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MaterialAulaReforma EleitoralLEI 13165

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DIREITO ELEITORAL
KARINA JAQUES
Breve análise da Lei da Reforma Eleitoral - Lei nº 13.165/2015,
que alterou as Leis nº 9.096/1995 (Lei dos Partidos Políticos), nº
9.504/1997 (Lei das Eleições), e nº 4.737/1965 (Código Eleitoral).
Objetivos da Reforma Eleitoral
redução dos custos das campanhas eleitorais;
simplificação da administração das agremiações partidárias;
incentivo à participação feminina na política.
DIREITO ELEITORAL
KARINA JAQUES
Breve análise da Lei da Reforma Eleitoral - Lei nº 13.165/2015, e
suas alterações na Lei nº 9.096/1995 (Lei dos Partidos Políticos).
Registro partidário – Alteração na Lei 9096/95 (Lei dos Partidos)
Art. 7º (...)
§ 1o Só é admitido o registro do estatuto de partido político que
tenha caráter nacional, considerando-se como tal aquele que
comprove, no período de dois anos, o apoiamento de eleitores
não filiados a partido político, correspondente a, pelo menos,
0,5% (cinco décimos por cento) dos votos dados na última
eleição geral para a Câmara dos Deputados, não computados os
votos em branco e os nulos, distribuídos por um terço, ou mais,
dos Estados, com um mínimo de 0,1% (um décimo por cento) do
eleitorado que haja votado em cada um deles. (Redação dada
pela Lei nº 13.165, de 2015)
Registro partidário
ANTES: Não havia a exigência do período de dois anos
DEPOIS: Exigência do período de dois anos.
O restante do dispositivo não sofreu alteração.
Mudança de partido - Alteração na Lei 9096/95 (Lei dos
Partidos)
Acrescentou o Art. 22-A
Art. 22-A. Perderá o mandato o detentor de cargo eletivo que se
desfiliar, sem justa causa, do partido pelo qual foi
eleito. (Incluído pela Lei nº 13.165, de 2015)
Parágrafo único. Consideram-se justa causa para a desfiliação
partidária somente as seguintes hipóteses: (Incluído pela Lei nº
13.165, de 2015)
I - mudança substancial ou desvio reiterado do programa
partidário; (Incluído pela Lei nº 13.165, de 2015)
II - grave discriminação política pessoal; e (Incluído pela Lei nº
13.165, de 2015)
III - mudança de partido efetuada durante o período de trinta
dias que antecede o prazo de filiação exigido em lei para
concorrer à eleição, majoritária ou proporcional, ao término do
mandato vigente. (Incluído pela Lei nº 13.165, de 2015)
Manifestou-se o TSE, em decisões já reiteradas, que os
mandatos pertencem aos partidos políticos. Se determinado
candidato é eleito como filiado a um partido, não poderá, por
mera vontade, mudar de legenda, e levar o mandato para outro
partido.
O TSE já havia disciplinado a questão através da Resolução
22.610/2007, que dispunham sobre quatro hipóteses de justa
causa para desfiliação partidária, sem que ocorresse a perda do
cargo. Tal Resolução foi questionada em sede do STF, quanto a
sua constitucionalidade. Vejamos:
“Fidelidade partidária. Ação direta de inconstitucionalidade
ajuizada contra as Resoluções 22.610/2007 e 22.733/2008, que
disciplinam a perda do cargo eletivo e o processo de justificação
da desfiliação partidária. Síntese das violações constitucionais
arguidas. Alegada contrariedade do art. 2º da resolução ao art.
121 da Constituição, que ao atribuir a competência para
examinar os pedidos de perda de cargo eletivo por infidelidade
partidária ao TSE e aos TRE, teria contrariado a reserva de lei
complementar para definição das competências de tribunais,
juízes e juntas eleitorais (art. 121 da Constituição).
Suposta usurpação de competência do Legislativo e do Executivo
para dispor sobre matéria eleitoral (art. 22, I; arts. 48 e 84, IV, da
Constituição), em virtude de o art. 1º da resolução disciplinar de
maneira inovadora a perda do cargo eletivo. Por estabelecer
normas de caráter processual, como a forma da petição inicial e
das provas (art. 3º), o prazo para a resposta e as consequências
da revelia (art. 3º, caput e parágrafo único), os requisitos e
direitos da defesa (art. 5º), o julgamento antecipado da lide (art.
