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Planejamento Estrategico Situacional

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 Planejamento
 Estratégico 
 Situacional
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Planejamento # Plano
O plano é o resultado de um amplo processo de 
análises e acordos, que documenta e enuncia as
conclusões desses acordos que queremos
conduzir o sistema e como pretendemos agir para
que nossas metas sejam alcançadas. O plano 
deve ser permanentemente revisado para se
manter atual.
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 Planejamento
É instrumento de gestão que promove o
desenvolvimento institucional.
É uma arma poderosa para apoiar o
desenvolvimento e sofisticação administrativa
das organizações e dos sistemas.
É uma excelente forma de melhorar a
qualidade e efetividade do trabalho.
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O Planejamento
O planejamento não é uma mera ferramenta de
trabalho, uma coleção de técnicas e fórmulas que
podem ser aplicadas a uma determinada situação.
Planejar é toda uma visão administrativa e envolve
um variado número de atores sociais. Numa
organização como um hospital ou um centro de saúde,
pode envolver seus diretores, chefes de departamentos
ou setores, profissionais prestadores de serviços e, não
raro, os próprios usuários ou clientes.
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Planejar e Gerenciar
 
 Planejar é a arte de elaborar o plano de um processo de mudança.
Compreende um conjunto de conhecimentos práticos e teóricos
ordenados de modo a possibilitar interagir com a realidade, 
programaras estratégias e ações necessárias.
 Gerenciar é uma função administrativa da mais alta importância – é
o processo de tomar decisões que afetam a estrutura, os processos de
produção e o produto de um sistema, controlar os processos e o
rendimento das partes e avaliar os produtos finais e resultados.
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Planejamento em saúde 
 É o instrumento que permite melhorar o desempenho,
otimizar a produção e elevar a eficácia e eficiência dos
sistemas no desenvolvimento das funções de proteção, 
promoção, recuperação e reabilitação da saúde.
 Nesse setor (saúde) surge na América Latina na
década de 60 com o método CENDES-OPS de
Programação em Saúde. Nele se propõe uma
metodologia de gerenciamento da escassez de
recursos, de modo a desenvolver ações com maior
efetividade, critérios e objetivos que orientavam e
legitimavam a eleição de prioridades, com base em padrões
econômicos e técnicos.
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 O método CENDES-OPS teve o mérito de, pela primeira vez,
trazer para as mesas de discussões do setor da saúde a
preocupação com o uso eficiente dos recursos públicos, através
de uma cuidadosa análise de prioridades e do cálculo prévio dos
resultados esperados com o uso de cada instrumento de ação.
 
 As primeiras críticas ao método surgem no início dos anos 70
e referem-se à sua desvinculação com a produção de políticas 
na sociedade e com a historicidade dos atores envolvidos e ao
seu caráter prescritivo e normatizador.
Planejamento em saúde
Mérito & Crítica
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Planejamento normativo ou de políticas: é responsabilidade do nível central do sistema, no caso do setor da saúde; é destinado a promover mudanças sociais deliberadas ou pretendidas projetadas para o futuro.
Planejamento estratégico: indica os meios
 pelos quais se julga que seja possível atingir as metas desejadas de médio e longo prazo. 
Planejamento tático/operacional: refere-se ao desenvolvimento de ações que permitam organizar a execução das estratégias planejadas em outro nível de planejamento e indica como colocar em prática as ações previstas.
Níveis de Planejamento
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O MÉTODO
Algumas características que diferenciam
o planejamento tradicional do PES:
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Modelos de sistemas
 e suas principais características
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O PES mostra-se adequado para lidar com os problemas, incerteza dura. Por respeitar os
requisitos básicos necessários ao
planejamento em sistemas complexos.
reconhece a existência de outros atores em situação;
reconhece sua capacidade de planejamento;
explica a realidade a partir dessa ótica.
Dessa Forma:
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o Gestor deve estar atento às ações desenvolvidas em seu governo, 
quais sejam:
O projeto de governo: Entende-se por
capacidade de governo o elenco de
qualificações reunidas pelo gestor.
