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Desenvolvimento Econômico

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NomeDesenvolvimento Econômico | Tema 00
 Ambiente Virtual de Aprendizagem (AVA)
Disciplina: Desenvolvimento Econômico
	Nome
	 LUCIANO PIRES DE CAMARGO
	RA
	 9902010488
	
Atividade Colaborativa
Ambiente Virtual de Aprendizagem (AVA)
Disciplina: Desenvolvimento Econômico
Atividade Colaborativa
Trabalho desenvolvido para a disciplina Desenvolvimento Econômico apresentado à Anhanguera Educacional como exigência para a avaliação na Atividade Colaborativa, sob orientação do tutor Marcelo Evangelista Vicente.
Anhanguera Educacional
2016
Introdução
Políticas econômicas são ações que o governo pode tomar para atuar e influir sobre os mecanismos de produção, distribuição e consumo de bens e serviços. No Brasil houveram alguns governos que tiveram políticas econômicas emblemáticas e que resultaram em grandes consequências para nosso país. Aqui serão abordadas as políticas econômicas dos governos Getúlio Vargas (Processos de industrialização), Juscelino Kubistchek (“Anos Dourados”), Regime Militar (“Década Perdida”) e Itamar Franco (Plano Real).
Descrição das políticas econômicas e suas consequências.
Era Getúlio Vargas
O governo de Getúlio Vargas ficou marcado com o Processo de industrialização no Brasil. A industrialização brasileira começa num modelo chamado de Substituição de Importações, ou seja, passa-se a produzir no Brasil o que até então era importado, com isso foca-se no mercado interno, mas a industrialização efetiva no Brasil só acontece pós décadas de 30 e 40, quando o governo Vargas cria efetivamente a industrialização, antes o Brasil possuía os chamados “Surtos industriais”, surgimento de atividades fabris, o princípio de atividade industrial, mas de uma maneira não consistente, duradoura. Não tornando o Brasil uma potência de economia industrial. A industrialização só ocorre de fato no governo Vargas graças a algumas ações, dentre elas, podem ser citadas o uso do capital oriundo do café, onde se vinha de um período conturbado, a crise de 1929 nos estados Unidos afetou o comércio internacional afetando também o preço do café, gerando assim um foco maior por parte do governo em outras atividades econômicas. Vargas de maneira inteligente aproveita todo esse capital, essa estrutura montada, mais pra frente ele vai consolidar as Leis Trabalhistas, criando a ideia de um trabalhador mais protegido, surgindo posteriormente a ideia do salário mínimo, criando um mercado mais forte. Com isso permite que o mercado interno se desenvolva e a indústria ter para quem se vender. O grande legado de Vargas é a criação das “Indústrias de base” que servem como alicerce para o funcionamento de outras indústrias, sem isso nenhum país do mundo consegue se industrializar de maneira efetiva, essa manobra se torna tão importante se analisarmos que as indústrias criadas nesse período, são até hoje empresas de extrema importância na economia brasileira, como destaque estão a CSN (Cia Siderúrgica Nacional) em Volta Redonda – RJ, conhecida como a “cidade do aço”, junto com ela a empresa Vale, na época Vale do Rio Doce, essas empresas trabalham com o minério de ferro e sua transformação em aço, fornecendo matéria prima para a produção de bens de consumo e bens de capital, mas isso não é suficiente para o bom funcionamento do processo de industrialização proposto por Vargas, é necessário a geração de energia, para suprir essa carência, é criada de forma inteligente a imensa Eletrobrás, uma empresa de produção elétrica, possibilitando o funcionamento de outras empresas e aliado a isso é criada a Petrobrás, produtora de combustível e o BNDE, um banco, hoje chamado de BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social), na época Vargas teve a intenção de criar um banco que pudesse impulsionar a industrialização, depois de todas essas ações ele cria uma ambiente perfeitamente favorável para todo o processo, matéria prima, energia, combustível e um banco forte para financiar, a partir daí o Brasil consegue crescer de maneira real, além desse processo, Vargas cria também alguns Conselhos como o do petróleo, águas e energia, cria o Novo Código de Minas, restringindo a atuação externa. A mineração e metalurgia restrita à empresas nacionais e nesse período a economia era dominada pelo Estado, chamado Nacional Desenvolvimentista que leva o avanço industrial brasileiro, que controlava toda a atividade mineradora. Esse processo de industrialização brasileira ganhou mais força posteriormente com Juscelino Kubitschek que será abordado na sequência.
