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DERN_Geologia do RN[1]

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G e o l o g i a d o r i o g r a n d e d o N o r t e . 
(Tiago José de Castro – Geólogo) 2 
 
 
 
O Arcabouço Tectonoestrutural do Estado do Rio Grande do Norte esta dividido em: 
Coberturas Continentais Cenozóicas localizadas no centro do Estado onde se tem pouca 
expressão, Bacias Sedimentares Mesozóicas as quais bordejam toda costa e em alguns locais 
chegam até o centro do Estado, Magmatismo Brasiliano esta despeço em todo Complexo 
Cristalino, Domínio Jaguaribeano na porção extremo sudoeste, Domínio Rio Piranhas – Seridó 
fica na parte central entre o Domínio Jaguaribeano até o Domínio São José do Campestre que 
esta a leste (fig.1) 
 
Fig. 1- Mapa do Arcabouço Tectonoestrutural (Ma a Geológico do Estado do Rio Grande do Norte 1:500.00 – CPRM / FAPERN 
2006) 
Diagnóstico Espeleológico do Rio Grande do Norte - IBAM
p
A/CECAV/RN 11
 
Fig. 2-Mapa geológico do estado do Rio Grande do Norte. (modificado de Jardim de Sá et. al., 1994) 
 
Complexo Cristalino 
Inserido na região de dobramentos NE da Província Borborema o embasamento 
gnáissico-migmatítico, a granitogenese brasiliana junto com rochas supracrustais configuram 
um mosaico complexo de faixas moveis (brasiliana) e núcleos do embasamento (collage pré-
brasiliana) (fig.2). 
As litologias do embasamento são predominantemente rochas plutônicas máficas e 
ácidas, sendo as últimas divididas em duas suítes principais uma com composição tonalítica a 
granítica com afinidade cálcio-alcalina a cálcio-alcalina potássica e outra granodiorítica a 
granítica de afinidade subalcalina (Souza et al. 1993, Antunes 1999 e Jardim de Sá 1994). 
A seqüência metasedimentar (supracruatais) denominada como Grupo Seridó é 
dividida em: Formação Jucurutu: biotita gnaisses e biotita-anfibólios gnaisses predominantes, 
com lentes de rochas calcissilicáticas, mármores, quartzitos, metavulcânicas andesíticas, 
formações ferríferas, metachertes e metaconglomerados polimictos próximos a base. 
Formação Equador: muscovita quartzitos predominantes com fácies pura ou feldspática, com 
lentes de metaconglomerados polimictos ou com seixos de quartzo. 
Formação Seridó: biotita xistos podendo conter granada e/ou cordierita/estaurolita/ 
sillimanita/andaluzita/cianita, localmente com intercalações de mármores, rochas 
calcissilicáticas, quartzitos e metavulcânicas máficas; incluindo (clorita-sericita) muscovita - 
Diagnóstico Espeleológico do Rio Grande do Norte - IBAMA/CECAV/RN 12
biotita xistos e, localmente, filitos, metassiltitos e clorita xistos. (Mapa Geológico do Estado do 
Rio Grande do Norte 1:500.00 – CPRM / FAPERN 2006). 
Tanto o embasamento como a Faixa Seridó são intrudidos por granitóides diversos, são 
duas granitogeneses que afetaram estas rochas uma ligada ao evento transamazônico que são 
augen gnaisses de composição granítica a granodiorítica além de pegmatitos (por vezes 
metapegmatitos), ortognaisses tonalíticos e granodioríticos a leucogranitos, (Jardim de Sá, 
1994). São denominados de granitóides G2 por Jardim de Sá et al. – 1981 e ocorrendo sob 
forma de batólitos estruturalmente complexos, diques e sheets. O segundo tipo é conhecido 
como Granitóides Brasilianos, datações pelo método Rb/Sr em rocha total indica ser sin a 
tarditectônica do Ciclo Brasiliano (Jardim de Sá et. al., 1994). Nestes granitóides se reconhece 
5 suítes de acordo com suas características petrográficas e geoquímicas fornecendo uma 
divercidade de minerais. 
 
