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Macroeconomia - IS/LM - Políticas Fiscal e Monetária

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Macroeconomia
O modelo Keynesiano e as políticas econômicas
 O Modelo Keynesiano divide a economia em dois lados:
– Lado real (IS): mercado de bens e serviços e mercado de trabalho. Gastos com consumo, investimento produtivo (em negócios), despesas do governo e exportações.
– Lado monetário (LM): mercado financeiro e de títulos. Aplicações financeiras – investimentos especulativos.
Para Keynes, o crescimento econômico de um país (PIB) se dá a partir das mudanças observadas no “lado real” da economia.
No lado monetário, estamos falando dos investimentos financeiros (especulativos), que são viabilizados através de um deslocamento para cima das taxas de juros. 
Motivo: teoria da preferência pela liquidez: quando os juros estão atrativos, as pessoas preferem manter seus valores na forma mais líquida possível, isto é, na forma de dinheiro ou de depósitos à vista, para investir nos mercados financeiros especulativos.
A moeda: 
Conceito: objeto aceito pela coletividade para intermediar as transações econômicas para o pagamento de bens e serviços.
Funções da moeda:
• instrumento ou meio de trocas;
• denominador comum monetário;
• reserva de valor.
Por que as pessoas demandam moeda?
• Demanda de moeda para transações (gastos do dia a dia);
• Demanda de moeda por precaução (imprevistos);
• Demanda de moeda por especulação (manter liquidez imediata para a captação de oportunidades de aplicação)
Criação de moeda:
No Brasil o BC (Banco Central) regula o montante de moeda, crédito, taxas de juros e câmbio, de forma compatível com o nível de atividade econômica. Ele é responsável por executar política monetária: controle da oferta da moeda e crédito (através de alterações na SELIC, compulsórios, compra e venda de títulos públicos)
Além do BC, os bancos comerciais também “criam” moeda. 
 Política Econômica:
Conceito: intervenção do governo na economia com o objetivo de manter elevados níveis de emprego e elevadas taxas de crescimento econômico com estabilidade de preços.
Objetivos: crescimento econômico (PIB) e do emprego, controle do nível geral de preços (inflação) equilíbrio nas contas externas, manutenção de uma taxa de câmbio adequada, boa distribuição de renda, controle das contas públicas.
Que ferramentas o governo utiliza para atingir tais objetivos?
• Política fiscal: A política fiscal é utilizada para estimular ou inibir o consumo do setor privado, através do controle dos gastos públicos e tributos.
- Com mais impostos, há menor renda disponível para consumo;
- Com mais gastos do governo, há maior estímulo ao consumo.
O saldo t – g pode se apresentar de 3 formas: igual a 0, superávit e déficit.
A política fiscal é considerada expansionista quando o governo aumenta seus gastos e/ou os tributos, elevando a renda, em outras palavras, aumenta o déficit. (Curva IS se desloca para a direita)
“ Implica em redução do desemprego e consequente aumento do consumo. Com mais consumo, os estoques inesperadamente caem, estimulando os empresários a investirem na produção gerando mais empregos, aumentado ainda mais o consumo que se espalha nos vários setores da economia, expandindo a demanda agregada. Com mais renda, o preço da moeda, que é a taxa de juros, sobe, porque os agentes econômicos demandam mais para fazer transações. ”
A política é considerada contracionista quando o governo diminui os gastos e/ou os impostos, diminuindo a renda, em outras palavras, aumenta o superávit. (Curva IS se desloca para a esquerda)
Curva IS
Investimento é função da taxa de juros (r) e não da renda; i = Ia – i0.r, onde i0 elasticidade
IS representa pontos de equilíbrio no mercado de bens e serviços (I+G+X=S+T+M)
Acúmulo estoque (à direita) e redução de estoques (à esquerda) pontos de desequilíbrio
Inclinação (muito íngrime) I pouco sensível à variações na taxa de juros e (“achatada”) I muito sensível à variações nas taxa de juros
r = A/|i0| – y/(|i0|.k) equação IS
Eficácia da política fiscal
Armadilha da liquidez:
Se a economia está na armadilha da liquidez, um aumento no gasto público tem seu efeito multiplicador pleno sobre o nível de equilíbrio da renda. Como não há mudança na taxa de juros associada à mudança no gasto público, nenhum gasto com investimento é reduzido (não há efeito crowding out).
Caso Clássico:
Se a curva LM é vertical, então um aumento no gasto público não produz nenhum efeito sobre o nível de equilíbrio da renda, gerando apenas um aumento na taxa de juros. Nesse caso o efeito crowding out é máximo. Se o gasto público é alterado e o produto permanece o mesmo, haverá uma compensação na redução dos gastos privados. 
Para evitar o efeito crowding out as autoridades monetárias podem acomodar a expansão fiscal por meio de um aumento da oferta de moeda. Assim, o Banco Central busca evitar que as taxas de juros aumentem.
Efeito impedimento ou Crowding Out
A elevação da taxa de juros faz com que o investimento diminua, amenizando o impacto da política fiscal expansionista. Isto é chamado de efeito deslocamento (crowding out). Neste caso, o efeito deslocamento é parcial, provocando um efeito positivo sobre a renda. O crowding out ocorre quando a política fiscal expansionista faz com que as taxas de juros aumentem, reduzindo dessa forma o gasto privado, especialmente o investimento. Uma política fiscal contracionista provocaria uma queda tanto na renda quanto na taxa de juros.