6º), a disciplina e o ônus da prova (art. 7º, caput e parágrafo
único; e art. 8º), a resolução também teria violado a reserva
prevista no art. 22, I; arts. 48 e 84, IV, da Constituição.
Ainda segundo os requerentes, o texto impugnado discrepa da
orientação firmada pelo STF nos precedentes que inspiraram a
resolução, no que se refere à atribuição ao MPE e ao terceiro
interessado para, ante a omissão do partido político, postular a
perda do cargo eletivo (art. 1º, § 2º). Para eles, a criação de nova
atribuição ao MP por resolução dissocia-se da necessária reserva
de lei em sentido estrito (art. 128, § 5º, e art. 129, IX, da
Constituição). Por outro lado, o suplente não estaria autorizado
a postular, em nome próprio, a aplicação da sanção que
assegura a fidelidade partidária, uma vez que o mandato
‘pertenceria’ ao partido.)
Por fim, dizem os requerentes que o ato impugnado invadiu
competência legislativa, violando o princípio da separação dos
Poderes (arts. 2º e 60, § 4º, III, da Constituição). O STF, por
ocasião do julgamento dos MS 26.602, 26.603 e 26.604
reconheceu a existência do dever constitucional de observância
do princípio da fidelidade partidária. Ressalva do entendimento
então manifestado pelo ministro relator. Não faria sentido a
Corte reconhecer a existência de um direito constitucional sem
prever um instrumento para assegurá-lo.
As resoluções impugnadas surgem em contexto excepcional e
transitório, tão somente como mecanismos para salvaguardar a
observância da fidelidade partidária enquanto o Poder
Legislativo, órgão legitimado para resolver as tensões típicas da
matéria, não se pronunciar. São constitucionais as Resoluções
22.610/2007 e 22.733/2008 do TSE.” (ADI 3.999 e ADI 4.086, Rel.
Min. Joaquim Barbosa, julgamento em 12-11- 2008, Plenário,
DJE de 17-4-2009.)
ANTES: Hipóteses de justa causa disciplinada pela Resolução
22.610/2007:
• incorporação ou fusão do partido;
• criação de novo partido;
• mudança substancial ou desvio reiterado do programa
partidário;
• grave discriminação pessoal.
DEPOIS: Hipóteses de justa causa disciplinada pela Lei
13.165/2015:
Art. 22-A, parágrafo único
I - mudança substancial ou desvio reiterado do programa
partidário;
II - grave discriminação política pessoal;
III - mudança de partido efetuada durante o período de trinta
dias que antecede o prazo de filiação exigido em lei para
concorrer à eleição, majoritária ou proporcional, ao término do
mandato vigente.
Hipótese da janela
É o momento no qual o candidato poderá mudar de partido sem
sofrer a perda do mandato para o qual foi eleito. Este momento
corresponde ao período de 30 dias antes dos seis meses que
antecedem o pleito.
Vejamos
Art. 22-A, parágrafo único, III da Lei 13.165/2015
(...)mudança de partido efetuada durante o período de trinta
dias que antecede o prazo de filiação exigido em lei para
concorrer à eleição, majoritária ou proporcional, ao término do
mandato vigente.
Hipótese da janela: Qual seria exatamente este momento?
Exemplo:
Início do Mandato de 4 anos Último ano do Mandato
Hipótese de Janela (30 dias antes dos seis meses que
antecedente o pleito, ou seja, mês de abril) maio, junho,
julho, agosto, setembro, outubro (pleito).
Caso seja um político com mandato de 4 anos, a hipótese de
janela ocorreria com 3 anos e 3 meses de mandato.
Prestação de Contas – Alteração do Art. 34 da Lei 9.096 –
Eliminação da exigência de fiscalização sobre a escrituração
contábil das legendas.
