provas e a listagem de testemunhas), o requerimento vai ser analisado por uma composição composta por integrantes de todas as bancadas da Câmara. Em até dez dias, a comissão precisa emitir um parecer favorável ou contrário à continuidade do processo. Abre-se prazo de 20 dias para o presidente se defender. Para continuar, o pedido, precisa ser colocado em votação pelo presidente da Câmara e aceito por dois terços ou mais dos deputados (342 de 513). Caso o presidente da República seja acusado de um crime comum, o Supremo Tribunal Federal se encarregará de julgá-lo. Se a acusação for de crime de responsabilidade, o julgamento será feito pelo Senado. O presidente fica automaticamente afastado do cargo quando o processo for iniciado em uma dessas duas esferas. O prazo do afastamento é de seis meses. 
4.3 A HORA DECISIVA
No caso de crime de responsabilidade, o presidente é julgado no plenário do Senado, a sessão se assemelha a um julgamento comum, com o direito à defesa do réu, a palavra da comissão acusadora e a possibilidade de depoimento de testemunhas. É preciso que dois terços dos senadores (54 de 81) votem pelo impeachment para que o mandato do presidente seja cassado. Também depende deles o tempo de inelegibilidade que será aplicado como punição (até o limite de cinco anos). Em caso de ser absolvido, o presidente reassume automaticamente o cargo. Se condenado, ele será imediatamente despedido, mesmo antes da publicação da decisão no Diário Oficial. 
Em caso de impeachment, o vice-presidente é empossado. Se ele também tiver sido cassado, o presidente da Câmara assume o cargo interinamente. Caso a vacância ocorra nos dois primeiros anos do mandato, o Congresso convocará uma nova eleição direta em noventa dias. Se o impeachment do presidente e do vice acontecer na segunda metade do mandato, o Congresso elegerá o novo presidente em um prazo de trinta dias. 
Como opção extra, há ainda outra possibilidade legal além do impeachment, essa restrita à Justiça Eleitoral, se o TSE comprovar, por exemplo, que Dilma praticou abuso do poder econômico ou empregou a máquina pública para se eleger em 2014, ela e Temer perderiam o cargo. 
5. O IMPEACHMENT NA CONSTITUIÇÃO DE 1988
A Constituição de 1988 desdobra o Impeachment em dois tipos, sendo o primeiro aquele que busca enquadrar o Presidente e o Vice-Presidente da República em crime de responsabilidade, bem como os Ministros de Estado e os Comandantes da Marinha, Exército e da Aeronáutica em crimes da mesma natureza. O segundo tipo é o impeachment dos Ministros do STF, Procurador-Geral da República e do Advogado Geral da União. Eles devem ser julgados pelo Senado Federal, após aprovação de dois terços dos membros da Câmara dos Deputados, onde encaminham o processo e se instaura o impeachment. Esta fase esta prevista no inciso 1 do art. 51 da Constituição Federal.
Os atos que atentem contra a Constituição Federal, e em especial os atos que são descritos no artigo 85 e seus incisos, são predominantes para se iniciar a instauração do processo, artigo já mencionado anteriormente na caracterização dos crimes de responsabilidade.
Admitindo o processo e arrolando suas fases teremos então o afastamento do Presidente da República em exercício pelo Senado por até 180 dias, quando o processo se não tiver terminado continuará com a volta do Presidente as suas funções. Esse afastamento ocorre para evitar que o Presidente tenha alguma influência no andamento do processo de Impeachment, o que poderia vir a ser perigoso. 
Como consta no artigo 52, quando instaurado a comissão do Senado para o impeachment ,essa deve ser presidida pelo Presidente do Supremo Tribunal Federal e que se decida por quórum qualificado de dois terços dos votos, perdendo assim o cargo e ficando inelegível por 8 anos para o exercício de funções públicas, sem prejuízos cabíveis das sanções judiciais cabíveis.
6. O DESDOBRAMENTO DO ATUAL PROCESSO DE IMPEACHMENT NO BRASIL
O processo de Impeachment vem sendo anunciado desde o fim das eleições em 2014 e é o tema mais discutido no Brasil no último ano.Com o aumento do interesse e da participação da população no debate político, a mídia tenta lançar as suas matérias, buscando induzir idéias do seu interesse no pensamento da população. Uma delas é a de que o impeachment é um processo político. O impeachment não é um processo político. A perspectiva de que esseprocesso é político, julgado pelo Congresso Nacional, são argumentos dos contrários ao impeachment. Outros contrários ao impeachment buscam negar sua natureza política, focar na característica jurídica desse processo e, por fim, na inexistência de crime de responsabilidade. Os argumentos são muito divergentes, em que oposição e governistas tentam com seus argumentos até mesmo jurídicos, defender seus interesses.