Era Juscelino Kubitschek
O governo JK período que marca o fim da década de 50 e fica conhecido como “Anos Dourados”, esse termo fica marcado por conta de vários eventos que marcaram a Era JK. A primeira grande marca do governo JK é a Estabilidade Política, num período entre 1945 e 1964, ou seja, num período entre ditaduras, o governo JK é um raro exemplo de estabilidade política nesse período, e é construída por Juscelino graças a uma série de alianças que o presidente vai construir com diversos segmentos de oposição, minimizando então as rivalidades políticas e criando uma certa estabilidade para o seu governo, inclusive alianças com os próprios segmentos militares que não estavam de acordo com sua posse. Outro elemento que contribui para a estabilidade política para o governo Juscelino é o Crescimento Econômico, o governo JK consegue um crescimento acelerado para a economia brasileira, através de um plano de ação chamado de “Plano de Metas”. O Plano de Metas era baseado na ideia de tripé econômico, onde haveria o investimento de três capitais, o capital estatal fica com o setor de infraestrutura e base, o capital privado internacional, que é responsável pelos investimentos em bens de consumo duráveis e o privado nacional, responsável pelos investimentos em bens de consumo não duráveis. Um grande exemplo dessa interação dos três capitais é a indústria automobilística, o governo estimula a entrada das montadoras com a abertura de rodovias, as empresas internacionais entram no Brasil e o setor de autopeças, peças para reposição, fica ligado ao capital privado nacional. O Plano de Metas consegue fazer o Brasil crescer e é um marco no processo de industrialização brasileira e isso gera um certo clima de euforia, principalmente nos centros urbanos brasileiros junto á classe média que passam a ter acesso aos bens de consumos numa escala maior. Outro ponto que contribui para esse clima de euforia e reforça a expressão dos “Anos Dourados” é a conquista em 1958 do Campeonato Mundial de Futebol, triunfo que veio após dois fracassos em competições passadas e assim projetando o país como uma potência no futebol, esporte estimulado como um símbolo nacional desde a década de 30. Outro elemento de projeção nacional importante e também de orgulho foi a Bossa Nova, um ritmo genuinamente brasileiro que conquistou o mundo nesse mesmo período. Foi uma receita de sucesso para o governo JK, o país em crescimento e se projetando internacionalmente, enfim os “Anos Dourados”.
Regime Militar
Falando dos impactos da Ditadura Militar na economia brasileira, um período que começou como um “Milagre Econômico” e terminou na chamada “Década Perdida”. Com o Regime Militar veio o Programa de Ação Econômica do governo, o objetivo era a estabilização, a primeira medida do governo militar foi tentar controlar a inflação, através do arroxo salarial, é um acordo com o FMI (Fundo Monetário Internacional) com medidas duras de ajuste fiscal. Foram adotadas medidas como a correção monetária, a criação da Caderneta de Poupança e a inauguração do Banco Central. Castello Branco faz reformas que dão mais base para um crescimento econômico mais adiante. O Estado passou a investir em projetos de crescimento nas áreas de telecomunicações, construção de estradas, ampliação do sistema de geração e distribuição de energia elétrica, uma era de grandes obras, a Ponte Rio-Niterói, a Rodovia Transamazônica e as usinas nucleares, todas as ações visavam principalmente oaumento de investimentos estrangeiros no Brasil. A nova política permitia o financiamento nacional as indústrias de outros países, nesse período os EUA e países da Europa ofereciam crédito fácil para o Brasil e os empréstimos se multiplicaram, foi o agravamento da Dívida Externa Nacional. As empresas no Brasil sufocadas pela política de restrição de crédito em moeda nacional aceitavam assumir risco cambial. O Sistema Financeiro foi reestruturado, o comércio mundial se expandiu. Entre 1968 e 1973 a economia brasileira teve crescimento de 11% ao ano, era o chamado “Milagre Econômico”. Nem os economistas do governo acreditavam que isso iria acontecer, o país cresceu se tornou a oitava economia do mundo, por outro lado as políticas sociais ficaram esquecidas e a concentração de renda aumentou. A produção do “Milagre Econômico”, 40% dela, foi apropriada por 10 % da população. Houve um setor que foi particularmente bem tratado ao longo dessa trajetória, que foi o setor bancário comercial. A partir da década de 80, o modelo entrou em crise, em 1982 o país pede ajuda ao FMI, em 1983 a inflação atingiu 289%, os salários foram achatados, no ano seguinte o endividamento externo chegou aos 100 bilhões de dólares. A inflação se acelerou brutalmente e a Dívida Externa “esmagava” o Brasil. O erro do Regime Militar foi a maneira como se reagiu ao choque em 1979, em 79 houveram os aumentos dos preços do petróleo, das taxas de juros e a economia brasileira tinha que se adaptar a esse novo ambiente externo que era extremamente desfavorável. Ao invés do ajuste que deveria ser feito, a busca pelo crescimento continuou, gerando a “Década Perdida”.