Bacia Potiguar 
Possuindo cerca de 48.000 km 2, sendo 40% emersos e 60% na plataforma e taludes 
continentais (Bertani et. al., 1990), limitando-se a norte e a leste com o Oceano Atlântico, a sul 
com o embasamento cristalino onde seus sedimentos estão sobrepostos discordantemente, e a 
noroeste com a bacia Pernambuco-Paraíba tanto os limites a sul, oeste e leste são dados por 
falhamentos do embasamento cristalino. A Bacia Potiguar desenvolveu-se sobre um substrato 
de rochas pré-cambrianas pertencentes à Província Borborema, cujos trends estruturais 
apresentam direção principal NE, além de um importante sistema de zonas de cisalhamento 
E-W e NE-SW (Almeida, F. M. & Hasui, Y. 1984). 
A litoestratigráfia da Bacia são os sedimentos e rochas sedimentares que foram 
depositadas a partir do Mesozóico discordantemente do embasamento cristalino. Associado a 
esta sucessão litológica ocorreram três eventos magmáticos distintos ao longo do Meso-
Cenozóico. 
Da base para o topo a Bacia esta dividida em três Grupos Areia Branca, Apodi e 
Agulha, (Araripe & Jeijó, 1994). 
Grupo Areia Branca é dividido em: 
Formação Pendência: arenitos muito finos até conglomeráticos, com intercalação de folhelhos e 
siltitos. Os sistemas deposicionais identificados são de leques aluviais e de sistemas flúvio-
deltáicos. 
Formação Pescada: arenitos médios, com intercalações de folhelhos e siltitos. O principal 
sistema deposicional é o de leques aluviais coalescentes. 
Formação Alagamar é constituída por dois membros: O Membro Upanema, caracterizado por 
arenitos finos e grossos e folhelhos; e o Membro Galinhos onde concentra arenitos, folhelhos e 
calcilutitos. Esses dois Membros são separados por uma seção pelítica informal denominada de 
Diagnóstico Espeleológico do Rio Grande do Norte - IBAMA/CECAV/RN 13
Camadas Ponta do Tubarão. Os sistemas deposicionais são flúvio-deltáicos (Membro 
Upanema), lagunar (Ponta do Tubarão) e nerítico (Membro Galinhos) (Souza, 1982). 
Sendo as duas primeiras Formações predominantemente siliciclástico esta relacionadas a fase 
rifte e a terceira à fase transicional (Bertani, R. T.; Costa, I. G. & Matos, R. M. D. 1990). 
A fase de deriva esta relacionada com o Grupo Apodi, composto pelas Formações Açu, 
Ponta do Mel e Jandaíra exibindo um aumento significativo de rochas carbonáticas para o 
topo, a esta seqüência flúvio-marinha estão relacionadas com a fase transgressiva. 
Formação Açu: dividida em quatro unidades litológicas informais, sendo elas Açu 1, Açu 2, Açu 
3 e Açu 4; onde representam respectivamente depósitos de leques, sistemas fluviais 
entrelaçados e meandrante, e sistema estuarinos de depósitos de planície marginal e de barras 
estuarinas, contendo também influencia das marés (Vasconcelos et al., 1990). 
Formação Ponta do Mel: constituída por calcarenitos oolíticos, dolomitos e calcilutitos, 
intercalados por folhelhos. Esta Formação interdigita-se latéralmente e recobre 
concordantemente a Formação Açu, e está recoberta pela Formação Quebradas. 
Formação Quebradas: dividi-se em dois Membros: Membro Redonda, composto por arenitos, 
folhelhos e siltitos, e o Membro Porto do Mangue caracterizado por folhelhos plataformais. 
Formação Jandaíra: são rochas calcárias de alta e baixa energia, principalmente calcarenitos 
bioclásticos e sedimentos finos e evaporiticos. Os sistemas deposicionais correspondentes são 
os sistemas de barra, planície de maré e sistemas de bancos (Apoluceno et al, 1995). Esta 
seqüência carbonática mergulha suavemente em direção da costa e é datada do intervalo 
Turoniano Inferior ou Campaniano Superior (± 90 a 70 Ma anos) (Cassab, 2003). 
Grupo Agulha relaciona-se com a fase regressiva este Grupo abrange os sistemas de 
leques costeiros, plataforma e talude. Seus sedimentos foram depositados entre o 
Neocampaniano e o Recente composto pelas Formações Ubarana, Guamaré, Tibau e Barreiras 
(Araripe, P. T. & Feijó, F. 1995; Pessoa Neto, O. C. 1999). 
Formação Ubarana: caracteriza-se por espessa seção de folhelhos e argilitos, entremeado por 
camadas relativamente delgadas de arenitos grossos a muito finos, siltitos e calcarenitos finos, 
caracterizando depósitos de talude e bacia. 
Formação Guamaré: são calcarenitos bioclásticos e calcilutitos, depositados em plataforma e 
taludes carbonáticos. 
Formação Tibau: constituída por arenitos grossos. O ambiente deposicional principal é o de 
leques costeiros. 
FormaçãoBarreiras: composta por conglomerados e arenitos ferruginosos friáveis de cor 
avermelhada a esbranquiçada, com matriz caolinítica e abundantes concreções latéríticas. 
Representam depósitos de sistemas aluviais, fluviais e costeiros. 
Depósitos Flúvio-dunares: representadas pelas coberturas mais recentes e são formados pelos 
depósitos de idade Quatérnária associados a sistemas fluviais e lacustres. 
Diagnóstico Espeleológico do Rio Grande do Norte - IBAMA/CECAV/RN 14
Magmatismo 
Magmatismo Rio Ceará - Mirim: caracteriza-se por um enxame de diques máficos de 
natureza toleítica. De idade entre 120 a 140 Ma (Projeto RADAMBRASIL, 1981 apud Araripe 
& Feijó, 1994); 
Magmatismo Serra do Cuó: durante o Campaniano/ Santoniano, concomitante à 
deposição da Plataforma carbonática da Formação Jandaíra, instalou-se um pulso ígneo de 
afinidade alcalina que “cozinhou” e soergueu os arenitos da Formação Açu. Tem idade de 86 ± 
6 Ma (Mizusaki, 1993 apud Araripe & Feijó, 1994); 
Magmatismo Macau: é o mais importante da Bacia Potiguar ocorrendo sob a forma de 
plugs, diques, derrames e soleiras de olivina basalto, localmente vesicular, afanítico, e 
algumas vezes com textura botrioidal (Mayer, 1974). Apresenta idades entre 29 e 45 Ma 
(Mizusaki, 1993 apud Araripe & Feijó, 1994). 
Diagnóstico Espeleológico do Rio Grande do Norte - IBAMA/CECAV/RN 15

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