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* Plexos Nervosos Profª Luciana Karla Viana Barroso * Medula Espinhal Medula Espinhal (Termina ao nível de L1 - L2) -> Cone Medular -> Cauda Eqüina (Raízes nervosas) Substância Cinzenta: Internamente - Cornos Anterior/ Lateral / Posterior Substância Branca: Externamente - Funículos anterior/ lateral/posterior => Nervos Espinhais (31 pares): Mistos (Raiz dorsal - sensitiva + Raiz Ventral - Motora) Gânglio Espinhal (Sensitivo) – na raiz dorsal; * Corte Transversal da Medula Espinhal * * Medula Espinhal com Nervos Espinhais * Nervos Espinhais Espinhais (31 pares) Mantêm conexão com a Medula Espinhal/ n.n mistos - 8 nervos cervicais (C1 a C8); - 12 nervos torácicos (T1 a T12); - 5 nervos lombares (L1 a L5); - 5 nervos sacrais (S1 a S5); - 1 nervo coccígeo (Co1). * * * Nervos Espinhais e Raízes Nervosas Nervo Espinhal: constituído pela Raiz dorsal e Raiz ventral (Nervo Misto); Raiz: cada raiz consiste em feixes de fibras nervosas, sendo composta aproximadamente por ~ 1-8 radículas (feixes de fibras nervosas); Raiz Dorsal (sensitiva): possui um gânglio da raiz dorsal (gânglio sensitivo) – dilatação constituída por corpo do neurônio sensitivo. Raiz Ventral (motora): leva informações motoras ao músculo (efetor). => Interneurônio: neurônio de associação, conecta a raiz sensitiva à motora. * * * Arco Reflexo * Anatomia Transversal da Medula Espinhal Fissura Mediana Anterior - profunda; Sulco Mediano Posterior (Dorsal) - superficial; Posteriormente: Sulco Intermédio Dorsal (Divide os Fascículos Grácil e Cuneiforme); Sulco Póstero-lateral (Dorsolateral) – fixação da raiz dorsal; Anteriormente: Sulco Ântero-lateral (Ventrolateral) – saída das raízes ventrais. * * * * * Distribuição dos Nervos Espinhais Ramos - Após passar pelo forame intervertebral, o nervo espinhal se divide em vários braços (Ramos). => Ramo Posterior (Dorsal): - Atende aos músculos profundos e à pele da superfície dorsal do corpo; => Ramo Anterior (Ventral): - Atende aos músculos e estruturas dos membros superiores e inferiores e à pele das superfícies lateral e ventral do tronco. => Ramo Meníngeo: - Após sua origem no nervo espinhal, volta a entrar pelo forame intervertebral, indo inervar as vértebras, os ligamentos vertebrais, os vasos sangüíneos da medula espinhal e as meninges. => Ramos Comunicantes Branco e Cinzento: - Componentes do sistema nervoso autônomo. * * * Plexos Nervosos São redes de nervos espinhais de cada lado do corpo, formados pelos ramos anteriores dos nervos espinhais. Principais Plexos: - Cervical (C1 a C4): supre a pele e os músculos da cabeça, pescoço, parte superior dos ombros e o diafragma; n. frênico - Braquial (C5 a T1): constitui o suprimento nervoso para MMSS e uma série de músculos do pescoço e ombro; n. axilar, radial, ulnar, mediano e musculocutâneo - Lombar (L1 a L4) - supre a parede abdominal (ântero-lateral), os órgãos genitais externos e parte dos MMII; n. femoral - Sacral (L4 a S4): supre a região glútea, períneo e MMII; n. isquiático (ciático) Nervos Intercostais (T2 a T 11 – T12): não formam plexos, dirigindo-se diretamente para as estruturas inervadas. - Músculos intercostais, abdominais e pele do tórax e dorso; * * Plexo Braquial Constituído pelos ramos anteriores de C5 a C8 e T1. Passa superiormente à 1ª. costela, posterior à clavícula, entrando a seguir na axila, entre os músculos escalenos anterior e médio. Passa superior e posteriormente à artéria subclávia; Responsável pela inervação do ombro e membro superior; Anatomia do Plexo Braquial - Constituído por 5 raízes: C5, C6, C7, C8 e T1. - C5 e C6 se reúnem num só tronco: Tronco Primário Superior; - C7 – Tronco Primário Médio; - C8 e T1 – Tronco Primário Inferior. => Nervos: Axilar, Radial, Ulnar, Mediano e Musculocutâneo. => Contribuição: - Axilar: inerva os m. deltóide e redondo menor; - Musculocutâneo: inerva os músculos flexores do braço; - Radial: inerva os músculos da parte posterior do braço e do antebraço; - Mediano: inerva a maior