Itamar Franco
O vice-presidente Itamar Franco chega ao poder depois que Fernando Collor de Mello renuncia pra escapar á cassação depois de escândalos de corrupção. O mineiro Itamar começa a governar sem cerimônia de posse, mas com um firme discurso defendendo a manutenção da democracia e o combate a corrupção. Em abril ele convoca um plebiscito para que a população na forma de governo que o país deveria seguir, o Presidencialismo ganha com larga vantagem sobre o Parlamentarismo e sobre a Monarquia. Em janeiro do mesmo ano, o novo presidente havia se reunido com líderes de 19 partidos com a proposta de um pacto de colaboração para combater a crise econômica, Itamar nomeia Fernando Henrique Cardoso, do PSDB para assumir o Ministério da Fazenda, FHC, como ficou conhecido, propõe uma reforma do Estado para combater a corrupção, as mudanças incluem uma redução de gastos públicos e a privatização de empresas. Esse plano econômico fica conhecido como “Plano Real”. Em julho de 1993, o governo decreta o corte de três zeros na moeda, que passa a se chamar Cruzeiro Real, a partir de março de 1994 a população começa a conviver com a Unidade Real de Valor, a URV era um índice que ajudava as pessoas a converterem o Cruzeiro Real para o Real, a nova moeda começaria a circular em julho. O Real chega ao mercado cheio de prestígio, valendo exatamente 1 dólar, o Plano consegue controlar a inflação e aumenta a atividade econômica do país. FHC ganha cada vez mais popularidade e lança sua candidatura para presidente nas eleições de 1994, ele ganha com mais de 50% dos votos, sem precisar de segundo turno.
Considerações finais.
Depois de analisar esses governos em específicos, podemos concluir que o as Políticas Econômicas de cada um teve sempre como principal desafio a conciliação entre a produção e consumo, onde por inúmeras vezes causaram grandes conflitos e desencadeando crises econômicas e consequentemente o aumento das desigualdades sociais, passando por grandes “vilões”, como é o caso da inflação que chegou a ser chamada de “hiperinflação”. Ainda temos muito a evoluir economicamente, mas há a certeza de que quando o governo se empenha pra resolver as questões econômicas sem se pensar em “economia de partidos”, onde sempre se há a troca de interesses entre partidos políticos e se pensa realmente em economia de uma maneira globalizada, focando no bem estar da população, atingimos um resultado satisfatório.
Referências bibliográficas 
http://www.cartamaior.com.br/?/Editoria/Economia/A-importancia-da-Industria/7/25035 
http://www.iseg.utl.pt/aphes30/docs/progdocs/FRANCISCO%20LUIZ%20CORSI.pdf 
http://ww4.unianhanguera.edu.br/servicos/arearestritaaluno/ 
http://estudosdiplomaticos.blogspot.com/2009/08/economia-brasileira-no-seculo-xix-2.html 
http://www.anhanguera.com/bibliotecas/normas_bibliograficas/index.html 
Anhanguera Educacional
2016
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