Art. 34. A Justiça Eleitoral exerce a fiscalização sobre a
prestação de contas do partido e das despesas de campanha
eleitoral, devendo atestar se elas refletem adequadamente a
real movimentação financeira, os dispêndios e os recursos
aplicados nas campanhas eleitorais, exigindo a observação das
seguintes normas: (Redação dada pela Lei nº 13.165, de 2015)
I - obrigatoriedade de designaçãode dirigentes partidários
específicos para movimentar recursos financeiros nas
campanhas eleitorais; (Redação dada pela Lei nº 13.165, de
2015)
II - (revogado); (Redação dada pela Lei nº 13.165, de 2015)
III - relatório financeiro, com documentação que comprove a
entrada e saída de dinheiro ou de bens recebidos e
aplicados; (Redação dada pela Lei nº 13.165, de 2015)
IV - obrigatoriedade de ser conservada pelo partido, por prazo
não inferior a cinco anos, a documentação comprobatória de
suas prestações de contas; (Redação dada pela Lei nº 13.165, de
2015)
V - obrigatoriedade de prestação de contas pelo partido político
e por seus candidatos no encerramento da campanha eleitoral,
com o recolhimento imediato à tesouraria do partido dos saldos
financeiros eventualmente apurados. (Redação dada pela Lei nº
13.165, de 2015)
§ 1o A fiscalização de que trata o caput tem por escopo
identificar a origem das receitas e a destinação das despesas
com as atividades partidárias e eleitorais, mediante o exame
formal dos documentos fiscais apresentados pelos partidos
políticos e candidatos, sendo vedada a análise das atividades
político-partidárias ou qualquer interferência em sua
autonomia. (Redação dada pela Lei nº 13.165, de 2015)
§ 2o Para efetuar os exames necessários ao atendimento do
disposto no caput, a Justiça Eleitoral pode requisitar técnicos do
Tribunal de Contas da União ou dos Estados, pelo tempo que for
necessário. (Incluído pela Lei nº 12.891, de 2013)
ANTES: Constituição de comitês para movimentar os recursos e
caracterização de responsabilidade civil e criminal do dirigente
do partido, do comitê e do tesoureiro em relação às contas.
DEPOIS: Os partidos não estão obrigadas a constituir comitês
para a movimentação de recursos financeiros nas campanhas
eleitorais, devendo apenas designar dirigentes partidários
específicos para tal atribuição. Omitiu-se, no art. 34, a
responsabilização civil e criminal dos dirigentes.
Desaprovação das contas – Alteração do Art. 32 da Lei 9096/95
Art. 32. O partido está obrigado a enviar, anualmente, à Justiça
Eleitoral, o balanço contábil do exercício findo, até o dia 30 de
abril do ano seguinte.
§ 1º O balanço contábil do órgão nacional será enviado ao
Tribunal Superior Eleitoral, o dos órgãos estaduais aos Tribunais
Regionais Eleitorais e o dos órgãos municipais aos Juízes
Eleitorais.
§ 2º A Justiça Eleitoral determina, imediatamente, a publicação
dos balanços na imprensa oficial, e, onde ela não exista, procede
à afixação dos mesmos no Cartório Eleitoral.
§ 3o (Revogado). (Redação dada pela Lei nº 13.165, de 2015)
§ 4o Os órgãos partidários municipais que não hajam
movimentado recursos financeiros ou arrecadado bens
estimáveis em dinheiro ficam desobrigados de prestar contas à
Justiça Eleitoral, exigindo-se do responsável partidário, no prazo
estipulado no caput, a apresentação de declaração da ausência
de movimentação de recursos nesse período. (Incluído pela Lei
nº 13.165, de 2015)
§ 5o A desaprovação da prestação de contas do partido não
ensejará sanção alguma que o impeça de participar do pleito
eleitoral. (Incluído pela Lei nº 13.165, de 2015)
ANTES: O § 3º determinava que no ano em que ocorrem
eleições, o partido deveriam enviar balancetes mensais à Justiça
Eleitoral, durante os quatro meses antes e os dois meses depois
do pleito.
DEPOIS: O § 3º foi revogado e foram incluídos os §§ 4º e 5º, que,
respectivamente, dispensa a prestação de contas para órgãos
partidários municipais que não hajam movimentado recursos
financeiros ou arrecadado bens estimáveis em dinheiro,
exigindo-se apenas a apresentação de declaração da ausência de
movimentação de recursos nesse período, e disciplina que a
desaprovação da prestação de contas do partido não ensejará
sanção alguma que o impeça de participar do pleito eleitoral.
Sanção no caso de desaprovação das contas – Alteração do
caput do Art. 37 da Lei 9096/95
Art. 37. A desaprovação das contas do partido implicará
exclusivamente a sanção de devolução da importância apontada
como irregular, acrescida de multa de até 20% (vinte por
cento). (Redação dada pela Lei nº 13.165, de 2015)
Quanto à sanção por desaprovação das contas, o Art. 37, foi
alterado pela Lei 13.165/2015. Agora a única sanção para a
desaprovação das contas partidárias é a devolução da
importância apontada como irregular, acrescida de multa de até
20%.
