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rocesso nº: 0800-51.2020.814 FLORICULTURA da Nadia, já qualificada nos autos do processo em epígrafe, por seu procurador (procuração em anexo), vem à presença de Vossa Excelência, com fundamento no art. 847 da CLT e art. 343 do CPC, oferecer; CONTESTAÇÃO com RECONVENÇÃO Em face de ESTELA, já qualificada nos autos do processo, pelas razões de fato e de direito que passa a expor; I. DA PRELIMINAR DE INCOMPETÊNCIA ABSOLUTA A Reclamante requer a aplicação da penalidade criminal cominada no Art. 49 da CLT contra os sócios da ré, uma vez que eles haviam cometido a infração prevista no referido diploma legal. Porém, a Justiça do Trabalho não tem competência criminal, conforme art. 114 da CF, sendo que o inciso IX apenas possibilita a discussão de outros assuntos quando relacionados com o trabalho. Ademais, a súmula 62 STJ refere que a competência nesse caso será da Justiça Estadual. Diante do exposto, requer seja acolhida a presente preliminar para declarar a incompetência da justiça do trabalho para a análise de questão criminal, extinguindo-se o feito sem resolução de mérito, art. 485, IV do CPC. II. DA PRESCRIÇÃO QUINQUENAL A reclamante ajuizou a presente ação em 27/02/2020, sendo que foi contratada em 10/10/2010 até 29/08/2019. Diante disso, conforme art. 11 da CLT, art. 7º, XXIX CF e Súmula 308, I do TST, as pretensões anteriores aos últimos cinco anos, contados da data do ajuizamento estão prescritas. Assim, requer seja acolhida a prejudicial de prescrição, extinguindo-se o feito quanto as parcelas anteriores a 27/02/2015, com resolução de mérito, nos termos do art. 487, II do CPC. III. DO ADICONAL DE PENOSIDADE A Reclamante alega que o no exercício da sua atividade, era constantemente furada pelos espinhos das flores que manipulava, e em razão disso requer o pagamento de adicional de penosidade, na razão de 30% sobre o salário-base. Ocorre que, o adicional de penosidade não foi regulamentado, embora previsto no art. 7, XXIII da CF. Assim, deve ser julgado improcedente o pedido da reclamante. IV. DAS HORAS EXTRAS A Reclamante requer o pagamento de horas extras com adição de 50%, explicando que cumpria a extensa jornada de segunda a sexta-feira, das 10h às 20h, com intervalo de duas horas para refeição, e aos sábados, das 16h às 20h, sem intervalo. Porém, a jornada da reclamante não ultrapassa o limite estabelecido no art. 7º, XIII da CF, e art. 58 da CLT, pois não labora além de 8 diárias ou 44 semanais. Diante do exposto, requer seja julgado improcedente o pedido da reclamante. VI. DO PAGAMENTO DAS VERBAS RESCISÓRIAS A Reclamante requer o pagamento da multa do Art. 477, § 8º, da CLT, porque o valor das verbas resilitórias somente foi creditado na sua conta 20 dias após a comunicação do aviso prévio, concedido na forma indenizada, extrapolando o prazo legal. Contudo, o pagamento foi feito 20 dias após o aviso prévio, e por essa razão, dentro do prazo legal, estabelecido no art. 477, §6º da CLT, pois o prazo de 10 dias para pagamento é contado apenas do término do contrato, e isso somente acontece após o fim do aviso prévio. Assim, requer seja julgado improcedente o pedido da reclamante. VII. DO DESCONTO DO PLANO DE SAÚDE A reclamante afirmou, ainda, que foi obrigada a aderir ao desconto para o plano de saúde, tendo assinado na admissão, contra a sua vontade, um documento autorizando a subtração mensal. Ocorre que, conforme documento em anexo, assinado pela empregada, houve autorização para o desconto de plano de saúde. Assim, cabia a reclamante provar eventual vício no seu consentimento, conforme art. 818, I da CLT, bem como Súmula 342 do TST. Diante disso, requer seja julgado improcedente o pedido da reclamante. VIII. DA RECONVENÇÃO A sociedade empresária informou que, assim que foi cientificada do aviso prévio, Estela teve uma reação violenta, gritando e dizendo-se injustiçada com a atitude do empregador. A situação chegou a tal ponto que a segurança terceirizada precisou ser chamada para conter a trabalhadora e acompanhá-la até a porta de saída. Contudo, quando deixava o portão principal, Estela começou a correr, pegou uma pedra do chão e a arremessou violentamente contra o prédio da empresa, vindo a quebrar uma das vidraças. Em razão disso, a reclamada apresenta reconvenção, com fundamento no art. 343 do CPC, já que o dano causado pela empregada é doloso e gera a possibilidade de desconto pelo empregador, conforme art. 462, §1º da CLT. Ademais, trata-se de ato ilícito que gera o dever de reparar, conforme art. 186 e art. 927 do CC. Diante do exposto, requer a condenação da reclamante ao pagamento para a reclamada de R$ 800,00, referente a recolocação do vidro atingido, conforme nota fiscal em anexo. Honorários Além disso, a reclamante deve ser condenada ao pagamento de honorários de sucumbência, na reconvenção, conforme art. 791-A, §5º da CLT. IX. DOS PEDIDOS DA CONTESTAÇÃO Diante do exposto, requer: A) Seja acolhida a preliminar de incompetência absoluta B) Seja acolhida a prejudicial de prescrição, com a extinção do feito com resolução de mérito quanto aos pedidos anteriores a 27/02/2015. C) Sejam, no mérito, julgados improcedentes os pedidos da reclamante; D) A condenação da reclamante em honorários de sucumbência; X. DOS PEDIDOS DA RECONVENÇÃO Diante do exposto, requer: A) a procedência da reconvenção, para que a reclamante seja condenada ao pagamento de R$ 300,00 para a reclamada; B) a intimação da reclamante para responder aos termos da reconvenção, querendo; C) a condenação da reclamante, ora reconvinda, ao pagamento de honorários de sucumbência; protesta pela produção de todas as provas em direito admitidas. Dá à reconvenção o valor de R$ 800,00. Nestes termos, pede deferimento. Local... Data... Advogado... OAB
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