“A política fiscal expansionista traz como consequência a elevação da taxa de juros. O empresário que investia na produção, sente-se estimulado a deslocar o investimento produtivo para investimento especulativo, aplicando um juros maior, o que reduz o potencial do multiplicador”.
Política monetária: Age diretamente sobre o controle da quantidade de dinheiro em circulação, visando defender o poder de compra da moeda (evitar inflação, equilibrando os juros)
– Política monetária contracionista: visa reduzir a quantidade de moeda em circulação (retirar dinheiro do mercado – diminuição da renda) - AUMENTO DOS JUROS - Curva LM se desloca para esquerda
– Política monetária expansionista: visa aumentar a quantidade de moeda em circulação (injetar dinheiro no mercado – elevação da renda) - REDUÇÃO DOS JUROS - Curva LM se desloca para direita
Aumento na oferta de moeda (expansionista)
 Curva LM
LM representa pontos de equilíbrio no mercado de moeda (Oferta = Demanda)
Demanda total de moeda = Transação + Especulação
Transação f(y)= a.y
Especulação f(r)= D – d.r; d elasticidade
Oferta de Moeda (Ms) dada pelo BC
Oferta real (Ms/P), onde P índice preços
r = -[(Ms/P – D)/|d|)] + (a/|d|).y equação LM
Armadilha de Liquidez 
Nesse caso o público está preparado para reter qualquer quantidade de moeda que seja ofertada a dada taxa de juros. A política monetária não consegue deslocar a curva LM, que é horizontal, não tendo poder, portanto, para afetar a taxa de juros. Assim, aumentos na oferta monetária geram uma ampliação na mesma proporção na demanda por moeda. 
Caso Clássico
No caso clássico, a demanda por moeda é completamente insensível à taxa de juros e a curva LM é vertical. 
Mecanismos para executar política monetária:
a) Depósitos Compulsórios:
• Reservas bancárias que cada banco comercial é obrigado a manter junto ao Banco Central do Brasil – BACEN.
• Esse montante é calculado como um percentual do dinheiro nos bancos, sendo que, quanto maior esse percentual, menos dinheiro os bancos têm para destinar ao público, o que tende a aumentar a taxa de juros e reduzir a inflação.
• Por outro lado, menos crédito ao público pode influenciar negativamente no crescimento econômico
OBS: os depósitos compulsórios também têm a função de garantir a liquidez do sistema bancário (evitar quebras dos bancos).
b) Compra e venda de títulos públicos (“Open Market”):
Títulos públicos são documentos emitidos e garantidos pelo governo que dão ao portador o certificado de propriedade de um determinadovalor. Esses títulos oferecem rendimentos variados, de acordo com suas características.
• Quando o BC vende títulos públicos, recebe dinheiro dos compradores, o que reduz o dinheiro em circulação no mercado, ajudando a frear a inflação. Inversamente, quando o BC compra títulos no mercado, está aumentando a oferta monetária, o que tende a elevar a inflação.
Eficácia da Política Monetária (as inclinações das curvas IS e LM)
A política monetária será mais eficaz quanto maior a capacidade de uma variação na quantidade de moeda afetar a taxa de juros.
Sensibilidade juros da demanda por moeda (h) – se a demanda por moeda é muito sensível à taxa de juros, uma pequena variação na taxa de juros será suficiente para ajustar o mercado monetário. Esta pequena variação na taxa de juros irá provocar um efeito pequeno sobre o investimento. Assim, quanto maior h, menor será a eficácia da política monetária; 
Sensibilidade juros do investimento (b) – se os investimentos são muito sensíveis em relação à taxa de juros, uma dada ampliação da moeda provocará uma grande variação nos investimentos (mesmo que a taxa de juros caia pouco). 
Assim, quanto maior a inclinação da LM e quanto menor a inclinação da IS mais eficaz a política monetária.
Influência da taxa de juros e do multiplicador keynesiano na eficácia da política fiscal e monetária:
 Quanto maior a sensibilidade dos investimentos em relação à taxa de juros, maior a eficácia da política monetária.
 Exemplo: considere uma política monetária expansionista, que reduza as taxas de juros. Isso fará com que a rentabilidade das aplicações financeiras fique baixa. Se os investidores forem sensíveis a essa redução, o investimento produtivo e o consumo aumentarão, contribuindo para o crescimento da demanda agregada. 
Quanto maior a sensibilidade da demanda especulativa relativamente à taxa de juros, menor eficácia da política monetária.
Exemplo: considere novamente uma política monetária expansionista, que reduza as taxas de juros. Isso fará com que a rentabilidade das aplicações financeiras fique baixa. As pessoas, ao invés de aumentar os investimentos produtivos, podem decidir guardar dinheiro para especulação (aguardando uma melhoria no cenário dos juros). Nessa situação, chamada de “armadilha da liquidez”, a política monetária perde efeito, restando a política fiscal como alternativa.
 Quanto maior o valor do multiplicador keynesiano de gastos, maior eficácia da política fiscal.
Exemplo: considere uma política fiscal expansionista. Nesse caso, o impacto positivo sobre o nível de atividade econômica e sobre o emprego será tão maior quanto for o efeito multiplicador keynesiano.
Pontos fora da curva IS-LM
Para pontos fora da IS o ajustamento ocorre por meio da variação da produção. Já para os pontos fora da LM o ajuste se dá por meio da variação da taxa de juros.
A região A caracteriza-se pelo excesso de oferta de bens e de moeda, pressionando tanto a queda na taxa de juros e da renda; 
A região B caracteriza-se pelo excesso de oferta de moeda (pressão para a queda da taxa de juros) e excesso de demanda de bens (pressionando um aumento na produção);
Na região C há excesso de demanda de bens e de moeda e, na região D há excesso de oferta de bens e excesso de demanda de moeda.
Modelos:
 
