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APOSTILA LEIS DE INCENTIVO E ANCINE LEI DE INCENTIVO À CULTURA Áreas Contempladas Teatro, dança, circo, ópera, cinema, vídeo, fotografia, design, artes plásticas, arte gráficas, filatelia, música, literatura, revistas e catálogos de arte, foclore, artesanato, pesquisa, documentação, preservação e restauração do patrimônio cultural, bibliotecas, arquivos, museus, centros culturais. 1 – Esfera Federal Lei 8.313/91 Estabelece o Programa Nacional de Apoio à Cultura – PRONAC Linhas de ação dos projetos captados: • Incentivo à formação artística e cultural • Fomento à produção cultural e artística • Preservação e difusão do patrimônio cultural, histórico e artístico • Estímulo ao conhecimento dos bens e valores artísticos • Apoio a atividades culturais e artísticas Mecanismos do PRONAC A) Incentivos a projetos culturais – MECENATO B) Fundo Nacional da Cultura – FNC C) Fundo de Investimento Cultural e Artístico – FICART *Supervisão do Pronac (Julgamento de recursos, fiscalização): Comissão Nacional de Incentivo à Cultura (CNCI) A) Incentivos a projetos culturais – MECENATO Pessoas físicas ou jurídicas podem fazer doações ou patrocínios culturais através de apoio direto ou contribuições ao FNC mediante dedução no Imposto de Renda Segmentos beneficiados: todos os já descritos, mais as TVs e rádios educativas Pessoas físicas podem deduzir 80% das doações e 60% dos patrocínios e pessoas jurídica 40% das doações e 30% dos patrocínios Os projetos também são submetidos à aprovação das entidades supervisionadas e depois enviados à CNCI para decisão final B) Fundo Nacional da Cultura – FNC Capta e destina recursos para projetos culturais Administrado pelo Ministério da Cultura Funciona soba forma de apoio (doação) ou empréstimos reembolsáveis Composto de doações e de 3% sobre a arrecadação bruta da Loteria Federal Pode financiar até 80% do custo total do projeto Os projetos são submetidos à entidade supervisionada competente ( 5 fundações de Direito Público, dentre elas o IPHAN e a Biblioteca Nacional), para aprovação, acompanhamento e avaliação. C) Fundo de Investimento Cultural e Artístico – FICART (nunca saiu do papel) Condomínio sem personalidade jurídica Comunhão de recursos destinados a projetos culturais e artísticos Relacionado às atividades comerciais e industriais ligadas à cultura Financia a produção comercial de instrumentos musicais, espetáculos, edição de obras intelectuais e construção ou reparação de ambientes culturais. É composto de titulares de quotas, sendo estas valores mobiliários sobre os quais incidem rendimentos. Pessoas jurídicas titulares podem alienar ou resgatar as quotas 2 – Esfera Estadual Lei 12.733/97 (Estado destina anualmente 35% da arrecadação de ICMS a projetos culturais) Regra geral: Empresas que apoiarem projetos culturais poderão deduzir do ICMS (imposto sobre circulação de mercadorias e serviços) até 30% do valor destinado ao projeto. Este valor não pode exceder a 3% do valor do ICMS a ser pago no ano. Inovação: esta lei admite que o contribuinte inscrito na dívida ativa até 1999 seja incentivador, concedendo desconto (25%) e parcelamento para a quitação da dívida * Foi criado o Fundo Estadual de Cultura no ano passado) O incentivador cultural (contribuinte de ICMS) Apoio de no mínimo 20% do total de recursos a ele destinados (apoio em dinheiro, fornecimento de mercadorias, prestação de serviços ou cessão de uso do imóvel O Empreendedor Cultural Pessoa física ou jurídica estabelecida em Minas Gerais há pelo menos um ano Entidades da administração pública indireta Áreas contempladas Todas as gerais além de bolsas de estudo nas áreas cultural e artística, seminários culturais e transporte e seguro de objetos de valor artístico. Comissão de Avaliação Comissão Técnica de Análise de Projetos (CTAP) Critérios de Avaliação: viabilidade técnica, exeqüibilidade, detalhamento orçamentário, efeito multiplicador, benefício social, interesse público, caráter estritamente artístico-cultural. Estabelece o limite máximo de recursos aplicados a cada projeto Têm prioridade os projetos que contém intenção do incentivador em apoiar Fluxograma do Projeto Proponente de Projeto Idéia ↓ Promotor Cultural projeto ↓ Secretaria ou Fundação Cultural atende requisitos ↓ Comissão ou Conselho Técnico de Avaliação Projeto Qualificado ↓ Financiador recursos ↓ Promotor cultural 3 – Esfera Municipal Lei 6.498/93 Regra Geral: empresários podem patrocinar projetos culturais à sua escolha, em valores equivalente a até 20% dos débitos mensais referentes ao Imposto sobre Serviços de Qualquer Natureza (ISSQN). Este valor não pode exceder a 3% do valor do ISSQN a ser pago no ano. Fundo de Projetos Culturais Composto de doações e dotação orçamentária Aplica seus recursos em projetos que não tem facilidade de patrocínio pelo caráter experimental ou comunitário Comissão de Avaliação e áreas contempladas As mesmas regras da lei estadual LEI DO AUDIOVISUAL Criado pela Lei 8.685, de 20.07.93 Regulamentação através do Decreto nº 974, de 08.11.93 Incentivo federal para atividades audiovisuais: produção, exibição, distribuição e infra-estrutura técnica. Curta, média e longa-metragens, bem como minisséries. Os projetos são aprovados pela ANCINE INCENTIVO Os contribuintes do Imposto de Renda (Pessoas Jurídicas ou Físicas) poderão deduzir do imposto devido os valores dispendidos em Certificados de Investimentos de obras audiovisuais incentivadas. (Fundamentação legal : Lei 8.685/93, art. 1o, Decreto no 974/93, art. 1o e Decreto nº 8.041/94 (RIR-94 art. 495). DEFINIÇÃO DE OBRA AUDIOVISUAL Lei 8.401/92 , art. 2o , I Obra audiovisual é aquela resultante da fixação de imagens, com ou sem som, que tenha a finalidade de criar, por meio de sua reprodução, a impressão de movimento, independentemente dos processos de sua captação, do suporte usado inicial ou posteriormente para fixá-las, bem como dos meios utilizados para sua veiculação. OBRAS AUDIOVISUAIS APOIADAS 1) Obra audiovisual de produção independente cuja matriz original é uma película com emulsão fotossensível ou com emulsão magnética, com definição equivalente ou superior a 1.200 linhas (longa- metragem); e 2) Ser produzida por empresa legalmente constituída no Brasil ou, ser realizada, em regime de co- produção, com empresas de outros países. DEFINIÇÃO DE PRODUÇÃO INDEPENDENTE É aquela cujo produtor majoritário não é vinculado, direta ou indiretamente, a empresas concessionárias de serviços de radiodifusão e cabodifusão de sons ou imagens em qualquer tipo de transmissão. CERTIFICADO DE INVESTIMENTO O investimento em atividade Audiovisual será representado por certificado de investimento que é um valor mobiliário regulamentado pela Instrução CVM n.º 208/94, alterada parcialmente pela Instrução CVM nº 240/95, que obrigatoriamente deverá ter sua emissão e distribuição registrada na Comissão de Valores Mobiliários - CVM. O Certificado de Investimento, sendo título mobiliário, representa uma determinada quantidade de quotas e direitos sobre a comercialização do filme, durante um tempo determinado, definido pelo patrocinador e pela produtora. Estes direitos podem ser comercializados com terceiros após o lançamento comercial do filme. Ou seja, o patrocinador tem participação nos lucros provenientes da obra. O produto ou marca do investidor pode aparecer no decorrer do filme, com prazo de duração dessa aparição previamente acordados entre o investidor e aprodutora. O valor correspondente à aquisição do Certificado de Investimento incentivado obrigatoriamente deverá ser depositado em conta de aplicação financeira especial no Banco do Brasil S.A., a qual