ANTES: Havia a punição de suspensão das cotas do Fundo
Partidário por desaprovação das contas.
DEPOIS: Sanção exclusiva de devolução da importância
apontada como irregular, acrescida de multa de até 20%.
Isso só ocorrerá no caso de não apresentação das contas,
enquanto perdurar a inadimplência (artigo 37-A, introduzido
pela nova lei).
Quando acontece a suspensão das cotas do Fundo Partidário?
A Lei da Reforma Política acrescentou o Art. 37-A que disciplina
a suspensão de novas cotas do Fundo Partidário no caso de não
apresentação das contas, enquanto perdurar a inadimplência.
Art. 37-A. A falta de prestação de contas implicará a suspensão
de novas cotas do Fundo Partidário enquanto perdurar a
inadimplência e sujeitará os responsáveis às penas da
lei. (Incluído pela Lei nº 13.165, de 2015)
Doações – Alteração do Art. 39 da Lei 9096/95
Art. 39. Ressalvado o disposto no art. 31, o partido político pode
receber doações de pessoas físicas e jurídicas para constituição
de seus fundos.
§ 1º As doações de que trata este artigo podem ser feitas
diretamente aos órgãos de direção nacional, estadual e
municipal, que remeterão, à Justiça Eleitoral e aos órgãos
hierarquicamente superiores do partido, o demonstrativo de seu
recebimento e respectiva destinação, juntamente com o balanço
contábil.
§ 2º Outras doações, quaisquer que sejam, devem ser lançadas
na contabilidade do partido, definidos seus valores em moeda
corrente.
§ 3o As doações de recursos financeiros somente poderão ser
efetuadas na conta do partido político por meio de: (Redação
dada pela Lei nº 13.165, de 2015)
I - cheques cruzados e nominais ou transferência eletrônica de
depósitos; (Incluído pela Lei nº 13.165, de 2015)
II - depósitos em espécie devidamente identificados; (Incluído
pela Lei nº 13.165, de 2015)
III - mecanismo disponível em sítio do partido na internet que
permita inclusive o uso de cartão de crédito ou de débito e que
atenda aos seguintes requisitos: (Incluído pela Lei nº 13.165, de
2015)
a) identificação do doador; (Incluído pela Lei nº 13.165, de 2015)
b) emissão obrigatória de recibo eleitoral para cada doação
realizada. (Incluído pela Lei nº 13.165, de 2015)
§ 5o Em ano eleitoral, os partidos políticos poderão aplicar ou
distribuir pelas diversas eleições os recursos financeiros
recebidos de pessoas físicas e jurídicas, observando-se o
disposto no § 1º do art. 23, noart. 24 e no § 1o do art. 81 da Lei
no 9.504, de 30 de setembro de 1997, e os critérios definidos
pelos respectivos órgãos de direção e pelas normas
estatutárias. (Incluído pela Lei nº 12.034, de 2009)
Doações – Alteração do Art. 39 da Lei 9096/95
O artigo 39 da Lei 9.096 também sofreu alterações com a
Reforma Eleitoral 2015. O parágrafo 3º agora estabelece que as
doações aos partidos em recursos financeiros poderão ser feitas
de três formas: por meio de cheques cruzados e nominais ou de
transferência eletrônica de depósitos; mediante depósitos em
espécie devidamente identificados; e por mecanismo disponível
no site do partido, que permita o uso de cartão de crédito ou de
débito, a identificação do doador e a emissão obrigatória de
recibo eleitoral para cada doação realizada.
Fundo Partidário – Alteração do Art. 44, V e § 7º da Lei 9096/95
Art. 44. Os recursos oriundos do Fundo Partidário serão
aplicados:
(...)
V - na criação e manutenção de programasde promoção e
difusão da participação política das mulheres, criados e
mantidos pela secretaria da mulher do respectivo partido
político ou, inexistindo a secretaria, pelo instituto ou fundação
de pesquisa e de doutrinação e educação política de que trata o
inciso IV, conforme percentual que será fixado pelo órgão
nacional de direção partidária, observado o mínimo de 5% (cinco
por cento) do total; (Redação dada pela Lei nº 13.165, de 2015)
Fundo Partidário – Alteração do Art. 44, V e § 7º da Lei 9096/95
(...)