parte dos músculos da parte anterior do antebraço e alguns músculos da mão; - Ulnar: inerva os músculos ântero-mediais do antebraço e a maioria dos músculos da mão. * * * * Plexo Braquial Raízes: - Ramos anteriores de C5 a C8 e T1; - Passam entre os músculos escaleno anterior e médio e passam superior e posteriormente à artéria subclávia. Troncos: - Os 3 troncos do plexo braquial passam lateralmente à 1ª. Costela e entram na axila; - Tronco Superior: raízes de C5 e C6; - Tronco Médio: continuação da raiz de C7; - Tronco Inferior: união da raiz de C8 e T1. Divisões: - Cada um dos 3 troncos do Plexo Braquial forma as divisões anteriores e posteriores. - As 3 divisões anteriores constituem partes do plexo braquial que formarão os nervos associados aos compartimentos anterior do braço e do antebraço; - As 3 divisões posteriores combinam-se para formar partes do plexo braquial que darão origem aos nervos associados aos compartimentos posteriores. * * * Plexo Braquial Fascículos - Os 3 fascículos originam-se das divisões e estão relacionados com a 2ª. Parte da artéria axilar. -> Fascículo Lateral: resulta da união das divisões anteriores do tronco superior e médio e, portanto, possui contribuições de C5 a C7. -> Fascículo Posterior: união das 3 divisões posteriores, com contribuição de todas as raízes do Plexo braquial (C5 a T1). -> Fascículo Medial: continuação da divisão anterior do tronco inferior, com contribuições de C8 a T1. * * Plexo Braquial (Inervação) n. Musculocutâneo – todos os músculos no compartimento anterior do braço (inerva a pele sobre a face ântero-lateral do antebraço); n. Mediano – inerva todos os músculos do compartimento anterior do antebraço, com duas exceções: n. Ulnar - m. flexor ulnar do carpo e parte do flexor profundo dos dedos (a metade medial do m. flexor profundo dos dedos) / inerva o 5˚ dedo e metade medial do 4˚); - A maioria dos músculos intrínsecos da mão é inervada pelo nervo ulnar, exceto: n. Mediano - os músculos da região tenar e dois músculos lumbricais laterais, os quais são inervados pelo nervo mediano (inerva a superfície palmar lateral do 1˚, 2˚ e 3˚ dedo e metade do 4˚); n. Radial - todos os músculos nos compartimentos posteriores do braço e antebraço (inervação da pele da superfície posterior do antebraço e da região dorsolateral da mão); * * Paralisia do Plexo Braquial Qualquer força capaz de modificar as relações anatômicas entre o pescoço, a cintura escapular e o úmero pode provocar lesão do plexo, visto que este se prende à 1ª. costela e ao processo coracóide da escápula; Mecanismos de Lesão: - Desvio lateral da cabeça, acompanhado do abaixamento da cintura escapular – provoca distensão dos nervos, comprimindo-os contra as 1ªs costelas, podendo resultar em Lesão da Porção Superior do Plexo (C5 e C6) => Paralisia de Erb-Duchenne; - Abdução exagerada do ombro acompanhada de tração sobre o braço – provoca distensão e compressão dos nervos sob o processo coracóide => Lesão da Porção Inferior do Plexo – Tronco médio e Inferior (C7, C8 e T1) => Paralisia de Klumpke ; A distensão vigorosa das raízes nervosas ou do tronco do plexo provoca lesões que variam desde o edema das bainhas nervosas, bloqueando a condução nervosa até a hemorragia e à formação de cicatrizes e inclusive até a ruptura completa dos axônios. * Lesões nos Nervos Espinhais Paralisia de Erb-Duchenne (raízes C5 e C6): Postura: adução do ombro, rotação interna do ombro, cotovelo estendido, antebraço pronado e punho em flexão. => Na paralisia que afeta a porção superior do braço (Paralisia tipo Erb) os seguintes músculos podem estar comprometidos: - Rombóides, Elevador da escápula, Serrátil anterior; - Deltóide, Supraespinhoso, Infraespinhoso; - Bíceps Braquial, Braquiorradial, Braquial; - Supinador e Extensores Longos do Carpo, dos Dedos e do Polegar. Paralisia tipo KLUMPKE: - Na Paralisia Baixa do Plexo – pode afetar os músculos extensores do carpo e dedos, assim como os músculos intrínsecos da mão; - Déficits: Atrofia dos músculos da Eminência