renderá rendimentos financeiros que serão tributados na fonte à alíquota de 30% (art. 6o, parágrafo 2o da IN nº 56/94), que poderá ser movimentada pela produtora somente mediante autorização do Ministério da Cultura. DEDUÇÕES E ABATIMENTOS Pessoas físicas e jurídicas Deduzirá o total do investimento efetuado do imposto devido (alíquota normal) Limite: Pessoa física: a dedução não poderá ultrapassar 6% do imposto de renda devido Pessoa jurídica: a dedução não poderá ultrapassar 4% do imposto de renda devido EMPRESAS ESTRANGEIRAS Empresas estrangeiras: podem abater 70% dos investimentos feitos no cinema brasileiro (desde que seja co-produção) sobre o crédito ou rendimentos decorrentes da exploração de obra audiovisual. Também não paga os 11% de CONDECINE (Contribuição para o Desenvolvimento de Indústria Cinematográfica Nacional) (valor que se paga quando da remessa dos lucros para o exterior) LIMITE DE CAPTAÇÃO Limite de Captação por projeto: 3 milhões de reais CONTRAPARTIDA DO PRODUTOR Contrapartida obrigatória da empresa responsável pelo projeto: 5% do valor global do projeto tem que ser com recursos próprios ou de terceiros. A ANCINE E A REGULAMENTAÇÃO DO AUDIOVISUAL CONCINE – Conselho Nacional de Cinema 1976 a 1990 Criado pelo Decreto n. 77.299/76 Orientação normativa e fiscalização das atividades relativas ao cinema no Brasil Substituiu o Instituto Nacional do Cinema em suas funções consultivas Era ligado ao antigo Ministério da Educação e da Cultura. Extinto no Governo de Fernando Collor de Mello, em 1990. ANCINE – Agência Nacional de Cinema Criada em 2001, por meio da Medida Provisória 2.228-1 Agência reguladora cuja natureza jurídica é de autarquia federal Vinculada ao Ministério da Cultura em 2003 NATUREZA JURÍDICA Constitui-se hoje como o órgão oficial de fomento, regulação e fiscalização das indústrias cinematográfica e videofonográfica, dotada de autonomia administrativa e financeira. REGISTRO DE OBRAS CINEMATOGRÁFICAS E VIDEOFONOGRÁFICAS (COM EMISSÃO DE CPB) Registra as obras cinematográficas e videofonográficas que serão comercializadas em todos os segmentos de mercado Fornece os Certificados de Produto Brasileiro a obras nacionais REGISTRO DE EMPRESAS DE AUDIOVISUAL Registra as empresas de produção, distribuição, exibição de obras cinematográficas e videofonográficas nacionais ou estrangeiras RELATÓRIOS SOBRE DISTRIBUIÇÃO DE TÍTULOS Cobra relatórios semestrais sobre títulos nacionais e estrangeiros distribuídos por empresas distribuidoras e locadoras de obras cinematográficas para vídeo doméstico ou para venda direta ao consumidor, em qualquer suporte. PROGRAMAÇÃO DA TV A CABO Cobra a programação das empresas brasileiras responsáveis pelo conteúdo da programação dos canais dos serviços de comunicação eletrônica de massa por assinatura, sejam eles gerados no Brasil ou no exterior COMBATE À PIRATARIA Promove o combate à pirataria de obras audiovisuais, com aplicação de multas e sanções na forma da lei Executa a política nacional de fomento ao cinema formulada pelo Conselho Superior de Cinema CONSELHO SUPERIOR DO CINEMA Criado também em 2001, por meio da mesma Medida Provisória 2.228-1 NATUREZA JURÍDICA Órgão colegiado integrante da estrutura da Casa Civil da Presidência da República Responsável por definir a política nacional do cinema brasileiro CONDECINE - Contribuição para o Desenvolvimento da Indústria Cinematográfica Nacional Também foi instituída pelo mesmo instrumento legal FATO GERADOR Contribuição que tem como fato gerador a veiculação, a produção, o licenciamento e a distribuição de obras cinematográficas e videofonográficas com fins comerciais COBRANÇA Será devida uma única vez a cada cinco anos, para cada segmento de mercado, por título ou capítulo de obra cinematográfica ou videofonográfica.
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