	Um exemplo dessa conotação política do parlamento foi a decisão do atual Presidente em exercício da Câmara, Deputado Waldir Maranhão, que divulgou nesta segunda-feira decisão que tenta anular a votação que ocorreu no Congresso Nacional, realizada na Casa no dia 17 de abril. Ele acolheu pedido feito pelo advogado-geral da União, José Eduardo Cardozo.
	O recurso foi protocolado pela AGU no dia 25 de abril, Segundo o primeiro-secretário da mesa diretora da Câmara, Beto Mansur (PRB-SP), sendo que o pedido foi entregue fora do prazo, quando o processo já havia sido enviado ao Senado. Por isso, havia sido desconsiderado pela mesa.
	 O impeachment é um processo jurídico, mas dirigido por um órgão político, o que lhe dá característica política devido ao sujeito. Contudo, as decisões e votos em as vezes, são de cunho político, embasados em argumentos jurídicos.Em linhas gerais, o conteúdo do processo é todo jurídico, mas os sujeitos, julgados e julgadores, são políticos, assim como o efeito da condenação, que, apesar de ser jurídico, também conseqüência política e administrativa, a destituição do cargo, conforme art. 78 da Lei 1.079/1950.
Na Constituição, o impeachment é definido como o processo e a conseqüência de um crime, que é um conceito jurídico. Não existe impeachment sem a configuração de um crime comum ou de responsabilidade, sendo este último uma figura do Direito Administrativo, apesar de chamada de “crime”.
	O Impeachment da Presidente Dilma até o momento está no Senado Federal, sendo que na data de 09 de maio de 2016, os senadores votaram o parecer pela abertura ou arquivamento do processo de impeachment, sendo aprovado e formalmente instaurado. Na data de 10 de maio, será realizado o julgamento, presidido pelo Presidente do STF, sendo que a condenação do Presidente exigirá um quórum de dois terços dos Senadores, sendo que as penas poderão ser uma principal e outra acessória, respectivamente a perda do cargo, com inabilitação, por oito anos, para o exercício de função pública, e a outra a inabilitação para o exercício de funções públicas por oito anos.
CONCLUSÃO
	O impeachment, palavra trazida à língua Portuguesa através do estrangeirismo, que nada mais é do que “impugnação”, impedimento, teve seu início na Inglaterra, inicialmente como processo de natureza exclusivamente penal. Desenvolveu-se chegando até a América do Norte, sendo vislumbrado com natureza política, não obstante haver divergências doutrinárias acerca deste sendo vista por alguns doutrinadores atualmente como natureza política criminal ou mista.
	O impeachment é a cassação do mandato dos chefes do Poder Executivo e de pessoas que ocupam altos cargos políticos, quando evidenciado o cometimento de crimes de responsabilidades mencionados na Constituição Federal. É notório observar que existem várias facetas sobre esse procedimento, que inicialmente de punição aos que fazem mal uso da gestão dos negócios públicos e a proteção da Democracia, uma vez que, pode ser interposto por qualquer cidadão que comprovadamente e legalmente embasado, apresente provas dos crimes cometidos pelo representante do povo nos cargos do Poder Executivo.
	Deve-se ter como entendimento perene que o impeachment é um instituto que visa a manutenção e proteção da democracia, sob a qual vivemos e tão arduamente conquistamos ao longo dos anos, pois o poder emana do povo e para o povo, e é esse mesmo povo que irá cobrá-lo, mantendo essa Brasilidade e o amor de ser Brasileiro que é a característica marcante do nosso povo, sem nos deixar sermos levados pelas emoções para que não atravessemos a linha tênue entre o ímpeto e a sede de justiça, pela “bagunça desenfreada” rumo a justiça a qualquer preço, posto que o processo de Impeachment assegura a democracia mas como conseqüência deixa cicatrizes e marcas profundas que dificilmente serão esquecidas. 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
DINIZ, Maria Helena. Dicionário jurídico universal. São Paulo: Saraiva, 2010
BROSSARD, Paulo. O impeachment. 3. Ed. São Paulo: Saraiva, 1992.
CAVALCANTI, Themistocles Brandão. A constituição Federal comentada. Rio de Janeiro: Forense, 1948
MORAES, Alexandre de. DIREITO CONSTITUCIONAL. 22° Ed. São Paulo: Atlas, 2011.
http://www.stf.jus.br/portal/constituicao/artigobd.asp?item=%20950
http://www.srbarros.com.br/pt/estudo-sobre-o-impeachment.cont
http://noticias.uol.com.br/politica/ultimas-noticias/2016/05/09/senado-rebate-maranhao-e-anuncia-sequencia-ao-rito-de-impeachment-de-dilma.htm  
http://g1.globo.com/politica/processo-de-impeachment-de-dilma/

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