Tenar e Hipotenar e Interósseos; - A mão adota a postura em garra – por ação dos Flexores dos dedos; * * Paralisia de ERB a D * * Paralisia do Plexo Braquial Prognóstico - Depende da gravidade da lesão do plexo; - Os prazos para a recuperação máxima variam entre 1 e 18 meses; A regeneração é pouco provável nos casos em que ocorreu ruptura completa dos axônios, porém a maioria das lesões é menos grave; => NEUROPRAXIA – edema e hemorragia existentes em volta das fibras nervosas lesadas, bainha de mielina e neurofibrilas -> provável recuperação espontânea, por volta de 1 mês, sem nenhuma incapacidade residual; => AXONOTMESIS – destruição do cilindro eixo, com preservação de nervo -> recuperação não completa provavelmente por volta dos 18 meses – Lesão Mista (crescimento das partes lesadas na razão de 1mm por dia); Portanto, a Regeneração da lesão da porção superior (ERB) pode completar-se no prazo de 4 a 5 meses; Nas lesões da Porção inferior do plexo (KLUMPKE) ele leva entre 7 e 9 meses; * Paralisia do Plexo Braquial Prognóstico (continuação) NEUROTMESIS – ruptura real da fibra nervosa, incluindo a bainha nervosa, não haverá recuperação ou será mínima; - A atrofia muscular torna-se evidente após as primeiras semanas, nos casos de ruptura total do axônio; - Na falta de recuperação, o membro deixará de crescer normalmente, à medida que a criança cresce, ele permanecerá visivelmente menor que o membro oposto normal; - A criança que apresenta paralisia completa, exibe um braço insensível e flácido, capaz de se deslocar em nível do ombro, mas que é completamente inútil; * Lesões do Plexo Braquial n. Axilar (Origem: C5 a C6) - inerva músculos dos ombros –> Paralisia de Muleta (lesão); n. Radial (Origem: C5 a C8, T1) – inerva parte posterior do braço, antebraço, mão e polegar e dois primeiros dedos -> Punho caído (incapacidade de levantar ou estender a mão em direção ao punho); n. Mediano (Origem: C5 a T1) – inerva antebraço e alguns músculos da mão (tenar e superfície palmar do 1˚,2˚,3˚ e metade do 4˚-> Incapacidade de pegar pequenos objetos (fraqueza dos flexores do punho, movimentos do polegar). n. Ulnar (Origem: C8 a T1) – inerva punho e diversos músculos da mão (maioria dos intrínsecos da mão) -> Lesão em “Mão Fechada” (incapacidade de esticar os dedos separados). Lesão do n. Torácico Longo (Origem: C5-C7) – paralisia do Serrátil Anterior, apresentando à elevação do braço, um afastamento da escápula da parede torácica e o braço não pode ser abduzido acima da posição horizontal: Escápula Alada. * * * * * * * Origem dos Nervos Espinhais Nervo Origem Distribuição Escapular Dorsal C5 m. Elevador da escápula, rombóides maior e menor (Dorsal da Escápula) Torácico Longo C5 a C7 m. Serrátil anterior Nervo para o m. Subclávio C5-C6 m. Subclávio Supra-escapular C5-C6 m. Supra-espinhal e infra-espinhal Musculo-cutâneo C5-C7 m. coracobraquial, braquial e bíceps braquial Peitoral Lateral C5 a C7 m. Peitoral maior Peitoral Medial C8-T1 m. Peitoral maior e Menor *Subescapular superior C5-C6 m. Subescapular (divisão posterior) *Tóraco-dorsal C5 a C8 m. Grande dorsal (divisão posterior) *Subescapular Inferior C5-C6 m. Subescapular e Redondo maior (divisão posterior) Axilar (circunflexo) C5-C6 m. Deltóide e Redondo menor (divisão posterior) Mediano C5 a T1 m. Flexores do antebraço, exceto Flexor Ulnar do Carpo e alguns da palma da mão (lateral), pele dos 2/3 laterais da palma da mão e dedos; Radial C5 a C8, T1 m. Tríceps braquial e outros extensores do braço e antebraço, pele da parte posterior do braço e antebraço, 2/3 laterais da mão e dedos, nas falanges proximais e médias; Braquial Cutâneo-Medial C8-T1 Pele das faces medial e posterior do 1/3 distal do braço. Antebraquial Cutâneo-Medial C8-T1 Pele das faces medial e posterior do antebraço Ulnar C8-T1 m. flexor ulnar do carpo, parte do flexor profundo dedos, maior parte dos músculos da mão, pele da face medial da mão, dedo mínimo e metade medial do anular. * * *
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