§ 7o A critério da secretaria da mulher ou, inexistindo a
secretaria, a critério da fundação de pesquisa e de doutrinação e
educação política, os recursos a que se refere o inciso V
do caput poderão ser acumulados em diferentes exercícios
financeiros, mantidos em contas bancárias específicas, para
utilização futura em campanhas eleitorais de candidatas do
partido, não se aplicando, neste caso, o disposto no §
5o. (Incluído pela Lei nº 13.165, de 2015)
Fundo Partidário - Financiamento de Campanhas de Candidatas
As mudanças neste artigo visam incentivar à participação
feminina na política, e se destaca como uma mudança legal
importantíssima, pois apesar de as mulheres serem a maioria da
população do país, elas representam a grande minoria dos
cargos públicos eletivos, havendo inclusive preconceito com a
participação feminina na política. Estimular financeiramente,
com campanhas para mulheres pode ser um caminho eficiente
para assegurar a participação efetiva delas na política, como
uma representatividade da realidade da população.
Fundo Partidário – Financiamento de Campanhas de Candidatas
Lei 13.165/2015
Art. 9o Nas três eleições que se seguirem à publicação desta Lei,
os partidos reservarão, em contas bancárias específicas para
este fim, no mínimo 5% (cinco por cento) e no máximo 15%
(quinze por cento) do montante do Fundo Partidário destinado
ao financiamento das campanhas eleitorais para aplicação nas
campanhas de suas candidatas, incluídos nesse valor os recursos
a que se refere o inciso V do art. 44 da Lei no 9.096, de 19 de
setembro de 1995.
Propaganda partidária – Alteração do art. 49 da Lei 9096/95
Art. 49. Os partidos com pelo menos um representante em
qualquer das Casas do Congresso Nacional têm assegurados os
seguintes direitos relacionados à propaganda
partidária: (Redação dada pela Lei nº 13.165, de 2015)
I - a realização de um programa a cada semestre, em cadeia
nacional, com duração de: (Redação dada pela Lei nº 13.165, de
2015)
a) cinco minutos cada, para os partidos que tenham eleito até
quatro Deputados Federais; (Incluído pela Lei nº 13.165, de
2015)
b) dez minutos cada, para os partidos que tenham eleito cinco
ou mais Deputados Federais; (Incluído pela Lei nº 13.165, de
2015)
II - a utilização, por semestre, para inserções de trinta segundos
ou um minuto, nas redes nacionais, e de igual tempo nas
emissoras estaduais, do tempo total de: (Redação dada pela Lei
nº 13.165, de 2015)
a) dez minutos, para os partidos que tenham eleito até nove
Deputados Federais; (Incluído pela Lei nº 13.165, de 2015)
b) vinte minutos, para os partidos que tenham eleito dez ou
mais deputados federais. (Incluído pela Lei nº 13.165, de 2015)
Parágrafo único. A critério do órgão partidário nacional, as
inserções em redes nacionais referidas no inciso II
do caput deste artigo poderão veicular conteúdo regionalizado,
comunicando-se previamente o Tribunal Superior
Eleitoral. (Incluído pela Lei nº 13.165, de 2015)
Propaganda partidária – Redução do tempo
ANTES:
Art. 49. O partido que atenda ao disposto no art. 13 tem
assegurado:
I - a realização de um programa, em cadeia nacional e de um
programa, em cadeia estadual em cada semestre, com a duração
de vinte minutos cada;
II - a utilização do tempo total de quarenta minutos, por
semestre, para inserções de trinta segundos ou um minuto, nas
redes nacionais, e de igual tempo nas emissoras estaduais.
Financiamento de Campanhas – Alteração do Art. 20 da 9504/97
– Lei das Eleições
Art. 20. O candidato a cargo eletivo fará, diretamente ou por
intermédio de pessoa por ele designada, a administração
financeira de sua campanha usando recursos repassados pelo
partido, inclusive os relativos à cota do Fundo Partidário,
recursos próprios ou doações de pessoas físicas, na forma
estabelecida nesta Lei. (Redação dada pela Lei nº 13.165, de
2015)
Financiamento de Campanhas – Alteração do Art. 20 da 9504/97
– Lei das Eleições
Uma grande novidade foi a exclusão de doação de pessoas
jurídicas, buscando a independência maior dos partidos,
campanhas, eleições e mandatos. Na verdade, sabe-se que
empresas não fazem doação, fazem investimentos em projetos,
investimentos que serão cobrados posteriormente em favor das
empresas que investiram na campanha.

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