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FSalvato-200702-Resumo

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PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM GENÉTICA E MELHORAMENTO DE PLANTAS 
LGN 5799 – Seminários em Genética e Melhoramento de Plantas 
 
Departamento de Genética 
Avenida Pádua Dias, 11 - Caixa Postal 83, CEP: 13400-970 - Piracicaba - SP 
http://www.genetica.esalq.usp.br/semina.php 
 
 
EPIGENÉTICA 
 
Aluna: Fernanda Salvato 
Orientador: Carlos Alberto Labate 
 
 
O seqüênciamento genômico de diversas espécies nos trouxe rápida expansão do 
conhecimento sobre os processos biológicos nas plantas e animais. No entanto, além da 
seqüência primária de DNA, a organização da cromatina exerce função chave na determinação 
de padrões de expressão gênica: regiões menos compactadas da eucromatina são mais 
acessíveis à transcrição. Logo, a mesma seqüência gênica pode ser expressa normalmente ou 
transcricionalmente silenciada dependendo da conformação da cromatina – eucromatina ou 
heterocromatina. Assim, a epigenética surge como essencial para a genômica funcional 
revolucionando a genética molecular. 
 O termo epigenética refere-se a todas as mudanças reversíveis e herdáveis no genoma 
funcional que não alteram a seqüência de nucleotídeos do DNA. Inclui o estudo de como os 
padrões de expressão são passados para os descendentes; como ocorre a mudança de 
expressão espaço temporal de genes durante a diferenciação de um tipo de célula e como 
fatores ambientais podem mudar a maneira como os genes são expressos. A pesquisa na área 
da epigenética alcança implicações na agricultura, na biologia e doenças humanas, incluindo o 
entendimento sobre células tronco, câncer e envelhecimento. 
 Existem três mecanismos principais de alterações epigenéticas: metilação do DNA, 
modificações de histonas e ação de RNAs não codificadores. Os padrões de metilação de DNA 
são os mais estudados e melhor entendidos dentre estes mecanismos, embora modificações 
de histonas também sejam bastante discutidas. 
 A metilação do DNA está relacionada normalmente ao silenciamento de genes. Ela 
ocorre em 70 a 80% nas ilhas CpG que estão associadas aos promotores gênicos. A 
conformação da cromatina relaciona-se com a metilação, ou seja, regiões altamente metiladas 
estão associadas à heterocromatização. 
 As modificações de histonas melhor estudadas são as acetilações, fosforilações e 
ubiquitinações, formando o que chamamos de código de histonas determinando a conformação 
da cromatina. Já a ação de RNAs não codificadores está relacionada ao silencimento pós-
transcricional de genes através do mecanismo de RNA de interferência onde ocorre o bloqueio 
da tradução ou degradação do RNAm alvo. Além, da ação bloqueadora da transcrição, os 
siRNA podem ser associados à metilação de seqüências de DNA. 
 
 
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM GENÉTICA E MELHORAMENTO DE PLANTAS 
LGN 5799 – Seminários em Genética e Melhoramento de Plantas 
 
Departamento de Genética 
Avenida Pádua Dias, 11 - Caixa Postal 83, CEP: 13400-970 - Piracicaba - SP 
http://www.genetica.esalq.usp.br/semina.php 
 
 
 Todos estes mecanismos parecem estar interligados para a organização estrutural da 
cromatina tornando-a mais acessível ou não aos fatores de transcrição. 
 As mudanças epigenéticas são fortemente influenciadas pelo ambiente. Qualquer 
alteração ambiental, ataque de patógenos, tipo de alimentação pode acarretar em mudanças 
epigenéticas. O estresse ambiental, incluindo a hibridação e a poliploidização, são 
determinantes na ocorrência de variações epigenéticas. 
 Sendo assim, a epigenética está intimamente relacionada com o aumento de 
variabilidade fenotípica dos indivíduos resultando em relevante importância para a evolução 
também. 
 
 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS RECOMENDADAS 
 
Bender, J. (2004) DNA METHYLATION AND EPIGENETICS. Annu. Rev. Plant Biol. 2004. 
55:41–68 
 
Grant-Downton, R.T. & Dickinson, H.G.. (2005). EPIGENETICS AND ITS IMPLICATIONS FOR 
PLANT BIOLOGY. 1. THE EPIGENETIC NETWORK IN PLANTS. Annals of Botany 96: 
1143–1164. 
 
Sung, S. & Amasino, R.M. (2004). VERNALIZATION AND EPIGENETICS: HOW PLANTS 
REMEMBER WINTER. Current Opinion in Plant Biology 2004, 7:4–10 
 
Birdi, A. (2002). DNA METHYLATION PATTERNS AND EPIGENETIC MEMORY. Genes & 
Development 16:6–21. 
 
Rapp, R.A. & Wendel, J.F. (2005). EPIGENETICS AND PLANT EVOLUTION. New Phytologist 
168 : 81–91

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