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O Suporte (Papel)

Prévia do material em texto

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Professor: Ricardo Balieiro
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O papel é um material em folhas, com uma estrutura porosa e uma espessura regular. É constituído de uma trama de fibras entrelaçadas, quase sempre de natureza vegetal com um comprimento máximo de poucos milímetros.
O papel origina-se da suspensão aquosa de uma matéria fibrosa, pelo escoamento da água através da malha de uma tela sem fim e sucessiva secagem, por etapas, da folha úmida assim produzida. 
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Por volta do ano 105 d.c., Ts’ ai Lun, conselheiro da corte chinesa, criou o primeiro processo autêntico de fabricação de papel.
No século XII, os árabes introduziram um método aperfeiçoado de fabricação de papel na Europa.
Os irmãos Fourdrinier desenvolveram a primeira máquina industrial para fabricação de papel em 1804.
Em 1867, o americano Benjamin Tilghman aperfeiçoou a tecnologia de produção da pasta de madeira.
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O papel é composto de fibras vegetais.
Fabrica-se manualmente ou à máquina.
As fibras são divididas, selecionadas e maceradas em água, formando uma pasta que é depositada sobre uma tela sem fim (mesa plana) que funciona como peneira, onde a água escorre e, por pressão e secagem, é obtido o papel em folhas ou rolos.
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Todo papel é composto de pastas que, conforme a origem, apresentam qualidades diversas. O emprego dessas pastas, puras ou misturadas, determinará a espécie de papel.
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A) Pasta mecânica:
B) Pasta química:
C) Pasta de trapos:
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Uma certa proporção de cola é adicionada ao papel para dar mais firmeza e para que absorva menos tinta e suporte melhor a impressão.
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Pode ser:
Áspero ou liso
Macio ou acetinado
Prensado etc.
Nos dois lados ou de um só.
O tipo de polimento pode variar a qualidade 
e o preço do papel.
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Em 1911, a Associação de Engenheiros Alemães, criou um formato-padrão para o papel, conhecido como formato internacional ou “DIN” (Deutsche Industrie Normunque).
Este formato é baseado em um sistema métrico, que consiste numa série harmoniosa de modelos, criando-se um formato com o aproveitamento máximo do papel, desde um cartão de visitas a um jornal.
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No Brasil utilizamos com mais freqüência a série BB (66 x 96 cm), para papéis, e (50 x 65 cm) para cartões.
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O peso do papel é medido a partir do peso de um metro quadrado de papel dado em gramas (g/m²), que determina aproximadamente a espessura e transparência do mesmo.
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Devemos observar atentamente o suporte a ser escolhido, pois nem sempre o papel mais oneroso é o mais indicado para determinado trabalho.
Podemos estabelecer alguns parâmetros básicos para impressos em geral da seguinte forma:
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Jornais diários: papel jornal cuja característica básica é a alta porosidade, dificultando a qualidade do produto impresso, porém de baixo custo.
Impressos editoriais: a opção do papel para estes casos depende de análise do original em relação ao volume de texto e em relação ao volume de ilustração, isto é, se a predominância for de ilustrações, optaremos por papéis de acabamento polido, se for texto, optaremos por papel opaco. (ex: couchê e papel offset)
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Impressos publicitários: por utilizar muitos recursos visuais, o papel para este tipo de impresso deve ter características de fácil reprodução para ilustrações, quer sejam elas a traço ou tom contínuo. (ex: couchê, acetinado, textura linho, textura casca de ovo etc.)
Embalagens e impressos cartotécnicos: os tipos mais comuns são os kraft, manilha, cartões duplex e triplex, microondulado, etc. Estes devem ter como característica principal a resistência ao manuseio relacionado a choque, atrito, tração, empilhamento etc.
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Este estudo mostra que todo profissional das artes gráficas deve conhecer as características básicas para optar corretamente pelo tipo de suporte, levando em conta todas as necessidades que o impresso exige, quer seja relacionado à gramatura, ao sistema de impressão etc.
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COLLARO, Antonio Celso. Projeto Gráfico: teoria e prática da diagramação. São Paulo: Summus, 2000.
LORENZO, Baer. Produção Gráfica. São Paulo: Senac, 1999.

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