 Armadilha de Liquidez Keynesiano Simples
 IS eficaz – LM ineficaz IS eficaz – LM ineficaz
 
 Clássico Keynesiano Generalizado
IS ineficaz – Crowding Out total 
LM – Eficaz 
Modelo Keynesiano Simples
Funções:
Consumo: c= C + b. yd, onde b = PMgC
Poupança: s= -S + (1 – b). Yd, onde (1 – b) = PMgS
Tributo t = Ta + t0.y, onde t0 é a PMgT=alíq IR
Importação: m = Ma + m0.y onde m0 é a PMgM
Investimento: i = Ia + i0.r, onde i0 é a elasticidade do investimento frente à taxa de juros
G = Ga
X = Xa
I = Ia
A = C + Ia + Ga + Xa – b.Ta – Ma
Multiplicador Keynesiano: 
K= 
 
Modelo Keynesiano Generalizado - Modelo IS-LM
Determinação da renda e taxa de juros de equilíbrio IS = LM
IS: Y = C(yd) + I(r) + G + X – M(y)
LM: Ms/P = Mt (y) + Me(r)
Determinação da função da demanda agregada (P como variável na LM)
				 IS = LM (iguala r com r)
				 y = f(P)
	
Políticas
	Expansionista
Aumento do consumo, investimento e, consequentemente, do PIB e da inflação. 
	Contracionista
Diminuição do consumo, desaceleração dos investimentos e, consequentemente, diminuição do PIB e da inflação.
	Monetária
	Redução dos juros
	Aumento dos juros
	Fiscal
	Diminuição dos impostos, aumento dos gastos do governo 
	Aumento dos impostos, diminuição dos gastos do governo

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