Sua capacidade para governar: consiste na
seleção de problemas que o gestor se dispõe
a enfrentar durante seu período de governo e
a estratégia escolhida para esse enfrentamento.
Sua governabilidade: diz respeito à relação entre o peso das variáveis que o ator
controla e o das que não controla
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COMO APLICAR O MÉTODO
I – Identificação, seleção e priorização dos problemas
1. Valor político do problema:
para a população afetada.
2. Tempo de maturação dos resultados:
resultados fora ou dentro do período de
governo;
3. Vetor de recursos exigidos pelo enfrentamento
do problema em relação ao vetor de recursos do
ator: poder político; recursos econômicos;
4. Governabilidade sobre o problema:
controle dos nós críticos de maior peso no problema;
5. Impacto sobre o balanço político de gestão ao término de governo:
da gestão política;
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II – Descrição do problema
A diferença entre um problema e um
simples incômodo é a capacidade de
explicá-lo. A explicação do problema
deve ser objetiva e permitir caracterizá 
lo e mensurá-lo.
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O método VDP 
Vetor de Descrição do Problema
É um conjunto de descritores que tornam a explicação do
problema única, clara e objetiva a todos os atores
envolvidos.
os descritores devem enunciar o problema e não suas causas.
devem ser precisos e monitoráveis.
cada um deve ser necessário à descrição. 
não deve haver relações causais entre os descritores.
a descrição será suficiente quando a eliminação da carga negativa resolver o problema.
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III – Explicação do problema
Identificada as causas no VDP, Cada causa é denominada “nó
explicativo”.Os quais são ordenado graficamente num fluxograma
situacional.
O fluxograma situacional possui quadrantes onde irão localizar-se
os nós explicativos. Esses nós devem ser expressos de forma clara e
telegráfica, Alguns nós são críticos para a mudança dos descritores do
problema.
Critérios para selecionar os nós críticos:
alto impacto sobre o VDP;
ser um centro prático de ação – algum dos atores deverá ter
governabilidade sobre essa causa;
ser um centro oportuno de ação política – ter viabilidade política
durante o período do plano.
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IV – Definição da situação objetivo
 e
 V – Identificação das operações necessárias ao enfrentamento do problema
Devem-se definir os resultados esperados,
isto é, a mudança que se pretende obter a
respeito dos descritores dos nós críticos e
dos descritores do VDP.
Chamam-se operações àquelas que estão na área de
governabilidade do ator que declara o problema, e
demandas de operação àquelas que estão na área. 
Cada operação deve apontar os resultados desejados
e as atividades necessárias para alcançar esses
resultados.
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VII – Implementação
Definir o modelo de gestão e do
processo de acompanhamento do plano.
Desenhar um modelo de avaliação
baseado em indicadores específicos ao
problema em questão.
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A Contribuição de Carlos Matus
Carlos Matus nasceu no Chile em 1931.
Formou-se, em 1955 na Escola de
Economia da Universidade do Chile. 
Em 1969, Matus publicou o livro
“Estrategia Y Plan” no qual já elaborava
suas primeiras críticas ao planejamento
tradicional.
Em 1988, Carlos Matus criou, em Caracas,
Venezuela, a Fundação ALTADIR,
organismo que visa o “desenvolvimento
do planejamento estratégico e das
técnicas de alta direção”. 
A partir de então, passa a assessorar
equipes de governo e planejamento,
difundindo as propostas do PES em
vários países, entre eles o Brasil.
Neste período, a cooperação de Matus passou a ser solicitada por diversos
órgãos, dentre os quais se destacam: a FIOCRUZ, a CUT, o DIEESE, o INAP, 
*
Introdução
A gestão do setor público, no âmbito municipal, se
caracteriza pelo improviso e pela falta de planejamento,
com
reflexos profundos na formulação e na implementação
de políticas públicas.
O planejamento estratégico na administração pública
municipal constitui uma inovação, abordada pelos estudos
na área de modernização da gestão.
O Planejamento Estratégico tem sido aplicado por 
administrações locais, com o objetivo de realizar o 
chamado “marketing das cidades”, propiciando condições
de competição para a atração de investimentos.
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O planejamento na administração pública na concepção de Carlos Matus
Ao analisar o planejamento tradicional, também chamado de
normativo, Matus direciona à sua crítica a seis pressupostos da
elaboração do planejamento governamental :
1- o sujeito e o objeto planejado são independentes;
2- existe apenas uma verdade para o diagnóstico;
3- o objeto planejado contém atores com comportamento previsíveis;
4- o poder não é um recurso escasso;
5- o planejamento tem por referência o desenho de um contexto previsível;
6- o plano refere-se a um conjunto de objetivos próprios e a situação final é conhecida.
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Para o autor, os textos tradicionais de planejamento afirmam
que o planejador é um técnico cuja função consiste em dominar a
“técnica de fazer planos”. Portanto, ao estudar e criticar os
resultados do planejamento tradicional na America Latina, Matus
propõe também seis pressupostos para o planejamento
estratégico, a saber:
1- o ator que planeja não tem assegurada sua capacidade de controlar
a realidade.
2- existe mais de uma explicação para a realidade, em função dos
vários atores;
3- vários atores sociais enfrentam-se, com objetivos conflitantes;
4- o poder é escasso e o planejamento deve sistematizar o cálculo
político e centrar sua atenção na conjuntura;
5- a incerteza é predominante;
6- o governante lida com problemas no tempo, e com solução aberta à
criação e ao conflito.
Para Matus
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(...)planejar é tentar submeter o curso dos acontecimentos
à vontade humana, não deixar que nos levem e devemos
tratar de ser condutores de nosso próprio futuro.
(MATUS,1993, p. 13 )
No planejamento não podemos recusar a idéia que existem
conflitos, que se contrapõem ao nosso desejo de mudança,
esta oposição é realizada por outros indivíduos com
diferentes visões e opiniões. (MATUS, 1993, p. 14).
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Planejamento Estratégico Situacional – PES
O inicio da gestão pública se caracteriza por um
período de grande expectativa, onde o governante
apresenta as suas propostas de governo. Não se
pode esquecer que a euforia inicial da conquista
alcançada nas urnas pode transformar-se em
desilusão, na medida em que o período de gestão
transcorre com celeridade, Daí a importância do plano
e do processo de planejamento. Que se constitui em
um elo entre a política e a gestão, na medida em que
explicita objetivos, recursos, competências.
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Matus sintetiza o ambiente do gestor público 
por meio de três vértices de um triângulo
Projeto de Governo
Governabilidade
Capacidade de Governo
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O primeiro vértice é o Projeto de Governo ou Plano
que expressa a direção que pretende imprimir à
administração. 
O segundo vértice é a Capacidade de Governo,
determinada pela competência técnica e recursos
financeiros. 
O último vértice é a Governabilidade, que
demonstra o potencial de articulação com os agentes
envolvidos nos âmbitos interno e externo.
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Articulação Entre Agentes 
Internos e Externos
Um dos grandes problemas para qualquer
governo é o da fragmentação de políticas 
públicas, isto é, a aplicação de políticas que são
desenvolvidas sem coordenação.
O Planejamento Estratégico Situacional – PES
pode atuar como elemento de integração entre as
diferentes políticas e os diversos atores. Uma
estrutura de governo integrada e articulada com o
plano constitui um território propício para uma
gestão sem improvisos.
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Conclusão
A preocupação com a boa gestão e com a
eficiência das políticas públicas passa a ser, ou
deveria ser, uma constante nos governos locais.
O Planejamento Estratégico Situacional – PES,
apresenta-se como um importante instrumental de
planejamento e gestão que permite priorizar as ações
conforme a capacidade real de execução, amparada
no conceito do triângulo de governo.
O processo de articulação é de difícil execução,
pois a fragmentação de políticas públicas traz 
desperdício de recursos e incoerência no atendimento
a população.

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